Sangue de Jogos Vorazes escrita por Ytsay


Capítulo 1
A Colheita


Notas iniciais do capítulo

Então amo ler as historias que outros autores fazem sobre Jogos vorazes. São como diversas vidas e historias de pessoas que foram para os jogos, meus parabéns a estes autores. E para mim foi impossível uma ideia não brotar na minha cabeça... Espero que gostem e que comentem. -aceito uma carinha tipo :)-. Seja muito bem vindo e Boa leitura.



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Antes que eu pudesse falar qualquer coisa, fui abandonada, deixada de lado... Já nasci com um destino traçado. Sou Maya Malmer, do distrito 8, e esta é a minha parte nos Jogos Vorazes:

Vivo com um casal de idosos, que nunca me apeguei. Mas enquanto todos os mais velhos desse lugar dizem que eu não sou desse distrito, eles me acolheram, e isso é melhor do que ficar em um orfanato. Também não me importo com o que os outros dizem, pois tudo que lembro aconteceu aqui. E vou vivendo tranquila, independente dos olhares e fofocas que fazem de mim, acho que praticamente vivo como os dois velhos: sossegada.

Ao completar meus doze anos fui para a minha primeira colheita. O dia, como sempre, estavam com um ar pesado e meio fúnebre - o que não me deixou a vontade. Como nunca tinha feito antes acordei cedo, já que normalmente acordo mais tarde, por que foi impossível dormir bem e ignorar o que vinha. Vasculhei a única gaveta de roupas que eu tinha e vesti o meu único vestido. Os velhos estavam bem, tomando um sol, mais sabia que eles não poderiam ir comigo mesmo que quisessem. Logo a senhora Tina, nossa vizinha, chegou com o café da manhã. E ela se espantou de me ver:

—Nossa, já esta pronta?!

Eu não era de falar, e realmente não sabia o que dizer, não tinha muitos afazeres então estava pronta. Sentei-me na varanda esperando o tempo passar. Quando vi que na rua apareciam crianças e jovens arrumados indo para a colheita, sabia que era a hora. Peguei um sanduíche de almoço e sai. Quando chegava a grande praça e vi todos aqueles jovens reunidos, algo que eu nunca tinha visto de perto, me senti um pouco sufocada. Seguindo os mais velhos, tive uma hesitação na fila, mas fiz minha inscrição. Até esse momento não tinha percebido aonde a capital queria nos meter, eu não entendia e nem dava a atenção necessária para aquele show que envolvia o sacrifício de todos os distritos, onde todas as crianças estavam destinadas a concorrer a oportunidade de Jogar.

Percebi que todos que estavam ali tinham alguém, alguma pessoa para se envolver em um abraço seguro depois de toda a tensão. E eu? Eu não tinha ninguém, fui e voltaria sozinha dessa colheita. Por sorte, talvez, ou alguém com menos sorte que eu, eu não fui sorteada. E nos dias seguintes acompanhei os jogos, prestando mais atenção, assistindo as mais diversas formas de mortes, as baixas diárias, os finalistas e suas estratégias e as intromissões dos produtores para tornar o show mais... Atrativo. Muitos, se não todos, assistiam prestando mais atenção nos tributos do distrito.

A partir dessa minha primeira colheita eu percebi o que eram os jogos, onde apenas Um de vinte quatro saia vivo. Não posso chegar lá assim, disponível a pura sorte ou baseada apenas nas habilidades que acho que posso ter. Mesmo eu não sendo nada, apenas uma inútil, eu tinha que me valorizar, por mim. E decidi que faria de tudo, treinando todos os dias sozinha e escondido, já que era proibido, além de estudar o que pudesse sobre sobrevivência e outros assuntos uteis onde pudesse. Os dois de minha família estavam velhos e já não podiam dar tanta atenção para mim, e eu estava determinada a estar no mínimo pronta até que estivesse fora da colheita.

Passei quatro anos treinando, e, por incrível que pareça, ninguém desconfiava, pois sempre passava despercebida e ninguém se importava comigo. Com todos esses anos não sendo chamada, as vezes pensava que eu nunca iria, e não sabia se isso seria desperdício ou não.

Hoje é o quinto ano que faço a minha inscrição e é um dia nublado, embora mais cedo estivesse fazendo sol. Esse ano estava usando um vestido que Tina havia me dado de segunda mão, o mais novo que eu poderia ter. E esperava a cerimonia começar.

Não sei por que ainda tremo ao ver o filme, ao ouvir a voz daquela mulher no palco e em estar nesse lugar. Eu não tenho nada o que perder e sei que tenho um pouco de tudo que preciso para poder sobreviver na arena. Mas, mesmo assim, minha garganta seca, minha respiração fica difícil, meu coração gela e minha coragem se torna insuficiente.

Com aquela educação metida da capital a mulher no palco fala as suas falas de todo anos, blablabá, e vai sortear a vitima feminina que será assassinada. Me recuso a olhar naquela direção, como se eu não quisesse chamar a má sorte contida naquele bola de vidro, abaixo minha cabeça e me concentro no chão. Não consegui ouvir o nome sorteado, mesmo com o silêncio irritante e tenso que predominava. Então levanto o olhar para a esquerda da minha fileira, três ou quatro me encaram surpresos.


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Notas finais do capítulo

:S O que acharam? Que tem a dizer do futuro dessa garota.O próximo capitulo ta quase...é clicar em proximo, depois que comentar...>