Grand Chase, A Verdadeira História escrita por Conrad Harloch


Capítulo 6
Capítulo Cinco – O Vale e o Reino




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Capítulo Cinco – O Vale e o Reino

Ao vestirem o intitulado “Pacote da Montanha” e transmutado os antigos equipamentos, o grupo seguiu viagem para o Vale do Juramento. Quando o clima começou a ficar mais seco, eles entenderam que estavam entrando na área do vale. Mais adiante, o clima ficou muito mais seco e quente, dando inicio por completo o famoso vale. Em algumas partes, eles tinham de atravessar um de cada vez e com muito cuidado para não caírem.


Eles andaram por cerca de quatro horas no vale. Daí então perceberam de que o vale só estava começando.


Elesis: Este vale é grande assim mesmo?


Ryan: Sim. Mas já devemos estar na metade do percurso, devemos estar no reino de Canaban ao anoitecer.


Então eles resolveram poupar a saliva e guardar a água que tinham, estava realmente muito quente. Duas horas depois, Elesis começou a perder a paciência.


Elesis: Bem, acho que não estamos muito longe do reino de Canaban. Vamos apertar o passo!


Ela começou a andar mais rápido, esperando que o grupo a acompanhasse, mas todos pararam e ficaram olhando. Quando ela percebeu que estavam parados, ela se virou para brigar com eles, mas acabou percebendo o que estavam olhando. Era um jovem, em uma de uma pedra mais alta. O sol impedia-os de ver quem era. O jovem então deu um pulo e parou ao lado de Elesis.


Ronan: Alto lá! Eu sou o líder da guarda real do reino de Canaban, Ronan. Quem são vocês?


Arne: Somos da Grand Chase. Você não é aquele rapaz que consegue balancear magia com esgrima?


Ronan: A Grand Chase... Bravos guerreiros de Serdin. E sim, sou eu que consigo equilibrar as duas artes. Bem, vou deixar este local em suas mãos e ir para o Castelo de Gaicoz. Aquele reino está sob uma terrível ameaça.


Elesis: Você tem muito que nos explicar, senhor! Mas pode ir tranquilo que damos conta do recado.


Ronan: Obrigado. Como agradecimento, vou dar uma mãozinha. Que a benção de Canaban esteja com vocês. BENÇÃO DIVINA! – Ele esticou a mão para o grupo e uma luz azulada apareceu. Uma magia atingiu suas armas e eles se sentiram revigorados, mais fortes.


Logo após Ronan abençoar as armas, ele abriu um portal. Ao atravessar o portal, ele logo se fechou. Arme identificou que não era uma magia para um grupo e também que não era muito avançada.


Logo após que se foi, o grupo percebeu a presença de ameaças. Algumas harpias, filhotes de gorgos e um monstro alado apareceram. O monstro alado era amarelado e peludo. Eles tinham a parte de cima parecida com um leão. Uma mancha branca no peito, braços fortes e uma juba no pescoço. A juba era pequena, deviam ser os filhotes. A asa deles era branca e bem pequena, talvez não fosse para alçar voo. Observando mais, eles perceberam que as asas eram para manter o equilíbrio e para locomoção. A cabeça era achatada e com um chifre. Já a parte da cintura para baixo, era semelhante a um ferrão de zangão, mas parecia ser para perfurar e era de aço.


Ryan: Drillmons. Não pensava que eles ainda existissem.


Elesis: Drillmons são esses montros amarelos?


Ryan: Sim. O ultimo relato de sua aparição foi quando o plano de Elyos invadiu Ernas.


Lire: Devem ter ficado e sobrevivido, então. A maioria dos monstros não conseguiu voltar.


Elesis: Chega de conversa. Vamos!


