Be Mine escrita por Tuany Nascimento, Aline Bomfim


Capítulo 4
Capítulo III - Can't Be Tamed


Notas iniciais do capítulo

Can't Be Tamed - Miley Cyrus
Li todos os reviews e fiquei simplesmente encantada por todo o apoio de vocês. E também surpresas por muitas terem adorado a Bella e ainda estarem com raiva do Edward. Hahahahaha'. Sim, ela é fodástica.
Enjoy it!



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BE MINE – CAPÍTULO TRÊS

(Can’t Be Tamed)


If you gonna be my man understand: I can't be tamed.

(Se você vai ser meu homem, compreenda: eu não posso ser domada.)


(EPOV)

Segunda-Feira, 11h50min


Saí de minha sala pronto para começar meu plano para conquistar Isabella. Caminhei até a sala de meu irmão e abri a porta. Ele estava digitando freneticamente em seu computador enquanto ouvia Kings of Leon.


– Droga, Edward. Não sabe bater na porta, não? – ele perguntou levemente assustado.


– Quer almoçar comigo, Emm?


Ele parou na hora e virou-se em minha direção. Seus olhos estavam arregalados, enquanto ele me olhava de cima a baixo, como se eu fosse um extraterrestre.


– Cla-claro. – ele respondeu meio indeciso.


– Estava pensando em ir ao Le Bernardin, o que acha?


– Tudo bem. Vamos com o seu carro ou com o meu?


– No seu. Encontre-me em cinco minutos no estacionamento.


Ele acenou com a cabeça, enquanto eu girava em meus calcanhares e seguia para minha sala.


12h25min


Eu estava mais uma vez rindo de Emmett. Havíamos chegado ao restaurante há 10 minutos, fizemos nossos pedidos e degustávamos uma taça de vinho tinto de alguma garrafa cara. Ele como sempre já contava uma de suas histórias engraçadas, me fazendo esquecer momentaneamente Isabella e a empresa. Retomei minha linha de raciocínio e decidi começar a especulá-lo sobre minha morena.


– Como foi o acampamento, Emm? – perguntei fingindo desinteresse.


– Foi ótimo. Fomos a uma cidadezinha perto daqui, acampamos em um parque e aproveitamos a bela cachoeira de lá. Claro que Alice dava chilique a cada dez minutos por causa de suas roupas, mas Jasper sabia muito bem como acalmá-la. À noite fizemos uma fogueira, contei histórias de terror, assamos marshmallows e tocamos e cantamos até irmos dormir.


– Mamãe comentou comigo sobre você estar encantado por Rose.


– Ah, sim. Rose é a mulher que sempre sonhei para mim. Mas ela é difícil, cara. Muito. Nós ficamos algumas vezes, mas sempre que eu peço algo mais sério, ela se esquiva. Bom, pelo menos tenho apoio de minha futura cunhada.


– Futura cunhada? – perguntei confuso.


– Isabella é irmã caçula de Rose e Jasper.


Eu quase engasguei com o vinho. Isabella não se parecia em nada com os dois louros. Minha cara de incrédulo divertiu meu irmão, que ria alto de minha confusão.


– É cara, eu também demorei a sacar que eles eram irmãos. Rose e Jazz são irmãos gêmeos, filhos do primeiro casamento de Charlie, com a engenheira e empresária Charlotte Hale, porém ela morreu quando eles tinham um ano de idade por causa de um tumor no cérebro. Depois de dois anos, ele conheceu a socialite Renée Higginbotham, se casaram e Bella nasceu.


– Bom, isso é realmente uma surpresa para mim.


– Por isso o gênio de Rose é tão parecido com o de Bella. Herdaram do pai. Só que Bella é pior. Deus! Fui uma vez visitá-la no escritório dela e nunca vi mulher mais enérgica como Bella para comandar uma empresa. Ela consegue ser pior do que você, mano.


Acenei com a cabeça e então nossos pedidos chegaram. Comemos conversando algumas amenidades e então percebi que eu sentia saudade de um tempo com meu irmão. Emmett sempre fora meu melhor amigo e o melhor irmão mais velho que poderia querer em minha vida. Lembro-me dele sempre inventando brincadeiras novas para nos divertimos, lembro-me dele sempre contando uma piada para que eu sorrisse mesmo se estivesse triste, lembro-me dele me apoiando incondicionalmente para ir para Oxford, assim como me lembro de seu olhar de repulsa quando voltei para casa. Eu não queria me deixar levar por sentimentos há muito trancados, por isso, foquei no presente e no sorriso que ele tinha em seu rosto. O mesmo sorriso que me acompanhou pela infância e pela adolescência. Pedimos nossas sobremesas e continuamos relembrando algumas coisas.


