The Devil Inside escrita por Duplicata Petrova


Capítulo 10
1O


Notas iniciais do capítulo

Pois é, depois de um mês e 10 dias, a fic está sendo atualizada! Eu estive com um bloqueio criativo horrendo. Só consegui começar a escrever esse capítulo a alguns dias atrás e hoje, tive um surto criativo depois de assistir um filme e vim escrever.
Bem, eu escrevi esse capítulo ao som de We Are The Fallen - "St. John". Recomendo coloca-la para tocar no momento que mudar de cena.
E para quem ficou se perguntando como é a personagem Joyce, aqui vai a atualização do elenco da TDI: https://twitter.com/ViiH_codigo6277/status/376789427093114880/photo/1
Enjoy it ;D



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O clima tinha ficado pesado com a minha pergunta e a sua resposta. Mas também estava pesado por alguma coisa a mais; aquela garota estava me escondendo algo.

– Joyce? - Me encarou parecendo assustada. Ela não esperava que eu continuasse com a conversa - Você deixou de me contar alguma coisa? Deixou passar algum detalhe?

– Não. - Respondeu rápido assentindo negativamente desviando o olhar

– Tem certeza?

– Tenho. - Respondeu rápido

– Você tem certeza? - Reforcei a pergunta anterior pressionando-a

Olhou-me dentro dos olhos. Lágrimas prontas para rolarem. Eu enxergava dor, remorso, arrependimento nos olhos castanhos da menina a minha frente.

– Eu não queria ter feito aquilo. Eu não queria. - Disse desesperada afogando-se em seus próprios soluços e lágrimas - Nós fomos até a boate na noite de 19 de Setembro do ano passado porque estavamos comemorando que Audrey tinha conseguido transferência para uma faculdade melhor. Nós íamos preparar uma surpresa pra ela, mas a única pessoa que apareceu no apartamento do Tyler fui eu. Nós ficamos conversando e rolou um clima estranho. - Respirou fundo enxugando o rosto avermelhado - Aconteceu um beijo, que foi seguido de mais outro e outros...

Sua boca descia até meu pescoço deixando beijos pelo caminho. Apertou minha cintura com força enquanto eu apertava seus fios de cabelo entre os dedos e puxando de leve.

Desci uma das minhas mãos até o volume em sua calça fazendo-o gemer, e a mão dele foi até o feixo do meu sutiã abrindo-o por debaixo da minha camiseta.

Percebi a burrada que estava fazendo, então empurrei Tyler para longe de mim e o fiz prometer que nunca contaria nada para ninguém, porque aquilo não aconteceria de novo. - Pausou colocando a xícara sobre a mesinha e me olhou - Eu errei. Eu errei feio e me arrependo demais. Ela era como uma irmã que eu nunca tive e eu traí ela. Eu sou uma pessoa horrível.

– Acalme-se. Você errou, todos erramos. O mais importante é que você se arrependeu e não repetiu o ocorrido. - Toquei seu ombro e ela se encolheu na cadeira

– Não, não, não, não. É errado, ele é errado, eu sou errada. É tudo tão errado!

– Do que você está falando?

– Ele mexe comigo. - Disse em um sussurro como se aquela informação fosse um crime - Ele causa sensações no meu corpo que eu não quero sentir.

Depois da conversa que tive com a jovem Joyce, dois dias se passaram e mais uma vez nós tentamos tirar informações do suspeito.

– Fico admirado de vocês não desistirem de mim! - Disse com um sorriso debochado estampado no rosto - Espero que tenham paciência comigo hoje. Não quero apanhar de novo!

– Não torne a situação mais complicada do que já é. - Disse Devon entrando na sala. Revirou os olhos como um adolescente faz quando é contrariado pelos pais

– Hoje nós vamos tentar algo diferente. - Disse eu colocando uma pasta sobre a mesa - Vamos fazer um teste psiquiátrico. Eu já devia ter feito isso antes. - Sentei-me a sua frente, tirei alguns retangulos com "borrões de tinta" e coloquei sobre a mesa de metal - Vamos começar pelo teste dos desenhos abstratos, ok?

