Perdida Em Seu Olhar. escrita por eucliffe


Capítulo 1
Dangerous. Prohibited. Irresistible.


Notas iniciais do capítulo

Eu resolvi escrever essa fic depois de ver algumas sobre esse casal. Na verdade, me apaixonei pelo Sting na primeira vez que ele apareceu no anime, mas nunca havia pensando em StinCy.
Bem, espero que gostem da fic, boa leitura minna! E se gostarem, deixem reviews para eu ficar feliz.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/296633/chapter/1

***

"I get lost in your eyes

And I feel my spirits rise

And soar like the wind..

Is it love that I am in?"

***

Pela primeira vez desde que entrou na Guilda, Lucy resolvera fazer uma missão sozinha. Nada difícil, apenas uma missão que pudesse pagar seu aluguel – que já estava atrasado de novo. Assim como também havia decidido que iria andando mesmo, já que era uma cidade bem próxima. Tendo que passar por uma floresta, na qual resolvera parar um pouco e descansar. Um silêncio bom, apenas ouvia-se os pássaros cantando. Acabou adormecendo perto de um lago, acordando ao anoitecer. E então a floresta muda seu cenário drasticamente de calma e adorável para escura e assustadora. Resolvera continuar andando, já deixando uma de suas chaves em sua mão para caso precisasse. Ouviu um barulho vindo de um arbusto, assustando-a. Percebeu que o barulho continuava, mas agora parecia com um gemido de dor. Aproximou-se lentamente até encontrar um corpo estirado no chão, mesmo sem olhar quem era, sabia que já tinha o visto em algum lugar. E tinha razão. O loiro com o corpo forte à mostra e o sorriso arrogante. S... Sting. Isso. O mago da Sabertooth. Mas o que ele fazia em uma floresta como essa sozinho? Pensou.

O que quer? – Ele falou. Com a voz arrastada. Era notável a dor que o mesmo sentia só de ouvi-lo.

– O que faz nessa floresta e nesse estado?

– Isso não lhe interessa.

Arrogante. Convencido. Grosso. Essas palavras o definiam perfeitamente. Mesmo com um sério machucado, ele conseguia manter essa pose dele. Incrível.

– Certo. Então eu vou embora. Se eu fosse você, tratava de cuidar rápido desse ferimento, já que poderá morrer se não parar o sangramento.

Virei às costas e me preparei para ir embora. Ouvi-o suspirar pesadamente.

– Hunf!... Poderia me ajudar, fadinha?

– Não me chame assim, dragãozinho.

Aproximei dele novamente, agachando próxima ao teu corpo. Tirei sua mão que estava sobre o ferimento, e vi que o mesmo era mais sério que pensei. Não poderia fazer muita coisa a não ser estancar o sangramento. Rasguei uma parte da pouca roupa que ele vestia e coloquei sobre o corte. Profundo e grande. Algo assim não poderia ter sido feito por alguém qualquer, mas sim por um grande mago. Fiquei pressionando até que o sangramento parasse. Então, pela primeira vez, o encarei. Ele mantinha os olhos cerrados devido a dor.

– Vai me contar como isso aconteceu?

– Para quê você quer saber?

– Estou te ajudando. Portanto, poderia me contar.

– Certo. Lembra dos Grandes Jogos de Magia?

– Como poderia esquecer? Minha Guilda o venceu.

Ele grunhiu. E depois suspirou como se buscasse forças para não perder a cabeça.

– Ao chegar na nossa Guilda, meu mestre colocou a culpa da derrota em mim. Fiquei com raiva, ainda estou com raiva. Acabei partindo para cima dele, mas a diferença de força das nossas magias é inegável. E foi assim que consegui esse ferimento.

Ele sorriu. Como se fosse algo comum e divertido.

– Não acho que você perderia a calma só por causa disso, Sting.

– E não foi. Você sabe não é? Eu perdi meu único amigo. E venho segurando a raiva dessa perda até hoje. Até a hora que em tudo isso ocorreu.

Permaneci calada. Seu único amigo. Lembrei-me de quando eu me sentia como ele agora, sozinha. Sem minha mãe que morrera e com um pai que não se importava.

Depois de estancar o sangramento, rasguei outro pedaço de sua roupa, molhei no lago próximo ali e coloquei sobre o ferimento novamente.

– Por que está me ajudando, fadinha?

Essa pergunta me pegou desprevenida. E me perguntava isso no momento. Por que eu estava ali, afinal? Por que eu estava ajudando um cara de uma Guilda Rival? Por que meu coração parecia pular pela boca?

– Fica quietinho, vai.

