Família Jackson escrita por A Demigod 1D


Capítulo 14
Herança de Meio-Sangue


Notas iniciais do capítulo

OOOOi Leitores Liamdos meu essedois!!! Tudo bem com vocês? Um capítulo que ia ficar enorme demais, aí ele continua no próximo ta bem?



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POV CHARLES

-Corre!! Rápido! – Silena gritava, há alguns metros atrás de mim.

-Cadê o Jake? – eu perguntei enquanto corria.

-Aqui! Andem logo! – ele respondeu, mais a frente. Como ele corre tão rápido? Num minuto ele estava dentro do ginásio, e agora estava bem mais a frente, indicando uma pequena escadaria que levava a uma espécie de praça que tinha na nossa escola.

Quase caí, descendo os degraus rápido, parei repentinamente, me virando para ver onde Silena estava, e acabei dando de cara com ela, literalmente.

-Charlie! Por que parou? Anda logo! – ela disse.

-To indo. Mas... Jake? – eu perguntei, até que ele apareceu.

-Diga. – ele disse olhando para todo canto da praça, procurando alguma coisa.

-O que estamos fazendo aqui? Eles vão nos pegar. – eu disse já preocupado.

-Tranquilo. To só esperando o sinal do Jesse, pra gente poder ir para a Toca. – ele disse como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo. E para o Jake era. Ele podia ser mais novo que eu, mas em matéria de esconderijos na escola, ele era muito mais experiente. Vivia aprontando, e dessa vez tínhamos aprontado todos juntos. Em legitima defesa é claro, mas aprontamos.

-Toca? – Silena perguntou.

-Sim, é um lugar no antigo porão do ginásio de esportes. Meus amigos usam pra todo tipo de coisa. Sempre corro pra lá quando apronto alguma coisa. Super seguro. – Jake disse.

-Certeza? – eu perguntei.

-Cara, quantas vezes você me viu ser pego?

-Nenhuma. Quer dizer, teve aquela vez com o zelador, mas você fugiu, então...

-Credo Charlie! Você não sabe mesmo como fugir, né? Fica mentindo que sempre acobertava o Jake. – Silena disse indignada.

-Hey, acobertar é diferente de ser o fugitivo, ok? Eu só ajudava ele sumir agora pra onde ia, não sei. – eu disse me defendendo.

-Ali! Vamos! – Jake disse apontando para o suposto Jesse. Um garoto com cabelos castanhos, meio compridos e um moletom grande demais pra ele.

Jake correu em direção ao ginásio do qual havíamos saído a poucos minutos, só que agora pela lateral em direção a uma porta inutilizada. Jesse manteve a porta aberta pelo lado de dentro, Jake passou correndo por ela, e Silena foi logo em seguida, já eu parei na frente da porta por alguns instantes. Era muito escuro lá dentro.

-Charlie! – Jake disse, e me puxou pelo braço.

O lugar não era tão incrível assim, mas eu soltei uma exclamação de surpresa. Podia-se perceber claramente que já fora um porão. Ainda havia algumas caixas enormes encostadas na parede, não havia janelas, muito mal iluminado por uma lâmpada improvisada. Havia um sofá bem comprido e uma mesinha de centro que parecia prestes a desmontar.

-Legal. Essa é a “Toca”?- eu perguntei.

-Sim. Está meio vazia, já que quem arrumou esse lugar bacana foi o irmão do Jesse, e como ele mudou de colégio, isso ficou por nossa conta.

-Mas, comparados ao meu irmão, somos alunos exemplares, portanto raras vezes estamos aqui. – disse Jesse.

Ao lado de fora, ouvimos alguns passos apressados, e pudemos distinguir a voz do treinador Smith:

-Vamos! Procurem, logo! Eles devem estar por aqui! Ah, se eu pego aquele Grace! – ele dizia provavelmente para alguns alunos.

Esperamos mais uns minutos até tudo se aquietar do lado de fora.

-Tem certeza que estamos bem protegidos aqui? – Silena perguntou.

-Sim. Alguns funcionários da limpeza sabem sobre esse porão, mas já têm uns quatro anos que ninguém usa. Nunca nos pegaram aqui. – Jesse disse.

-Tudo bem. Esse era nosso último tempo, junto com a turma da Silena. Só precisamos esperar mais vinte minutos e os alunos serão dispensados. Mais uma meia hora, e aí poderemos sair. – Jake calculou.

-Por que temos que esperar meia hora? – eu perguntei. Não fazia sentido.

-Deuses! Você definitivamente está ficando parecido com o papai Charlie! Meia hora por que, é mais ou menos esse o tempo que todos os alunos do turno da manhã, demoram para finalmente deixarem a escola. E é também nesse período que os funcionários trocam de turno. – Silena disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

-Exato. Depois disso, temos que ir bem rápido, só até passarmos pelos portões. E lembrando: cada um por si. Vamos repassar o plano, e é só fazermos tudo certo, que saímos ilesos. O treinador Smith, não vai nos denunciar, sem nos pegar. Ele gosta de punições. – disse Jesse.