Elesis tomou a frente. Ela empunhou a espada e investiu em um filhote de gorgos. O corte com a nova espada foi preciso e cortou a cabeça do pequeno dragão. Ela continuou correndo, desta vez para um drillmon. Quando ela se aproximou, o inimigo projetou o ferrão para trás, pegando impulso. Ela desviou para o lado, fazendo o golpe passar bem perto, mas ainda sentiu a pressão do golpe. Era poderoso. No mas, ela cortou o corpo do inimigo sem dificuldades. O corte foi preciso e em diagonal, separando o inimigo em dois.


Eles foram avançando, percebendo corpos de alguns membros da guarda real de Canaban mortos em espaços de tempo parecidos. Morreram em combate. Lire e Ryan começaram a fazer sua parte. A sincronia das flechas era proporcional à habilidade com o machado, e como as flechas não quebravam, Ryan acertava onde as flechas estavam fincadas nos monstros, fazendo as mesmas perfurarem por completo o corpo dos inimigo. Quando o druida percebia que o inimigo morria, ele pegava as flechas que atravessaram o inimigo e as jogava de volta para Lire, fazendo um ciclo de morte.


Arme ia abençoandos os aliados e dando suporte. Quando um golpe era iminente, ela os protegia com o Escudo Mágico. Algumas vezes ela jogava uma magia ofensiva, prendendo o inimigo no local. Na medida em que iam andando e mutilando os inimigos, ela percebeu uma massa de energia mais poderosa. Ela percebeu que aquele era o ultimo momento para conversarem.


Arme: Elesis, aquele rapaz de antes, Ronan... Você conhecia ele, do reino de Canaban?


Elesis: Não que eu lembre... Os Cavaleiros Vermelhos e a Guarda Real são criados em campos de batalha completamente diferentes.


Quando ela falou, um rugido chamou a atenção e eles viram um drillmon gigante. Esse sim parecia assustador. Era semelhante aos outros, mas muito maior, com asas que poderiam alçar voo, mesmo que por pouco tempo, e um ferrão assustador. Ele era um pouco maior que os outros, mas muito mais forte.


Ele voou rapidamente ao encontro de Elesis. A guerreira não teve tempo de desviar. Se Ryan não tivesse se transformado em lobo e usado sua velocidade para tirar a guerreira do caminho, ela seria atingida. Elesis olhou para o druida.


Elesis: Obrigada. – Ela se levantou – Agora vamos destruir esse cara! – Ela empunhou a espada e correu em direção ao inimigo. Ao chegar bem perto, podia-se ver que ela estava séria. Ao chegar ao alcance da arma, Elesis levantou a espada, cortando o monstro. Ao levantar, chamas roxas saíram da arma. – ATAQUE MAGNO! – Ela desceu novamente a espada, causando oura onda flamejante. O corte duplo fez o sangue jorrar no peito do monstro.


Lire e Ryan já sabiam o que fazer. Ela preparou uma flecha, enquanto ele, ainda em forma de lobo, correu para o inimigo.


Lire: ARMADILHA ÉLFICA! – Ela atirou a flecha. Quando a flecha estava prestes a tocar o inimigo, ela pegou fogo. Um arco de chamas rodopiou em volta do inimigo, queimando-o assim que tentasse se livrar. Um dos guarda-costas foi atingido pelo fogo, virando pó rapidamente. Os aliados não sentiam o calor, portanto era ofensivo apenas para quem a arqueira considerava inimigo. O monstro estava preso em meio às labaredas.


Ryan chegou furtivo por entre a pilastra de chamas. Ele usou de suas velocidades para fincar as garras e rasgar vários pedaços da pele, várias vezes. Ele podia se locomover entre as chamas, então era mais fácil e prático. O sangue jorrava agora de várias partes do corpo.


Arme deu um salto, podia-se ver pela parte de cima da pilastra de chamas, onde o fogo não pegava, apontando o cetro para o inimigo. Ela carregava uma esfera de fogo no cetro.


