Entre O Amor E A Magia escrita por SuLinhares
Depois de 30 minutos escuto um carro chegando. Fui para a porta e fiquei esperando Adam na varanda. Ele estava lindo vestido com um casaco marrom, gorro e cachecol preto. Adam traz consigo um embrulho e dois buques de tulipas, as flores tenho certeza que são para minha avó e minha mãe, não é a toa que elas ficam derretidas quando falam dele.
- Feliz natal minha doce Alice. – E me dá um beijo e um abraço maravilhoso.
- Feliz natal meu amado Adam.
- Isto é para você, espero que goste. – É uma linda caixa vermelha decorada com corações brancos e para completar, um lindo laço rosa.
- Que lindo! Nossa, estou sem graça, não comprei nada para você. – Tenho certeza que meu rosto ficou corado. Adam ri da situação.
- Não se preocupe com isso anjo, eu passei em frente de uma loja, e achei que você ia gostar. Mas só abra quando eu for embora.
Olho para ele surpresa.
- Porque não posso abrir agora?
- Porque sim Alice, segure sua curiosidade.
- Isso não é justo, estou me coçando de curiosidade.
- Calma mocinha, mas tarde você vai descobrir. – E me dá outro beijo – Acho melhor entrarmos, fica estranho ficar aqui na varanda, e também está muito frio aqui.
- Ops, perdão. Vamos entrar.
Todos estavam conversando na sala, perto da lareira. Minha avó estava servindo seu famoso bolo de nozes. Cass estava que nem criança comendo sua fatia é o bolo preferido dela.
- Olá! Feliz natal a todos! – Adam vai abraçando cada pessoa que está na sala.
- Adam, pensei que não ia mais aparecer, pensei que ia perder o bolo de nozes. – Diz minha avó super simpática.
- Não perderia esse bolo por nada D.Celina, seu bolo é bem famoso. Essas flores são para a senhora. – E virou-se em direção a minha mãe – E estas para senhora.
- Quanta gentileza Adam, muito obrigada. – É notável que Adam está aprovado para a minha mãe, não apenas para ela, mas sim para a família toda.
- Pode se servir Adam, fique a vontade. Vou buscar talheres para você. – Meu pai se levanta e vai em direção a cozinha.
- Adam é o seguinte. – Começa Cassandra – Vá com calma nesse bolo, entendeu? Esse bolo tem uma fã de carteirinha e ela gosta de provar desse bolo várias vezes. – E dá uma piscada para Adam.
Essa Cass é uma piada, ela consegue fazer todos rirem de suas gracinhas.
- Ok Cass, terei calma com esta preciosidade. – Responde Adam.
- Muito bem Adam, você é um homem sábio. – Cass se levanta e tira mais uma fatia de bolo.
- Aqui Adam, seus talheres. – Entrega meu pai.
Depois de algumas horas de conversa, Adam, eu, Cass e Phil fomos para a cozinha. Nos disponibilizamos a lavar as louças.
- E ai Adam, saudades do nosso dormitório na faculdade? - Phil começa a rir.
- Hum, deixe-me pensar, não, nadinha. Aqui está ótimo. E você? Saudade das líderes de torcida? – Adam começa a rir e olha para Cass, Phil sacode a cabeça rindo.
- Quer dizer que o senhor fica de olho nas garotas de pompom? – Cass olha para Phil com ar sério, mas no fundo é tudo fingimento.
- Sabe como é amor, elas ficam pulando, dançando com aquelas sainhas...- Ninguém aguenta e começa a rir, exceto Cass, parece que ficou com ciúmes.
- Phil! – Jogou um guardanapo nele. Ele vai para perto dela e lhe dá um abraço.
- Cassandra, nenhuma líder de torcida, por mais gostosa que seja, vai tomar seu lugar no meu coração. – E Phil lhe dá um beijo.
- Own que lindo! – Digo.
