Capítulo 13

AI MEU DEUS, O QUE EU FAÇO?! MINTO? DESLIGO NA CARA DELE? O MANDO IR PARA AQUELE-LUGAR-PARA-ONDE-OS-IDIOTAS-DEVEM-IR?

Buda, mande sua luz divina sobre mim.

– Ah... E-err... – gaguejei miseravelmente, sem saber o que falar. – Eu tenho que ver. – murmurei num fio de voz.

– Isabella, o que aconteceu? – ele perguntou com a voz séria.

Ah, cacete. Agora ele consegue perceber quando eu minto, é isso?

– Não aconteceu nada! – menti descaradamente.

Será que ainda dá tempo de desligar na cara dele e...

– Eu estou indo aí. – ele disse.

E logo após dizer isso ele... Simplesmente... Desligou.

Fiquei onde estava estática com o telefone ainda no ouvido, enquanto aquele “Tu... Tu... Tu” soava em meus ouvidos. Alice apareceu ao meu lado, me olhando curiosamente.

– O que foi, Bell? – ela perguntou.

Suspirei, botando o telefone no gancho. Fui até o sofá e me joguei, afundando o rosto contra a almofada. Alice sentou ao meu lado, me sacudindo levemente pelos ombros.

– Fala logo, mulher!

– Alice, compra três passagens para o Alasca! – falei.

– Para quê?

– O Cullen está vindo aí, temos que fugir! – falei, ficando de pé rapidamente.

Eu já ia correr em direção ao quarto de Nessie quando Alice me puxou pelas pernas, fazendo eu cair com tudo no chão assim como ela. Gemi, esfregando minha testa.

– VOCÊ BEBEU?! – gritei, olhando para ela com os olhos arregalados.

Alice revirou os olhos, passando a mão nos cabelos para arrumá-los.

– Não podemos ir para o Alasca agora, Bell. Rose também está vindo aí... – ela murmurou por fim.

Edward está vindo para ver com seus próprios olhos o que aconteceu... E eu não tenho ligado para Rose e eu esqueci de avisá-la sobre o ocorrido com Nessie.

Os dois estão vindo para cá.

Ou seja: fodeu.

– VOCÊ TEM MERDA NA MENTE?! – Rose gritava, quase voando no meu pescoço.

Respirei fundo, tentando controlar minha vontade de chorar. Rose andou de um lado para o outro, passando as mãos no rosto. Logo parou, suspirou e me olhou com uma carinha triste.

– Desculpa, eu não devia ter gritado. Mas é que vocês são minha família... Eu necessito saber tudo o que acontece com vocês! – ela disse.

Assenti, e Rose sorriu levemente, vindo até mim e me abraçando. Alice estava na cozinha preparando um lanche para nós, e Edward até agora não havia chegado. Nessie a essa hora dormia, e Rose parecia uma louca de tão preocupada. Assim que Alice entrou na sala com nosso lanche, a campainha tocou.

– Vai lá atender o tesudo que eu estarei aqui alimentando as lombrigas. – Rose disse, rindo.

Revirei os olhos, dando um peteleco em sua testa.

– Que nojo! – murmurei, fazendo-a rir mais.

Parei em frente a porta e respirei fundo antes de abri-la. Edward adentrou rapidamente em meu apartamento, e eu fiquei parada à porta olhando-o surpresa.

– É assim que se entra na casa dos outros? – perguntei irônica.

Edward semicerrou os olhos, completamente sério. E vou te dizer, ele estava... Er... Bonito. É. Atrás dele Rose abriu a boca em ‘o’ e fez gestos com as mãos, como se estivesse apertando a bunda de Edward. Fingi que não vi aquilo e virei-me novamente para Edward, séria.

– Cadê ela? – ele perguntou.

– Nessie está no quarto. – falei. – Ela está passando mal.

Edward passou as mãos no rosto e se enfiou apartamento adentro, procurando pelo quarto de Nessie no corredor. Fui atrás dele, impressionada com sua ousadia e falta de educação. NÃO SE ENTRA ASSIM NA CASA DOS OUTROS, AINDA MAIS SENDO EDWARD CULLEN E... E sendo tão impotente assim. Ok, quando ele te olha daquele jeito sério, você sente que deve deixa-lo fazer o que quiser, porque parece que um movimento ou palavra em falso o homem vai te matar a facadas.

Edward invadiu o quarto de Nessie, mas ficou parado à porta, observando-a. Parei atrás dele e o cutuquei nas costas.

– O que ela tem? – ele perguntou.

Suspirei e ele entrou mais no quarto, indo até a cama de Nessie e se sentando ao lado dela. Encostei a porta e fui até a cama, ficando ao pé da mesma.

– Anemia. – murmurei. – Já comprei os remédios e as vitaminas, ela irá ficar bem.

– A levou ao médico? – ele perguntou.

