Entre O Amor E A Magia escrita por SuLinhares


Capítulo 12
Capítulo 12




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Adam me olhou sério e fixamente.

- Ele disse o que Alice? – Sua voz calma e baixa.

- Que me ama. – Respondi quase em um sussurro.

- E você disse o quê?

- Nada, não respondi. – Estava olhando para o chão, mas podia sentir seu olhar sobre mim.

Adam respirou fundo e levantou meu rosto.

- Alice, quero que seja sincera comigo, você ainda sente alguma coisa pelo Matt?

- Não! Claro que não! Acabou, tudo o que eu tinha e sentia por Matt acabou.

- Certo.

- Você não acredita em mim Adam?

- Acredito Ali, mas é perturbador saber de algo assim. Se coloque em meu lugar, você ficaria pior do que eu.

Ele me abraça, seu abraço é reconfortante. Me sinto segura em seus braços, parece que nada vai nos acontecer. Adam beija meus cabelos e levanta meu rosto:

- Eu te amo Alice, amo muito, jamais amei alguém como eu te amo. Sei que é cedo, você pode achar precipitado, mas...Não sei como dizer, o que sinto por você é grande demais. Só sei que te amo e não quero que nada abale o nosso amor.

Choque. Sem palavras. Acho que não senti o chão enquanto Adam me falava aquelas palavras. Ele me ama! Adam me ama! Suas doces palavras foram tão sinceras que não consegui segurar minhas lágrimas.

- Oh Ali...Que foi meu amor? Foi alguma coisa que eu disse? Te assustei?

- Não Adam. – Ele enxugava minhas lágrimas com suas mãos macias. - Eu estou feliz por ouvir isso! Eu também te amo Adam, te amo demais. Você me faz feliz desde o dia que fui atropelada por sua bicicleta, você é o anjo que entrou em minha vida. Te amo tanto meu amor! – E o beijei.

Beijei como se fosse a última vez, beijei como se existisse apenas ele e eu no mundo. Beijei como se fosse nosso primeiro beijo. Beijei porque eu amo! Amo mais que tudo, amo com cada força do meu ser. Ele é o amor da minha vida.

- Ali, você me encantou. E não é nenhum Matt que vai atrapalhar nosso amor.

- Nada vai atrapalhar o nosso amor.

- Nada mesmo. – Adam me envolve em seus abraços.

Minha vó grita do corredor:

- O jantar está pronto!

Nos levantamos e seguimos para a cozinha. O jantar estava servido em cima da ilha de bancadas, cada um já ocupava seu lugar ao redor dela. No centro, estava uma bela caldeirada de peixe com legumes. Havia salada, arroz branco, vinho e suco.

- Sirva- se a vontade Adam. Não tenha vergonha. – Disse meu avô.

Adam e eu nos sentamos e começamos a nos servir, como ia voltar dirigindo, Adam preferiu tomar suco de laranja e eu o acompanhei. A caldeirada estava uma delícia! A conversa estava ótima, todos rimos felizes. Depois do jantar fui ajudar minha mãe e avó a lavar as louças. Adam e os outros foram para sala conversar sobre baseball.

- Bom, o jantar foi maravilhoso! Mas tenho que ir. – Diz Adam.

- Já? Mas nem comecei a contar minhas histórias de terror. – Disse meu avô.

- Posso vir outro dia e também conto as minhas para o senhor.

- Combinado meu rapaz! Vou cobrar essa promessa hein! – Meu avô se levanta e dá um abraço em Adam. – Volte sempre!

- Obrigado Sr. James.

Adam se despediu de todos na sala. O acompanhei até a varanda. Lá fora fazia bem frio e a nevasca estava ficando mais forte.

- Tenha cuidado, a estrada pode está escorregadia.

- Vou ter sim minha querida. Se cuida tá, quando chegar eu te ligo.

- Que horas você vem amanhã?

- Depois do almoço, tenho que ir, te amo. – Me beija suavemente.

- Amo você também.

