BE MINE – CAPÍTULO CINCO

(Sway)

Dance with me, make me sway.

(Dance comigo, me faça balançar.)

(EPOV)

Domingo, 20h34min

Eu andava de um lado ao outro com meu copo de whisky. Isabella estava demorando a terminar de se arrumar, estávamos atrasados, eu já estava na minha segunda dose da bebida, eu estava irritado com minha gravata borboleta do smoking que Lilly me fez vestir sob as recomendações de Alice e eu estava ansioso para vê-la. Eu passei o dia inteiro – mais uma vez – sem ver Bella.

Ela saiu bem cedo, tomando um café rápido com Lilly e suas assistentes. Depois disso saiu para passar o dia em um SPA e em um salão de beleza para se preparar para o Baile de Gala. Quando ela chegou, eu estava tomando banho e desde então ela estava trancada em seu quarto.

Bufei e terminei minha bebida em um gole. Descansei o copo na mesa de centro da sala de estar totalmente vintage da mansão e sentei-me no sofá francês de três décadas atrás. Comecei a bater o pé nervosamente no assoalho de madeira e Lilly riu atrás de mim.

– Sempre tão impaciente. – comentou.

– Vamos chegar atrasados. – resmunguei.

– Você sabe que só irão começar o Baile com a presença de vocês. Arrisco em dizer que vocês dois são mais esperados do que o próprio Presidente americano ou o Primeiro Ministro britânico. E além do mais, Isabella é mulher. Nós sempre nos atrasamos. Isso deixa aquele suspense gostoso no ar.

Ela caminhou e parou na minha frente, me olhando com aqueles olhos azuis claros e límpidos, com o brilho tão conhecido por mim.

– Você está lindo, garoto.

– Obrigado, Lilly.

– Agora pare de bater esse pé e de chacoalhar essa perna que você está me enervando. – ela disse autoritária.

Parei e então comecei a ouvir vozes da escada. Levantei-me e Lilly revirou os olhos.

– Já disse para se controlar, Edward. – ela sussurrou baixinho.

Angela, Emily – a secretária de Isabella – e Jessica desceram e nos encontraram, as três conversavam e riam entre si. Deus! Cadê Isabella?

Angela usava um vestido longo de alças finas e com um decote em v discreto nas costas. O rosa pálido a deixava bonita e elegante, com os cabelos presos em um coque alto e simples. Emily usava um vestido longo de um ombro só verde escuro que realçava sua pele morena, o cabelo longo e extremamente liso estava preso em um rabo de cavalo alto e sofisticado. Assim como Angela, ela estava bonita, simples e requintada.

Já Jessica quase me fez morrer de vergonha. Seu vestido longo era de um vermelho vivo extremamente apelativo. Havia um decote enorme em suas costas e na região do busto, fazendo seus seios quase pularem para frente. Os cabelos estavam soltos em uma cascata de cachos grossos e a maquiagem estava fraca nos olhos, mas com um batom vermelho da mesma cor do vestido. Vulgar e desnecessário.

Antes que eu já começasse a gritar com ela, ouvi barulho de saltos na escada. Dirigi meu olhar para a entrada e lá estava ela. Meu coração falhou algumas batidas e minha respiração ficou pesada. Seu cabelo estava preso em um complexo coque, sua maquiagem era suave e realçava sua beleza. Isabella usava um vestido longo azul, com aplicações por todo ele. E para mexer ainda mais com minha libido já alta, o vestido tinha uma enorme fenda no lado esquerdo, me dando uma visão privilegiada de sua perna branca e torneada por anos de dança. E como não me esquecer dos sapatos pretos altíssimos me-foda?

(http://atrevida.uol.com.br/upload/imagens_upload/look_premiere_amanhecer_kristen_stewart.jpg)

Ela estava sensual e linda ao mesmo tempo, sem nem ao menos usar de subterfúgios vulgares como minha secretária. Ela olhou para as garotas que estavam ao seu lado com um sorriso doce.

– Ang, Emily, vocês estão tão bonitas. Acho que Sam terá que cuidar mais de você, Em, do que de mim. Oh Ang, se Ben estivesse aqui, aconteceria o mesmo. – ela disse fazendo as duas rirem.

– A senhorita está linda. Os meninos terão muito trabalho em protegê-la do assédio da imprensa. – Angela disse, com Emily concordando.

