Elliot se aproximou sutilmente de Maryse e entregou algumas armas, e fez o mesmo com Jocelyn e Clary.
– Não conseguem perceber que sou mais velha e, logo, mais experiente do que todos vocês? Não percebem que é uma tolice se preparar para lutar contra mim? - disse Lilith, demonstrando que percebeu cada movimento sutil, porém não sutil o suficiente, de Elliot. Lilith, então, gesticulou alguns movimentos com as mãos e logo um turbilhão de fumaça negra formou-se no espaço que separava os Caçadores de Lilith e Camille. E a fumaça foi tomando forma…
– É um Demônio Maior! – disse Elliot, não dando a menor importância se parecia desesperado demais.
Alec e Isabelle já haviam enfrentado um Demônio Maior antes, e bem, não importava se tivesse sido um mundano que o matou, mas ainda sim sabiam o quão forte era um. Isabelle passou a frente, mesmo que ouvisse os berros da mãe que lhe pedia para voltar, e lançou seu chicote em direção às pernas gigantes e grotesca daquele ser. Alec não perdeu a chance, sacou a espada do pai e correu em direção do demônio, mas só o chicote não foi suficiente. O demônio puxou as pernas, obrigando Isabelle a soltar o chicote e Alec foi jogado contra a parede. Maryse e Isabelle gritavam desesperadamente o nome de Alec, que parecia ter perdido a consciência. Magnus tentava, percebia-se pela luz que emanava dele, fazer algum feitiço, mas parece que o tempo estava contra. Clary pensava que aquele Demônio Maior não era como Agramon, havia algo de diferente nele, ele parecia maior, bem maior que Agramon, Clary não era nem do tamanho de suas aparentes pernas. Ele era como um Gigante, porém era Clary que estava tendo algum precioso prestes a ser roubado. E o que o Demônio Maior estava prestes a fazer arrancou gritos de Isabelle e lágrimas de Maryse. O demônio levantou o que devia ser sua mão e a descia com toda força sobre o corpo de Alec. Magnus gritou e, de repente, a mão parou. Então o feitiço havia funcionado, pensou Clary. E então percebeu que o homem de chapéu passara correndo por ela carregando um candelabro, subiu pelo braço do demônio, que, agora Clary podia ver, agora todos podiam ver, tinha sido contido pelo outro homem, aquele que Clary viu visitando Jace. E o demônio, o Demônio Maior, foi literalmente partido ao meio por um candelabro. O homem que carregava o candelabro, ajudou o amigo se levantar, e o amigo, por sua vez, carregou Alec no colo até os pés de Maryse, que sentou no chão e pôs a cabeça do filho no colo.
A mulher que acompanhava os homens passou a frente, e os três desceram os últimos degraus da escada e pararam. Camille foi avançar para cima deles, mas foi contida por Lilith, que a puxou pelo braço.
– Camille, não. – Lilith olhou para os três. - QUAIS SÃO NOMES?
E nenhum deles respondeu.
– Você os conhece? – perguntou Camille.
– Eles não são humanos, e tampouco Caçadores de Sombras. Os únicos que matam demônios desta forma é a raça que mais odeio: ANJOS.
– Como é que é? – disse Elliot. – Eles são Caçadores de Sombras, já fui em missão com eles, só são mais fortes que a maioria.
– É mesmo? – disse Lilith, em tom de deboche. – Então, me diga os nomes deles.
– Ah… Eu não lembro, mas que diferença faz? Se fossem anjos teriam asas. – dizia Elliot enquanto Lilith ria.
– Acha mesmo? Pois, pelo que eu sei deles, eles mudam de forma e entram em formas que lhes forem mais adequadas. Claro, tudo dependendo de suas ordens, seus deveres. - explicava Lilith, olhando para os três hóspedes com um sorriso maldoso nos lábios.