Arme: GRANDE EXPLOSÃO! – Ela arremessou a esfera entre o pilar de chamas. Quando a esfera se chocou ao monstro, ela explodiu, misturando as chamas do pilar de Lire com a explosão da maga. Ryan conseguiu sair a tempo, parece que Lire é inofensiva para aliados, mas Arme não se limita. O monstro teve queimaduras sérias. O suficiente para matá-lo junto da perda de sangue e ferimentos.


Elesis: Parece que nós estamos cada vez mais dinâmicos – Ela riu.


Lire: Sim. Parece que agora eu posso usar o local em que lutamos em vantagem, como a floresta e este local seco e quente. – Ela sorriu para o druida, queria algum elogio dele.


Ryan: Vamos nos apressar. Estamos próximos de Canaban. – Ele disse ao voltar para a forma humana.


Arme transmutou os monstros e partiu com o grupo para Canaban. Eles chegaram à muralha do reino ao entardecer, como Ryan havia dito. O resto da viagem, do vale ao reino, havia sido tranquilo. Quase não se falaram. Eles pararam ao portão e Elesis tomou a frente.


Elesis: Elesis, Líder dos Cavaleiros Vermelhos se apresentando! – Quando ela terminou de se pronunciar, um soldado bateu continência no alto da muralha e o portão se abriu.


O grupo entrou no reino. Era tudo tão alto, torres, casas, construções. Elesis se dirigiu ao quartel, onde ficava seu alojamento particular e onde poderia oferecer conforto aos companheiros. Todos se acomodaram e vestiram roupas leves, marcando de se encontrar no salão para uma refeição. Encontraram-se cerca de trinta minutos após se dispersarem. Sentaram em uma mesma mesa, Lire e Ryan de um lado e Elesis e Arme do outro.


Elesis: Andei perguntando aos soldados sobre o vulto que aparece no alto da torre, certas noites, e ele me disse que havia um tempo que ele não aparece. Quem sabe não damos sorte?


Lire: Elesis, não acho legal ficar brincando com isso. Como Ryan disse aquele vulto só traz desgraça. Não quero ter que acordar amanhã só para defender sua cidade. Não que eu não faria, mas não quero acordar só para isso. – Ela fez uma cara triste. Parecia ter medo.


Ryan: Fique calma, Lire. Não é comum de a nossa raça ter medo. – Ele sorriu, tentando confortá-la. Ela sorriu de volta, um apoio dele era muito precioso pra ela.


Arme: Mudando de assunto, estou muito curiosa sobre o Ronan. Vou tentar conseguir informações sobre ele no quartel da Guarda Real, pela manhã.


Elesis: Sim. Ronan não é aquele jovem do vale?


Arme: Você já se esqueceu dele? É aquele que usa espada e magias, tonta!


Elesis: Ah sim, o da guarda real, né?


Arme: Não vou te responder. – Ela mudou de assunto, falando com Lire – Gostei do seu novo estilo, o de usar o campo em que está lutando. Não é bem um controle Elemental puro, mas é um controle do cenário. São duas espécies de magias diferentes.


Lire: É? Como assim?


Arme: Existe a magia Elemental, que seria a de fogo, gelo, terra, sombrio e luz. Mas também existe a magia controladora, que usa o cenário em que se está lutando para ter vantagens. Um mago só pode usar um tipo, se eu usar a Elemental, não posso usar a controladora.


Lire: Mas se você, como Elemental, pode usar todos os elementos, porque existe a controladora?


Arme: Simples. A magia Elemental é forte, mas a controladora é ainda mais destrutiva e poderosa, justamente por se focar só no que está por perto. Você poderia explodir aquele Drillmon de dentro para fora, se tivesse o controle pleno.


Lire: Mas parece que minhas flechas só assumem o cenário para armadilhas. Não parece que eu consigo fazer algo realmente ofensivo.


Arme: Depois você pega o jeito e acaba aprendendo sem perceber, vai ver. – Ela sorriu.


Ryan: A propósito, seu pilar de chamas foi impressionante, no vale.


