Minha Doce Isabella escrita por Silmara F


Capítulo 2
Primeiro dia em Mystic Falls


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer pelos comentários das: VanessaTVaz, Bianca Malik Salvatore, Meisse, Raquel Mikaelson Salvatore e a LuNessa. Vocês me deram inspiração para escrever.



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CAPÍTULO II

Primeiro dia em Mystic Falls

Bella Pov’s

– Não, Jake. Estou bem. Não preciso de nenhum dinheiro. – eu falava preguiçosamente no telefone. Eu havia avisado a Jacob que havia deixado os meninos e seguido para uma vida mais calma em Mystic Falls. Ele ficou feliz. Muito feliz.

“Deus, Bella! Que bom que você tirou aquela ideia maluca de sair caçando vampiros pelo mundo afora. Deixe isso comigo, eles são minha especialidade. Você está precisando de dinheiro? Tem onde ficar?” Isso era exatamente o que ele tinha falado no telefone.

– Eu estou com uma boa grana. Se tem uma coisa boa na vida do Dean e do Sam é a facilidade com que eles arranjam dinheiro com esses cartões de créditos falsos. Bem, não tão fácil, mas é um trabalho recompensador.

– Vai comprar uma casa? – Jacob perguntava com ansiedade. – Ou irá ficar em alguma pensão?

– Em uma pensão. Primeiro irei ver se gostarei do lugar.

– Onde é que você está indo mesmo?

– Mystic Falls. E eu não estou indo, Jacob – dei um sorriso – já cheguei.

Dei uma olhada rápida na placa de madeira com os dizeres “Bem-Vindo a Mystic Falls”, não me demorei aos detalhes, pois dirigia e falava ao telefone ao mesmo tempo. Um acidente não seria uma boa forma de começar o primeiro dia na cidade nova.

– Mas como...? Há pouco tempo atrás você dizia que estava chegando... Bella, você está dirigindo? Do jeito que você é... – o interrompi.

– Destrambelhada? Atrapalhada? Você quer dizer do jeito que eu era, Jacob. Era. Passado. Não sou mais. Você deveria me dar um pouco mais de crédito.

– Desculpe, Bella – eu podia ouvir a culpa transbordando sua voz. Senti-me um pouco culpada por ter falado com grosseria com ele, mas eu realmente não era mais aquilo. Ou tentava não ser. – Venha me visitar qualquer dia, okay? Quando você estiver parada em um lugar, conversamos.

Eu ri de sua preocupação. Jacob, meu grande amigo...

– Claro, Jake. Ligo para você depois. Um beijo. – desliguei.

Mesmo dirigindo eu consegui ter algumas impressões de Mystic Falls. Parece ser uma cidade calorosa, muito sol, o tipo de cidade que não daria certo para vampiros de nenhum tipo.

Falo “tipo” porque descobri com os meninos que não existem somente a espécie da família Cullen no mundo. Não existe um nome específico para denominar cada espécie de vampiro, mas isso não importa muito, já que ambos bebem sangue de humanos.

A espécie que descobri com os Winchester queimam no sol. São frágeis a verbena e existem em grande maioria comparada a dos Cullen. Realmente parece mais fácil de pegar eles, eu mesma achei isso antes de conhecer um. O problema é que são muito parecidos com os humanos, pois não possuem a pele tão pálida como a dos Cullen ou os olhos com cores peculiares. As igualdades entre eles é que possuem a mesma velocidade e sentidos apurados (isso quando se concentram em escutar algo, ou farejar).

Já matei alguns. Estaca no coração, dessa maneira. Muito mais prático que tocar fogo e decepar a cabeça. É claro que também morrem com a cabeça cortada e sem o coraçãozinho, meio nojento de se imaginar.

Vaguei um pouco pela cidade. Não era grande, mas maior que Forks. Bem, qualquer cidade do mundo é maior de Forks.

Não havia nenhuma placa (ou eu não tenha reparado se tivesse) indicando onde ficava alguma pensão, então parei o carro rapidamente para pedir informação. Só espero que não encontre outra dupla de caçadores por aqui.