Bella revirou os olhos, mas riu com suas funcionárias. Seu olhar passou para Jessica e um pouco de surpresa passou por seu rosto.

– Jessica, você está tão... Err... Voluptuosa.

– Obrigada, Srta.Swan. A senhorita está muito bonita.

– Obrigada querida.

Lilly riu baixinho ao meu lado e eu ainda não acreditava que Jessica não havia entendido que Isabella quis dizer outra coisa.

– Concordo com elas, você está deslumbrante, Bella. – eu disse.

Ela me olhou com um brilho diferente no olhar, enquanto me analisava. Suas bochechas atingiram um tom rubro lindo, me fazendo a olhar fascinado por ficar ainda mais linda do que possível.

– Você também está muito bonito, Edward. – ela disse envergonhada.

Sorri para ela, que correspondeu com outro tímido. Lilly nos olhava com um sorriso bobo no rosto.

– Vocês dois estão encantadores essa noite. Agora acho melhor irem logo, já estão um pouco atrasados. A limusine já os espera na entrada. Tenham uma ótima festa. – Lilly falou.

Aproximei-me de Isabella oferecendo-a meu braço, o qual ela aceitou, envolvendo o dela ao meu. Caminhamos até a entrada, onde a limusine estava estacionada, entre os dois Land Rover pretos. Sam olhou maravilhado para Emily, que antes de entrar no carro deu um selinho nele. Isabella sorriu ao vê-los juntos. Riley abriu a porta para nós, praticamente comendo Isabella com os olhos. O olhei furiosamente e pronto para demiti-lo. Acho que ele entendeu o recado, pois desviou o olhar e concentrou-se em qualquer ponto no jardim.

Logo, os três carros já estavam em movimento em direção ao Royal Theater, onde seria o Baile. Isabella mantinha-se calada, olhando a paisagem pela janela, enquanto eu simplesmente a observava sentado ao seu lado. O pequeno espaço entre nós me permitiu ser inebriado pelo delicioso cheiro de morangos e frésias que exalava dela.

Apesar de estarmos indo no mesmo carro, eu desceria e passaria pelo tapete vermelho primeiro. Depois de cinco minutos, Isabella desceria do carro e caminharia pelo pequeno corredor, tirando as fotos oficiais e dos paparazzi. Nem ela e nem eu queríamos criar ainda mais confusão como a do aeroporto e nem aumentar os rumores que começaram.

– Já chegamos, senhor. – meu motorista disse.

Havia três carros a nossa frente. Isso me faria esperar por alguns minutos. O trânsito estava lento devido aos carros oficiais que chegavam e os da segurança particular. Jessica me mandou uma mensagem de texto dizendo que a imprensa já perguntava por mim e que Tyler e Riley já estavam a postos.

Apesar de nossa distância, tínhamos uma bela visão do Red Carpet. As luzes dos flashes não paravam de piscar, assim como a mistura de diferentes vozes. Mas no meio de tudo aquilo, estava algo – ou melhor, alguém – que nunca imaginei ver novamente.

– Merda! – esbravejei baixinho.

– O que foi? – Bella me perguntou.

– Tanya.

Sua cabeça virou em direção ao aglomerado de pessoas e seus olhos vasculharam tudo. Um brilho de entendimento passou por seu rosto, assim que seus olhos focalizaram a loura alta no meio do tapete.

– É a loura com seios falsos de mãos dadas com o senhor decrépito? – perguntou.

– Sim.

– Deus! Eu acredito que ele é mais velho do que meu avô seria. Acho que você precisa agradecer a Deus de joelhos por ter se livrado de alguém tão baixo. – ela comentou.

– Não sei se consigo encará-la sem ter a vontade de apertar minhas mãos em seu pescoço até matá-la asfixiada.

– Calma, Edward. Ela é parte do seu passado. Pense no presente e no futuro. Não a deixe te afetar tanto assim.

– Ela pode ser parte do meu passado. Mas por causa dela, o meu presente é frio. E não sei quanto ao meu futuro. Por causa dela, eu perdi minha família.

– Você não os perdeu. Quando liguei para Emmett para aceitar ficar em sua casa, ele me contou muito feliz sobre o almoço de vocês e do quão próximo ele se sentiu de você novamente. Ela é passado.

Não a respondi. Saber que eu havia reconquistado um pouco o meu irmão encheu meu peito com um sentimento estranho. Um pequeno sorriso saiu de meus lábios. Voltei meu olhar para onde Tanya estava andando lentamente com o velho senhor abraçando sua cintura. Aquilo me deu náuseas.

