Smile please escrita por Claire Waters Mellark


Capítulo 7
Bem mais que macabro


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse capítulo. Fiz as pressas, OMFJ. Aqui algumas sugestões de músicas:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=Mzzk8zYsVRA
http://www.youtube.com/watch?v=cRMevGc3934
http://www.youtube.com/watch?v=7fOGiOST3EE
xx
PS.: Existem alguns links nos nomes das personagens e em coisas tipo "quarto" mas estão ocultos. Peço para que fiquem atentas. Thanks.



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Ponto de vista geral da fic

– P-P-pai? – Foi o que Madison pronunciou. Apenas.



– Filhota! – Ele a abraçou. – Como vai?



– Morre seu desgraçado! Filho da puta, sai daqui! – Ela chorava demais, correu até seu quarto e bateu a porta com toda sua força.



[...] Flashback on [...]



– Mas mamãe, a natação é hoje, por favor, por favor. – Pedia incansavelmente para minha progenitora.



– Vamos, Madison. A mamãe anda muito cansada, pequena. Você sabe que o trabalho na empresa está muito cansativo.



– Vamos, você vai se sentir melhor! – Vi seus olhos levantarem e meu olho brilhou. Apenas a puxei para fora da casa, meu pai nos esperava. Parecia bêbado.



– Victoria! Meu amor! – Ele agarrou minha mãe.



– Me solte, Matheus. – Ela pedia. – Eu vou levar a Madison na natação.



– Ah, não... – Ele disse vindo para cima de mim com uma faca. – Você é um verme!



Eu chorava muito, gritava e ia chegando cada vez mais para trás, meu pai ia fincar a faca em mim mas minha mãe foi mais rápida e se jogou na frente, sendo acertada pela faca em seu peito.



– Você vai salvar esse verme? – Ele perguntou. – Então morre!



Ele tirava e colocava a faca no peito de minha mãe várias vezes, seu peito estava exposto, aberto. Eu corri o quanto pude. Eu tentava achar alguém mas ninguém passava, eu estava aflita. Eu tinha apenas 6 anos...



[...] Flashback off [...]



POV’s Lia



– Sai dessa casa agora, Matheus. – Pedi abrindo a porta. – Você nunca será bem vindo aqui.



– Lia, não fale assim comigo! Sou o pai de sua amiga, caramba. – Ele disse irônico.



– Você deixou de ser pai dela faz tempo, sai daqui antes que eu chame a polícia. Prefere, “papaizinho da Madison”?



– Não. Eu já estou de saída mesmo... Acho melhor vocês vigiarem sua “amiguinha”, eu não quero ela viva por muito tempo. – Ele riu e saiu andando com a mão nos bolsos.



Estremeci. Não sabia o que fazer, não sabia se matava-o agora sem dó ou se chamava a polícia. Meu corpo não me obedecia, caí no chão sendo amparada por Harry que ainda estava ali.



– Lia, você está bem? – Ele repetiu pela terceira vez. – Lia?



– Estou, estou. – Eu falei meio insegura. – Vou falar com a Madison. Depois conversamos.



Levantei com pressa e subi as escadas indo até o quarto de Madison. Bati na porta uma, cinco, sete, dez, doze vezes. A porta se abriu com um estrondo e eu segurei o corpo de Madison. Seus pulsos cortados, fotos ao chão, sangue por toda parte. Peguei-a no colo e a pus na cama.



– Ele... a matou. – Ela parecia em uma hipnose. – Ele... a levou embora. – Depois ela começou a chorar incansavelmente, chorava, tremia e gritava de dor. Todos da casa vieram ver o que acontecia. Saí fechando a porta.



– É a Madison. – Falei olhando para o chão, falando mais pra mim do que para eles. – É uma longa história.



– E agora, o que faremos? – Victor perguntou, ele já havia chegado do shopping.



– Bom, somos 9. – Falei pensando. – Eu e o Harry vamos ficar, o resto de vocês vai para o acampamento.