– Hey! Loirinho! – gritei para um rapaz que passava na rua. Ele vestia uma roupa vermelha parecida com as que se usam na cozinha. Quando ele se aproximou do carro pude ler no lado esquerdo do peito os nomes “Mystic Grill” e logo abaixo “Matt Donovan”.

– Posso ajudar? – perguntou. Ele tinha uma voz bem normal, nada marcante demais. Porém um lindo porte físico.

– Sim, sim. Será que pode me informar onde fica alguma pensão? Eu queria passar uns dias aqui em Mystic Falls. Conhecer mais, você sabe...

Ele deu um sorriso simpático.

– Sim, claro. Daqui a duas esquinas, dobre para a direita. Lá terá uma placa indicando a primeira esquerda e já verá a placa da pensão. O nome é New Home. Meio idiota, eu sei. – ele riu.

Ri também para acompanhar. Ele realmente parecia ser bastante legal.

– Obrigada... – olhei novamente para o nome na blusa que usava – Matt Donovan?

– Exato. E você é?

– Isabella Swan. Agora tenho que ir, não quero provocar um congestionamento impedindo o ciclo de uma das mãos.

Ele gargalhou.

– Claro, Isabella. Seja bem-vinda a Mystic Falls.

Sai sem responder, contente por ter encontrado uma pessoa legal e começado a fazer uma boa imagem da cidade. Talvez eu realmente goste daqui, posso ter feito a escolha certa. Quando estacionei o carro na garagem, depois de ter feito o acordo de ficar por volta de um mês, subi pelas escadas, aproveitando a vista que as janelas de vidros davam na medida que eu subia.

Meu quarto era de um tamanho médio. Nada de muito extravagante. Uma cama de casal, com um pequeno criado mudo ao lado. De frente a cama tinha uma janela que dava para a rua. Meu cômodo se localizava no quarto andar. Havia também um guarda-roupa de duas portas na parede oposta a porta que dava para o banheiro. Tinha uma TV de frente a uma pequena poltrona com estofado verde e uma almofada de uns tons mais claros.

E para falar a verdade: eu tinha amado.

Não é necessário muito luxo para me agradar. É necessário conforto.

Deitei na cama depois de ter tomado um banho e fiquei olhando para o teto. Eu sentiria muita falta dos meus garotos, dos meus Winchester. Sorri ao lembrar que devo muito a eles. Hoje eu me vejo como uma mulher, não mais uma garotinha. Eu tinha sobrevivido a muita coisa e aprendi muito com todas elas, seja como me defender fisicamente ou psicologicamente. É claro que não sou uma exímia lutadora, tampouco uma excelente caçadora, mas sei que quando quero posso conseguir o que desejo. Todos podemos.

Pergunto-me porque eu não sentia esse amor próprio antigamente. Ainda há uma insegurança em mim, isso é óbvio. Não sei se quero mais um relacionamento ou se posso enfrentar certos problemas de frente, mas empurro isso para um canto afastado de minha mente e penso em minhas vitórias. Penso sempre em minhas vitórias.

Sentei-me. Eu tinha que fazer algo para começar a me enturmar. Perdi um ano de minha vida me lamentando por ter sido abandonada, e outro ano caçando. Iria fazer vinte anos de idade. Ainda dá tempo de participar do último ano escolar sem ter que criar uma história mirabolante sobre ter perdido um ano de minha vida fora das escolas.

Desci as escadas, era por volta das 4:00 da tarde. Eu iria ver se conseguia falar com o tal de Matt Donovan. Precisava de um guia aqui e ele me pareceu ser bem prestativo.

– Por favor... – eu disse assim que encontrei a D. Marie, dona da pensão. Ela cuidava do estabelecimento junto com o filho, a nora (que por sinal é a cozinheira) e três mulheres que limpavam tudo. – pode me informar onde fica o... Mystic Grill?

– Claro, querida. – deu um sorriso forçado – Sabe onde é a rua principal? Assim que você chega da cidade e anda mais um pouco. Você com certeza passou por ela para chegar aqui.

– Sim, eu sei. – fora ali que encontrei Matt.

– Ótimo. Naquela rua, do lado esquerdo. É de esquina. Você pode ir direto e já vai ver, mas pode perguntar no caminho se preferir.

– Ah, claro! Obrigada.