Lire: O- Obrigada. – Ela corou, escondeu o rosto e sua voz quase não saiu. Arme cutucou Elesis por de baixo da mesa e começou a rir. Elesis simplesmente olhou, ignorando.


Elesis: Acho que está ficando tarde e tenho assuntos a tratar com meu supervisor. Até amanhã de manhã. Mesmo local certo? – Ela se levantou e adentrou a ala reservada aos oficiais do quartel.


Arme: Bem, vou ao quartel da guarda real, ver o que eu descubro sobre Ronan. – Ela se levantou e se dirigiu à saída do quartel.


Lire e Ryan se olharam por um breve instante. Eles coraram de leve.


Ryan: O que você vai fazer?


Lire: Acho que dormir. E você?


Ryan: Queria observar a noite. Preciso entrar em sintonia com a natureza de novo. Preciso pedir perdão pela floresta.


Lire: De novo com isso? Poxa. Tudo bem, vou deitar. Boa noite. – Ela deu um breve beijo no rosto do druida e se retirou para seu alojamento.


Ryan sorriu e se levantou. Ele ficou encantado com aquele simples beijo. Ele saiu do quartel e foi à floresta que tinha ao lado do reino, nos arredores da muralha. Ele encontrou um local em que podia observar a lua cheia e se apoiar em uma árvore. Era uma clareira linda. Flores de várias espécies enfeitavam o local. A lua era absoluta e cativante.


Ele começou a meditar, entrando em sintonia com a floresta e pedindo o perdão, quando sua concentração foi quebrada por um galho que se quebrava próximo de onde estava. Sem pestanejar, ele se transformou em lobo e usando sua velocidade, parou atrás do inimigo. Ele encostou as garras no pescoço do que parecia ser uma jovem. Então a lua iluminou seu refém. Era Lire.


Ela estava petrificada pela letalidade que Ryan podia ter, ao se concentrar. Ele se voltou à forma humana e colocou a mão que estava encostava-se ao pescoço da amiga no seu ombro, sorrindo de leve para disfarçar a situação. Quando ele encostou, ela desmaiou, caindo ao chão. Ele riu sozinho e a apoiou em uma arvore. Ele voltou ao lugar que estava sentado, na mesma árvore e voltou a observar a lua. Lire logo acordou e viu-o apreciando aquela vista. Ele logo percebeu a presença da elfa.


Lire: É linda, não é?


Ryan: Sim. As vezes eu queria ser como a lua.


Lire: Como assim?


Ryan: Majestosa, impetuosa e absoluta. Gostaria de ter o suficiente para proteger quem é meu aliado e eliminar o mal deste mundo. Mas sou inútil. – Ele abaixou a cabeça. Lire se desencostou da árvore para sentar ao lado do druida.


Lire: Não fique assim. Todos somos como palitinhos – Ela colheu alguns gravetos no chão. – Sozinho, somos fracos e frágeis. – Ela pegou um dos palitos e quebrou facilmente – Mas, se estivermos juntos, somos invencíveis. – Ela juntou vários gravetos e tentou quebrá-los, sem sucesso.


Em seguida ela sorriu para o companheiro. Ele sorriu de volta. Ele passou a mão no rosto da elfa, acariciando-a. Logo, ele ajeito o cabelo dela atrás da orelha.


Ryan: Fica mais bonita assim. – Ele sorriu. Lire achou que nunca tinha ficado tão vermelha em sua vida. – Não fique envergonhada. Isso é boa coisa – Ele começou a rir e ela ficou ainda mais vermelha. Podia sentir o rosto queimar.


O clima entre os dois foi quebrado por um uivo de um lobo diferente. Era um uivo sinistro, gutural e ameaçador. Os elfos ficaram alertas e aguçaram a visão. Ryan conseguiu ver um jovem em cima de uma torre de Canaban. O druida pegou a mão de Lire, pegou-a em seu colo e se transformou em lobo, pulando a muralha de Canaban e usando a velocidade para chegar ao quartel dos Cavaleiros Vermelhos. Assim que pularam o muro, alguns guardas tentaram impedir Ryan de prosseguir, sem saber de seus poderes, mas ele rodopiou no ar e os despistou.


