Casos E Acasos escrita por Bia chan
Notas iniciais do capítulo
Hey espero que estejam gostando e desculpem a demora
Passaram-se algumas horas quando Arthur entrou no quarto com os meninos, mas saiu logo em seguida. Eu sai de trás do criado mudo e abracei os dois.
-Meus amores!
-Juh-san – Disseram os dois sorrindo.
- Vocês estão bem?
- Sim, mas o Arthur disse que você tinha desistido de me levar, que para nós não ficarmos tristes ele ia levar a gente para uma viagem surpresa. – Disse Matthew.
- Mas não foi bem assim, eu ainda vou levar você para o seu irmão, e agora que Alfred está aqui também iremos passear juntos e vocês conheceram meu irmãozinho. – Eu disse e percebi que Alfred estava muito pálido e parecia cansado. – O que foi Alfred?
- Eu não estou me sentindo bem, nunca viajei para fora de casa desse jeito, acho que é isso.
- Seu irmão é a maior besta que existe, me ajudem a achar uma roupa de pirata que eu vou lá falar com ele.
- Ali tem um baú com roupas – Disse Matthew apontando para o canto oposto ao que estávamos. Fui até lá e abri o baú, havia muitas roupas uma mais diferente da outra, os meninos se aproximaram e me ajudaram a escolher um casaco, calças e botas pretas, além de um chapéu preto com detalhes brancos e uma pena vermelha.
- E aí, estou ou não parecendo uma pirata de verdade? – Perguntei dando uma volta para eles me verem, Matthew aplaudiu, mas Alfred se limitou a um sorriso, então o coloquei na cama improvisada da cabine e pedi que Matthew ficasse tomando conta dele enquanto eu ia chamar Arthur.
Quando sai no convés não havia quase ninguém, então subi até onde fica o leme e encontrei Arthur olhando mapas e bússolas, achei melhor não me identificar para ele não ficar gritando antes que eu falasse da situação de Alfred, então me aproximei e ele se virou:
- O que quer marujo?
- Capitão um menino saiu de sua cabine e disse que o irmão dele está passando mal.
- Droga... Volte lá e diga que eu já estou indo
- Como quiser senhor – Eu disse me virando e agradecendo por ele não ter me reconhecido. Voltei ao quarto e vi que Alfred havia piorado, estava com febre alta, peguei uma bacia com água enquanto Matthew pegava alguns panos que usamos para tentar baixar a febre de Alfred, mas não surtiu efeito.
Os minutos se arrastavam feito grilhões e nada de Arthur descer, Matthew adormeceu com a cabeça em meu colo e eu lhe coloquei em uma rede que havia perto da cama, e voltei a sentar no chão perto da cama, o sono foi vindo, e eu tentando resistir fiquei repetindo:
- Melhore Alfred, melhore logo por favor, você precisa melhorar para a gente ir passear. – Fiquei falando isso por uns dez minutos, e sem perceber Arthur entrou na cabine e pegou um frasco numa caixinha e deu na boca de Alfred, ele se abaixou e tirou meu chapéu.
- Mas o que raios você está fazendo aqui?
- Você ia me deixar lá sozinha, e não ia cumprir sua parte sobre o Matthew!
- Eu sei, eu sei, mas eu não podia deixar você levar meu irmão daquela maneira.
- Que maneira? Eu falei com você, e você concordou não havia nada de errado com isso! – Eu estava a ponto de matar Arthur se não fosse pelo estado de Alfred e Matthew estar por perto. – Agora vê se cuida do seu irmão que eu vou dormir.
- Ele já está bem, dei remédio para ele, amanhã parecerá que ele nem ficou doente.
- Insensível... – Eu disse baixinho levantando.
- Bom vamos ter que arrumar lugar para podermos todos dormir aqui – Disse Arthur andando de um lado para o outro e olhando todos os possíveis lugares para dormimos, eu levantei e pus Alfred para dormir na rede junto com Matthew e lhe beijei a testa.
- Bom... Eu vou dormir aqui na cama, então boa noite. – Sentei na cama e tirei minhas botas.
- Boa noite – Disse ele pegando uma taça e colocou uma bebida dentro. – Servida?
- Já vou dormir mesmo o que haveria de mal nisso, a menos que você esteja tentando me envenenar. – Eu disse me levantando e pegando outra taça que ele encheu.
- Espero que você goste de rum.
- Nunca tomei, mas aguento o que for – Eu disse tomando um mega gole e fiz um biquinho – Que coisa horrível essa!!
- Sua amadora, não sabe nem apreciar uma boa bebida, sua inútil!
- Não sei apreciar bebida, mas é claro que eu sei... E é por isso que não bebo esse lixo aqui!
- Fala baixo sua louca – Disse ele num sussurro se aproximando de mim e colocando sua mão na minha boca – Você vai acordar os meninos.
- Desculpa – Eu disse abaixando a voz e fiquei encarando ele ou melhor aqueles olhos verdes.
- O que foi agora? Acha que me encarando alguma coisa vai acontecer?
- Acho! Você vai ficar me olhando eu para você.
- Já eu acho que vai acontecer mais que isso – Disse ele e me beijou.
- Ai que ódio! Porque você faz isso? Até aonde eu saiba nós brigamos não tem nem um dia!
- Mas mesmo assim você gosta. E o que tem de mais eu ti beijar? Você não acha que é um bom “Me desculpe”?
- Eu não tenho nada contra você me beijar, e gosto desse pedido de desculpas, mas...
-Mas o que?
- Você apareceu tão de repente que pareceu até um sonho, e tudo aconteceu tão perfeita e rapidamente que eu tenho medo de me envolver e amanhã não ter passado de um sonho belo e bom.
- Eu te prometo que esse sonho não acabará amanhã e se acabar foi bom enquanto durou.
- Mas só duraram dois dias – Eu disse rindo da cara dele.
- Ah sua garota insuportável – Ele me agarrou e me jogou na cama – Agora você não me escapa!
- Tenta qualquer coisa e eu mato você! Além do que essa cama é muito pequena.
- Está certo, mas assim que sairmos daqui você vai direto vir direto para mim, ouviu?
- Vou pensar no seu caso – Eu disse enquanto virava de lado e deixava ele me abraçar. Adormeci antes que me desse conta e por incrível que pareça não sonhei com ele, mas com meu irmão e a saudade começou a apertar mais que tudo e eu acordei para tentar acabar com aquilo.
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