– Sim. Ele mandou que eu comprasse os remédios e marcar uma consulta para ela na nutricionista. – expliquei.

– Apenas isso? – Edward perguntou com raiva de repente, me assustando. – Ela tem que ter um tratamento mais cuidadoso e completo! Que médico de merda é esse em que você a levou?!

ESSE CARA ESTÁ QUERENDO MORRER, ELE ESTÁ IMPLORANDO POR ISSO!

Respirei fundo, tentando controlar minha vontade de voar em Edward e degolá-lo. Forcei um leve sorriso, e ele me olhou com uma carranca ainda maior.

– A levei em um médico de confiança. O caso de Nessie não está tão grave, então apenas...

Edward me interrompeu, ficando de pé abruptamente.

– A arrume. Eu a levarei em um hospital decente! – ele disse, indo em direção à porta do quarto.

Fiquei onde estava, estupefata com sua arrogância e prepotência. Ele se achava melhor por ter mais dinheiro? Por poder levar Nessie à um hospital melhor?!

– Eu poderia levá-la a um hospital melhor se certo ALGUÉM não tivesse me mandado para a rua! – falei já fora do quarto, seguindo-o.

Edward parou onde estava de costas para mim. Parei a uma distância dele, trêmula. A minha vontade era de dar uma voadora ou enchê-lo de socos nesse momento! Quem ele pensa que é?!

– Eu tentei te explicar o motivo, mas você quis ouvir? – ele perguntou, parecendo mais calmo.

– Estou ouvindo agora! Pode dizer! – falei, praticamente gritando.

Eu estava cansada! Cansada dessa confusão que Edward fazia na minha cabeça, dessa merda de mistério todo, dessa arrogância, DE TUDO! Ele me demite sem eu saber o motivo e depois invade a MINHA casa atrás da MINHA irmã e ainda quer se achar no direito de mandar em algo!

Edward virou-se para mim rapidamente, a respiração pesada. Ele me olhava de cima, bem mais alto do que eu, e eu me senti intimidada. Mas ergui o queixo, esperando a explicação dele. Quando eu menos percebi, Edward segurava meus braços firmemente e seus lábios estavam colados nos meus.

Arregalei os olhos, tentando me soltar, mas ele era forte e seus dedos estavam presos em meus braços, que já começava a doer. Comecei a me debater, tentando empurrá-lo para longe de mim, e finalmente o consegui.

O olhei arfante e em choque, sem entender o que fora aquilo. Edward me beijou? EDWARD CULLEN ME BEIJOU?!

– Esse é o motivo. - ele disse, me olhando seriamente. – Foi mais por você do que por mim.

– C-como assim? – gaguejei pateticamente.

Edward me beija e diz que “esse” é o motivo da minha demissão? Como assim?

Ok. Era para eu estar tendo um ataque de pelancas agora, ou desmaiada, mas a verdade é que eu realmente... Não estava entendo porra nenhuma. E eu preciso entender.

Edward passou a mão pelos cabelos, parecendo nervoso, e já não olhava para mim. Parecia evitar isso, na verdade.

– Esqueça isso, Isabella. Eu... – ele dizia, mas o interrompi.

– ESQUEÇA O CARAMBA. EU... – percebi que gritava e abaixei o tom, temendo acordar Nessie. Suspirei. – Por que você é assim? Por que sempre deixa essas coisas no ar, me deixa esperar por respostas e nunca as dá? Qual é o seu problema, afinal?!

– Um dia você...

– Um dia o caramba! Quer saber? Se não vai me dizer AGORA, pode ir embora! – falei, começando a empurrá-lo em direção a sala.

Assim que entramos no cômodo, Alice e Rose nos olharam com os olhos arregalados. Com certeza haviam ouvido toda a discussão.

– Pare de infantilidade, Isabella!

– Ah, agora eu sou infantil? Quem você pensa que é para invadir a minha casa e ainda me ofender, Cullen?!

– Eu vim pela Nessie e...

– Dane-se! Você não tem direito algum de vir até aqui para falar e fazer tudo o que fez!

– Acalmem-se, casal. – Rose disse baixinho.

Olhamos ao mesmo tempo para ela, e ela se afundou no sofá, assim como Alice.

– Edward, vá embora. – pedi.

– Eu vou. Mas irei passar aqui amanhã para levar Nessie ai hospital e...

O interrompi já fula da vida.

– Eu já a levei ao hospital, ela já fez os exames, eu já comprei os remédios necessários e ela irá ficar bem. Vá embora.

Edward me encarou impassível por alguns segundos, até suspirar e desistir.

– Amanhã eu virei vê-la novamente. – ele disse.

– Por que faz isso? – perguntei. Ele me olhou sem entender. – Por que age como se fosse pai dela ou algo do tipo? Para com isso! Você não é nada dela, não possui obrigação nenhuma!