Ao chegar no quartel, Elesis já estava do lado de fora, empunhando a espada, olhando para a torre. Arme chegou quase ao mesmo tempo, ofegante. Ryan voltou a forma humana e os três foram pegar suas armas. Logo que voltaram, o jovem ainda estava no alto da torre.


Elesis: Arme, consegue identificar?


Arme: Não. É muito, muito poderoso, fora que a energia dele não é a única que eu sinto. Alguém está chegando.


Elesis: Como assim? – Todos olharam preocupados para Arme.


Arme: Alguém que eu conheço está chegando. Mas não consigo lembrar de quem é esta energia. Sei que era da Academia Violeta.


Quando ela terminou de falar, outra imagem se materializou ao lado do jovem. Arme não conseguiu ver direito. Parecia uma magia de controle de dimensões. Magias de altíssimo nível que nem ela tinha controle. Na verdade, ela não tinha a menor ideia de como controlar as dimensões.


Arme: Parece que nosso companheiro está acompanhado de um mago. Deve ser assim que se locomovem sem que ninguém saiba. Mas, quem são?


Elesis: Achei em relatos de guerras de alguns anos atrás de que Cazeaje, o monstro que possuiu a rainha de Canaban, era um lobo gigante. Ou algo parecido com um lobo. Isso deve explicar o porquê de desgraça acontecer durante a aparição daquele jovem. É sábio supor que a imagem que vemos em cima daquela torre é o objetivo de nossa busca. Cazeaje está em cima daquela torre. – Todos olharam espantados para o jovem.


Arme: Mas como vamos lidar com isso, Elesis? Como vamos dar um fim a ele?


Elesis: Lire, consegue acertar lá em cima?


Lire: Não. É muito alto.


Elesis: Arme, você tem alguma magia que possa acertar lá?


Arme: Dessa distância não. Eu poderia chegar mais perto para tentar.


Elesis: Então vamos todos juntos.


Eles começaram a correr em direção a torre. Quanto mais se aproximavam, mais conseguiam enxergar. Era um rapaz, cabelos brancos, a maioria de sua roupa azul. Ele carregava duas adagas como armas. Ele vestia uma armadura que lembrava uma pele de lobo. Ele carregava o capacete em um dos braços, era uma cabeça de lobo e a abertura ficava no rosto. A armadura era estranhada. Elesis e Arme lembraram-se dela de alguns relatos antigos sobre Cazeaje. Era realmente Cazeaje que estava em pé ali. Quando se aproximaram o suficiente para arma soltar uma magia, ela arremessou uma bola de fogo. A magia transpassou Cazeaje e seu parceiro. Eles não entenderam o por que. Começaram a subir a subir a torre, para chegarem ao local onde estava. Ao chegarem, o jovem estava novamente sozinho. Era realmente um jovem, pouco mais velho que Elesis. Ele olhava para baixo com um rosto determinado. Ele tinha pena e nojo daqueles seres.


Elesis: Você é Cazeaje, certo?


O jovem virou para ela e ficou quieto. Ele não se importava com nada que ela dizia.


Elesis: É? – Ela gritou, apontando a espada para o rapaz. Ele simplesmente olhou para ela e piscou o olho. A arma de Elesis ficou tão pesada que ela não conseguia levantá-la. – Maldito! O que fez?!


