The Devil Inside escrita por Duplicata Petrova


Capítulo 1
O1


Notas iniciais do capítulo

AI. MEU. DEUS! NÃO ME AGUENTEI E ESTOU AQUI POSTANDO O PRIMEIRO CAPÍTULO, POVO. ESPERO QUE GOSTEM.
Enjoy it :D



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Mais um dia de primavera. Acordei com alguns poucos raios fracos de sol no rosto. Rolei até a outra extremidade da cama e puxei o despertador para ver que horas eram. 7:15. Hora de levantar. Sentei na beira do colchão e me espreguicei, como todas as manhãs. Caminhei lentamente até o banheiro, que por acaso ficava dentro do meu quarto. Ao me olhar no espelho, levei um susto. Eu estava horrível! Cabelos bagunçados e olheiras fundas e escuras. Tinha que parar de trabalhar até tarde da noite. Lavei o rosto e voltei para o cômodo anterior. Abri o guarda-roupas e peguei uma camisa de seda no tom pérola, uma saia de cintura alta preta e uma pepe toa (n/a: só pra vocês entenderem - "pipitu" = aquele sapato com um buraquinho no bico) também preta. Me vesti mais do que rápido e saí do quarto, passando pelo corredor que dava acesso à escada. Desci para o andar inferior indo para a cozinha. Tomei meu café da manhã; torradas, ovos e café com leite. Voltei para o banheiro, escovei os dentes e passei uma maquiagem para disfarçar as olheiras. Coloquei minha gargantilha banhada a ouro com uma cruz. Peguei bolsa, chaves, óculos, guarda-chuva e um casaco. Entrei no carro. Respirei fundo. Mais um dia de trabalho. Peguei o controle da garagem e apertei um dos botõezinhos. Esperei e finalmente saí com o carro.

O transito de Nova York era péssimo, não importava a época do ano. Bem, no inverno era pior, a neve dificultava mais ainda.

Demorei no mínimo meia hora para chegar ao consultório.

Ao chegar, adentrei o prédio e fui indo em direção a porta de minha sala.

- Bom dia, Amber. - Disse como todos os dias dizia

- Bom dia, Dra. Laura. - Levantou-se da mesa e deu uma pequena corrida até mim - Dra. Laura, tem dois senhores querendo falar com a senhora, eles disseram que são da polícia.

Amber era minha secretária. Uma jovem de olhos castanho escuro, cabelos ondulados da mesma cor que os olhos e pele morena. Simpática, doce, educada e inteligente. São palavras que descrevem perfeitamente Amber.

Continuou:

- Estão lhe esperando na sua sala.

- Ok, obrigado.

Segui para minha sala.

Quando entrei, de fato os dois homens estavam lá me esperando sentados nas duas poltronas que ficavam em um canto mais afastado da sala.

- Bom dia. Desculpe fazê-los esperar tanto.

Se levantaram.

- Não se desculpe, Dra. Simons, não nos fez esperar. - Disse o mais baixo de cabelos grisalhos e olhos castanhos - Me chama Devon McGray, sou o delegado do Departamento de Polícia de Nova York e esse - Apontou para o mais alto e mais jovem - é David Morris, chefe da Polícia Forense.

- E o que lhes trazem ao meu consultório? - Perguntei curiosa

- Por meio de algumas pessoas, soubemos que a senhora é uma ótima psiquiatra. - Pausou - E precisamos de uma profissional da psiquiatria para tentar nos ajudar a resolver um caso.

- E que caso seria esse?

- Um crime. - Disse David

- Um crime?

- Isso. A senhora assiste ao noticiário?

- Sim, assisto. Por quê?

- A senhora deve ter ouvido falar da jovem Audrey Leviscco.

- Sim, ela estava desaparecida. Estou certa?

- Bem, ela foi encontrada morta.

- Oh meu Deus... - Pausei - E quem a matou?

- É aí que a senhora entra.

- Como? Sou só uma psiquiatra.

- Exatamente. Temos um suspeito. - Pausou como se esperasse uma pergunta, uma fala minha - O problema é que o nosso suspeito tem dupla personalidade.

- Agora entendo onde me encaixo.

- É claro, se a senhora concordar e aceitar, pedimos a sua ajuda para tentar tratar ou simplesmente arrancar alguma informação dele. - Disse o delegado

- Ok, eu, eu aceito.

- A senhora está livre agora?

- Sim. Não tenho pacientes até as 13 horas.

- Então, vamos?

Assenti.

Ao sair da minha sala, disse:

- Amber, vou atender um paciente a pedido do delegado e antes das 13 eu volto.

- Sim, senhora.

- Qualquer coisa, passe as ligações para o meu celular ou anote os recados.

- Ok.

Fomos todos os três no carro do delegado.

Ao chegarmos, fui encaminhada à uma sala reservada com paredes claras, duas poltronas uma virada de frente para a outra. Muito parecido com meu consultório. Não cegou a marcar um minuto no relógio e o delegado McGray entrou na sala, e disse me entregando alguns papeis grampeados:

- Essa é a ficha do que a senhora precisa saber do seu novo paciente.

E logo depois saiu da sala.

Na primeira página, tinha a foto de um jovem atraente de cabelos negros e olhos extremamente azuis; embaixo estava escrito Tyler Bennet, 5 de Janeiro de 1989, 23 anos de idade; e também estava escrito "suspeito do crime #1459826 - Caso Audrey Leviscco".

