Its Our Story escrita por Atena


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Agradeçam a Amanda Santos.



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Percy, Atlântida.

As onze horas eu terminei a primeira fase do treinamento deles mas não disse o resultado. Os dispensei e fui falar com Annabeth. ''Eles são bons, um pouco mais de treinamento e eles ficam ótimos'', ela dissera antes de ir para o quarto.

Me despedi de todos e fui para o jardim.

Sentei em um banquinho dali e fiquei cantando Starlight baixinho até Thalia sentar ao meu lado.

– Você não a ama - Ela disse me olhando.

– O que? - Perguntei confuso.

– Acácia. Você não a ama merda alguma. Mal a conhece - Ela disse.

– Claro que a amo, e claro que conheço - Falei.

Ela arqueou a sobrancelha e virou todo o seu corpo na minha direção.

– Aé? Qual a cor favorita dela, então? Maior medo? Prefere gato ou cachorro? Quantos anos ela tem?

– Ahn, é... verde. Tem medo de cobra e prefere gato. Tem dezoito anos.

Thalia riu.

– Deuses, Percy. Você já mentiu melhor. A cor favorita é roxa, tem medo de perder o pai. Prefere cachorro e tem dezessete anos. Como hades você não sabia do último?

– Isso não quer dizer nada - Eu digo irritado.

– Tudo bem. Continue mentindo. Mas eu conheço você e sei que está escondendo algo. E eu vou descobrir o que - Dito isso ela saiu.

Eu estava furioso comigo mesmo por ter errado algo como a idade dela.

Suspirei irritado e me levantei, pronto para ir almoçar quando alguém pulou nas minhas costas.

– Hei, Percy - Acácia disse me fazendo rolar os olhos.

– Tem mesmo que pular nas minhas costas?

– Sim. Thalia está desconfiando. Me fez um monte de perguntas e eu errei todas, por isso temos que agir como um casal.

– Ela fez isso com você também? - falei enquanto caminhava.

– É, fez - Ela disse - É verdade que sua mãe faz comida azul?

– Aham - Eu disse sorrindo enquanto lembrava dela - É o jeito dela de mostrar que tudo é possível.

– Conte-me sobre ela depois - Acácia disse quando chegamos na Sala de Jantar.

Ela desceu das minhas costas e me beijou, sentando em seu lugar logo em seguida.

Sentei ao seu lado e vi Thalia sorrir vitoriosa.

Olhei assustado para meu pai, que somente me olhou confuso.

– E então, Acácia - Thalia começou quando começamos a comer - Se conhecem desde quando?

– Há dois anos. Papai vinha aqui para as reuniões e eu e Percy conversávamos. Começamos a namorar há três meses.

– Hum - Thalia falou - E como ele nunca te falou sobre a mãe dele? Porque pelo o que eu saiba, a mãe dele é uma das coisas mais importantes para ele.

– Na verdade eu não sei - Acácia falou me olhando - Porque?

– Minha boca estava muito ocupada - Falei baixinho, mas alto o suficiente para todo mundo ouvir.

Acácia sorriu.

– Oh, com certeza - Ela disse e Thalia rolou os olhos.

– Mas ele te contou como resgatamos Nico, não é? - Ela perguntou.

Acácia me olhava pedindo ajuda e meu pai olhava de mim para Thalia, como um jogo de tênis.

– N-não.

Thalia vestiu uma expressão de susto, como se não acreditasse, mas eu vi que tentava não sorrir.

– Oh, meus deuses. Como não?

Antes que pudéssemos responder meu pai falou.

– Filho, chame Pedro depois do almoço. Nós temos que cuidar da segurança de Atlântida enquanto estivermos fora - Ele falou, mas entendi que era comigo que ele era falar.

– É claro - Falei aliviado.

– Tio? - Thalia chamou - Posso ficar aqui durante o tempo que estiverem fora para ajudar?

Eu e ele nos engasgamos ao mesmo tempo.

– Ficar? Aqui? Durante um mês? - Perguntei enquanto Acácia dava tapinhas nas minhas costas.

Estávamos ferrados. Não era legal quando Thalia desconfiava de algo. Ela era persistente e só pararia depois que descobrisse a verdade. E meu pai não poderia dizer não, porque estaria jogando na cara dela que tínhamos algo a esconder, mas aceitar era me mandar para a forca. Thalia me conhecia quase tão bem quanto minha mãe.

– Claro que pode - Meu pai falou me olhando - Qual o problema, Percy?

– Ter que aturá-la durante um mês não é legal - Falei e Thals sorriu maliciosa.

– Você não reclamou aquele dia na praia, Percy - Ela disse.

Agora foi a vez de Acácia engasgar.

– Até ela? - Me perguntou assustada - Vai me dizer que ficou com Annabeth também?

Mordi os lábios.

– Ah, meus deuses - Ela disse e Thalia começou a rir.

Coloquei a cabeça nas mãos ouvindo Thalia rir.

– Você quer me mandar para a fogueira? - Perguntei.

– É muito divertido ver você ferrado - Ela disse.

– Tal pai, tal filho - Acácia falou.

– Hei, não fale de meu pai. Perdi as contas de quantas mulheres casadas aqui de Atlântida seu pai pegou.

– PAI! - Ela gritou irritada e todos riram - Vocês homens não servem para nada.

– Nada mesmo? - Meu pai perguntou malicioso e ela corou.

– Uhn... bem - Ela respondeu dando de ombros e nós rimos.

O resto do almoço foi assim. Eles ficaram rindo sobre coisas idiotas enquanto eu e Acácia fingíamos ser o casalzinho fofinho e mais um monte de inhos que me davam vontade de vomitar.