- Na verdade, me deu vontade de vomitar. – Andrew entrou na cozinha.
- Andrew, sei que você tem queda por garotas de pompom, eu já vi suas ações na Georgetown. – Adam cutuca.
- Sabe como é Adam, elas não resistem ao encanto do papai aqui. – Andrew é tão hilário quanto Cass, ele está no segundo ano de medicina na universidade.
- Fica tranquila Cass, eu não passo nenhuma líder gostosa para o Phil, deixo ele pegar só as mais ou menos. – Essa declaração deixou Cass vermelha, mas tirou risada de todos.
- Andrew, vou te bater tanto, que nem suas musas do pompom vão te reconhecer. – Cass está com ciúmes, é tão engraçada.
- Calma Cass, é tudo brincadeira! É está mais divertido porque você está irritadinha. – Falo para ela.
- Oh! Que boba sou! – E põe as mãos no rosto de forma dramática – Torturada por esses seres que ficam felizes em me ver sofrendo.
Sua interpretação foi digna de um Oscar.
As brincadeiras continuam, e depois de um tempo Cass, Phil e Andrew vão para a sala. Adam chega perto de mim e me abraça.
- Sabia que eu passei a noite pensando em você, deu uma vontade louca de te raptar.
- Hum, o senhor está muito engraçadinho, não pode raptar as pessoas assim, sabia? - E dou um beijo nele.
- Sei disso, mas sou um homem apaixonado, que não consegue esquecer sua linda namorada.
- E sua namorada também não consegue esquece-lo.
E começamos a nos beijar. Um beijo calmo e doce, que depois foi ficando mais intenso, cheio de paixão. Me afasto, um pouco tonta.
- Que foi?
- Nada. – Minha respiração está ofegante. – Nada não, é que alguém pode entrar e nos ver, não ia ser legal, ia ficar sem graça.
- É só isso mesmo? – Adam sabe que estou mentindo.
- É só isso sim. – Dou um sorriso amarelo para ele.
Adam pega em minhas mãos.
- Alice, jamais vou fazer algo que você não queira, jamais. Sempre vou te respeitar, não passarei dos limites com você, entendeu?
- Entendi sim Adam, desculpa, fiquei nervosa. – E volta a abraça-lo.
- Eu sei, percebi. Vamos para a sala?
- Vamos.
Nos dirigimos para a sala, e nos reunimos com os outros. O clima entre todos estava ótimo, cheio de alegria. As risadas enchiam o ambiente, é maravilhoso ficar próximos de quem a gente ama.
É esse carinho, esse aconchego que sinto falta quando volto da SunsetFalls, Cass se sente assim também. Só temos uma a outra, conversamos e brincamos, mas quando a saudade aperta fica difícil, já choramos muito com saudades de casa. Mas graças a nossa grande amizade conseguimos superar os momentos de dificuldades.
Já são 22:00, e todos começam a se despedir. Phil, Cass e sua família são os primeiros a saírem, depois Adam se levanta e se despede da minha família, o levo até a varanda.
- Depois que eu sair, você pode abrir seu presente. – Ele aperta meu nariz.
- Com toda certeza, é só você entrar no carro que vou correndo para o meu quarto abri-lo.
- Menina curiosa hein? – Me dá um beijo. – Tenho que ir, a estrada com neve não é muito segura de noite, tenho que dirigir bem devagar.
- Eu sei, então você me liga amanhã?
- Ligo sim, obrigado.
- Pelo o quê? – Olho com curiosidade para ele.
- Por ser tão maravilhosa, por ter me proporcionado um natal tão especial, por me fazer te amar. – E ele me puxa para perto dele e me beija. Seu beijo deixa meu coração acelerado.
- Uau! Que beijo. – Digo.
Ele ri.
- Já vou, te amo Ali.
- Te amo Adam.
E ele sai em direção ao carro, fico esperando ele manobrar e ir em direção à porteira.
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