Sonhos E Pesadelos escrita por Diana Karolyne


Capítulo 13
Capítulo 13-Rabiscos e Anotações




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Passei o resto da madrugada em claro.Essa situação já estava ficando bizarra.todas as noites seriam a mesma coisa?Esse sonho foi incrivelmente pior que o outro.Por que nesse Lucas não estava.Só havia água.E alguém tentando me afogar.

Eu sabia que não podia ser Lucas porque essa pessoa era mais forte.eu senti seus músculos,sua pele.era como se um urso estivesse me enforcando,me tirando o ar comprimindo meu corpo.

Não que Lucas não fosse forte.Mais eu sabia que não era ele.eu apenas sabia.

Porque,ao ser puxada para baixo,onde a água tiraria minha vida antes mesmo que eu acordasse,eu senti medo.Não o medo que eu sentia por estar sozinha com Lucas.Mais medo por estar com alguém que eu não conhecia.Ou conhecia,mais não gostava.eu odiava a pessoa com todas as minhas forças.

Sem conseguir voltar a dormir,liguei meu notebook e comecei a navegar pela internet.Talvez fosse bobagens procurar respostas por esse meio,mais pelo menos isso me manteria acordada.E era uma distração para o meu medo.

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Para os entendidos, sonhos e pesadelos não acontecem por acaso. Muito pelo contrário, são reações muito bem planeadas pelo inconsciente. É lá que guardamos muitos dos nossos medos, incertezas e dificuldades de viver, e é de lá que saem as reações esse arquivo escondido. Reações que se mascaram com o que de mais feio há na nossa mente! Mas, no fundo, ao aparecerem vestidas de monstros noturnos, essas imagens não são mais que símbolos daquilo que tememos ou daquelas características menos positivas de nós próprios que, por alguma razão, ainda não conseguimos ultrapassar. Daí que enfrentar um pesadelo possa ser melhor política que andar a fugir dele, procurando constantemente ignorá-lo ou evitando interpretá-lo.


A interpretação dos pesadelos

Infelizmente, não se encontra muita concordância entre os vários autores que investigam o significado genérico dos sonhos ou pesadelos. Diferentes explicações são apresentadas para sonhos idênticos, o que as torna pouco fiáveis. No entanto, é muito mais importante do que associar aquilo que sonhamos a resultados genéricos apresentados numa tabela algures, é tentar interpretar os nossos próprios sonhos, usando técnicas recomendadas por alguns especialistas.

O princípio fundamental é que saibamos descrever cada sonho com o maior detalhe possível. Para isso, é importante que o possamos lembrar quando acordamos. Para os mais fracos de memória, um bom exercício passa pela sua preparação, ainda antes de adormecer (preparando a mente para não esquecer nada do que venha a acontecer!) e recorrer à nossa memória assim que acordarmos, com um papel e caneta por perto, onde possamos escrever fielmente tudo o que ela tenha registrado nessa noite. Antes de escrever, recomendam os especialistas, deixe-se ficar quieto durante um ou dois minutos para reconstruir a estrutura base do sonho. Só então deve lançar-se ao papel. Este exercício poderá não resultar da primeira vez, mas a sua prática levará a um maior domínio sobre aquilo que sonhamos.

Uma vez conhecido o enredo e as personagens do sonho, deverão então colocar-se as seguintes perguntas: "Onde/quando/quem/o que é que a imagem do sonho me lembra?"; "Se tivesse que explicar essa imagem a alguém que nunca a tivesse visto, como é que a explicaria?".

A associação de pessoas, situações ou acontecimentos ao enredo do nosso sonho, pode ser mais importante que o conteúdo por si só Por exemplo, se existe no sonho uma casa em chamas, interessa mais saber de quem é essa casa ou onde está, do que concentramo-nos demasiado nas chamas ou no fogo.

Depois de ter descrito o sonho, divida uma folha em duas colunas e do lado esquerdo escreva todas as imagens que recorda. Debaixo de cada uma, coloque as respostas às duas perguntas. Na coluna da direita, escreva aquilo que julga ser o significado do sonho ou pesadelo. Com o decorrer dos dias, compreenderá que a interpretação dos sonhos é mais eficaz quando olhar para eles de forma integrada, à medida que os for escrevendo em noites sucessivas e for encontrando elos de ligação entre eles. Curioso será reparar e analisar aquelas imagens que mais se repetem nos vários sonhos que vai tendo. Enfrentar um pesadelo.

À medida que vamos conhecendo e dominando os nossos pesadelos/sonhos, vai-nos sendo possível iniciar técnicas de combate aos mais persistentes e que, de alguma forma, mais nos perturbam. De cada vez que formos capazes de enfrentar, e até vencer, os protagonistas dos nossos pesadelos, estamos a envolvermo-nos no nosso lado mais negativo e, consequentemente, a dar o primeiro passo para a sua transformação.

Talvez por isso alguns especialistas acreditem que enfrentar o pesadelo possa ser tão útil quanto enfrentar os próprios problemas que lhes estejam na origem. Se um pesadelo persiste, há que conhece-lo bem para então dar início às técnicas de combate.

Antes de dormir, é possível estimular defesas para a noite que se anuncia. É tudo uma questão de mentalização: antes de adormecer diga a si mesmo que não quer ver o seu sono perturbado pela presença de pesadelos, mas que no caso de eles se apresentarem serão duramente confrontados. Se nos pesadelos o seu agressor é o Drácula (o exemplo parece ridículo mas, na verdade sonhamos com coisas muito piores que o Drácula) prepare a sua mente para, durante o sono, lhe responder na mesma moeda, enfrentando-os combatendo-o.

Há-Há.

Podia até ser um artigo sem fundamentos verdadeiros,mais a idéia de descrever o sonho escrevendo em um papel fizeram as coisas parecerem melhores.Desliguei o computador e descrevi meus últimos sonhos em uma agenda.também desenhei partes importantes e anotei observações:

Observação 1:Em todos os pesadelos Lucas esteve presente,menos no último.

2:Em todos eles,eu corro perigo.

3:Eles são reais.

É claro que eu não me esqueceria dessa ultima observação.Mais mesmo assim resolvi anota-la.

Eu mostraria a Lucas.

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Inglaterra,1822

Katerhyne estava noiva.noiva de um desconhecido.E tinha me esquecido.

Tentei,em vão,falar com ela e pedir explicações.Mais ela mal parecia agir por si mesma.Ela havia dito que me esperaria,que nos casaríamos assim que eume formasse.

Mais ali estava ela:noiva e irreconhecível.

A dor era insuportável.em todas as vezes que eu a via andar de mãos dadas com aquele homem,meus punhos se fechavam.ningúem o conhecia,ninguém sabia quem ele era.A única informação que sabiamos dele era que ele se chamava Robert August e que ele havia chegado da America do norte.Pareia possuir riquezas e tinha postura.Mais algo nele me fazia sentir repulsa.Não somente o fato dele ter roubado a mulher que eu amava.

Katerhyne parecia outra pessoa.Não a minha Kate,mais uma nova katerhyne.Cega e arrogante.Maliciosa e obcessiva.Ela nunca era vista sem Robert,e isso me fazia sofrer.

Eu tentava entender o que eu havia feito de errado.

Mais não conseguia encontrar a resposta.


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