Senseis Visit escrita por Anny Taisho


Capítulo 7
Um caminho solitário




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Cap.07 – Um caminho solitário


Passou-se algum tempo desde a última conversa entre Roy e Riza. Apesar de ainda estar na Central, não estava trabalhando mais. Não queria ver Roy.


Estava no aras, sentada em uma cerca, observando a paisagem.


- Oi Riz! – Gregg sentou-se ao seu lado –


- Oi. – ela lhe dá um beijo na face esquerda –


- Então, como você está? Não anda atendendo aos meu telefonemas...


- Desculpe, eu não ando muito comunicativa. Mas e você, como está?


- Bem. Riza, você sabe que eu te amo e sempre vou te amar, mas eu também não sou burro e não vou forçar a barra. Você nunca vai me amar do jeito que uma mulher ama um homem e como sua amizade é muito importante...


- Desembucha, Gregg. Qual é o nome dela? E quando vai ser o casamento? Quero ser a madrinha. – sorri –


- dá uma risadinha – Você não é fácil...


- Gregg, eu sou muito grata por tudo que você me fez, mas eu não sou egoísta. Eu nunca vou poder te amar do jeito que você merece, e se apareceu alguém que te ame assim... Eu não aceito não ser a madrinha!


- O nome dela é Judith, é psicóloga.


- Espero conhecê-la logo.


- Ela vai vir para a Central amanha, um jantar está bom para você?


- Excelente. E que bom que vai ser amanha, não pretendo ficar por aqui por muito mais tempo.


- Pra onde você vai?


- Sul. Meu pai acabou de comprar uma fazenda estilo colonial e eu vou ficar lá por algum tempo. Preciso ver se vou continuar no exercito...


Seu olhar estava longe.


- Administrar uma fazenda? – em um tom incrédulo –


- Eu? Imagine... Meu pai já contratou um administrador, como o das outras fazendas. Eu vou só ficar lá.


- E o que pretende fazer depois? Digo, você adora o que faz.


- Meu avô quer que eu viaje para algum lugar do mundo... Ele acha que é a mais fácil de superar. Ele já se propôs a pagar tudo, disse que não aceita que eu mexa em um único iene do meu dinheiro.


- Nossa! Mas você pretende?


- Gregg, eu não tenho nada que me prenda aqui. Acho que vou viajar e depois me estabelecer no Leste... Passar a cuidar da minha carreira.


- Espero que você deixe os amigos. – ele sorria sincero, realmente queria sua amizade sem segundas intenções –


- Nunca. Principalmente você.


- Que bom, porque você vai ser a madrinha do meu casamento e de um dos meus filhos.


- Ai de você se me substituir! Bem, agora vou andar um pouco a cavalo... Faz tanto tempo que eu não tenho cabeça para fazer isso.


- E eu vou cuidar do jantar. Na minha casa, ás oito, amanhã!


- Eu não vou esquecer! – sorri e desce da cerca se encaminhando para o estábulo –


-


-


Roy estava trabalhando quando a lembrança de uma certa loira veio a sua mente.


- Riza... Por que você não me atende...?


Deixou seu corpo pesar sobre a cadeira de couro preta e passou a balançar a caneta entre dois dedos, batucando-a sobre a mesa.


- Hey man! O que foi? – Hughes como sempre, entrava sem avisar –


- Como se você não soubesse... – dá uma risada falsa –


- Não é só você que ela não está atendendo. Parece que nem o pai anda conseguindo falar com ela...


- Maes, eu fiz tanto mal a essa mulher... Tanto mal. Eu a fiz largar do namorado para ficar comigo e não cuidei dela...


- Man, você não errou porque quis.


- Ela acreditaria em mim, mesmo que o mundo duvidasse... Mas eu não fui capaz de fazer o mesmo.


- Tudo estava contra ela... Era difícil, para não dizer impossível.