Um sorriso malicioso começou a surgir no rosto de Bella e isso me deixou confuso. Ela olhava para Tanya com certa raiva e com deboche também.

– O que está pensando? – perguntei curioso.

– Bom, por que não mostramos a Tanya que você já a superou? Que ela não passa de uma antiga namorada e nada mais do que isso?

– Não estou entendendo.

– Segundo você disse, eu estou deslumbrante. E eu acho que você está fodidamente quente. Por que não aproveitamos esses rumores sobre um suposto namoro e entramos juntos? Adoraria ver a cara de vadia perdedora de Tanya.

“E eu acho que você está fodidamente quente.”

A frase ecoou em meus ouvidos algumas vezes. Talvez as mesmas sensações que sinto por Bella, ela também sentisse por mim. Um sorriso torto saiu de meus lábios e minha virilha pulsou. Essa mulher me levaria à loucura.

– Se estiver tudo bem para você... E a imprensa? – perguntei.

– Posso muito bem dar as entrevistas necessárias sem comentar sobre minha vida particular.

Acenei com a cabeça concordando. O sorriso malicioso ainda continuava em seu rosto. Alguns segundos depois a limusine já estava parada no Red Carpet. Olhei para Isabella e ela acenou para mim. A porta abriu-se e nosso pequeno teatro começaria.

POV Terceira Pessoa

A área reservada para a mídia fervia em todos os sentidos. Os vestidos de gala deslumbravam as repórteres muito bem vestidas, os belos rostos alegravam os fotógrafos sempre em busca do mais perfeito ângulo para as fotos, as autoridades davam entrevistas falando sobre alguns pontos discutidos na reunião, os assessores de imprensa corriam de um lado a outro atendendo aos pedidos dos convidados e da imprensa... Era uma festa marcada pelo glamour, o dinheiro e a fama.

A atenção de todos estava sobre o casal que estava ali. Um dos homens mais ricos da Suíça e a belíssima loura ao seu lado. Ele, com seus 75 anos, estava acompanhado pela bonita jovem de 26 anos. Os discrepantes 49 anos de diferença pareciam não afetar o casal apaixonado. Claro que tudo não passava de um teatro muito bem montado e planejado. O casamento era uma farsa. A mulher, Tanya, apenas se interessava na boa vida que o dinheiro do marido podia lhe proporcionar e ele, adorava se mostrar como o homem que tinha a jovem e linda advogada como esposa.

Porém, todas as atenções saíram deles assim que a limusine que estacionava teve a porta aberta. O empresário do momento, Edward Cullen, saiu do carro, fazendo todas as mulheres presentes suspirarem por ele. O smoking negro caia perfeitamente por seu corpo, os cabelos do singular tom de cobre estavam na conhecida bagunça, como se ele tivesse acabado de sair de uma tórrida sessão de sexo selvagem, os olhos verdes eram intensos e sedutores. O homem era sexo sobre pernas.

Bastou ele inclinar-se em direção ao carro e puxar pela mão a jovem herdeira Isabella Swan para todos delirarem. Ela como sempre, estava elegante e charmosa. O vestido era deslumbrante, a fenda era sensual na medida certa e os olhos chocolates eram profundos. Não importava quais mulheres estavam ali ou chegariam ainda, Isabella era com certeza a mais bela de todas. A que provocava o maior fascínio.

Assim que os dois pisaram no tapete, todos os flashes direcionaram-se a eles. O brilho de orgulho, arrogância e poder estava presente nos olhos dos dois. Ele segurava a cintura dela com possessão e ela agarrava a parte de trás do smoking dele como se marcasse o território. Não havia qualquer outro casal que causasse tanta comoção como os dois. A áurea de poder fluía por eles e todos se sentiam curiosos para saber o que estava acontecendo entre os dois.

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Tanya olhava para tudo irritada. As atenções haviam saído de cima dela e Edward estava com outra mulher. Uma mulher que exalava tudo o que ela sempre quis. Dinheiro e influência. E ainda tinha em seus braços o homem pelo qual todas sonhavam.

Os dois separaram-se e foram atender a imprensa que estava eufórica. Isabella respondeu perguntas sobre a reunião, sobre as palestras que assistiu e a que ministrou, sobre seu vestido exclusivo da grife J. Mendel e seus sapatos Roberto Cavalli e recusou-se a responder todas as perguntas relacionadas a Edward. Ele fez o mesmo.