– Eu me preocupo com ela! Qual o problema nisso? E eu a considero sim a minha filha e...

– Por quê?

Edward suspirou, desviando os olhos dos meus.

– Anda, me responda. Por que a considera sua filha? – perguntei novamente.

– Isabella, eu já disse... Um dia...

O cortei, pegando-o pelo braço e o levando até a porta. Abri a mesma e despachei Edward para fora da minha casa. Ele me olhou sem entender, e por um momento eu senti pena da sua expressão sofrida.

Por um momento.

– Um dia, talvez, você possa vê-la novamente também! – falei, batendo a porta na cara dele.

Edward bateu na porta, me chamando, mas eu o ignorei e fui até a cozinha. Rose e Alice vieram em meu encalço.

– Por que fez aquilo, Bell? Ele realmente se importa com a Nessie e... – Alice dizia, afobada.

– Alice, não! A última coisa que eu quero agora é alguém o defendendo! Ele fica nessa obsessão com a Nessie, não me explica o porquê! Fica nessa de “um dia, talvez”!

– São motivos pessoais, Bella! Você quer que ele saia contando assim para qualquer um?! – Rose perguntou.

– Eu sou a irmã de Nessie. Tenho o direito de saber. – falei grossa.

– Você age como se ele fosse um velho suspeito e tarado, por favor! – Rose disse, parecendo irritada. – Ele se importa com Nessie, dê valor a isso! Ele quer te ajudar!

– Eu não quero a ajuda dele! Posso muito bem cuidar de Nessie sozinha!

Rose e Alice arquearam as sobrancelhas para mim e reviraram os olhos.

– Isso tudo é ciúme? Porque se for, você precisa se tratar. – Rose disse.

– Não estou com ciúmes! – falei.

Talvez pela milésima vez desde que Edward e Nessie ficaram “amiguinhos” e...

Oh, shit. Eu estou com ciúmes?

Suspirei, encostando a testa na bancada fria de mármore. Ouvi Alice rir e bufei.

– Não o deixe ficar sem ver a Nessie. Ela parece ser importante para ele, e parece ser a única coisa que o alegra realmente. E quando chegar a hora certa, ele te contará os segredos dele. – Alice disse, fazendo um cafuné em minha cabeça.

– Quando ele me contar essa merda de segredo dele, eu o deixo participar da vida de Nessie. – falei me levantando do naco e saindo da cozinha.

– Deixa de ser insensível, mulher! – Rose disse vindo atrás de mim.

Revirei os olhos, ignorando-a e me trancando em meu quarto. Amanhã mesmo eu iria até o consultório da tal Leah para marcar a consulta de Nessie.

No caminho até o consultório eu resolvi parar na oficina onde estava meu carro. E graças aos céus o bendito estava pronto!

– Me desculpe pela demora, senhorita Swan. Mas é que estávamos com muito trabalho. – o mecânico se desculpou.

Sorri, dizendo que estava tudo bem. Peguei a chave da minha Joaninha, - sim, esse é o nome do meu New Beatle – e com prazer me enfiei dentro dele. Era ótimo poder sentir a textura dos bancos de couro e o cheirinho de doce que ele tinha. Rapidamente o coloquei em movimento e vi que ele também já não fazia tanto barulho quanto antes. Realmente, fizeram um bom trabalho.

Logo eu estava no consultório e fui até a atendente para marcar a consulta de Nessie. Só teria horários para o dia seguinte, o que estava ótimo. Não demorou muito e eu saí de lá. No caminho parei no mercado para comprar coisas para o almoço. Alice e Nessie estavam em casa, e eu estava com vontade de fazer algo especial para elas.

Fiquei um tempo no mercado comprando tudo o que precisava e logo fui para casa. Com dificuldade, mas com minhas habilidades ninjas, eu equilibrei todas aquelas malditas sacolas de papel nos braços e fui para o elevador. Entrei no apartamento quase pedindo arrego porque as sacolas estavam quase caindo no chão e quase tive um AVC ao ver o demônio sentado no meu sofá.

Bebendo no meu copo.

Comendo o meu bolo.

Conversando com as minhas irmãs.

Dentro da minha casa.

– Ah, você chegou! – Alice disse, sorrindo, mas com receio no olhar.

Fiquei onde estava olhando dentro dos olhos dela. Alice foi desmanchando seu sorriso e se remexeu no sofá, se afundando um pouco contra ele.

– Bell, o Eddie veio me ver! – Nessie gritou, pulando no sofá.

Edward sorriu para ela, e logo seus olhos pousaram em mim. Olhei dentro daqueles olhos cor de verde-vômito que ele tinha e tive vontade de soca-lo até a morte.

Não falei nada. Apenas sorri para Nessie e fui direto para a cozinha, colocando as compras sobre o balcão. Não demorou muito e Edward apareceu.