Tudo que consegui pronunciar enquanto buscava uma resposta não só para ele, mas para mim mesma também.

– Pode falar. Você está sem jeito de ficar tão próxima a mim. Eu sei, eu normalmente causo isso nas garotas

– Convencido. E para sua infelicidade, você está errado.

– Estou?

Seu rosto se aproximava do meu enquanto eu o encarava, mas logo desviei o olhar. Sua respiração já vinha contra o meu pescoço e a minha se tornava ofegante.

Tem certeza? Então você irá resistir se eu fizer isso. – Então ele beijou meu pescoço, dando leve mordidas. Pude sentir-me arrepiar por completo. – Ou isso. – Dessa vez seus lábios vinham de encontro com a minha bochecha ruborizada traçando caminhos por todo meu rosto até parar a milímetros de distância da minha boca. – Ou talvez, isso.

Por fim, me beijou. Seus lábios quentes e macios vindos de encontro aos meus em um beijo cheio de desejo. Logo minhas mãos estavam em sua nuca indo de encontro aos teus cabelos loiros bagunçados. Enquanto as dele percorria toda lateral do meu corpo, colocando-me sobre seu colo com as pernas em volta da sua cintura.

Entreguei-me, por completo, naquele beijo. Já obtive a resposta da pergunta que ele me fizeste, mas preferia mantê-la em segredo. Por falta de ar, paramos nosso beijo. Nossas respirações descompassadas pareciam se misturar no pouco espaço que havia entre nós. Nossos corações batiam em uma sintonia perfeita, como música.

– Eu não disse?

Bufei. Levantei-me ficando de costas para ele. Afinal, fora tudo uma brincadeira para provar o quanto ele estava certo. Arrogante. Segundos depois, senti aqueles braços fortes me segurando, seus lábios prensados no meu pescoço e nossos corpos juntos novamente. Ele virou-me rapidamente, me beijando mais uma vez. Um beijo voraz e cheio de luxuria. Estava entregue novamente. Até minha sanidade voltar. O empurrei com força, separando-nos e dando alguns passos para trás.

– O que foi, fadinha?

– É errado, Sting. Perigoso e proibido. Somos de Guildas rivais e isso não pode acontecer. Mas...

– Mas?

– Ainda sim, é irresistível. Mas também proibido.

Ele se aproximava enquanto eu dava passos para trás. Eu sabia que se olha-se em seus olhos, eu me perderia. Eu me entregaria novamente. Mas ele continuava, em passos largos até me alcançar. Ergueu sua mão e colocou um fio do meu cabelo por trás da orelha.

– Ninguém precisa saber. Eu quero, você quer. Não me parece errado.

– Mas Sting...

– Shiu...

Ele colou sua testa na minha fazendo com que ficássemos nos encarando por breves segundos. Teus olhos. Profundos como um abismo na qual não saberia voltar uma vez que perdida. Ou talvez, não querendo mais voltar. Pela segunda vez o encarei, mas pela primeira o observei atentamente. Seus traços do rosto tão marcantes, seus lábios finos, sua cicatriz na testa, seu cabelo desgrenhado. Como poderia ser tão... belo? Ele tinha razão. Era mesmo irresistível. Por impulso, o beijei. Mas dessa vez, calmamente e sem pressa. Nossas línguas pareciam dançar a mesma música. A música que as batidas dos nossos corações tocavam. Esqueci da missão e da hora. Apenas queria viver aquele curto momento que tinha com ele. Um momento único, que talvez não vá se repetir. Passamos aquela noite juntos. Ao amanhecer, percebi que seus braços estavam em volta da minha cintura, segurando-me fortemente como se tivesse receio em me perder. Logo, ele acordou. Eu precisava ir e ele também.

– Primeira e última vez? – Indaguei receosa.

– Talvez.

– Certo. – Levantei-me aprontando para partir. Ele segurou meu braço como se implorasse para ficar.

– Vou te ver outra vez? – Pela primeira vez, ele não parecia ser o Sting arrogante e convencido. Sua voz calma e doce o deu um ar um tanto quanto encantador.

– Talvez. – Sorri em resposta e parti, antes que algo me impedisse de ir. Em meu coração, eu sentia a certeza de que aquela não seria a última vez que nos veríamos. Se dependesse de nós, aquele nosso começo não seria também o nosso final.



***

"I don't mind not knowing what I'm heading for

You can take me to the skies...

It's like being lost in heaven

When I'm lost in your eyes."

***


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem gostaram? Odiaram? O que devo melhorar? Opiniões? Reviews, onegaai :c
Espero que tenham gostado, eu particularmente gostei. Assim como gostei de ter feito uma one-shot com esse casal, rs.