Depois de quinze minutos atendendo a mídia, os dois juntaram-se novamente e entraram de braços dados no Royal Theater, ricamente decorado para o Baile de Gala.

Edward POV

O salão estava cheio e com a orquestra tocando alguma das partituras de Bach. Garçons carregavam bandejas com champagne em todos os cantos, políticos e empresários conversavam entre si e as mulheres com sorrisos falsos e rostos plastificados com tantas cirurgias.

Isabella afastou-se de mim, quando foi chamada pelo Embaixador Francês. Eu, por minha vez, fui puxado por Jessica até a mesa da presidente do FMI, Christine Lagarde. Conversas fluíam em todos os lugares, eram vozes misturadas com a música calma e com os barulhos de saltos.

Eu estava cansado de sorrir e fingir prestar atenção no que as pessoas me diziam. Eu queria Isabella ao meu lado. De alguma forma, ela conseguia me acalmar. Antes que eu saísse à procura dela, Jessica me informou que o jantar seria servido e que teria que me sentar à mesa rapidamente.

Felizmente, meu lugar era na mesa central e ao lado de Isabella, que sorria enquanto conversava com Michelle Obama. Sim, ela estava conversando com a Primeira-Dama dos Estados Unidos. Cumprimentei todos e sentei-me.

Seus olhos faiscaram para os meus em um cumprimento informal, mas continuou a sua conversa. O presidente americano estava andando de mesa em mesa cumprimentando as pessoas. Suspirei conforme eu via que isso ainda ia demorar muito mais do que pensei.

– Divertindo-se Edward? – sua voz perguntou-me baixo.

– Sinceramente? Não. Preferia o conforto de minha casa, um bom filme e um bom copo de vinho branco.

Ela sorriu e acenou concordando com a cabeça.

– Tanya aproximou-se?

– Não. Nem a vi até agora. – respondi.

Ela procurou pelo salão por um momento e depois ela me apontou uma das mesas a sudeste da nossa. A cabeleira loura de minha ex-namorada destacava-se. Ela estava sentada entre o marido e um senhor de idade, que reconheci ser um dos sociólogos palestrantes. Tanya mirava suas próprias unhas e tinha uma expressão irritada e entediada.

Minha atenção foi desviada pelo presidente americano, Barack Obama, que se sentava em nossa mesa. Cumprimentei-o formalmente e Isabella fez o mesmo. No minuto seguinte, já estávamos sendo servidos e degustando o delicioso jantar oficial do Baile.

Trocamos poucas palavras entre nós. Comentando algo sobre a comida ou sobre algum convidado. Depois do jantar, o presidente fez um discurso, assim como o primeiro-ministro britânico, David Cameron. E assim, o Baile começou. A orquestra começou a tocar algumas músicas mais animadas e vários casais foram para a pista de dança.

Emily pediu a Isabella para ir a uma mesa, pois a chamavam. E eu fui ao banheiro. Depois de alguns minutos, eu saí e dei de cara com Jessica.

– Gostaria de dançar, Sr. Cullen? – ela disse com sua voz enjoativa demais em uma tentativa de soar sexy.

– Claro – ela sorriu abertamente – Assim que avistar Isabella, por favor, me diga.

Saí caminhando para longe dela e enquanto voltava para nossa mesa, vi a cabeleira mogno de Isabella no meio da pista de dança. Desviei meu caminho e fui até a beira da pista, onde algumas pessoas assistiam a dança das outras.

Isabella dançava a valsa O Quebra-Nozes de Tchaikovsky com um homem de cabelos negros, olhos azuis, pele pálida e jovem. O reconheci como Alec Volturi, filho de Aro e irmão gêmeo de Jane. Os três eram empresários muito bem sucedidos na Itália.

Minhas mãos fecharam-se conforme eu via as mãos de Alec no corpo de Isabella. Ela ria e conversava com ele. Meu sangue ferveu. Os dois valsavam com leveza e classe, muito bem ensaiados.

Marchei com fúria até minha cadeira e pedi um copo de champagne para o garçom, que rapidamente me serviu. Bebi em um gole só o líquido doce e senti meu corpo tenso. Ao longe eu também via os cabelos louros de Jane e os negros de Aro. Os dois com sorrisos bobos no rosto enquanto viam Alec dançando com minha morena. É claro que eles iriam adorar os dois juntos, seria uma união rica em vários sentidos. Meu punho cerrou-se mais forte e me vi tomando minha segunda taça.