A porta foi aberta novamente, e dessa vez um policial entrou com o jovem suspeito algemado.

Dei mais uma olhada na ficha e lá constava informações sobre a vítima e sobre sua morte. Esquartejada.

O garoto foi colocado sentado de frente para mim e ficou estático me olhando nos olhos. Abaixei meu olhos até seus pulso. Haviam marcas lá. Tentativas de suicídio. Típico de uma pessoa com dupla personalidade. Ao ver o que sua personalidade ruim fez, a boa quer se livrar da culpa e quer se livrar da personalidade ruim, tentando suicídio.

- Você se chama Tyler, certo?

Silêncio.

Seus olhos continuavam fixos nos meus.

- Ele está tentando intimidá-la, Dra. Simons. - Disse o policial

Assenti.

- Me chamo Laura Simons. - Disse sorrindo gentilmente - Você sabe porque está aqui?

Continuou em silêncio.

Fiquei tentando tirar uma única palavra de Tyler durante mais ou menos uma hora.

A gola da camisa junto com a gargantilha estava me incomodando. Ajeitei a gola, colocando a gargantilha por cima da camisa.

Os olhos azuis desceram mais do que rápido para meu pescoço. Pudia escutar sua respiração. Estava pesada e ofegante. Seus olhos fixos na gargantilha. Nem piscava.

- Vos non potestis figere quid non frangitur. - Sussurrou

De repente, caiu da poltrona batendo com a cabeça no chão. Cada centimentro de seu corpo tremia. Seus olhos estavam entreabertos e uma linha fina de sangue escorria do canto de seus lábios. Ele estava tendo uma convulsão.

Me ajoelhei do lado de seu corpo trêmulo, enquanto o policial chamava ajuda. Ao tocar o rosto pálido do jovem Tyler, ele agarrou com força meu pulso. Eu tentava me soltar, mas o aperto era muito forte. O policial voltou com alguns homens de branco - enfermeiros - e colocaram-no em uma maca. Como em um passo de mágica, seu aperto se tornou fraco e seus dedos deslizaram por meu pulso soltando-o.

Saí da sala os seguindo e parei no meio do corredor esfregando o pulso com a outra mão. Estava vermelho e dolorido.

- Eu sinto muito, Dra. Simons. - Disse o delegado surgindo do nada

- Tudo bem..

- A senhora está bem?

- Sim. - Pausei voltando minha completa atenção para o delegado McGray - Precisamos conversar.

Assentiu abrindo uma porta e apontando para que eu entrasse. Entrou logo atrás de mim fechando a porta.

- Sente-se, doutora.

Sentei-me em uma cadeira de frente para a mesa cheia de papeis.

- Laura, amm.. posso te chamar assim?

- Claro.

- Ok. Laura, você quer me contar alguma coisa sobre a consulta com Tyler Bennet?

- Sim, quero.

- Sou todo ouvidos.

- Fiz uma consulta de uma hora e alguns minutos. Durante uma hora, contada no relógio, Tyler não pronunciou nenhuma palavra. Alguns minutos se passaram e ele começou a dizer palavras desconexas, na verdade parecia outro idioma, eu não sei.. e aí entrou em convulsão.

Depois da minha breve conversa com o delegado McGray, fui até o hospital que Tyler fora encaminhado. Entrei em seu quarto e ele parecia dormir. Notei que seu pulso direito estava algemado à cama.

- Ele foi sedado. - Disse o policial, que até então não o tinha notado porque estava em silêncio

Fiquei ali, parada, olhando-o. E então percebi uma semelhança com meu falecido filho, Peter Simons. Hoje, ele teria a mesma idade de Tyler Bennet. Vinte e três anos. Toquei sua mão pálida. Seus olhos se abriram lentamente. Afastou a mão do meu toque e aí percebeu o pulso preso à cama. Parecia se esforçar para emitir uma frase, até que conseguiu:

- O que aconteceu? - Sua voz saiu como um sussurro rouco, por ter ficado muito tempo sem usá-la. Se esforçou ainda mais - Quem.. é você?

- Me chamo Laura Simons, sou sua psiquiatra. Vou cuidar de você daqui pra frente. - Sorriu fraco - Amanhã você terá alta e nos veremos de novo. - Sorri de volta

Saí do quarto e comecei a caminhar pelos corredores brancos do hospital.

Uma coisa me intrigava. O que ele tinha dito antes de convulsionar? Parecia outra língua. Essa dúvida me assombrou durante toda a tarde e quando voltei ao meu lar, fui direto para o notebook pesquisar. Eu tinha uma teoria. E ela só pudia ser comprovada ao passar do tempo, nas próximas consultas. Mas eu precisava saber mais sobre o tal assunto. Digitei do Google "possessão demoníaca". Entrei na Wikipédia.

"[..] o controle de um indivíduo por um ser maligno sobrenatural."

"[...] memórias ou personalidades apagadas, convulsões e desmaios como se a pessoa estivesse morrendo."

"[..] incluem o acesso a línguas estrangeiras."

"[...] o súbito aparecimento de lesões (arranhões, marcas de mordida) ou lesões e força sobre-humana."

Meu Deus..


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Notas finais do capítulo

E aí e aí e aí?! Aprovou? Deixe um review. Não aprovou? Deixe um review. Só não me esculaxe muito, porque estou sensível!



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