No capítulo anterior...

— O que você fará?

— Não posso matá-lo. Além de pertencer a família real, jamais seria capaz de tal ato... Pretendo exilá-lo.

— Mas para onde?

—Pouparei sua vida e deixarei que fique com a Mongólia, mas tal província deixará de pertencer ao território chinês e ele será proibido de por os pés novamente na China.

— Tem certeza?

— Sim.

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Depois de passar a noite em claro velando o sono de sua imperatriz, Wing deixou Sayuri aos cuidados de suas damas de companhia e se retirou de seus aposentos.

— Tragam-me o Capitão Shang! – Ordenou para alguns soldados que circulavam pelos corredores do palácio.

— Sim Majestade.

Passado alguns minutos, Shang anuncia a sua presença.

— Mandou me chamar Majestade?

— Sim Capitão... Me leve até Danzou.

Com um simples movimentar de cabeça Shang concordou com o pedido do imperador e ambos se dirigiram a masmorra do palácio. Ao chegarem foram conduzidos até a cela de Danzou.

— Quero falar a sós com Danzou.

— Mas... mas majestade...

— Sem mas... - O imperador garantiu a Shang que ficaria bem. O capitão então se retirou e aguardou o retorno de seu imperador.

— Apareça seu miserável – ordenou o imperador.

O cativo então surgi das sombras, o seu pior pesadelo aparece encarnado a sua frente Ao olhar para Wing o infeliz lhe sorriu debochado e tocou as grades de sua cela.

— Ora, ora, parece que alguém sentiu minha falta! – ele comentou maldosamente.

— Eu me enganei muito com você Danzou. O que você pretendia fazer com a MINHA SAYURI?

Ignorando completamente a pergunta de Wing, Danzou ironizou.

— A que devo a honra dessa visita? É por sua causa que estou preso...

— Minha causa? Você que tomou as decisões erradas... EU O CONSIDERAVA UM IRMÃO. IRMÃO!

— Você nunca serviu para reinar Wing, sempre foi bonzinho demais. Se o império estivesse sobre o meu comando o território chinês seria bem mais vasto... Você e essa diplomacia ridícula.

— Amanhã você será julgado e não verá mais um pedaço do território chinês.

— Eu sempre fui melhor que você em tudo. TUDO. Ela deveria ser minha... mas aquela vadiazinha sempre preferiu você...

— OLHA COMO FALA DA IMPERATRIZ!

— A vadiazinha é bem gostosinha, não é priminho... – Danzou sorri de forma diabólica - mas parece que você não anda fazendo direito o seu dever de marido...

—EU VOU ACABAR COM VOCÊ!

Wing segura o colarinho da vestimenta de Danzou o puxando contra as grades.

— Haha. Acabar comigo? Vossa Majestade é um incompetente.

Ao escutar os insultos e sons de algo se chocando contra o metal, Shang e alguns soldados correm em direção ao imperador o contendo.

— Pare majestade.

— Você irá pagar Danzou! Ouviu bem... irá pagar! Será exilado e caso pise em qualquer terra que pertença a China será eliminado. Entendeu?

Disse o imperador se afastando da cela de seu primo.

— Você sempre foi e sempre será um tolo.

Após o ocorrido na masmorra, Wing convocou uma reunião de emergência para nomear um novo conselheiro e também anunciar o veredito sobre o que aconteceria com Danzou. No final daquele dia Danzou fora expulso das terras chinesapor conspirar contra o imperador e tentar violar a imperatriz. Perdera seu título de nobreza, sua honra e saiu da cidadeapenas com a roupa do corpo.Fora explicado a ele que a província da Mongólia pertencia a ele, mas que o território não pertencia mais ao império chinês.

Alguns anos se passaram e a notícia do nascimento do príncipe herdeiro fora comunicada em todo o território. Naquele período Danzou casou-se com uma jovem mongol e era conhecido como o temido senhor da Mongólia. Pouco tempo após o casamento Ryu nasceu e Danzou prometeu se vingar do imperador e tomar para si todo o império. Para tal treinaria seu filho, os mercenários que encontrou perambulando próximo a sua província e os mongóis que o seguiam.

— Meu pequeno guerreiro, irei ensinar-te tudo o que sei sobre a arte militar e um dia iremos destruir aquele imperador de merda. – Danzou dizia a Ryu enquanto o mesmo “brincava” com uma espada de madeira.

— Um dia você irá me substituir e será tão, ou mais, impiedoso que eu.

Quando o pequeno Sasori completara 4 anos seus pais resolveram visitar as províncias para que o menino conhecesse todo o território que um dia seria comandado por ele. Porém durante a viagem a carruagem fora atacada. O imperador correu com sua família para fora da carruagem quando se virou para trás para lutar contra dois mongóis que tentavam alcançá-los. Um terceiro vinha na direção de Sayuri e riu com gosto ao perceber que ela e a criança estavam chorando.

— Está na hora de acabar com você Sayuri. Danzou ia chegando cada vez mais próximo da imperatriz. Ela gritou, pegou seu filho e empunhou uma adaga na direção do homem.

— Se afaste.

— O que irá fazer? Arranhar-me com essa porcaria?

Avançando sobre os dois mongóis, o imperador levantou sua espada para acertá-los com tudo, porém um deles se esquivou do ataque e o outro fora morto. Correu até o inimigo e sem medo começou a lutar contra ele de forma feroz e rápida. A raiva que tinha agora era tanta que parecia estar fora de si. Sim! Ninguém machucaria sua família. Com este pensamento matou o outro homem.

Durante este período Ryu já possuía 9 anos e já acompanhava o pai em algumas ações do mesmo. O menino o acompanhou até o local da emboscada, mas manteve-se escondido entre as árvores apenas observando. Ryu vira a fúria do imperador, as lágrimas e mãos trêmulas da imperatriz e o menino assustado que não parava de chorar. Viu também quando seu pai avançou contra a imperatriz e o momento que ele golpeou a criança a ferindo.

Wing vira tudo lentamente. Sua esposa caia ao chão, ao passo que Danzou golpeava com uma pequena faca a barriga de Sasori. Tomado de uma ira tremenda, Wing partiu para matar seu inimigo. A lâmina afiada da espada do imperador entrou no corpo de Danzou à frente de Sayuria. Ele largou a espada, sentindo o líquido viscoso e quente melar suas mãos. Com os olhos vidrados ele caiu aos pés do homem que havia matado. Toda a ação fora vista porRuy e o menino vira seu pai sermorto pelas mãos do tal imperador. Após Wing correr até seu filho e esposa,depois partir com os demais para bem longe daquele local, Ryu foi até o corpo de seu pai.

— Pai! Pai!

Danzou ainda respirava, mas estava muito ferido.

— Ry Ryu... Cuide de .... do bebê... cu-cuide...

— Pai, tenho que tirá-lo daqui.

— Vin-vingança... Ma-matar Wing... Cuide de... seu ir-irmão. Danzou cuspia sangue e revirava os olhos

— Pai!

— Prometa! Pro-prometa... que irá me vingar... fi-filho. Depois de tais palavras Danzou morre nos braços do menino.

— PAI! PAI!