Depois de alguns minutos, Isabella voltou à mesa acompanhada de Emily. O seu rosto tinha um pequeno sorriso e ela conversava baixinho com a secretária.

Eu não ia deixar isso, assim. Não ia mesmo.

Chamei Jessica com o dedo e ela prontamente veio com um sorriso cheio de segundas intenções no rosto. Ela abaixou-se e praticamente colocou os seios em meu rosto. Inclinei-me ligeiramente para trás desconfortável e meu olhar raivoso não a intimidou.

– Peça para a orquestra tocar algum tango. E por favor, tente não ser confundida com uma prostituta. Comporte-se, Srta.Stanley.

Ela acenou positivamente com a cabeça e caminhou rapidamente sobre os saltos até o maestro. Dei um gole na taça de água em cima da mesa e levantei-me. Isabella olhou-me e eu a puxei pela mão.

– Venha comigo, Bella.

Seu toque provocou pequenas faíscas em meu corpo e comecei a me sentir quente demais, principalmente onde minha mão tocava a dela. Encaminhei-nos até o centro da pista de dança e ela me olhava confusa.

– O que vamos fazer, Edward?

– Espero que saiba dançar tango, Bella. Pois é isso que iremos fazer.

Ela lançou um olhar para a orquestra e viu Jessica terminando de conversar com o maestro. Um sorriso nervoso apareceu em seu rosto e ela virou seus olhos chocolates em minha direção.

– Tem certeza disso? – perguntou-me.

– Apenas deixe-me conduzi-la.

(http://www.youtube.com/watch?v=bXhQNRsH3uc)

A música começou e no segundo seguinte, Isabella já estava em meus braços e nós dois rodávamos pela pista como mestres da dança latina. Ela fazia movimentos com as pernas e eu a copiava. Trazia seu corpo para mais junto do meu e eu tremia com seus lábios tão próximos dos meus. Passei a mão pelo seu corpo mostrando a todos os homens que nos olhavam que ela era minha. Ergui seu corpo, que parecia ter sido feito especialmente para o encaixe de meus braços. Ela pulou em meu colo e levantou a perna, me deixando louco. Suas mãos estavam firmes nas minhas e ela me olhava com um brilho totalmente desconhecido. Já eu a olhava como um leão prestes a atacar sua presa.

Nossos movimentos eram sincronizados, como se tivéssemos ensaiado meses essa dança. Eu deixava a música guiar meus passos e Isabella deixava-me guiá-la. Seus olhos por vezes fechavam conforme as notas de Queias de Baudoneon eram executadas com perfeição pela orquestra.

Foi tudo muito sensual e ardente. Minha virilha pulsava por ela e meu amigo lá embaixo estava muito animado. Ela percebeu e me lançou um sorriso brilhante. Aquilo apenas piorou minha situação. No final da música, ela estava a milímetros do meu rosto. Eu sentia seu hálito adocicado e mentolado e estava louco para beijá-la. Ela olhou para algo atrás de mim e sorriu maliciosa.

A próxima coisa que senti foi os lábios de Bella sobre os meus em um beijo simples. O contato entre nossas bocas me fez sentir algo que nunca havia sentido antes. Meu coração acelerou descompassadamente, minhas mãos começaram a suar e meu estômago começou a dar voltas e voltas. Seus lábios eram macios e delicados, encaixando-se perfeitamente nos meus. Um gemido escapou de mim.

Antes que eu aprofundasse o beijo, ela separou-se de mim e saiu me puxando pela mão. Quando olhei para trás, Tanya nos olhava com raiva. Isabella andou até a varanda coberta do Royal e sentou-se em uma cadeira almofadada. Sentei-me ao seu lado e ela encarou as mãos em seu colo, com as bochechas corando em um lindo tom de vermelho.

Deus! Eu precisava dela. Eu precisava me enterrar nela.

– Desculpe-me Edward. Eu agi como uma criança tentando provocar a outra. Quando vi Tanya apenas pensei em irritá-la e magoá-la como ela fez com você. Desculpe-me pelo beijo. – ela disse.

– Não precisa se desculpar, Bella.