Eu nuca tinha conversado com Jesse, mas ele parecia ser bem legal. Jake mandara um sms pra ele enquanto saíamos do ginásio. Não sei como, mas esses amigos do Jake são tão rápidos quanto ele. O plano era esperar o tempo que era necessário, sair correndo do porão, e passar pelos portões sem sermos identificados pelo porteiro.

Mas, o que levou a isso? Bem...

Estava com um tempo livre, e como sabia que Silena estaria no ginásio, fui pra lá. Meus colegas de turma, já estavam indo embora. Quando entrei no ginásio, logo avistei Jake, esperando sua vez para jogar basquete. Acenei para ele, que fez sinal para eu me aproximar.

-Ei cara, o que tá fazendo aqui? Achei que era a turma da Silena que estava no ginásio. – eu disse.

-E está. Eu tive os dois últimos tempos livres, aí o inspetor nos mandou pra cá, pra gente ter aula com a turma da Silena. – ele respondeu.

-Ah sim. Eu vou esperar ela aqui. Mamãe não gosta quando eu a deixo ir sozinha. – eu respondi.

-Quer jogar? – ele perguntou e eu assenti.

Enquanto jogávamos, eu vi Silena do outro lado do ginásio, pedindo alguma coisa pra o treinador Smith. Logo terminamos a partida, e como perdemos, demos lugar ao próximo time. Fomos até o bebedouro dentro do ginásio, mas este não funcionou, então quando perguntamos ao treinador Smith onde poderíamos beber água, ele nos mandou seguir a Silena.

Chamamos ela, que nos esperou.

-Não sei por que deixam esse troço lá dentro, sendo que nem funciona. O mais próximo é aquele perto do muro dos fundos. – disse Silena sobre o bebedouro. Estávamos saindo do ginásio, por um corredor lateral, que dava a uma porta de vidro. Pela porta podia-se ver o bebedouro. Silena que ia um pouco a nossa frente, parou bruscamente, nos fazendo colidir.

-Silena, o que... – eu dizendo quando Jake se adiantou.

-Cara, que é isso? – ele disse apontando para a porta de vidro. Na sua frente, como se fosse um tapete havia coisas se movendo. Não eram tão grandes quanto um gato, por exemplo, mas para a sua espécie, eram realmente gigantes. Escorpiões. Escorpiões pretos. Escorpiões pretos do tamanho da mão do meu pai. E eles estavam andando tranquilamente em nossa direção. Quantos? Cinco. Mas, eu reconhecia-os. Papai uma vez me contara sobre um Escorpião das Profundezas que o atacou em seu primeiro verão no Acampamento. Eram insetos mortais, que conseguiam saltar até cinco metros e sua picada pode atravessar as roupas, sem contar que seu veneno mata em sessenta segundos.

-Charlie, isso é? – Silena perguntou num sussurro segurando minha mão.

-Sim. Escorpiões das Profundezas. Isso é muito mal. – eu disse. – Não corram, eles pulam até cinco metros. Apenas deem pequenos passos para trás. – e foi o que fizemos quase movimento algum, mas as criaturas pareciam ter todo o tempo do mundo, afinal sabiam que nós não poderíamos correr.

-Gente, vocês são netos de Poseidon e de Atena. Não tem um plano? – Jake disse.

-Correr? – eu disse, mas dessa vez Silena me superou.

-Não. Charlie, você se lembra de quando nós dois juntos manipulamos a mangueira que mamãe usava para lavar o carro? – ela disse.

E eu me lembrava muito bem. Tinha acontecido há uns dois anos atrás, e pelo que mamãe nos explicou que como éramos descendentes de Poseidon, tínhamos certo domínio sobre as águas. Só que sozinhos, quase não conseguíamos fazer nada, pra algo realmente acontecer, Silena e eu devíamos combinar nossas vontades.

-Claro! O bebedouro Silena! – eu disse e ela sorriu. As criaturas continuavam a se arrastar até nós e nós íamos retrocedendo muito devagar. – Pense, sinta a água, e ordene que ela afogue os Escorpiões. Imagine o bebedouro explodindo, e a água levando embora todos eles. Agora.

Com essa ordem, ela fechou os olhos e eu fiz o mesmo. Canalizei toda a minha vontade, o meu medo, o desejo de que as criaturas fossem embora sem nos ferir. Em alguns segundos... BOOM... E quando abri os olhos pude ver uma quantidade muito generosa de água, quebrando a porta de vidro, inundando o chão, e levando consigo para fora, os cinco Escorpiões.

Encostamos-nos a parede aliviados. Silena tremia um pouco, Jake apenas sorria e murmurava coisas como maravilha, isso aí.

Estávamos a salvo dos Escorpiões, o problema, é que o treinador Smith ouviu o barulho, e quando ouvimos ele se aproximando, nós corremos.

-Mas que diabos aconteceu aqui? – o ouvimos gritar.

E era por isso que estávamos escondidos no porão abandonado.


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Notas finais do capítulo

Um pequeno acidente com as crianças...
Gente, essa é a fic que eu mais tenho leitores, e acho que menos da metade comentou até agora :( Adoraria que os fantasminhas aparecessem !!
Reviews??



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