Mesmo naquele momento feliz uma pontada de curiosidade me surgiu

- Quer dizer que aquele seu imediato escreveu aquela carta para mim? – Sai de seu peito e o fiquei encarando. 

- Sim, e ele ainda me mandou uma carta com seu nome para mim onde estava escrito quase a mesma coisa, mas quando cheguei aqui a sua procura Francis quase me matou logo na porta, não deixou nem que eu me explicasse foi logo me atacando brutalmente, mas como eu não nada mais nada menos que um ótimo espadachim consegui tirar a espada dele e explicar o que havia acontecido e ele resolveu me ajudar. Falamos com seu irmão, Ludwing que nos mostrou sua casa que apropósito estava vazia, você não sabe como fiquei desesperado fui a todos os lugares que imaginei, quando, depois de muito cansado de procurar, achei Berwald na rua comprando umas coisas para casa e perguntei se ele havia lhe visto e ele me conto sobre sua estadia na casa de Alexander – Ele me olhava como quem reprime uma criança que não fez o que lhe é mandado, mesmo assim havia uma dose de culpa por ter me deixado ir aquele dia no navio. – Mas o mais importante é que estamos juntos agora e que eu te perdoo pelo que você vez se me perdoar pelo que eu fiz.

- Feito – Respondi lhe dando um beijo e o empurrando sobre a cama.

- Eu se fosse você não me dava ideias perto dessa cama – Ele tentava tirar minha camisa

- Porque? – Perguntei me fingindo de inocente

- Não sabe como senti falta de teus lábios e do teu cheiro, não tens noção do que eu seria capaz de fazer para ter você só para mim, então mocinha não me de ideias. – Disse ele me jogando e ficando por cima de mim.

- Olha o Mr. Kirkiland está perdendo a cabeça por uma dama – Eu sorria tanto achei que ficaria com dores no rosto, estava junto de meu amor e não o largaria por nada, foi quando Alfred e Matthew entraram correndo no quarto e Francis ficou na porta apenas observando a cena em que nos metemos.

- Juh-san!! Que saudade de você – Disseram os garotos pulando na cama sem perceber a situação em que estávamos.

- Oi para vocês também. Nossa vocês cresceram um pouco desde a última vez que nos vimos. – Olhei para Francis e ele dava aquele seu sorriso malicioso e convencido de sempre.

- Você acha que eu cresci? – Perguntou Alfred ficando em pé na cama.

- E eu? – Perguntou Matthew ficando de pé ao lado de Alfred.

- Um pouquinho sim meu amor e você também Matthew. – Os dois sorriram e pularam em cima de mim.

- Parem vocês dois – Disse Arthur – A Juh-san acabou de chegar e precisa descansar um pouco, então vão brincar com o irmão Francis.

- Mas Arthur... – Disseram os dois fazendo biquinho.

- E se nós fizermos um piquenique? Aposto que o Francis tem algumas coisas bem gostosas para gente comer aqui, e podemos brincar um pouco também – Sugeri.

- Oui ma petit posso providenciar tudo para o melhor piquenique de todos os tempos – Disse Francis e deu uma piscadinha para mim.

- Está bem, se e assim vou fazer algo para contribuir com essa brincadeira – Disse Arthur.

- Você pode arrumar as coisas na toalha e preparar um chá, pois acho que nós sabemos como você é uma negação na cozinha.

- Ora seu... – Começou Arthur, mas parou a frase no meio para não perder a cabeça. – Vamos logo antes que não dê tempo para nada.

- Mon Cher relaxe que já preparei tudo e nossas visitas já chegaram também – Ele fez um sinal com a mão e Antônio entrou seguido pelo garoto de quem ele cuidava Lovino, que estava maior do que eu imaginava.

- ANTÔNIO! – Gritei e corri para abraça-lo – Estava morrendo de saudades de ti.

- Eu também minha linda – Ele sorriu e me beijou na bochecha. – Como tens passado?

- Bem, e você? Chegou quando?

- Acabei de chegar e você mi flor?

- Cheguei agora também – Eu estava muito feliz com a chegada de Antônio que nem percebi Arthur sair do quarto meio cabisbaixo.

- Ma petit, acho melhor você ir escolher o lugar do nosso piquenique – Disse Francis.

