Continuação do Flashback

POV Nessie

Eu acordei numa cela. Eu estava MUITO ASSUSTADA.

Tentei me levantar, mas estava muito fraca. Era como se eu tivesse passado dias sem comer ou sem dormir.

Não tinha noção do que havia acontecido. Somente me lembro de ter desmaiado em meu quarto e agora estou aqui.

Tentei puxar meu braço, mas acabei me machucando por que não percebi que ele estava preso em uma algema.

-Ahhn. - Gemi de dor

-Aconteceu algo? - Falou um vampiro, só que estava escuro, e não consegui ver seu rosto. Só sentia algo me puxando em sua direção.

-Quem é você? - perguntei assustada

-Hm... Alec. - Ele disse. Mas a voz dele não suava como a de um assassino e muito menos como a do temido Alec Volturi. Soava doce...

-Você esta sentindo dor. - Ele falou mais afirmando do que perguntando.

-To. Disse meio mal-humorada. Sentia como se meu braço tivesse quebrado. Eu estava morrendo de dor.

-Deixe-me ver. - Ele se aproximou e veio pra perto de mim, metade do meu corpo dizia pra eu tentar me afastar ao máximo, mas metade mais forte dizia para eu ficar e deixar ele se aproximar.

A minha metade mais forte foi a que deixou ele se aproximar. Então ele o fez e encostou seus dedos um pouco gelados em meu braço o que fez a dor diminuir um pouco, e deu uma leve examinada. Eu sentia seu cheiro doce, como lilases e hortelã, tinha cheiro de primavera. Era simplesmente o cheiro mais viciante do mundo. A droga perfeita.

Eu ainda não tinha conseguido ver seu rosto, mas em minha mente vinha uma imagem parecida com a de um anjo! Estávamos em silencio. Mas não era um silencio desagradável. Ate que ele parou de examinar meu braço e disse:

- Não está quebrado, mas deslocado, eu preciso ajeitar isso antes que comece o processo de cura. Ele disse calmo.

Mas o que eu me perguntava era: POR QUE ELE SE IMPORTAVA? Ele não queria me matar?  E sim eu estou com raiva dele apesar de cada célula do meu corpo me dizer pra não ficar...

Ele havia me sequestrado e sequestrado meus irmãos. E por falar deles, onde eles estavam?

-Onde estão meus irmãos? -Perguntei enquanto ele me soltava para me levar para algum lugar onde pudesse cuidar do meu braço.

-Sua irmã esta com Jane e seu irmão esta na cela dele. -Ele falou. POR QUE A VOZ DELE TINHA QUE SAIR TAO DOCE ATÉ FALANDO QUE MEUS IRMÃOS ESTÃO EM LUGARES HORRÍVEIS?

-Por que vocês estão fazendo isso com a gente? -Perguntei

-Aro não confia em sua família e afinal, vocês são as joias dos Cullen. Aro cobiça vocês. - Ele disse, mas o tom dele foi duro. Parecia irritado pelo fato da gente ser tão cobiçado

Ele foi me carregando até uma sala por um corredor. Quando entramos na sala a claridade atingiu meus olhos e eu os fechei rapidamente. Era uma sensação estranha de estar encarando a luz depois de tanto tempo.

Ele me sentou numa mesa em que eu sentada ficava na altura dele. E então pude ver seu rosto. Ele era lindo. E parecia mesmo como um anjo se não fossem seus olhos vermelho rubi. Que também eram lindos. Tudo nele era perfeito, seu cabelo certinho e suas bochechas brancas. Seus olhos brilhavam como ele estive em fogo por dentro. Sua boca era tão desejável e quando fui perceber nós estávamos a centímetros de distância quase se beijando. Eu estava totalmente encantada por ele, era incrível o desejo que eu sentia em minhas veias. Era como mágica.

Ele já havia terminado de enfaixar meu braço, mas com o calor do momento eu não senti nada mais do que o desejo. Ele se aproximou um pouco mais ate que encostamos os lábios, dando de inicio um selinho, até que sua língua pediu permissão pra entrar na minha boca e eu concedi, o beijo foi esquentando. Eu desci da mesa e ele me jogou contra a parede e me beijou com tanto desejo como nunca fui beijada.

 Era uma sensação maravilhosa. Eu senti o calor do momento, mas logo percebi: eu estava ali, beijando um Volturi. Meu inimigo. Eu estava desejando meu inimigo. Era tão errado, mas ao mesmo tempo tão certo. Parei o beijo de repente, e ele me olhou surpreso, e eu o olhei com raiva.

-Argh. -Disse com raiva. 

-Eu, eu, eu... -Ele não conseguia formular uma frase, eu havia deixado Alec Volturi sem palavras.  Seria até engraçado se não fosse naquelas circunstâncias.

-Foi maior que a gente. - Eu disse

-Sim, foi inexplicável. Foi como se cada célula do meu corpo precisasse daquilo. Ele disse olhando pro meu rosto e isso me fez corar por que eu sentia a verdade queimar em suas palavras e eu não consegui ficar brava com ele. Eu simplesmente não conseguia!

Naquele momento ele não parecia Alec Volturi, um dos mais temidos e poderosos da guarda Volturi. Ele parecia somente Alec.

-Acho melhor a gente sair daqui. Vou te levar até a sala do trono. Aro quer lhe ver. - Ele disse docemente e abriu a porta.

-Hm... Okey. -Eu disse. Eu tava... Confusa?!

Alec Volturi literalmente mexeu comigo. Na verdade parece ser algo muito mais forte. Era como se tivesse algo me ligando a ele. Uma coisa que eu não sei explicar. Andamos pelo corredor num silencio desagradável ate que chegamos ao salão.

-Mestre. Alec disse e fez um reverencia e olhou pra mim como se mandasse me fazer o mesmo. MAS NEM A PAU EU IREI ME CURVAR.

-Preciosa Renesmee. -Disse Aro.

Dos três irmãos, só eu conhecia bem os Volturi que eu insistia para ele me contarem sobre os Volturi e eles acabaram me contando.

-Aro. -Respondi sorrindo falsamente. Alec se aproximou e tocou na mão de Aro e este olhou pra ele com um brilho sinistro nos olhos. Era literalmente bizarro.

-Mais um. -Ele disse se virando para seus irmãos. Mas um o que? Do que ele estava falando?

-Mas um o que? Eu e Alec perguntamos juntos.

-Mas tarde lhes explicaremos e sua irmã já passou por aqui, ela está bem. Aro disse.

-Alec encaminhe Renesmee aos seus aposentos. Sua irmã estará te esperando lá. - Aro disse e Alec me direcionou a um corredor com um monte de porta.

Continua