Depois disso eu, meu pai, Acácia e Cipriano fomos para o escritório.

Meu pai sentou na poltrona e eu e Acácia sentamos no sofá enquanto víamos o pai dela andar de um lado para o outro.

– Como você deixa aquela pirralha ficar aqui durante um mês? - Ele fala irritado.

– Primeiro: Não a chame de pirralha. Ela ainda é minha prima. E segundo: você queria o que? Que meu pai dissesse não e jogasse na cara dela que estamos escondendo algo? - Falei irritado - Ela já está desconfiando, nos testou e nós dois reprovamos. Meu pai não podia dizer não.

– Então, queridinho, como iremos fingir durante um mês?

Rolei os olhos.

– Eu e Acácia vamos tentar estudar nós mesmos, aí assim quando ela perguntar nós não iremos errar nada - Falei.

– Acho bom, porque se ela descobrir algo eu ataco Atlântida - Ele disse.

– E se você nos atacar eu mato sua querida filha. Você escolhe - Eu disse e sai dali, deixando uma Acácia de queixo caído e um Poseidon risonho.

Estava indo para o quarto quando vejo Annabeth.

– Percy? Oi - Ela disse.

Eu estranhei. Quero dizer, ela não estava me odiando?

– Oi - Falei sorrindo.

– Você não vai testar os outros dois?

– Ahn, hoje não.

– Amor! - Ouvi alguém gritando e virei.

Acácia vinha correndo na minha direção com uns dois livros grossos nos braços.

– Acácia? O que é isso? - Perguntei quando ela já estava na minha frente.

Ela olhou para Annabeth e mordeu os lábios.

– Álbuns de fotos. Seu pai me deu.

Atá.

– Tudo bem. Vamos? - Perguntei e me virei para Annabeth - Tchau Annie.

Dito isso entrelacei minha mão na de Acácia e fomos para o quarto.

Quando chegamos eu soltei a mão dela e fechei a porta.

– Comece com a sua infância - Eu disse e ela deitou na cama enquanto falava.

Ela nasceu aqui em Atlântida a uns três milênios atrás e a mãe morreu no parto. O pai dela era um grande amigo do meu e então quando ele resolveu criar os lordes o pai dela foi um dos primeiros. Meu pai concedeu a imortalidade para o pai dela e para ela, mas eles podiam morrer em batalha. Ela era o bibelô de seu pai então sempre foi mimadinha. Não tinha nenhum trauma de infância e já quis ser uma Caçadora, mas não daria muito certo por ter nascido abaixo do mar. Depois eu perguntei os desejos, fantasias, comidas preferidas e assim foi. Passamos a tarde toda falando sobre ela, mas o engraçado é que ela não era aquela coisa asquerosa que eu imaginei. Ela parecia ser legal, mesmo. Mas eu a odiava por ter me obrigado a casar com ela e sempre odiaria. Cadê a merda do livre arbítrio?

Mais perto das seis horas eu comecei a falar sobre mim. Mas como estávamos perto da janta não pude falar muito, mas ela soube de toda a minha adolescência e as minhas aventuras no Acampamento.

Quando eram sete e meia alguém bateu na porta e quando abri vi a pessoa que menos queria ver.

– O que você quer, Thalia? - Perguntei com a voz cansada.

Ela parecia estar saltitando de felicidade.

– Awn priminho, vamos passar um mês juntos. Não é maravilhoso? - Ela falou como uma filha de Afrodite.

– Thalia, você está bem? - Perguntei tentando não rir.

– Não ria - Ela disse rindo.

– Idiota, o que deu em você?

Ela rolou os olhos.

– Vamos jantar, estou com fome - Dito isso ela pulou nas minhas costas.

Todo mundo gosta das minhas costas, é isso?

Acácia fechou a porta e nós três começamos a caminhas.

– Thalia, você é pesada - Falei.

– Eu sou bem magrinha, tá legal?

– O que as minhas costas tem que vocês a adoram? - Perguntei rolando os olhos.

– Não são as suas costas, amor. É você - Acácia disse e eu pude imaginar Thalia rolar os olhos.

– Que meloso vocês dois - Thalia disse.

– Desde quando você fala comigo, aliás? - Perguntei - Achei que estava furiosa comigo por ter mentido para Annabeth.

– Você sabe que não mentiu, e sabe porque estou falando contigo priminho.

– Porra, não estamos escondendo nada - Falei largando ela quando chegamos.

– Claro, claro. Continue mentindo - Ela disse se sentando.

– Você é impossível.

– O que foi agora? - Poseidon perguntou.

– Nada pai.

– Ah deuses! - Thalia gritou - Tive uma ótima ideia agora - Ela falou com aquele sorrisinho maléfico.

– Ah, não - Murmurei.

– Porque nós cinco não ficamos aqui durante um mês? - Thalia continuou me ignorando.

– O que? Vocês vão destruir o Palácio! - Cipriano gritou - OUCH! - Ele gritou mais alto olhando para meu pai e massageando algo embaixo da mesa.

– Claro que podem - Meu pai falou com um sorriso falso e Atena jogou a cabeça nas mãos enquanto eu o olhava aterrorizado.

– Você está bem, Percy? - Acácia sussurrou.

Soltei o ar que nem percebi que estava segurando e assenti.

– Que maravilha - Falei falsamente.

– Isso é maravilhoso - Thalia gritou batendo palmas.

Ela está louca?


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Notas finais do capítulo

Amanda Santos muito obrigada pela recomendação.