Marie ficou me olhando como se esperasse alguma coisa. Suspirei. Eu tinha que arrumar uma casa para sair daqui e rápido. Retirei uma nota e dei a ela. Acenei e sai.

Não foi difícil encontrar o Mystic Grill e ele estava cheio. Pelo visto aqui tinha opção de diversão.

O ambiente interno do local era confortável. Havia mesas separadas umas das outras, metade delas ocupadas. Tinha também um bar no canto, onde homens bebiam seus conhaques e whisky. Vaguei meus olhos pelo local tentando encontrar o meu GPS humano. Achei-o servindo umas mesas do outro lado. Hmmm, garçom.

Eu não queria atrapalhar o trabalho dele, portanto sentei-me em uma mesa vazia perto da porta e esperei ele vir me atender. Gostei do sorriso que ele deu quando percebeu minha presença.

– Olá... Isabel?

– Isabella. – Mas não lembrava meu nome. Que pena.

– Ah, sim. Claro! Desculpe-me. O dia está sendo cheio.

Sorri para mostrar que não me importei:

– Tudo bem, Matt. Entendo. Dê-me uma água com limão, por favor.

– Eu já volto.

Eu não iria atrapalhar o trabalho do coitado para pedir um tour particular pela cidade. Não mesmo.

Fiquei a observar as pessoas que haviam naquele lugar. Muitos eram jovens, a maioria na verdade, e jogavam animadamente partidas de sinuca. Havia muitos namorados, pelo o que pude perceber. Foi vagando meus olhos pelo local que bati nela. Uma garota baixa, mais ou menos minha altura e com pele morena, olhava-me fixamente. Não tinha uma expressão de hostilidade, somente uma curiosidade. Devolvi o olhar, arqueando a cabeça um pouco para cima, para dar a perceber que tinha notado a atenção dela para mim.

A moça riu e falou algo para o rapaz ao seu lado. Ele vagou os olhos pelo bar até pousarem em mim. Sua expressão demonstrava indiferença. Vi ele dar de ombros e voltar a tomar o conteúdo que estava em seu copo.

A mulher veio até mim.

– Oi. Você é nova por aqui, não?

– Sim, sou. – respondi sendo educada. – Quer sentar?

– Claro. Nunca esteve em Mystic Falls antes?

Ela olhou-me de forma que tentava transparecer somente curiosidade, mas eu vi um relance de precaução em seus modos. O jeito meticuloso que falava, como se medisse as palavras...

Decidi medir as minhas também.

– Não. Eu nunca estive. Venho dar uma olhada, conhecer novos ares.

– Ah! – sua expressão pareceu relaxar – aqui é um bom lugar para se ficar. Quando se anda nas companhias certas, é claro – deu um riso nervoso. Eu tentei não franzir o cenho.

– Como se chama?

A garota corou.

– Nossa, nem me apresentei! Eu sou Bonnie Bennett. Aqueles – apontou para um grupo que estava ao redor de uma das mesas de sinuca – são meus amigos. Se quiser apresento você a eles. Estudo no Mystic Falls High School.

– Os nomes dos estabelecimentos daqui são muito criativos. – falei com uma pontada de sarcasmo. Isso só fez ela me olhar como se analisasse ainda mais. Remexi-me incomodada na cadeira. Eu não queria ficar insegura com uma estranha que tem praticamente a mesma idade que a minha, se não mais jovem.

– É, não são mesmo criativos. Você irá estudar? Não tem cara de quem terminou os estudos.

Eu tentei não pensar na parte em que isso poderia ser ofensivo.

– E não terminei. Irei fazer o último ano aqui.

Bonnie sorriu.

– Podemos estudar juntas, então. Quer que eu te apresente meus amigos?

Uma parte de mim queria conhecer gente nova, mas eu sabia que antes disso eu teria que meditar um pouco sobre as possíveis razões para eu ter notado tanta meticulosidade nela. Eu os conheceria no colégio, teria oportunidade.

– Bonnie, eu adoraria mesmo! Só que acho que tenho que ir agora. Não deveria nem ter vindo, daqui a pouco começará a escurecer e não quero me perder. Isso seria horrível para o primeiro dia de estadia numa cidade. E também que amanhã tenho que resolver a minha matrícula.

Bonnie gargalhou.