– Tanto faz.

– Me diga o que você vê. - Estiquei um dos retangulos até ele

– Uma mariposa.

– Certo. E esse? - Mostrei outro. David e Devon observavam de pé afastados da mesa

– Um elefante.

– Ok. Esse? - Estiquei mais um

Os olhos de Tyler tinham um brilho, alguma coisa estranha, estavam presos na figura abstrata. Um sorriso surgiu no canto de seus lábios. Um sorriso não de felicidade, alegria, graça, deboche... Era um sorriso malévolo, satisfeito.

– O que você vê?

– Eu vejo...

– O quê?

– O Diabo.

Ergueu seus olhos mirando profundamente os meus. Tive a nítida impressão de ver seus olhos azuis escurecerem.

– Você é o real Tyler Bennet? - Perguntei sustentando o olhar. Inclinou a cabeça de um jeito torto e asqueroso para a esquerda - Responda. Você é o real Tyler Bennet?

– Você sabe a resposta. - Respondeu em um sussurro

– Não, eu não sei. Responda!

Sorriu se aproximando de mim.

– Eu sou o verdadeiro Tyler Bennet.

Então, o alterego de Tyler era o lado bom. O verdadeiro Tyler era cínico e debochado. Tyler era culpado, era o assassino de Audrey Leviscco.

– Traga o seu outro lado. - Pedi

– Não.

– Traga o seu outro lado. - Exigi

– Me obrigue.

– Traga! - Gritei dando um tapa na mesa e assustando aos outros dois homens que estavam na sala

Virou o rosto para a direita rápido de modo sobrenatural, suas mãos tremiam, ele apoiou a cabeça na superfície metalica da mesa a nossa frente e ficou. Suas mãos pararam de tremer, a respiração era facilmente ouvida, ele estava ofegante.

Todos ficamos observando-o.

Virou o rosto para mim com a cabeça ainda na mesa. Seus olhos eram doces e ingênuos como o de uma criança.

– Tyler?

Ergueu o tronco e sentou-se olhando tudo a sua volta.

– Como eu cheguei aqui? - Perguntou a voz baixa e suave. Até o timbre da sua voz era diferente. Ele estava assustado. Lágrimas estavam prontas para trilharem um caminho em seu rosto

– Calma. Vai ficar tudo bem. - Disse tocando seu braço

– Não deixa ele voltar. Por favor, não deixa ele voltar. Por favor, por favor...

– Shhh... Ele não vai voltar.

– Ele está tentando me forçar a ir embora. Eu não quero, eu, por favor, não deixa ele voltar! Não deixa ele tomar o meu corpo. Eu sou o verdadeiro Tyler Bennet. Ele é um impostor.

– Ele não vai te fazer mal. Huh? - Tentei passar segurança para o garoto, mas tudo pareceu em vão

Arregalou os olhos fitando o nada e as lágrimas começaram a rolar. Ele virou o corpo na cadeira e lançou um jato de vômito. Mas não era restos de comida e outros resíduos, era sangue. Começou a tossir copiosamente. Curvou o corpo para frente e icou de cabeça baixa.

– Tyler? - Chamou Devon

– Ele se foi... - Respondeu com a voz rouca

– Você o mandou embora? - Agora quem se manifestou foi David

– Ele é fraco. Não é muito difícil! - Respondeu sorrindo

– Acabamos por hoje. - Falei me levantando

Caminhei até o lado de fora da sala e fui acompanhada pelas duas autoridades.

– O que descobrimos? - Perguntou McGray

– Descobrimos que estamos lidando com algo muito maior. Descobrimos que o verdadeiro Tyler Bennet é cínico, debochado, mentiroso e que o seu alterego é bom e doce.

– Então, ele realmente é capaz de ter cometido um homicídio.

– Sim.

– Acho que encontramos o nosso assassino! - Disse McGray olhando o jovem pelo vidro


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Notas finais do capítulo

Olha, espero merecer reviews :D
Beijos, até



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