Cidade Dos Sete Céus escrita por LuuHShii


Capítulo 2
Capítulo 2




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Clary havia adotado uma nova rotina… Tomava café com Luke e Jocelyn, via Simon algumas vezes, mas passava maior parte do dia no Insituto. Ia lá, cumprimentava a todos, e via Jace… Jace que, normalmente, estava deitado numa cama, amarrado. Segundo ao que disseram a Clary, Jace, “num lapso de sanidade”, pediu para ser amarrado. “Não queria que, caso Sebastian o dominasse, fugisse ou machucasse alguém”. Clary olhava Jace de longe, ninguém achava adequado que chegassem perto de Jace. Clary achava que isso o devia deixar chateado, e vez ou outra, desobedecia as ordens. Nunca fora pega de qualquer forma.
Clary caminhava distraída pelo corredor que levava a Jace, carregava com ela seu caderno de desenhos, ultimamente tem imaginado Jace deitado na cama, cercado de pequenos anjos, com um anjo grande na cabiceira de sua cama. Esse, Clary imaginava, seria Raziel. O Anjo Criador dos Caçadores de Sombras. De acordo com o que mundanos acreditam, anjos protegem humanos. Clary imaginou então se Raziel protegia Jace. Clary sentiu-se bater em algo. Levantou a cabeça e viu que não bateu em algo, e sim em alguém. Esse alguém era aquele homem do outro dia, aquele dos olhos verdes-dourados.
– Desculpa! Eu não vi você, eu sinto muito! – Clary dizia, imaginando se o homem gritaria com ela. E então percebeu que ele não falou nada, apenas pousou a mão sobre a cabeça de Clary por poucos segundos e se retirou do lugar. Clary podia jurar que o viu sussurar algo, sussurar algo que parecia com “sinto muito”. Clary primeiro ficou parada do lado de fora, fitando Jace de longe. Resolveu então entrar. Deixou o caderno de desenho do lado de fora, olhou para os dois lado e entrou. Andava quieta até a cabiceira da cama, e colocou a mão sobre a de Jace.
– Oi… - falou baixinho. Pensando se ele conseguia ouvir, sentia-se boba como se sentiu quando falava com a mãe na vez em que esteve em “coma”. – Jace… Tá aí? Eu preciso muito de você… Por favor…. Jace… - ela implorava baixinho pelo amado, e algumas lágrimas escorriam de seu rosto e tocavam a pele da mão de Jace. A mão que reagiu, apertou forte a de Clary. Clary olhou para Jace, Jace abriu os olhos e eram os olhos de Jace, não os de Sebastian. Era Jace. – JACE! – Clary disse, e se jogou por cima de Jace, num abraço desastroso.
– Clary…. – Jace respondia tão baixo quanto Clary falara anteriormente – Você não devia estar aqui… E se… não fosse eu? – Jace parecia sentir dor para falar. Clary imaginou o que Sebastian fazia para causar isso.
– Eu não me importo, precisava te ver. Preciso te ver. – corrigiu rapidamente. – Eu te amo, Jace. Alec e … - Jace a interrompeu.
– Eu também te amo, Clary. Eu te amo muito. Por isso eu tenho aguentado, mas… Faça por mim, não se ponha em perigo. Não enquanto eu não poder estar lá por você. – na cabeça de Jace, Sebastian dizia “Ahh, não minta para ela. Você não é forte para ela.”
– Jace… - e os músculos de Jace se endureceram e a mão de Clary parecia que ia quebrar. Clary puxou a mão com força, até soltar e, pelo impulso, ser jogada para trás. Caiu no chão e saiu do quarto correndo. Clary, do lado de fora, percebeu uma sombra do seu lado. Não que se importasse, estava chorando e soluçando. Chorava daquele jeito porque talvez aquele tivesse sido seu último momento com Jace, com o seu Jace.
– Você sabe que não pode entrar. – a voz era de Alec. Clary se viu brilhar de esperança. Alec estava de volta, então ele achou uma resposta, uma cura!
– ALEC! – Clary levantou e apressava-se em enxugar as lágrimas com a manga da blusa. Alec sorria sem jeito para Clary.
– É, estou de volta.
– E então?! O que descobriu? Jace vai ficar bem? – Clary se apressou em perguntar. Embora percebesse seu erro logo de início, pois Alec desfez o sorriso.
– Desculpa, a gente não descobriu nada. Magnus ainda está estudando alguns livros… - Clary sentiu uma lágrima escapar e rapidamente a enxagou, não queria que Alec se sentisse pior ainda.
- Ah.. Bom, pelo menos ainda há esperança né? – falava Clary enquanto se abaixava para pegar o caderno de desenhos. – Eu vou para estufa desenhar, ok? – falou, e sem esperar pela resposta de Alec, colocou-se a corre pelos corredor até chegar na estufa. Lá, ela se sentou num banco, e lembrou-se do primeiro beijo com Jace. E então começou a desenhar.


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