Cazeaje: Acalme-se, humana. Este ainda não é nosso combate. Desde que descobri que o seu “grupo de elite” foi formado eu tenho controlado monstros em seu caminho. Vocês são irritantes. Eu sabia que passariam por este reino algum dia, portanto eu vinha aqui esperar por vocês. – Sua voz era grave e profunda. Ele começou a olhar para todos do grupo – Uma guerreira que procura seu pai, uma maga que quer superar expectativas, uma arqueira que segue ordens e um druida que não consegue atingir todo seu potencial. Não é bem um grupo de elite. – O grupo começou a se olhar. Nunca tinham parado para conversar sobre as coisas que os levaram a entrar para a Grand Chase, mas ele sabia tudo. – Oh, vejo que vocês não se conhecem como deveriam. – Ele deu uma risada que mais parecia um rosnado. – Vocês não vão nem passar de Gaicoz.


Arme: Gaicoz? Mas ele não morreu a trezentos anos atrás e tudo que restou era seu castelo abandonado?


Cazeaje: Você não sentiu os mortos voltarem à vida? – Ele riu novamente – Você é uma maga ou uma bruxa? Magos podem sentir a energia maligna, supostamente.


Arme: Eu sinto, mas está por todo lado.


Cazeaje: Então ela fez um bom trabalho nisto também.


Elesis estava cansada de conversa. Ela fez uma força fora do comum para levantar a arma e conseguiu investir no inimigo. Quando a arma encostou-se à armadura de Cazeaje, ela transpassou e nada atingiu. O rapaz encostou a adaga no pescoço de Elesis. Ela podia sentir o aço frio na sua garganta.


Cazeaje: Está muito apressada, Elesis. Eu disse que não é nosso combate. Até porque vocês não podem me acertar. Eu não estou aqui. – Ele apontou para baixo. Ele estava pisando em algum tipo de telhado, enquanto eles estavam no piso plano do alto da torre. – Venham para o Castelo de Gaicoz e me encontrem aqui. Mas não se esqueçam de defender o reino de vocês. – Ele riu, em seguida sumiu. Tudo em um piscar de olhos, mas ainda podiam escutar a risada deles. Era uma magia de controle mental, uma ilusão, talvez.


Elesis sentiu sua espada leve novamente. Ela se sentou devido ao cansaço e ao esforço de levantar a arma com gravidade aumentada por Cazeaje. Todos estavam se olhando. Era tudo muito estranho.


Elesis: Bem, vamos para o Castelo de Gaicoz. Acho que devíamos começar por lá. E quanto o que ele disse sobre os mortos estarem retornando, suponho que teremos que passar pelo cemitério.


Arme: Mas Elesis, não devemos nos precipitar assim.


Elesis: Devíamos fazer o que? Sentar e esperar ele aparecer de novo?


Lire: Acho que devíamos conversar melhor sobre tudo. Mal nos conhecemos, no final das contas.


Elesis: Não temos tempo para conversas. Precisamos de ir atrás de Cazeaje.


Ryan: Elesis, eu sei que você quer dar um fim em Cazeaje, mas não podemos nos esquecer que depois de Gaicoz não temos pistas!


Elesis: Mas é exatamente por isso que temos que ir para lá! – Ela gritou com todos. – Além disso, Ronan foi para lá, esqueceram?


Arme: Então teríamos que ir de qualquer jeito, né?


Elesis: Sim. Agora ele já deve estar atravessando as montanhas para chegar ao castelo.


Lire: Devemos partir logo pela manhã. Estamos exaustos. Não podemos deixar o reino indefeso, portanto pegaremos a rota que mais tem monstros até o cemitério.


Arme: Vamos entrar, o frio daqui do alto desta torre está insuportável. – Ela tomou a iniciativa e todos começaram a falar suas ideias. Arme planejava a dela enquanto descia.


Eles se reuniram novamente no salão de refeição. Sentaram novamente na mesma mesa, nos mesmos lados. Lire deixou sua mão ao lado de sua perna, sobre o banco, de propósito, para entender as reais intenções de Ryan, ela gostaria de saber o que ele pensa dela e o que acha de tudo, e ela saberia tudo pelo toque da mão dele na dela. E não demorou a acontecer. Poucos segundos depois de ela ter posto a mão, a mão de Ryan descansou sobre a dela, de leve. Ela começou a corar e sorrir escondido. O clima foi quebrado novamente, desta vez por Elesis.