– Edward, você irá à reunião de Londres? Aquela com os empresários, autoridades políticas e sociólogos para tentarem achar uma solução para a Crise Européia? – ele perguntou mudando de assunto.


– Terei que ir. Fui convidado para ministrar uma palestra. Aparentemente, somos uma das poucas empresas que não perdeu capital com nossas filiais na Europa. Não tive como recusar.


– Então, eu queria falar com você sobre isso. Bella foi convidada para ministrar uma palestra também, pois a Swan Company e a HS Industry são duas das maiores filiais de empresas americanas na Europa e assim como nós, foram as que mais lucraram no meio dessa Crise do Euro. Bom, a casa da família Swan em Londres está em reforma e Bella não gosta de hotéis, pois segundo ela, não precisa de mais bajuladores lambendo o chão em que ela pisa só para conseguir uma boa gorjeta e uma boa publicidade por tê-la hospedada no hotel. Então eu ofereci a nossa casa lá. Só que apenas agora eu me lembrei que recebemos o convite também. Terá algum problema ela ficar com você?



Problema? Emmett tinha fumado algum antes de perguntar isso? Quase comecei a bater palminhas e a pular em minha cadeira à la Alice com a expectativa de ficar quatro dias com Isabella. Tudo estava caminhando para eu conquistá-la e para finalmente tê-la ao meu lado.


– A casa é enorme o suficiente para nós dois. Não terá problema. – eu respondi.


– Tudo bem. Acho melhor terminarmos logo nosso almoço, tenho uma reunião em vinte minutos com nosso diretor de marketing.


– Tudo bem, eu já terminei. Pode deixar que eu pago.


Paguei a conta e esperamos o manobrista trazer o enorme Jeep Wrangler prata de meu irmão. Ele dirigiu rapidamente até a empresa e depois, cada um seguiu para seus afazeres. Jessica me passou alguns relatórios para serem revisados e pateticamente, tentou alguma coisa com seu decote aberto demais. Claro que mandei – quase aos gritos – ela se vestir decentemente se quisesse continuar trabalhando na Cullen Enterprise.


13h53min


– Um cappuccino com canela e um cupcake de chocolate e castanhas, acertei?


– Como sempre, Natalie. Mas por favor, adicione ao meu pedido um café expresso duplo sem açúcar. – eu disse.


A bondosa senhora me olhou intrigada e pediu para a sua assistente meus cafés e meu bolinho. Ela voltou-se para mim, com um sorriso brincando nos lábios.


– Finalmente tomou coragem e vai conversar com a pequena Swan ao invés de só ficar admirando-a pela vitrine?


Olhei assustado para Natalie, que praticamente gargalhou de mim.


– Oh querido, eu posso afirmar em quase onze anos com a minha Starbucks nesse mesmo lugar, que não foi por causa de meus bolinhos ou do meu cappuccino com canela que você se senta há três meses, no mesmo horário, na mesma mesa e com a mesma cara de bobo deslumbrado quando vê a pequena Swan entrando no prédio da empresa da família dela.


– Você a conhece? – perguntei abobalhado.


– Bom, ela vem aqui todos os dias no final da tarde, há pelo menos um ano. Sempre pede um café expresso duplo sem açúcar e sai caminhando rapidamente de volta para o prédio, sempre sendo seguida por dois seguranças. Uma menina linda, mas tão séria para a idade dela. Assim como você.


Fiquei sem palavras. Apenas limitei-me a sorrir fracamente para Natalie. Ela pareceu entender e decidiu ir arrumar algo no caixa. Meus pedidos ficaram prontos e fui até ela pagar.


– Boa sorte, menino. Ela não me parece fácil.


– Obrigado, Natalie. – agradeci envergonhado.


Caminhei para fora do estabelecimento e atravessei a rua, no mesmo momento em que Isabella despontou de um estacionamento, com dois seguranças no seu encalço. Como sempre, ela estava linda. Usando uma saia preta de cintura alta justa, uma camisa de seda verde musgo e saltos Louboutin altíssimos. Parei em frente ao prédio de sua empresa, apenas esperando o momento em que ela fosse me ver através de seus óculos escuros que tinham o logo da Versace.