Ela me olhou e encarou novamente meus lábios. Eu fazia o mesmo. Fomos nos aproximando e novamente senti o seu hálito bater diretamente contra meu rosto, me deixando louco. Seus lábios estavam entreabertos e num ato inconsciente e sexy demais, ela os umedeceu com a língua.

– Sr. Cullen. – uma voz irritante demais me chamou.

Eu iria demitir Jessica assim que pisássemos em NY.

Olhei para ela com raiva e Isabella virou o rosto, encarando o pequeno ser desempregado a partir de amanhã.

– O que foi? – eu disse irritado e entredentes.

– O Presidente está indo embora.

E?

Merda! Eu ainda tinha que fazer o social. Bella levantou-se e saiu andando para dentro do salão, sendo seguida por minha secretária. Fui atrás delas e um suspiro de derrota saiu de mim.

O Presidente estava cumprimentando algumas pessoas antes de ir embora. Isabella abraçou a Primeira Dama e eu apertei a mão de Barack. Depois de alguns minutos eles foram embora e Isabella me olhou com os olhos distantes.

– Podemos ir embora? – ela perguntou.

– Claro, vamos.

Chamei Jessica e pedi para ela arrumar nossa saída. Ela juntou-se com as secretárias de Bella e as três saíram caminhando falando nos celulares. Passamos em algumas mesas antes e nos despedimos de algumas pessoas. Bella manteve-se distante e com os olhos ansiosos. Eu queria tocá-la de novo, queria ter seus lábios sobre os meus...

Terminamos nosso social e nos encaminhamos para a saída. Só que como sempre, a sorte não estava ao meu lado.

Tanya simplesmente barrou nossa saída com seu sorriso amarelo, seus seios falsos e seu vestido com um decote desnecessário.

– Edward! Há quanto tempo, meu querido. – ela disse com sua voz enjoada demais.

– Tanya. – eu a cumprimentei secamente.

Seus olhos pousaram em Bella e brilharam em raiva, um clima tenso e desagradável instalou-se entre nós e minha morena estava com o corpo tencionado e seus olhos ardiam em desgosto. Postei-me ao seu lado e peguei sua mão, sentindo a minha queimar com nosso pequeno toque.

– Sou Tanya Denali e você, quem é? – ela perguntou com desdém.

– Isabella Swan. – Bella respondeu fria.

Tanya deu um passo para trás ao ouvir o nome e sua máscara se desfez levemente.

– Oh sim. Eu a conheço pelo nome. É um prazer conhecê-la, Isabella.

Bella não a respondeu. Ela se manteve calada e tratando friamente minha ex. Tanya olhou nossas mãos entrelaçadas e sorriu ardilosa.

– Oh Edward, senti saudades de você. Nós tivemos ótimos momentos quando estávamos juntos.

Sua voz doce demais me causou náuseas. Isabella continuava com a mesma aparência apática, mas sua mão fechou-se ainda mais contra a minha. Tanya percebeu e sorriu abertamente, sentindo-se vitoriosa.

– Lembra-se daquelas três horas fantásticas que passamos na jacuzzi daquele maravilhoso hotel em Paris?

Eu revirei os olhos em repulsa e Bella olhou maliciosa para ela.

– Só três horas? Tenho certeza que não deve ter superado nossas cinco horas na banheira da minha mansão, não é Edward? Provavelmente o incentivo para continuar deve ter sido melhor. Bom, agora temos que ir para casa, aproveitar nossos últimos momentos aqui em Londres, se é que me entende. Mande lembranças a Rudolph e fale para ele me ligar. Adeus, Tanya.

Isabella saiu andando e me puxando, enquanto Tanya nos encarava com a boca ligeiramente aberta e os olhos injetados em fúria. Saímos pela porta dos fundos do salão e entramos na minha limusine. As mãos de Bella tremiam e ela simplesmente me calou com um olhar quando tentei conversar com ela.

Ao chegarmos à mansão, ela simplesmente desceu e caminhou para seu quarto, batendo a porta no processo. Eu bufei alto, fui para meu quarto e no caminho peguei uma garrafa de whisky. Tomei quatro doses, tirei o smoking sufocante e me afundei nos lençóis.

Adormeci com a sensação dos lábios macios de Bella sobre os meus. E com a vontade de uni-los uma vez mais.

Other dancers may be on the floor, dear, but my eyes will see only you.

(Outros dançarinos podem estar na pista, querido, mas meus olhos só verão você.)