Assim que Jarvis avisou que estava tudo pronto para o meu voo. Saí sorrateiramente do meu quarto, e subi até a cobertura, onde o pequeno avião já estava pronto para decolar.

Voamos por cerca de 30 minutos, quando vi a enorme base área da SHIELD.

- Não temos permissão para pousar, senhorita. – o piloto disse – Então, quando eu parar os motores, desça rapidamente e corra para dentro.

Respirei fundo e segui até a porta de saída. Quando o avião parou, e a porta se abriu, corri o máximo que pude, mesmo com a minha perna machucada. Porém, a altitude era elevada demais, e o ar estava rarefeito. Após alguns segundos de corrida, eu já estava sem fôlego. Minha vista estava escurecendo, e a minha perna doendo.

Cheguei à porta dos fundos, inseri a senha, e entrei. Sentei no chão por alguns minutos para recuperar o ar que se esvaiu de meus pulmões. Minha perna latejava com o esforço que fiz. Escutei alguém vindo, então levantei, e segui pelo longo corredor, até a sala de reuniões e controle. Tinha me esquecido de que era tão frio aqui. Meus dentes começaram a bater, por causa da roupa fina que eu usava. Quando cheguei perto, escutei alguém gritando. Me encolhi atrás de um pequeno armário de aço, enquanto torcia para que ninguém escutasse meus dentes tremerem e a minha respiração pesada.

- NÃO PODEMOS SIMPLESMENTE ABANDONÁ-LA LÁ! – Clint! Eles estavam falando de mim? Abandonar quem? Me abandonar na Torre Stark?

- Sim, ela era uma ótima agente – Fury disse, calmamente.

- ÓTIMA AGENTE? – Clint gritou de novo – Ela é nossa colega. Fazemos parte de um grupo, pessoal. Vocês sabem o significado da palavra GRUPO?

- Não se trata só dela, agente Barton – Nick Fury respondeu – mais de cinquenta pessoas estão lá.

Lá aonde? – Meus amigos, não sabendo nem por onde começar a procurar nossa amiga ruiva. – Thor disse, como sempre, parece que estava citando Shakespeare. Mas espera, amiga ruiva? NATASHA!

Saí do meu esconderijo. Todos estavam de costas para mim. Avançava lentamente, por conta do frio e da falta de ar. Minhas mãos estavam tão geladas, que eu não as sentia mais. Quando cheguei perto. Falei:

- O que es-tá acon-te-te-cendo a-a-qui?! – Meus dentes batiam e eu não conseguia falar direito. Todos se viraram para mim, como cara de surpresa. Steve me segurou pela cintura e me ajudou a sentar numa cadeira próxima. Minha respiração ainda estava acelerada, puxando cada vez mais ar para meus pulmões. Mas meu frio era imenso, e até para respirar estava difícil.

Senti uma mão em minha testa – Ela está com febre – Bruce disse. – Rápido, para o quarto, e tragam os médicos. - No mesmo instante, senti um pesado cobertor em meus ombros, e braços fortes me erguendo. Estavam me levando para o quarto. Eu estava perdendo a consciência aos poucos. Natasha sumiu. Ninguém sabia onde ela estava. O frio era intenso. Minha cabeça doía. Minha perna latejava. Senti uma agulhada no braço, e dormi.

Acordei, e meus olhos demoraram a se acostumar com a luz. O frio já tinha passado, e eu respirava normalmente. Eu estava em um quarto pequeno, deitada em uma cama macia. Levantei-me aos poucos, e vi que já haviam passado mais de duas horas. Fiquei de pé, e saí.

Ouvi vozes conhecidas vindas do laboratório de Banner. Segui até lá e entrei. Todos os olhos se voltaram para mim. Corei. Meu pai veio ao meu encontro, e passou a mão pelo meus ombros.

- Está se sentindo melhor? – ele perguntou.

- Estou – respondi, me esquivando de seu abraço – Se vocês tivessem me contado desde o começo, nada disso teria acontecido.

- Eu falei... – Steve sussurrou.

- Escuta aqui picolé, ela é a MINHA FILHA! Não queria que ela se metesse em nada perigoso.

- Eu falei que ia protegê-la.

- Um picolé não protege ninguém. Fique longe da minha filha.

- JÁ CHEGA – gritei – Vocês parecem duas crianças brigando pelo último pedaço de bolo.

Tony riu – Qual é a graça? – perguntei

- Você acabou de se chamar de bolo.

Virei os olhos e sussurrei um “cresce” – E então, o que está acontecendo?

- Logo depois que você desmaiou, seres desceram até a festa, e sequestraram cerca de cinquenta pessoas. Entre elas, estava Natasha. – Fury me informou

- E o que vamos fazer agora? - perguntei

- Não sabemos. – Bruce respondeu – Eles não estão na Terra. Fugiram por um portal, que não sabemos onde vai dar.

- E não é em Asgard – Thor interrompeu – Acabei de vir de lá.

- Em Asgard por acaso tem bibliotecas? – perguntei

- Muitas – Thor respondeu.

- Então vamos para lá, pesquisar alguma coisa que possa nos ajudar – falei. Todos me olharam como se eu fosse louca.

- Vamos para a casa de férias da Barbie? – Tony falou – Tem certeza?

- Não vamos achar nada aqui – eu disse – só vamos perder tempo.

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"No próximo capítulo vamos visitar a Barbie"