E ele sai em direção ao carro. Aceno da varanda e ele sai. Fico olhando até o carro sumir, depois entro.

- Minha filha, você tirou a sorte grande. – Disse meu avô. Fico surpresa com a declaração, meu avô sempre foi tão discreto em suas manifestações de afeto.

- Ele ótimo mesmo, um genro que todo pai quer para sua filha. – Meu pai complementa.

- Nos darão lindos bisnetos hein James? – Minha avó superou todos dessa vez.

- Ei! Calma gente! Estamos namorando e não noivando! Vocês me deixam assustada com esses comentários.

- É que vocês foram feitos um para o outro Alice. Qualquer pessoa que olhe vocês percebe isso. – Minha mãe fala com uma calma imensa.

- Adam é maravilhoso sim, mas vamos com calma tá? Estamos nos conhecendo, nos curtido e estamos aproveitando cada momento juntos. Você sabem, estudamos em universidades diferentes, e muita coisa pode acontecer...Mas do fundo do meu coração quero que dê tudo certo.

- Vai sim minha querida, tudo vai dá certo sim. – Diz minha vó com aquele ar de mistério.

- Que tal contarmos histórias hein? – Meu tio Robert é meu herói!

- Apoiado! – Digo. Finalmente uma mudança de assunto. O primeiro a contar foi o tio Robert.

- Vocês sabiam que há muito tempo atrás apareciam supostos fantasmas próximos ao rio Green?

- Ai credo tio, tinha que ser logo tão próximo de casa? As portas e janelas estão bem trancadas? – Todos começaram a rir. Me encolhi perto do meu pai, tio Robert continuou:

- Sério Ali, pode perguntar para qualquer morador mais velho. O Sr. Thomas me disse que quando era mais jovem tinha o hábito de pescar no rio. Certa vez ele resolveu tirar uma soneca no barco, e quando acordou já estava escurecendo. Quando ele olhou para a margem viu uma mulher de branco acenando para ele, então ele resolveu voltar e ver o que a mulher queria, quando ele chegou perto da margem a mulher desapareceu que nem fumaça.

- É sério, acho que vou dormir com vocês hoje, posso? – Olho para meus pais.

- Pode sim filha. – Diz minha mãe sorrindo.

- River Green tem muita história misteriosa escondida. – Diz minha vó.

E a conversa continuou. Meu celular vibra, é Adam. Peço licença e vou atender na mesa de jantar. Poderia atender na cozinha, mas depois dessas histórias prefiro ficar perto de todos.

- Oi amor! – Atendo super  feliz.

- Oi meu anjo, tudo bom?

- Sim, um pouco impressionada com os contos de terror do meu tio, mas estou bem.

Adam começa a rir.

- Ah! Sério Alice? Você está com medo?

- Medo não, só fiquei impressionada, normal.

Adam solta gargalhadas no outro lado da linha.

- Não tem graça nenhuma Adam.

- Ok, não vou mais zoar de você. Mas que foi engraçado foi.

- Nossa, estou rindo até agora. – Falo em tom de sarcasmo.

- Que lindo, você está brava.

Impossível ficar com raiva dele.

- Ok, eu te perdoo.

- Sabe o que eu queria?

- O quê?

- Te raptar, roubar você da casa de seus avôs e ficar a noite inteira com você. Topas?

- Hum, é tentador. Passar a noite inteira com você deve ser ótimo. Mas se você me raptar vai perder pontos com algumas pessoas.

- Eu sei disso. Por isso não te raptei, ainda.

- Adoraria.

- Liguei para dizer boa noite e que te amo.

- Eu também amo você Adam.

- Vejo você amanhã. Boa noite meu anjo.

- Boa noite querido.

Me levanto da mesa e volto para sala. Depois de várias horas de conversa, fomos dormir. Minha mãe colocou um colchonete entre a cama dela e a parede, não quis ficar perto da janela. Jamais contarei isso para o Adam. E claro, nem para Cass. Para ninguém. 


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