– Claro... como se chama?

– Isabella Swan. – sorri sem graça ao perceber que não tinha me apresentado. – Prazer.

– Prazer, Isabella. Eu te entendo. Amanhã os apresento mesmo. – ela piscou para mim, ainda sorrindo – não é legal ter que puxar assunto e manter o semblante feliz quando o que você mais quer é estar deitada em uma cama.

– Concordo.

Foi nesse momento que estendi a minha mão para apertar a dela, um cumprimento totalmente inocente. Mas eu não pude disfarçar a minha fisionomia de confusão quando vejo o sorriso de Bonnie morrer lentamente ao apertar minha mão.

Tombei minha cabeça de lado, questionando.

Ela estreitou os olhos, analisando-me. Isso estava começando a me irritar.

– O que foi? – perguntei, tentando não soar grossa.

– Ãhn... Não, nada. – ela pareceu com vergonha e retirou a mão da minha, colocando-a no bolso da calça jeans que usava. – eu fico assim as vezes. Meio aérea. Desculpe-me.

Eu não acreditei em uma só palavra que saiu da boca dela.

– Claro, eu entendo. – sorri. Então vou indo. Tchau, Bonnie. Até amanhã.

– Até Isabella!

Eu realmente iria embora, mas mudei de ideia quando eu já estava na porta e ao olhar para trás, vejo o garoto com que Bonnie tinha dado um riso antes de vir até mim, com ela e com um casal. Voltei a minha visão para frente, na realidade, para o vidro da janela, afim de ver o reflexo deles. Eles estavam me olhando enquanto Bonnie falava algo com os braços cruzados.

A garota de cabelo liso olhava para ela, enquanto o que estava bebendo um copo de... coca cola, eu acho, tinha a mesma feição de indiferença. O rapaz bonito que estava abraçado com a de cabelo liso virou o rosto poucos segundos depois que eu os fitei pela vidraça.

Uma ova que eu iria embora assim, cheia de dúvidas!

Contornei o bar pelo lado de fora, e demorei-me um pouco em um local onde quem estava dentro não me visse. Quando a porta abriu num rompante eu dei um pulo para trás, indo parar em um beco que havia nos fundos do Mystic Grill. Olhei novamente para ver quem tinha saído, era um rapaz qualquer em que eu não tinha prestado atenção.

Olhei para trás. O beco não era grande e tinha uma escada no final dele. Em uma das paredes tinha uma porta de ferro um pouco enferrujada. Com toda a certeza aquela porta dava para o bar.

Cheguei com calma até a porta e tentei abrir. Trancada. Não que isso fosse um problema. Dean ensinou-me a abrir fechaduras e cadeados com um clip ou berílio. Retirei um do meu cabelo e peguei um da minha bolsa, e coloquei na fechadura. Forcei um para baixo e girei o outro. Consegui na terceira tentativa. Maravilha.

Maravilha também foi o rugido que a porta deu ao abrir que fez meus ossos rangerem de agonia. Espremi o meu corpo em um pequeno espaço para não abrir mais a porta e me encontrei então na dispensa do Mystic Grill.

O local estava cheio de prateleiras de ferro e de caixas que eu tinha certeza que eram de bebidas. Ouvia-se um barulho de água corrente, o que indicava que a cozinha era perto e que havia pessoas nela.

Agachei-me para não ser notada e fui andando (sim, andando agachada) tentando achar a porta que dava para o bar. Eu realmente queria escutar a conversa daquele grupinho. Fui caminhando em direção ao murmúrio de vozes e então me vi do lado de dentro do bar. Voltei rapidamente para o barman não me perceber.

Coloquei só a cabeça para o lado de fora rapidamente. O ângulo em que eles estavam era de costas para mim, mas estavam perto do bar. Bem perto.

Coloquei minha cabeça para dentro novamente pensando no que fazer. Eles ainda estavam conversando, será que o assunto poderia ser eu? Não sei porque estou dando tanta atenção a isso, mas o fato fora estranho. Eu iria pelo menos tentar ouvir o que estavam falando, não ficaria na curiosidade.

Joguei rapidamente meu corpo para fora, procurando me esconder ao lado de algum homem que estivesse encostado no bar.