– Isabella. – ele disse atrás de mim.

Ao lado da minha mão tinha uma faca. E eu imaginei 1001 formas de usá-la.

– Isabella, estou falando com você. – ele disse, conseguindo me irritar.

Peguei a faca e me virei para ele, girando a faca com minhas mãos. Forcei um leve sorriso para ele, e Edward revirou os olhos.

– Larga essa faca. – ele disse.

– Fala logo o que você quer. Acho que eu deixei bem claro que não quero você na minha casa. – falei.

– Eu tinha que ver como Nessie estava. – ele explicou com aquela mesma expressão sofrida de quando eu o despachei da minha casa. – Eu vou... Eu vou te explicar o porquê de toda essa minha preocupação. Só não... Apenas não me deixe de fora da vida dela. Por favor.

Merda.

Mil vezes merda.

– Quando você vai me dizer? Um dia? – perguntei jogando todo o meu ácido sobre ele. – Talvez em outra vida?

– Hoje. Após o almoço nós vamos até um lugar tranquilo e conversamos, tudo bem?

Suspirei.

– Você ainda quer almoçar aqui? – perguntei. – Fico impressionada com o quanto você consegue ser abusado!

Edward sorriu, dando de ombros, e logo se foi para a sala novamente. Logo que ele saiu da cozinha e eu voltei a arrumar as compras, Alice aparece toda afobada ao meu lado.

– Me desculpa, por favor! É que ele bateu na porta e quando eu abri, ele me olhou com uma carinha de dar dó e... – Alice falava tudo rapidamente.

– Tudo bem, Alice. Ele disse que vai me contar o “grandioso” segredo. – falei.

– Hoje?

– Hoje.

– OMG! Também quero saber! – Alice disse, sorrindo abertamente.

Revirei os olhos, pegando a faca novamente e apontando para ela.

– Some daqui e vá fazer sala para aquela coisa, antes que eu pare para pensar ainda mais no que você fez. – falei risonha.

Alice riu e rapidamente voltou para a sala. Logo eu terminei de preparar o espaguete que minha mãe me ensinara anos atrás e fiquei olhando admirada para o molho vermelho e apetitoso.

Arrumei tudo em cima da mesa de jantar que havia no lado oposto da cozinha e fui até a sala para chamar o pessoal para almoçar. Ao chegar lá, encontro Alice sentada na poltrona rindo de algo que Edward dizia... E Nessie dormia em seus braços como um anjinho. Por que ela não dormia em meus braços como um anjinho? Argh.

– O almoço está pronto. – anunciei.

Alice pulou da poltrona e Edward pareceu não saber o que fazer com Nessie em seus braços. Fui até ele e a acordei calmamente. Ela abriu os olhinhos grandes e verdes e sorriu pra mim, estendendo os bracinhos. Ajeitei Nessie no meu colo e fomos todos almoçar.

Edward ficou elogiando minha comida, e Alice lançou olhares maliciosos para mim. Revirei os olhos, agradecendo baixinho, enquanto Nessie ficava falando sem parar.

Alice me ajudou a lavar a louça após o almoço enquanto Edward ficava na sala brincando com Nessie. Da cozinha podíamos ouvir as risadas de Nessie, o que me fez sorrir.

– Assim que chegar eu quero saber de TUDO, entendeu? – Alice dizia, desesperada.

– Deixa de ser fofoqueira, garota! – falei risonha.

– Você acha que pode ser a única sabendo das coisas? – Alice murmurou. – Eu também mereço saber, poxa. Se eu não tivesse o deixado entrar, ele não te diria o segredo hoje. Deixa de ser ingrata.

Revirei os olhos com o desespero de Alice e prometi que lhe contaria tudo. Assim que terminamos de lavar a louça e secá-la, fomos para a sala. Parei no batente da porta, cruzando os braços. Edward me olhou e pareceu entender.

– Nessie, eu vou sair com a Bella agora, ok? – ele disse para Nessie, todo carinhoso.

– Eu não posso ir junto? – ela perguntou triste.

– Nós voltamos logo, bebê. – falei.

Nessie assentiu e nos abraçou apertadamente. Apenas peguei minha bolsa e saí do apartamento com Edward.

Descemos o elevador em silêncio. Entramos em seu Volvo prata e tão prepotente quanto Edward em silêncio. Fomos até a Starbucks mais próxima em silêncio.

Edward me perguntou o que eu iria querer, e escolhi apenas um cappuccino. Edward foi buscar o meu pedido e o dele e logo voltou. Bebi um pouco da minha bebida assim como ele, enquanto nos olhávamos. Edward logo suspirou e apoiou o queixo sobre as mãos, me olhando seriamente.

– Desembucha. – falei.

Edward remexeu levemente o seu copo de café e passou a mão pelos cabelos.

– Ok, vamos lá.