É claro que não demorou muito, pois mesmo não vendo seus olhos, eu podia senti-los queimando em minha direção e pude ver sua postura mudar imediatamente. Ela parou na minha frente, me permitindo sentir um delicioso cheiro de morangos. Aquilo me inebriou e quase perdi a fala.


– Boa tarde, Isabella. – a cumprimentei.


– Boa tarde, Edward. Aconteceu alguma coisa?


– Primeiramente, quero me desculpar mais uma vez por ontem. Eu realmente não a vi e acabei lhe atropelando na minha pressa de ir para casa. E bom, eu tomei a liberdade de lhe comprar esse café. Eu ouvi seu pedido e lhe trouxe o mesmo, um café expresso duplo sem açúcar.


Estendi o copo para ela, que ficou olhando para minha mão por alguns segundos antes de aceitar meu pequeno agrado.


– Está desculpado. Bom, agora eu tenho que ir trabalhar.


– Espere.


Ela suspirou um pouco irritada e tirou seus óculos, os deixando em cima de sua cabeça. O chocolate me encarava com curiosidade.


– O que foi? – ela perguntou entediada.


– Emmett me falou que vai à reunião em Londres e que precisa de um lugar. Nossa casa está de portas abertas para você. - disse, pensando em acrescentar um e meu quarto principalmente.


Ela me olhou de cima a baixo, com um olhar estranho, e sorriu cinicamente.


– E por que você acha que eu vou aceitar? Londres tem ótimos hotéis.


– Não seja absurda e infantil, Isabella. Eu não tenho paciência para suas futilidades. Aceite meu convite. – eu respondi irritado por sua recusa.


– Não me chame de absurda e muito menos de infantil. Não sou uma de suas putas para falar comigo assim. – ela disse entredentes.


Meu pau pulou em minhas calças ao ouvir sua voz tão baixa e ameaçadora. Essa mulher era o inferno dentro de saias executivas e scarpins me-foda. Ela bufou e virou as costas para mim, entrando no prédio e sumindo de minhas vistas.


Eu queria me espancar por ter sido grosso com ela. Marchei rumo meu escritório e lá me tranquei até o cair da noite. Encerrei meu expediente um pouco mais cedo do que o normal, desci até o estacionamento e dirigi até minha casa. Eu só queria uma boa comida, uma boa dose de whisky e minha cama.


Cheguei em casa e fui direto para meu quarto, tomando um banho frio, colocando uma calça de moletom cinza e uma camisa branca, ficando descalço. Desci as escadas e encontrei Emmett assistindo um jogo de baseball na televisão, devorando um balde de pipocas e uma garrafa de Heineken.


– Cadê nossos pais? E Alice? – perguntei.


– Alice foi ao shopping com a mamãe e papai está no escritório ocupado com uma ligação internacional.


– Ah sim. Quem tá ganhando?


Yankees! Aliás, você conversou com Bella hoje? – ele me perguntou, dando pause no jogo.


– Sim, hoje à tarde.


– Ela me ligou, disse que apesar de você ser um estúpido, ela aceita o convite para ficar em nossa casa em Londres. Edward, por favor, não brigue com Bella. Eu sei o quão estressado você é, mas eu te digo, Bella é tão ou mais difícil do que você. Não crie uma atmosfera tensa entre vocês dois. Ela é minha melhor amiga e minha futura cunhada e você é meu irmão. Não quero ficar entre vocês dois e uma briga de egos inflados.


– Foi só um mal entendido, Emm. Não se preocupe. – eu respondi.


– Bom, apesar de tudo, Bella disse que o jatinho dela estará a sua disposição. Bom, eu sem querer contei que a revisão do nosso não ficará pronta até a viagem, então ela ofereceu o dela. Ela disse que não tem problema e que é como uma forma de agradecer por tudo.


– Tudo bem, diga a ela que eu aceito.


Ele balançou a cabeça e voltou a concentrar-se no jogo. Carlisle saiu do escritório e juntou-se a nós pouco tempo depois. Conversamos, rimos e torcemos muito para o time dos Yankees. Mamãe e Alice chegaram meia hora depois do jogo acabar e entraram carregando muitas sacolas de grifes. Depois sentamo-nos à mesa de jantar e comemos, conversando sobre o dia de cada um. Os sorrisos nos rostos de minha irmã e de minha mãe melhoraram meu dia consideravelmente.


