--- escrita por Nita Kali


Capítulo 1
Prólogo




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O policial caminhou para mais adentro da floresta, prestando atenção no ambiente ao seu redor, enquanto vários outros que foram com ele faziam a mesma coisa.

Meses atrás, dezenas de crianças e adultos desapareceram, e naquela manhã eles receberam uma ligação anônima, dizendo que encontrariam o que procuravam na floresta que ficava nos arredores da cidade.

-Alguém mais está ouvindo isso? —uma integrante do grupo de busca perguntou, fazendo todos pararem e tentarem ouvir o tal som.

Parecia alguém chorando, mas bem baixo, ainda que o bastante para levar eles a um lago.

Mesmo os que já haviam trabalhado com vários assassinatos ficaram chocados com a imagem: os corpos de todos que desapareceram estavam espalhados por ali, alguns boiavam na água, outros se amontavam na terra. Uns tinham tido seus corações arrancados, ou a cabeça, ou os braços, ou as pernas, ou tudo mesmo.

Boa parte dos corpos dos adultos apresentava sérias queimaduras, como se tivessem colocado fogo neles quando estavam vivos. As crianças em sua maioria apresentavam cortes profundos, e todas tinham cicatrizes no ombro em formato de números, como se tivessem sido utilizadas em algum experimento para serem marcadas assim.

Os policiais que tinham filhos ficaram especialmente incomodados com aquilo. Andaram ao redor das crianças, tentando encontrar alguma que estivesse viva, até acharem uma menina atrás de uma rocha.

Ela estava encolhida, com o rosto abaixado, braços machucados, e chorava. Era ela que tinham ouvido.

-Qual seu nome? —um deles perguntou, olhando a lista de desaparecidos, para conferir se ela fazia parte deles.

-Kayla... —a menina falou depois de um tempo, num sussurro quase inaudível.

Uma expressão de curiosidade se formou no rosto dele. Havia sim uma Kayla desaparecida, Kayla Hunt, mas de acordo com a foto, ela devia ser uma garota loira, de olhos castanhos, e a menina na sua frente, tinha o cabelo preto, e os olhos de um cinza tão claro, que quase parecia prata.

Deu uma olhada a sua volta, comparando rapidamente os rostos daquelas pessoas com as fotos. Todas as crianças estavam com aparência diferente, ainda que desse para identifica-las por certos detalhes.

De repente elas tinham mesmo sido utilizadas em algum experimento.



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