– Não, Lia! Nós não vamos sem vocês! – Nicole disse.



– Nem em sonho! – Gabriela.



– Fumou? – Manu.



– Vão sim. Se não a Madison não vai ter um motivo de parar de se cortar lá, de parar de olhar as fotos dos pais dela sem rasgá-las e sentir seu peito arder de dor, ela não vai conseguir sair daquela cama! É isso que vocês querem? – Falei sentindo toda a dor de Madison por um momento.



– Vamos. – Jade disse indo para a garagem sem me olhar nos olhos.



Eu sorri mentalmente e entrei no quarto. Madison estava jogada no chão rasgando as fotos de seu pai uma por uma, seu sangue sujava todas as fotos, mas ela não ligava, só queria extravasar a dor que sentia.



– Madison. – Falei e ela me olhou. – Vamos tomar um banho, lavar esses cortes, trocar essa roupa, vamos para o acampamento.



– Eu não vou, Liana! – Ela disse caindo no choro mais uma vez.



A peguei no colo e beijei sua testa. Ela era leve como uma pluma. Levei-a até o quarto e comecei a tirar sua roupa com cuidado, assim que terminei de deixá-la só de lingerie, coloquei-a no chuveiro e ela gemeu de dor. Ela sentou no chão e começou a chorar novamente. Fui até seu guarda-roupa e peguei uma roupa qualquer para ela vestir.



Tirei-a do box e a sequei com a toalha, pedi que se vestisse e depois viesse. Depois de uns 10 minutos ela veio com os cabelos molhados e a roupa seca. Peguei a escova na mesa de cabeceira e comecei a pentear seus cabelos.



Ela só precisava de uma mãe, de carinho. Ela aprendeu com a vida a como ser uma mulher. Ela poderia ter se jogado na esquina, ter vendido seu corpo por uns trocados numa cama de motel. Poderia ter se drogado, viver em boate, poderia ser se suicidado. Mas não, ela viveu sua vida como deveria ser. – Beijei seus cabelos com cuidado – Ela precisava de uma mãe pelo menos nas horas vagas, uma pessoa que a beijasse os cabelos, que a divertisse e também desse broncas e ordens. Ela era uma garota madura e até normal para uma pessoa que viu o que ela viu.



– Posso entrar? – A voz de Harry entrou por nossos ouvidos e eu apenas pronunciei um “pode” e Madison assentiu.



– Senta aqui. – Madison bateu no lugar ao seu lado e sorriu. – Pode sentar.



Ele sentou ao seu lado.



– Me desculpe. – Ela olhou para o chão. – Eu estraguei a viagem de vocês.



– Não estragou nada, nós ainda vamos. – Ele sorriu de canto. – Vamos para o carro, vem. – Ele a chamou e olhou para mim, sorri cúmplice, mas um sorriso sincero. Ela o seguiu e eu fui atrás, fechando a porta.



[...]



– Tá tocando Eenie Meenie! Aumenta, aumenta, aumenta! – Madison pedia quicando no banco de trás.



– Para de quicar, Madison. Pronto! – Aumentei o volume e ela bufou.



E a viagem foi longa. Finalmente chegamos no acamps e estacionamos num lugar onde pediram. Fomos até o enorme salão. Uma mulher estava em cima de uma mesa (aloks) e parecia ser algum tipo de governanta, masok. Todos estavam sentados nas cadeiras e ela dizia algo que devia ser muito importante, porque na hora que chegamos ela parou de falar e nos olhou, fazendo TODOS olharem para a gente.



– Srta. Harvey, Sr. Castro e Srta. Mason. – A mulher disse. – Sentem-se, por favor.



Sentamos todos até a veia soltar AQUELA bomba.



– Eu dizia que iríamos fazer um show ali no palco com alunos, vocês me pareceram ótimos cantores. Será que poderiam fazer-nos esse favor? – Disse sarcástica.




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