Casos E Acasos escrita por Bia chan
O dia seguinte veio sem nenhum problema, só muita correria. Desembarcamos na hora do almoço e Matt achava tudo na cidade lindo, olhava para todos os lados sem parar, tudo lhe chamava atenção e parecia novo. Quando chegamos à casa de Francis correu de um lado para o outro, dizendo “Uau!” ou “ Isso não estava aqui da ultima vez.”
Eu me limitava a rir e olhar para as brincadeiras do garoto, mas de repente meu irmão entrou na sala correndo.
– Juh onee-chan você voltou eu senti sua falta. – Disse ele me abraçando.
– Também senti sua falta – Eu disse olhando para ele. – Como você cresceu, já está da minha altura, Meu Deus você já é um homem Lud, e eu só fiquei fora por quatro meses.
– Você acha que eu mudei tanto assim? – Perguntou Ludwing olhando para si mesmo, ele estava vestindo roupas de soldado típicas dos jovens alemães e seus cabelos estavam penteados para trás.
– Claro que você está mudado, está alto e forte, nem parece o menininho que eu peguei na casa da Mirian há quatro anos.
– Não parece mesmo – Disse Francis olhando para Lud de cima a baixo enquanto segurava Matt no colo.
– Ah, deixe eu apresentar vocês – Eu disse pegando Matt no colo. – Matt esse é meu irmão Lud e Lud esse é o Matt irmão do Francis.
– Prazer – Disse Lud sorrindo para Matt, mas ele se virou e pôs a cabeça em meu ombro.
– Ei Matt, ele não vai te machucar, só quer falar com você, vamos não tem o que temer.
Ele se virou encarou meu irmão e depois de um momento lhe cumprimentou e foi para o seu colo, ambos saíram passeando pelo jardim enquanto eu e Francis tomávamos chá em um coreto no meio das roseiras. Foi quando a melhor coisa do dia aconteceu, Gilbird voltou de sua viajem com a resposta de Arthur no bico.
– Foi mais rápido do que imaginei – Disse Francis, enquanto eu abria a carta e Gilbird comia um de meus doces. – O que diz?
– Espera aí – Eu disse dando uma olhada antes de ler em voz alta – Diz:
“Cara Julchen,
Sobre Matthew creio que daqui uma semana irei busca-lo e aproveitarei para deixar que Alfred passeie pela bela Paris.
Já sobre nós também lhe desejo tudo de melhor e acho que não voltaremos a nos ver, porque como já foi provado nossas vidas são muito diferentes e nossos objetivos também, então quero que se lembre dos nossos dois dias juntos e se lembre de como fomos felizes nesse curto tempo e se possível quero que não procure por mim e nem me espere na França, não quero ser mais uma vez uma decepção para você, não fique magoada e nem com raiva pois o que sentia e sinto por você ainda existe, só não quero que atrapalhe nossas vidas
De seu sincero amigo Arthur.”
– Mon Cher, tudo bem?
– Claro – Respondi tentando não chorar. Era claro que não estava tudo bem, mas eu tinha que seguir em frente, manter a pose.
No fim do dia resolvi então que iria embora, perguntei se Lud ainda estava lá em casa e ele respondeu que não, então não havia nada que me prendesse ali a não ser pelos cansativos e tentadores pedidos de Francis para eu ficar.
Chegamos no dia seguinte na hora do almoço, a casa como sempre estava vazia, sem muito que fazer e quem me vigiar, chorei assim que bati a porta da entrada, caí perto dela, fraca e indefesa, sozinha. Ali fiquei por vários e vários minutos, sem me dar conta de nada como se tudo não existisse mais, como se a vida tivesse terminado ali. Foi quando ele chegou, meu irmão mais velho Berwald, havia entrado pela porta dos fundos.
– O que houve com você? – Perguntou ele
– Nada
– Se fosse nada você não estaria assim
– Já falei que não foi nada, e quem deveria dar explicações é você que está todo machucado.
– E eu preciso falar? Você sabe por que estou assim, é sempre a mesma coisa.
– Alexander te arrasou de novo, causa Tino.
– Sim, mas dessa vez ele passou dos limites.
– Eu sei você sempre diz isso.
– Dessa vez foi pior, ele matou o chefe do Tino! – Disse ele e ficou me encarando sentada no chão, me senti pequena de novo e era como se ele estivesse me dando bronca por sair sem avisar.
– Mas isso não explica o que você veio fazer aqui.
– Preciso de dinheiro e vim ver se você e o Lud estavam bem.
– Bom dinheiro eu te dou como sempre e o Lud não mora mais aqui saiu de casa durante minha última viagem, mas você precisa ver ele está um homem para ninguém colocar defeito.
– Queria ficar para poder ir lá, mas tenho data para voltar, então acho que vai ter que ficar para próxima.
– Acho que vou com você. Preciso esfriar a cabeça.
– Então vamos quanto mais cedo sairmos, mais cedo chegaremos ao inferno. – Disse ele e eu estendi os braços e ele me ajudou a levantar. – Em todos esse anos você não mudou nada, só cresceu.
– E você também não continua o mesmo que eu lembro. – Eu disse sorrindo e peguei minhas malas do meu lado e saímos para o estábulo, selei outro cavalo e Berwald subiu no dele e começamos nossa viagem de dois dias para o inferno.
A viagem foi calma e silenciosa, tivemos que fazer uma pequena parada por conta de uma nevasca, o lugar não tinha muitos abrigos, então ficamos de baixo de uma árvore, montamos uma fogueira e ficamos conversando.
– Eu contei o que acontece comigo, acho que mereço saber o que aconteceu com você também.
– Justo – Respondi – O que aconteceu foi que eu levei um grande fora de um cara.
– Surpresa dupla, você namorando e levando um fora. – Disse ele me abraçando.
– Não precisa jogar na cara. – Eu respondi me aninhando debaixo do braço dele – Mas o que passou passou e eu tenho que seguir em frente. É sempre tão frio aqui?
– Pior, e eu disse para você por e trazer agasalhos e você falou que aguentava então quieta.
– Você gosta mesmo de brigar comigo né?
– Se você me obedecesse talvez isso não ocorresse como naquele seu aniversário, no qual você fugiu de casa.
– Eu me lembro disso, eu estava doente tinha uns dois meses e só fui descobrir quando cheguei à casa do Francis e a avó dele cuidou de mim.
– Você deixou uma carta debaixo da cama para mim e pedia para não falar onde você estava para ninguém, inclusive o vovô.
– É, eu tinha brigado com ele, e ainda estava magoada, então achei que ir embora para passar o aniversário fora ia ser uma boa ideia, mas acho que não foi uma boa ideia.
– Não foi mesmo, mas você conseguiu mais do que esperava naquele dia.
– Sim, foi realmente bom aquele dia. – Eu disse e acabei pegando no sono, uma meia hora depois levantamos acampamento e continuamos a jornada.
Chegamos à casa de Alexander na manhã seguinte, a casa era enorme havia um jardim na frente da casa, e um grande estábulo na parte de trás.
– Bem vinda ao inferno – Disse Berwald abrindo a porta da frente para que eu entrasse.
(Ps: Uma foto dos últimos capítulos^^)
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Gente primeiro por favor não me xinguem por conta do casal principal e queria sugestões para o apelido do Suécia (Berwald)
Até a próxima ^^