Não dava pra acreditar, eu realmente iria. Não sei o que meus pais tinham conversado na noite anterior, mas não importava. Eu ia pra La Push!

 Minha mãe pediu pra mim ligar pra casa da Laryssa, ela queria conversar com a mãe dela. Foi a Laryssa que atendeu, e depois de ouvir os gritinhos dela quando eu disse que iria, passei o telefone pra minha mãe.

 Quando desligou o telefone, minha mãe me chamou, quando entrei na sala, ela disse:

 - Falei com a Beth, já tenho tudo que preciso saber aqui, - olhei o papel que estava na mão dela, estava todo escrito, frente e verso. - agora, senta aí, você precisa saber de algumas coisas.

 Percebi que começaria ali as regras sobre o que fazer ou não em La Push:

 - Quero seu celular sempre ligado, e me ligue de 3 em 3 horas. Obedeça os avós da Laryssa e não saia de perto dela. Não quero você muito longe de casa...

 Tá, eu sabia que algumas coisas eram importantes, mas aquilo era exagero. Me perdi nas palavras dela, e comecei a imaginar a viagem, seria muito maneiro.

 E então minha mãe parou de falar e me entregou um cartão de crédito:

 - Toma!

 - Pra quê?

 - Pra você comprar algumas roupas para o frio. E, para você levar pra viagem, em caso de emergência.

 - Atá, obrigada!

 Sai da sala.

 Os três dias passaram rápido cheios de compras, arrumção de malas. Na sexta a noite, desliguei a televisão e fui deitar, mas não tinha a certeza se iria conseguir dormir, era muita coisa na minha cabeça. Mas ai, fechei os olhos , mas não dormir bem. Pelo contrário, havia tido um pesadelo. Não consigo explicar, ao certo, mas era uma criatura gigantesca, peludo, com quatro patas, tipo um cachorro, só que muito maior. Ela pulava em cima de mim, e eu não pudia me mecher.

 Acordei. E pra minha surpresa, já eram 9:30h e meu voô estava marcado pra 11:30h. Tinha uma hora pra me arrumar, precisava estar no aeroporto as 10:30h. Fui pro banheiro, escovar os dentes, mas quando olhei para o espelho, estava horrivel. Não tinha tido uma boa noite de sonho, graças ao pesadelo. 

 Entrei na sala, estava todo mundo sentado nl sofá. Estranhei, ninguem acordava cedo naquela casa. Dei bom dia e fui pro meu quarto, estava com fome e com sono, mas comeria no aeroporto e durmiria no avião. Peguei meu moletom largo que minha mãe achava horrivel, mas eu gostava, era confortavel. Me vesti e liguei pra Laryssa, ela já estava saindo de casa, e nós também.

 No aeroporto, achei logo a Laryssa. Já eram 11:00h, e nós já haviámos feito o check-in e despachado as malas, agora o mas dificil: A despedida:

 - Filha, eu te amo tanto, não faz nenhuma besteira, tá? Me ligue sempre, promete? Eu te amo, te amo, te amo!

 Ela me abraçou forte, e eu susurei em seu ouvido:

 - Também te amo, mãe!

 Ela me soltou, e fui falar com meu pai, o que foi mais facil. Abracei-o  e disse:

 - Te amo, tá? E.. cuida bem dela - Sabia que minha mãe sofreria mais que meu pai, ele cuidaria dela, faria essa por mim.

 Uma voz anunciou nosso voô, olhei pra Laryssa e ela assentiu com a cabeça. Demos um ultimo tchauzinho e andados, passamos pela passarela e antes de entrar no avião, ela olhou pra mim e disse:

 - Então, partiu?

 Sorri. Havia algo diferente ali, senti que não era mas aquela menininha, aquele era o meu primeiro passo como mulher:

 - Aham!

 Ela retriduiu o sorriso e entramos no avião.

 E assim fomos, rumo a La Push.