Quarta-Feira, 09h13min


Já havia se passado mais de uma semana desde o meu desastroso encontro com Isabella na frente da Swan Company. Eu estava no aeroporto, apenas esperando minha bela morena chegar para irmos viajar juntos em seu jatinho.


Eu estava sentado em uma das poltronas da sala VIP, com minha bagagem de mão ao meu lado e minha mala do outro. Alice fez-me o favor de arrumar todas as minhas coisas e eu como agradecimento, deixei que ela comprasse qualquer roupa que quisesse para meu closet, sabendo que nada deixaria a baixinha mais feliz do que compras.


A porta abriu-se e dois seguranças entraram por ela. Atrás dos dois, estava ela. Isabella estava usando um vestido social preto, que gritava Valentino e seus clássicos sapatos de salto me-foda vermelhos. Atrás dela, tinha duas assistentes, vestidas com terninhos executivos, com pastas e cada uma com uma mala. E depois mais dois seguranças, um deles empurrando um carrinho com três malas Louis Vuitton e uma mala de mão da mesma marca.


Essa era a diferença entre nós dois. Eu levava uma mala, uma bagagem de mão com meus documentos e meu notebook, Jessica iria comigo como minha assistente e apenas dois seguranças. Isabella levava tudo com ela. Ela aproximou-se de mim com um sorriso doce no rosto e eu tive vontade de puxá-la para um beijo.


– Bom dia, Edward. Desculpe-me o atraso.


– Bom dia, Isabella. Tudo bem, não lhe espero há muito.


– Acho que já podemos embarcar, certo?


– Com certeza.


Um homem de aparentemente 50 anos, com um uniforme aproximou-se de nós, abraçando Isabella em um cumprimento cordial.


– Bella, seu avião já está pronto. Vocês podem embarcar, enquanto carregamos o bagageiro. Dentro de vinte minutos no máximo, já estaremos decolando.


– Peter, esse é Edward Cullen, um amigo. Edward, esse é Peter, meu piloto. Um dos melhores no que faz, devo ressaltar.


– É um prazer, Sr.Cullen.


Aceitei sua mão e o cumprimentei. Depois disso, fomos até a pista e embarcamos no pequeno grande jato da família Swan. É claro, que em cada assento estava bordado em dourado o sobrenome da família, assim como um cisne. Havia três quartos médios, com uma beliche em cada e dois banheiros, assim como uma pequena cozinha.


Sentei-me em uma poltrona sozinha, pois não queria ter que aguentar Jessica se jogando para cima de mim. Isabella sentou-se ao lado de uma de suas assistentes, que descobri se chamar Angela, as duas conversavam baixo e estavam concentradas em uma pequena tela que mostrava o noticiário da CNN.


O jatinho decolou e depois de já estarmos estabilizados no ar, soltei meu cinto e peguei meu notebook, olhando alguns relatórios. Eu dividia minha atenção na morena e nas linhas sobre licitações em andamento.


Ela mordia seu lábio inferior sempre que se concentrava no que sua assistente dizia, ela franzia seu cenho e gesticulava com as mãos quando não concordava com algo, mexia a perna constantemente quando lia alguns papéis e irritava-se com Jessica toda hora vindo até mim. Claro, tive que praticamente ameaçar jogar minha secretária para fora do avião se ela viesse mais uma vez me incomodar.


A última coisa que me lembro são de seus olhos chocolate fechados e um sorriso quase imperceptível em seu rosto adormecido. Depois disso, me entreguei aos braços de Morfeu e ao sono dos justos.


I'm not a brat like that, I'm like a puzzle but all my pieces are jagged.

(Eu não sou uma chata assim, eu sou um quebra cabeças, mas todas as minhas peças são tortas.)


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Notas finais do capítulo

Já descobrimos o relacionamento da Bella com os gêmeos! Surpresos? E o que será que irá acontecer nessa viagem para Londres? Só digo uma coisa: saberemos o porquê da relação de Edward com a família ser tão estremecida.
Próximo capítulo: Wide Awake.
Meninas, indiquem a fanfic e divulguem essa estória. E ah, comentários e recomendações são muito bem vindos! Beijos, beijos.