Elesis: Bem, estava analisando alguns registros e descobri por onde Cazeaje ataca Canaban. Aqui por perto tem um pântano que abriga um monstro.


Arme: P-Pântano? – Ela disse logo após Elesis terminar de falar.


Elesis: Sim, um pântano. Por quê?


Arme: Nada. Continue. – Ela falou, suando frio.


Elesis: Enfim, o pântano abriga um monstro e ninguém conseguiu chegar perto dele. E é um caminho para o cemitério. Aposto que Cazeaje vai usar este monstro para mandar as tropas por lá. O mais engraçado é o nome do monstro: Elizabeth.


Lire: Elizabeth? Parece tão comum!


Elesis: Não faço a mínima do porque a nomearam assim. Deve ter sido algum homem bravo com sua mulher. – Todos riram juntos. Era a primeira vez que riam assim. Lire e Ryan riam mais pela situação deles e ninguém saber, Arme ria por todos estarem rindo e Elesis ria da própria piada. – Agora, todos de acordo?


Lire: Sim.


Ryan: Sim.


Arme: S-Sim.


Elesis: Então vamos dormir e nos encontramos pela manhã. Boa noite a todos.


Quando ela terminou de falar, todos se levantaram. Lire tirou a mão rapidamente, levando ela ao rosto, tapando a boca, tímida. Ryan coçou a cabeça e riu. Todos se dirigiram a seus devidos quartos. O dormitório masculino era diferente do feminino, mas passou pela cabeça de Ryan burlar essa regra uma noite, para passar com Lire. Mas não era tempo e ela entenderia errado. Devidamente em sua cama, ele começou a pensar nela. Ela começou a pensar nele. Quase que ambos esqueceram sua missão. Arme pensava nas palavras de Cazeaje e no temor por locais sujos e mórbidos. Elesis pensava em sua vida ao enfrentar Cazeaje. Ele aumentou o peso de sua arma sendo apenas uma ilusão. Qual seria a verdadeira medida do seu poder? Ela só poderia saber assim que a enfrentasse, e ela não sabia mais se queria aquilo de imediato para ela. A lua cheia estava realmente linda naquela noite. Tão absoluta quanto Cazeaje.



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Notas finais do capítulo

Inicialmente, gostaria de agradecer a todos pelos comentários e tudo mais. Não pensei que poderia ser tão bom e agradável para vocês ler a minha versão e os meus olhos da história. Por favor, não parem de comentar! Compartilhe com seus amigos, divulgue e sempre deixe dicas!
Gostaria de falar também o porque lancei cinco capítulos juntos: Eu já tinha escrito até a metade do quarto capítulo, mas postava em outro fórum. Mas neste outro fórum não tenho NENHUM feedback. Só visualizações e nenhum comentário. Estava meio animado de continuar escrevendo.
Postava ainda em outro fórum, que possuía apenas 13 visualizações por total. Parei de escrever a metade do quarto capitulo justamente por este fórum. Nunca postavam Fanfics neste outro fórum e um cara que fez um parágrafo, cheio de erros de português, com uma história super fraca e um texto forçado, recebeu vinte comentários e quinze vezes (no minimo) mais visualizações que eu. Eu estava desmotivado e triste de continuar. Até que descobri ESTE fórum. Muitíssimo obrigado por me deixarem dar uma chance a mim mesmo de continuar a fazer o que eu gosto.
Agora, tenho o pesar de informar que: Não vou escrever o Capítulo 6 até dia 4 de janeiro, no mínimo. Este período de final de ano acaba sendo muito corrido, mas nunca vou parar completamente. Mas completar um capítulo vai ser difícil. Fora que formatarei meu computador neste final de semana.
Bem, muito obrigado a todos e não parem de comentar! :)



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