- Mas eu quero ficar com o Tônio – Eu disse fazendo biquinho.

- E tem alguém lá fora que quer ficar com você – Disse ele e eu notei que Arthur desaparecera. – Aquele idiota!

- Quem? O que? Quando? Onde? – Perguntou Antônio meio perdido entre mim e Francis.

- Fran fala com ele enquanto eu vou atrás daquele idiota, meninos vão com o irmão Francis escolher as comidas enquanto eu e o irmão Arthur vamos ver o melhor lugar para fazermos o piquenique.

- Está bem. – Disseram os dois e seguiram Francis que falava com Antônio, enquanto esse tentava controlar Lovino que não parava de aborrecê-lo.

Desci as escadas correndo, sai pela porta dos fundos e vi Arthur sentado debaixo de uma macieira, parei e fiquei o observando durante alguns instantes queria gravar aquela imagem dele ali tão calmo e lindo. Corri até a macieira e parei a sua frente o encarando, já ele não me olhava e tinha em mãos o livro que eu havia roubado.

- Acho que escolheu o lugar perfeito- Falei descontraída olhando a paisagem ao redor.

- Também achei, mas escolhi especialmente pela macieira, gosto muito de maças.

- Porque saiu do quarto?

- Porque eu não mereço ver você se esfregando em outro cara, se eu soubesse que você viria só por ele não lhe chamaria.

- Idiota...

- O que disse? – Ele se levantou.

- Eu disse IDIOTA! PORQUE VOCÊ NÃO PASSA DE UM IDIOTA! Acha que o mundo é seu e que todos vivem para você. E não é bem assim não, eu vim aqui porque eu achei que meu amigo estava em perigo, e na verdade você armou pra mim então não me julgue- Eu o empurrei na arvore e ele me olhava intensamente. – Algo a dizer em sua defesa?

- Sim. Você é muito sexy. – Ele me beijou e eu lhe dei um tapa. – O que foi agora? Vai dizer que não me quer mais, que prefere aquele espanhol?

- E se eu disser o que você vai fazer?

- Mata-lo logicamente.

- Idiota – Empurrei-o e o fiz sentar. – Você é o ser mais estúpido que eu conheço. Ahhh! Acho que é por isso que eu te amo tanto, acho que é por isso que nos damos bem juntos, eu sou incrível e você um idiota.

Ele riu e me derrubou em seu colo e me beijou.

- Ms. Awesome acho que formamos um casal perfeito agora só lhe peço que me conte porque tens tanto afeto por aquele idiota espanhol.

- Depois do piquenique eu lhe conto tudo e um pouco mais, mas agora quero somente teu abraço.

- Como desejar – Ele me beijou novamente e ficamos olhando a paisagem esperando os rapazes chegar, o que não demorou muito. O piquenique foi bem engraçado, Matthew e Alfred se divertiram muito e a comida estava ótima – como se eu não esperasse- Francis falava bastante para manter Arthur e Antônio conversando enquanto eu mantinha Lovino ocupado para ele não matar nenhum de nós, após uma hora mais ou menos  levamos tudo para dentro e Antônio me “sequestrou” da cozinha e me levou até o escritório de Francis.

- Juh, que preciso conversar sério com você...

- Tudo bem, mas precisava ter me tirado da cozinha daquele jeito tão estilo sequestro?

- Sim! Se não aquele inglês não me deixaria levar você.

- O que quer?

- Porque ele? – Aquilo me pegou de surpresa, mesmo eu sabendo que aquela pergunta viria.

- Porque eu o amo – Respondi evitando olhar para ele.

- Você é uma pessoa difícil de se entender, se apaixonou em dois dias e agora namora o inimigo mortal dos seus melhores amigos, isso porque ele já te magoou.

- Ninguém manda no coração, se não você não seria tão apegado aquele pirralho insuportável, aquela belga não te amaria, porque você não a ama e Francis não teria se apaixonado por uma mortal! – Respondi meio irritada com ele, mas compreendia o que ele sentia.

- Ahhhh, está bem eu paro de brigar com ele quando você estiver perto, mas isso não é diplomático.

- Para mim está bom assim – Dei um beijinho em sua face e saímos da sala abraçados.