We Found Love In A Hopeless Place escrita por Mari Kentwell Ludwig


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Nesse vai ter os primeiros beijos Clato deles!!



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Desperto assustado ao ouvir um canhão. Clove se levanta rapidamente com uma faca em punho, pronta para atacar.

–Cadê o Marvel? – Ela pergunta olhando ao redor.

Será que aquele canhão era de Marvel? Ou será que foi para a sua vítima? Sei apenas de uma coisa: ele rompeu a aliança. Mas não nos traiu, cortando nossas gargantas enquanto dormíamos. Talvez estivesse com medo de que eu e Clove estivéssemos planejando cortar a garganta dele.

Poucos minutos depois, outro canhão.

–Marvel? – Pergunta Clove.

–Saberemos ao anoitecer. Não vamos ficar parados aqui. – Digo pegando uma mochila.

–Mas pra onde vamos? – Pergunta Clove nervosa.

–Vamos voltar para a Cornucópia. Talvez Marvel esteja lá.

Clove pega a mochila e iniciamos a caminhada. Enquanto caminhamos, um coelho cruza o nosso caminho. Clove não hesita em acertá-lo com uma faca. E agora que teremos que racionar, precisamos dele. Guardo-o na mochila dela. Resolvemos dividir uma barra de proteína para tentar acalmar nossos estômagos. Ao anoitecer, alcançamos a Cornucópia. A insígnia de Panem surge e lá estão os rostos de Marvel e Rue.

–Ele se foi. – Diz Clove friamente.

–Você gostava dele? – Pergunto um pouco indignado.

–Não do jeito que você pensa. Pelo menos ele não nos matou enquanto dormíamos. – Sou obrigado a concordar.

–Mas pelo menos ele acabou com a vida da garotinha do 11. – Completo.

Voltamos para o interior da Cornucópia.

A voz de Claudius Templesmith surge do nada enquanto arrumamos as mochilas:

–Parabéns aos seis tributos restantes! Estamos aqui para informar que vocês estão convidados para um ágape na Cornucópia amanhã, pois cada um de vocês necessita muito de algo, então não recusem. – Tudo fica silencioso. E então a voz dele retorna. – A regra anterior do Jogo, que dizia que poderia haver apena um vencedor, foi revogada. Há partir de agora dois tributos do mesmo distrito podem ser nomeados vencedores. Estes são os únicos comunicados.

Uma felicidade estrondosa toma conta de todo o meu ser. Todos aqueles pensamentos horríveis que rondavam a minha mente sobre uma possível final entre mim e Clove dão lugar a grande possibilidade de que eu e ela possamos voltar vivos e juntos para o Distrito 2.

E inesperadamente, Clove se vira e me abraça. Retribuo o abraço e então ela se solta, olha dentro dos meus olhos e se aproxima.

–Se for preciso, Cato, eu darei a minha vida para salvar a sua. – Ela sussurra e então nos beijamos. Um beijo caloroso, com o qual eu já sonhei por muito tempo.

Quando paramos de nos beijar, Clove comenta um pouco envergonhada:

–O ágape deve ser aqui, amanhã. Não acha melhor darmos o fora?

–Você tem razão.

Nos levantamos e pegamos nossas mochilas. Seguimos para a floresta. Aos arredores da clareira nos deitamos, observando o céu.

–Lembra quando a gente ficava sonhando com isso? – Pergunto relembrando da nossa infância e pensamentos sobre Jogos Vorazes.

–Lembro. Mas nós nunca sonhamos com essa possibilidade.

–Nós vamos vencer Clove. Juntos.

Sorrimos. Ela se aproxima de mim e adormece ao meu lado. Acho que eu ficarei de vigília hoje.

Quando o sol está nascendo, ela acorda.

–Está com fome? – Pergunto pegando a mochila do meu lado e procurando por algo. Clove responde com um sorriso.

–Cato, temos que pensar em uma estratégia para o ágape.

–Certo, mas você tem alguma?

–Pensei nisso ontem antes de dormir. Acho que deveríamos nos separar. Eu vou pegar a dádiva e você fica pelos arredores, caso alguém apareça.

–Não. É melhor eu ir pegar a dádiva e você fica aqui. Eu quero acabar com Katniss de uma vez por todas.

–Se é assim, pode deixar comigo. Prometo que se você deixá-la por minha conta, eu darei um ótimo show ao público.

Permaneço um longo período de tempo em silêncio.

–Tudo bem. – Digo ainda em relutância. Era eu quem deveria acabar com Katniss. Mas acho que o público vai adorar ver Clove esfaqueando ela até a morte. O barulho de um aerodeslizador nos interrompe. Ele está com uma mesa içada, e sobre ela, quatro mochilas identificadas com os números dos distritos. Depois de posicioná-la na boca da Cornucópia, ele some pelo ar. – Acho que já está na hora.

Clove esvazia as duas mochilas. Coloca todos os suprimentos em uma delas e na outra, facas. Agora, consigo perceber que Marvel não levou muita coisa.

Nos levantamos e Clove pega a mochila das facas.

–Se cuida. – Ela diz com um sorriso.

Ela se vira, mas antes de seguir caminho, seguro seu braço.

–Você também. – Digo. Então, eu a beijo. Nos abraçamos com firmeza e Clove segue seu caminho entre as árvores.

Viro-me, pego a mochila de suprimentos e com a espada na mão, ando ao redor da clareira, escondido pelas árvores. A garota do 5, com feições de raposa, surge de dentro da Cornucópia e corre até a sua mochila, a pega rapidamente e depois vem correndo e entra na floresta a alguns metros de distância de onde estou. Então, Katniss aparece e corre até a mochila do Distrito 12. Consigo observar Clove também sair da floresta e correr até a boca da Cornucópia. Katniss contorna a Cornucópia, tentando voltar para a floresta, mas ela é parada por uma faca de Clove.

A audiência deve estar enlouquecida com tudo isso.

Um barulho entre as árvores me tira a atenção dos acontecimentos do ágape. De repente, surge um vulto entre as árvores. Por extinto, começo a segui-lo sem saber de quem se trata. Será Peeta? Não, ele não teria condições de vir até aqui, e nem de se mover com tanta velocidade. Então, a pessoa para e entre as folhas consigo identificá-la. A garota com cara de raposa. Ela está agachada olhando freneticamente para os lados, conferindo o que conseguiu na mochila. Essa é uma ótima oportunidade para acabar logo com ela. Ainda escondido, me preparo para atacá-la, quando ouço um grito.

–Cato! – Clove.

Abandono imediatamente à ideia de matar Cara de Raposa e corro o mais rápido que posso em direção a Cornucópia. Correr nunca foi o meu forte, mas eu faria qualquer coisa para que fosse, agora.

Quanto mais eu me aproximo, mais os gritos se intensificam, mas de repente cessam, junto com o barulho de um canhão.



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