– Olá, doçura. – disse um homem de feições fortes e másculas. Cheirava a rum. – é nova por aqui?

– Sim, sim – sorri nervosa. – toma essas balinhas de hortelã, são por conta da casa – e coloquei um punhado ao lado de seu copo, fugindo dele em seguida.

– Obrigado, pithuca. – gritou. Por favor, que eu não vomite, pensei.

Aproximei-me de onde Bonnie estava, ainda atrás do balcão. Eu só queria ouvir uma frase, uma pequena frase...

Abaixei-me por detrás do balcão. O barman não notou. Ótimo.

“Eu não sei. Não sei o que significa. Mas vocês sabem de minha sensibilidade quando toco nas pessoas. Ela é uma pessoa boa, mas há algo nela... Algo nela que não é normal.” – ouvi a voz de Bonnie.

“Acha que ela pode estar envolvida nesses assuntos?” – essa foi uma voz masculina marcante, calma. Acho que pertence ao garoto que estava abraçado com a amiga da Bennett.

Mas... assuntos? Que diabos de assuntos? Será que estavam realmente falando de mim? E como assim Bonnie é sensível quando toca as pessoas?

“Não sei. Ela pareceu sincera quando disse que estava aqui somente para conhecer”

Sim, absolutamente estavam falando de mim.

Preparei-me para ouvir mais, quando o som de uma porta me fez dar um pulo e meu coração subir para minha garganta.

– Oh, meu Deus! – sussurrei, podendo sentir meu coração batendo forte.

Olhei para trás e vi Matt com cara de abobalhado olhando para mim.

– Isa...

– Xii! – coloquei o meu dedo em cima de seus lábios e o puxei pelo colarinho para dentro da dispensa novamente. – estava aqui na dispensa?

– Sim – ele disse um pouco assustado – pensei ter ouvido um barulho e fui ver o que era. A porta estava aberta.

Sorri sem graça e levantei a mão.

– Culpada.

Matt arqueou as sobrancelhas.

– Queria falar com você. Mas não queria te atrapalhar, não sei se pode conversar com os clientes, então vim por aqui – isso, Bella, invente uma mentira, isso!

– Você poderia ter somente me chamado. – repreendeu-me.

– Eu sei... Bem, você gostaria de ser meu guia turístico qualquer dia desse?

Matt riu.

– Claro, Isabella. E, por favor, não arrombe a porta de mais ninguém somente para conversar. Já temos casos estranhos demais por aqui. – riu, achando graça da própria piada.

Eu não. Casos estranhos demais?

– ãhn... Matt. Não diga a ninguém que eu estava aqui na dispensa, okay? O que vão pensar de mim, não é mesmo? – sorri, querendo colocar um fim na conversa e sair dali.

– Tudo bem. Tchau.

– Até mais. Irei me matricular no colégio amanhã. – e não esperei resposta para sair pela mesma porta que entrei nos fundos.

Corri para a pensão, mal dando boa noite para a D. Marie que me olhou de soslaio.

Quando me deitei na cama, não consegui dormir. O que seria essa Bonnie para agir daquela maneira? Uma coisa que aprendi é que se deve desconfiar de todo mundo e de qualquer comportamento estranho, mas isso porque eu já passei por muita coisa, principalmente no mundo sobrenatural. Será que Bonnie Bennett também já passou por situações parecidas? E o que teria demais para ela falar de mim para os amigos dela?

Algo não estava certo. A maneira que ela falou que era sensível quando tocava as pessoas. A maneira que ela me olhou quando me tocou...

Desci para pegar um remédio, minha cabeça estava começando a doer. Eu teria que falar com Dean e com Sam sobre esses “assuntos” em que aquelas pessoas estavam conversando.

Suspirei. Primeiro dia aqui e eu já achava que havia alguma coisa de muito estranha em Mystic Falls.


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Notas finais do capítulo

Se houve erros ortográficos me desculpem. Não estou com corretor, e tentei revisar o mais meticulosamente possível.
Estou totalmente aberta para ideias, sugestões e opiniões. Críticas também, claro.
Acreditem, foi lendo os comentários de vocês que eu tive vapor para escrever. Espero pelo review de vocês, leitores.
Beijos e até o próximo capítulo.