Dias de Chuva. escrita por Lucas Farias


Capítulo 6
O verdadeiro começo.


Notas iniciais do capítulo

Obrigado por ler.
Creio que este foi meu melhor capítulo.



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Já estávamos no helicóptero quando tudo parecia calmo novamente.

– O que aconteceu lá? – perguntei.

– O importante é que estamos livres, não precisamos nos preocupar com mais nada. – ela estava errada. Porque Nora cisma em guarda alguns segredos? Mas do que estou falando? Também tenho os meus. Mas tenho quase certeza de que aquilo foi um exorcismo.

– NORA. – a ruiva deu um grito insano ao perceber que a hélice estava pegando fogo. “Vamos cair? Não, não agora” – pensei.

– NÃO. – gritei desesperadamente, ao ver que Nora voou porta a fora.

Antes de chegar ao chão pude ver o helicóptero cair em cima da única garota que já amei. Fique parado por um instante. Como sobrevivi? Não conseguia entender o que tinha acontecido, quer dizer... Já nem sabia o que pensar.

Meu coração estava partido, aos pedaços, quebrado. Creio que a parti daqui ele não voltara a ser o que era antes.

*Três anos depois*

Mudei-me para Nova York. Agora estou vivendo em um cômodo que eu chamo de “buraco”.

Estou vivendo uma nova vida.

A um tempo estava andando pelas ruas de Nova York, achei que seria hora de recomeçar, afinal, se passaram três longos anos. Caminhava sem rumo e pude notar uma linda garota morena de olhos azuis, até me interessei por ela.

Por um momento achei que tudo mudaria, que tudo seria diferente, mas no fim da rua uma garota loira atravessava a rua, até pensei que era Nora, só que... Não poderia ser.

Estou aqui há três meses e, não consigo nem atravessar a rua sem ter um rápido devaneio. Está noite voltarei para São Paulo, voltarei para minha origem, para aquela casa velha.

“Peter” – pensei ouvi alguém sussurrar, apenas pensei. Não poderia dar atenção a qualquer alucinação minha. Antes de parti irei para uma festa. Fui convidado por um amigo, achei que seria o certo a fazer, pois ainda preciso esquecer.

A festa estava um tanto tediosa, não era o tipo de festa que já costumei ir, as pessoas de lá pareciam ser da elite de NY.

A porta de entrada foi aberta e uma garota com o cabelo curto, ligeiramente avermelhado, passou por ela. O universo está lutando para que eu possa lembra do que fiz, ou o que deixei acontecer.

A garota vinha em minha direção, mas por quê? Talvez fosse impressão.

– Vejamos só, Peter, como está sua vida? – disse a ruiva. Olhei sua alma fixamente, olhos pretos, ainda assim não sabia quem poderia ser.

– Desculpa-me?

– Como não pode se lembrar da garota que chutou? A mesma que sofreu ao perde alguém que amava, a garota que foi deixada para morrer. – O que ela estava dizendo? Não pode ser, deve ser um engano.

A garota ruiva colocou uma de suas mãos em meu pescoço, apertou na tentativa de me enforca e me jogou céu a baixo. Era uma longa queda, cerca de trinta andares. Tudo parecia estar em câmera lenta. Minha vida estava por um fio e, ousaria dizer que este fio era vermelho.

Quando cheguei ao chão, colidindo com um carro, pisquei bem forte e percebi que era minha mente, me pregando uma nova peça.

– O que se passa por sua mente? Você ainda tenta descobri o que as pessoas pensam, não deveria, você nunca foi bom nisso.

– Bi-Bird? – disse espantado, podia pensar em um serie de status, como: perplexo, assustado, amedrontando, aterrorizado, confuso.

– Não estou aqui por vingança. Sabe, quero te dizer que está história merece um novo final. Você nem sabe o que venho fazer aqui, nem sabe que sou eu a dona de tudo isso.

– Está história não tem um final, não importa o que você faça, você pode até reescrever tudo, mas um final não terá. Se você morrer sua história continuara, sua vida continuará! Não como antes, está vai ser a única diferença.

– Você está totalmente enganado, eu irei reescrever este final. Acompanhe-me, por favor.

– E para onde vamos?

– Faço questão de te contar – disse, provavelmente para parecer superior. – Vamos ao começo de tudo, vamos para a antiga rua 50, mas antes daremos uma passada no Rio. – afinal o que ela está tramando?

“Ainda tenta descobri o que as pessoas pensam”, parece que eu realmente faço.

Chegamos ao terraço e, um helicóptero nos aguardava, mas isso tudo era para me fazer lembrar? Estou começando a não me importa.

Ela está mais linda do que nunca. Sei que não deveria estar pensando nisto, mas. A um tempo atrás meus pensamentos diziam que Bird era a culpada, mas agora eu sou o culpado.

O caminho foi silencioso, eu não ousaria dizer algo. Mas claro que não fomos de helicóptero, demoraria tanto, nem poderia imaginar. Não sei o que aconteceu nestes três anos, mas ela se aperfeiçoou. O que iniciamos no helicóptero, terminamos em um jato particular.

Estou falando da viagem, claro.

Nossa “viagem” terminou em um prédio, o mesmo parecia abandonado.

– Venha, irei te mostra algo. – já estávamos praticamente no terraço quando começamos percorrer um corredor escuro. – O tão famoso Feyéboll serve para muitas coisas! Vou te mostra uma das coisa que ele pode fazer.

Ao fim do interminável corredor, havia camarás e creio que sejam movidas a Feyéboll, coração de dragão. Tinha exatamente 3 e parecia ter pessoas lá, mas que tipo de projeto doentio é este?

– Aqui está o nosso mais novo começo. – sei bem o que ela estava fazendo estes três anos, estava pior que eu, ela estava mergulhando em prantos.

– Sofreu tanto assim? Você está vendo o que está fazendo? Você é louca.

– Calado. Você fez eu virar um monstro. Nora, Amélia e nosso amado Abismo estarão entre nos. Ela iria ficar arrasada se fosse a única a voltar. Ah, também vamos precisar de um novo e melhorado Peter.

– Mas não estou morto.

– Ainda não. Iremos recomeçar, seremos perfeitos novamente.

Um corredor escuro. Comecei a correr e o mesmo parecia não ter fim. Meu coração disparou e uma necessidade cresceu em mim. Preciso vê-lo; ver Pierre. Essa necessidade deve ser por que ele pode nos tirar daqui.


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Notas finais do capítulo

Achei que foi tudo incrível e vocês?