- Mesmo assim, ela perdeu nosso filho porque EU a deixei nos pés daquela escada... E o pior, ela nem se quer acredita em me amor...


- Mas a vida não os separou. Alguma coisa isso deve significar... Se ela não acredita, faça-a acreditar. Lógico, se você ainda a amar.


- Eu nunca deixei, todas as vezes que eu esfregava minhas namoradas para o pessoal era só pra ver se ela reagia. Tudo o que eu sempre quis, foi vê-la reagir para eu saber que ela também não havia me esquecido.


- Então faça alguma coisa a respeito. Se ela está machucada, cure as feridas.


- A ultima pessoa que ela permitiria chegar tão perto sou eu. Ela tem medo, rancor, falta de confiança...


- Como se você desistisse fácil. Você é mais teimoso que uma mula! Faça isso valer a pena, Roy, você sem ela está um saco! Cara, essa mulher te faz uma falta...


- E como...


-


-


O jantar com Gregg e a namorada foi agradável. A moça parecia ser uma excelente pessoa. Tinha certeza que ela faria Gregg feliz e ele merecia isso. Mas agora estava pensando em si. Tantos anos de lealdade a uma pessoa e agora não sabia o que fazer.


A única certeza que tinha, era que precisava se recompor. Curar todas as feridas de seu coração permanentemente. Não que acreditasse que esqueceria, mas pelo menos, as lembranças não machucariam tanto.


Ainda sonhava com uma família, mas não se casaria apenas para tentar esquecer. Só daria esse passo de novo, quando tivesse condições de amar novamente.


Caminhava apressadamente pelos corredores do quartel, e os olhares que recebia era devido as roupas civis. Vestido branco de gola alta trabalhada, até o meio da coxa, meia preta, sapato alto, sobretudo branco que cobria o vestido e belos óculos escuros.


Recebia olhares que nem imaginavam quem estava debaixo de toda aquela vestimenta civil.


Toc Toc


- Entre.


A loira respirou fundo e entrou na sala.


- Bom dia, Roy.


- dá um pulo da cadeira – Riza? Nossa... Eu não te esperava tão logo...


- Vamos parar com a hipocrisia e resolver nossa situação. – joga sobre a mesa uma pasta – Assine e estaremos oficialmente divorciados.


- olha a papelada – Eu não vou assinar nada.


- põe os óculos no alto da cabeça – E o que te desagrada no contrato?


- O contrato em si. Eu não vou me divorciar.


- rola os olhos – Você não cansa, não? Já vimos esse filme a oito anos...


- Se eu não assinei a oito anos, o que te leva a crer que assinarei agora?


- Você não assinou porque disse que faltava alguma coisa na explicação, então agora que você já sabe de tudo, podemos acabar com isso.


- Me dá uma chance...


- Pára com isso. Eu não acredito em você, na verdade, eu te considero a pior coisa que me aconteceu.


- Não é possível... A gente foi tão feliz.


- Lamento se as minhas lembranças ruins apagaram qualquer resquício de felicidade.


- Eu nunca quis te machucar, eu podia ter acreditado...


- Sabia que se eu não tivesse ligado para a Gracie e ela para a emergência, eu não poderia ter mais filhos?


- Não... – sussurrou –


- Pois é, você nunca sabe de nada. Agora larga de enjôo e assina essa droga logo.


- Não vou assinar nada.


- Que seja. Eu entro com litígio, nos vemos nos tribunais, ou melhor, veja meu advogado nos tribunais, porque eu não pretendo olhar para sua cara nunca mais.


A loira vira-se em direção a porta e sai.


Seria muito mais difícil do que jamais imaginou, ela tinha medo demais para deixá-lo chegar perto, mas não iria desistir.


Continua...


 


 


 


 


 


 


 


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Notas finais do capítulo

Oi gente que eu adoro!
Aqui está mais um cap que e´spera ser comentado!
Kissus



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