Be Mine escrita por Tuany Nascimento, Aline Bomfim


Capítulo 18
Capítulo XVII - 1 + 1


Notas iniciais do capítulo

Rélou people again o/
Sim, eu falei que a Tuany iria perder o posto para a beta?
Sim, ela perdeu.
Como passaram a semana?!
Nós lemos todos os comentários do último capítulo e amamos cada um deles. Tuany, como eu disse está folgando e mandando um beijo.
Sem mais delongas vamos aproveitar esse capítulo que está mais "light" mas não menos interessante e perfeito.
Enjoy it! (Amo dizer isso)



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BE MINE – CAPÍTULO DEZESSETE

(1 + 1)

Hey, I don't know much about fighting, but I, I know I'll fight for you.

(Hey, eu não sei muito sobre lutar, mas eu, eu sei que vou lutar por você.)



(EPOV)








Sexta-Feira, 03h25min











Era madrugada e eu estava sem sono. Bella dormia profundamente abraçada a um travesseiro e com seu corpo completamente engolido por um grosso cobertor por conta da pequena nevasca que tomava conta de Nova Iorque.










Eu estava sentado em uma poltrona, encarando seu corpo delicado deitado quase em uma posição fetal no meio da grande cama. O dossel rendado e branco apenas completava a minha visão, deixando-a com um ar de mais pura ilusão. Bella ainda me parecia surreal.









Um leve murmúrio saiu de seus lábios e ela se mexeu um pouco, virando-se e se embolando ainda mais no cobertor. Ela tinha essa adorável mania de falar durante seu sono. Normalmente eram apenas palavras soltas ou ela falando coisas sem sentido. Eu estava ali, espreitando-a como um fodido perseguidor para ver se ela falava algo sobre o incêndio. Quando ela chegou ontem, me parecia um pouco transtornada e trancou-se no escritório só saindo para jantar. Ela praticamente desmaiou quando se deitou e a deixei descansar, dormindo logo em seguida também, mas acordei sentindo-me sufocado. Talvez, eu apenas estava tomando as dores de minha garota. A palavra criminoso ainda brilhava em minha mente como uma placa de neon da Sunset Boulevard de LA.









Percebi que ficar sentado ali não ia me ajudar a descobrir nada e por isso levantei-me, saindo do quarto e indo para a cozinha para beber água. Quando passei pela sala e fui até a cozinha pude ouvir uma movimentação no corredor que ia em direção aos quartos dos seguranças. Decidi ir averiguar e vi uma luz bruxuleante embaixo de uma das três portas. Abri cuidadosamente e observei Brad sentado em um sofá enorme e cheio de almofadas, encarando fixamente uma tela de plasma gigante na parede oposta e percebi que ele jogava algo desconhecido por mim em um XBOX.









Seus olhos azuis voaram em minha direção e praticamente me senti corar por estar sendo flagrado bisbilhotando.









– Desculpe-me, Brad. Eu apenas ouvi um barulho e decidi vir aqui ver o que estava acontecendo. – expliquei-me.









– Não tem problema, Sr. Cullen. Está com dificuldades para dormir? A Srta. Swan está bem? – ele perguntou mostrando-se verdadeiramente preocupado.









– Ela está bem, Brad. Infelizmente não consigo dormir. – uma ideia surgiu em minha mente e mais do que depressa resolvi usá-la. – Estou um pouco preocupado com Bella e com toda essa história do incêndio.









Brad mudou sua postura e voltou-se para a televisão, mexendo-se desconfortável no sofá.









– Você sabe algo sobre o incêndio? – perguntei adentrando a sala e sentando-me ao seu lado. – Bella está nervosa sobre isso tudo e eu quero ajudá-la.









– O melhor jeito de ajudá-la é deixando-a resolver esse problema sozinha e da maneira dela, Sr. Cullen.









Brad não foi grosseiro comigo, mas pelo tom de sua voz era mais do que nítido que ele não queria falar sobre o assunto. Ou melhor, que ele não queria falar comigo sobre isso. O jogo estava pausado e ele ainda me encarava gravemente, com seus olhos demonstrando que ele não estava se sentindo bem com o rumo da conversa.









– Há quanto tempo trabalha para Bella? – inquiri curioso.









– Desde 2009. – ele respondeu, respirando aliviado pela mudança de assunto. – A Srta. Swan me contratou assim que assumiu o controle da Swan Company. Ela já tinha Sam como seu segurança particular, mas queria alguém de sua extrema confiança. Alguém escolhido a dedo por ela mesma. Eu tinha acabado de voltar do Iraque e o United States Army não era mais um lugar em que eu queria estar. Eu vi muita coisa na guerra, senhor. Coisas que nenhuma pessoa deveria presenciar e muito menos vivenciar. – ele parou e encarou o chão, relembrando-se de algo. – A Srta. Swan apenas me resgatou de um futuro infeliz no Exército. Minhas habilidades me tornaram perfeito para ser o seu chefe de segurança e principal bodyguard. No início eu não queria aceitar o emprego, eu não queria ter em minhas mãos a vida de ninguém, não depois de tudo o que eu passei no Iraque. Mas a Srta. Swan nunca desistiu de mim. Ela sabia que eu seria o melhor e por isso, me ajudou muito, indicando-me um psicanalista que trabalhou comigo todas as formas possíveis de eu parar de me culpar por tantas mortes. Depois de um ano e alguns meses, eu pude finalmente sentir um alívio quando os pesadelos terminaram e um peso inexistente saiu de minhas costas. Serei eternamente grato por tudo que a Srta. Swan fez por mim. – seus orbes pousaram em mim novamente e ele me lançou um sorriso. – Eu sei que o senhor a ama muito, mas ela nunca aceitará que você jogue em suas costas o dever de cuidar dela. A Srta. Swan é orgulhosa e independente demais.









– Como eu vou poder protegê-la? Eu não posso deixar nada acontecer a ela... Eu não me perdoaria nunca. – desabafei.









– Apenas mantenha-se protegido, Sr. Cullen. Com o resto, deixe que eu me preocupe.









Brad me lançou um sorriso reconfortante e acenei levemente com a cabeça. Levantei-me e quando estava saindo da sala, pude ouvi-lo dando play no videogame novamente. Voltei para a cozinha e me servi um copo d’água. Quando me virei para voltar para o quarto, levei a mão ao coração por causa do susto ao dar de cara com Bella com uma cara emburrada e amassada de sono.









– Você me deixou sozinha. – ela me acusou com a voz rouca, coçando um dos olhos.









– Eu acordei com sede, baby. Vamos voltar. Vem.









Segurei sua mão e nos encaminhei de volta para o quarto. Bella deitou em meu peito e dormiu rapidamente, enroscada em meu corpo e me apertando com força. Fechei meus olhos e deixei que minha mente se livrasse da preocupação, me entregando ao sono dos justos.










16h48min












– O que você acha, maninho?












Encarei o rosto expectante de Emm e suspirei. Ele e Alice tinham a mesma mania de tentar convencer todos a fazerem o que eles queriam utilizando um biquinho e olhos de cachorro caído do caminhão de mudança. Era algo que simplesmente compelia todos a fazerem suas vontades sem pestanejar. E eu me odiava por todas as vezes que eu caía nesse truque barato.










– Eu concordo, Emmett.









– Ótimo! – ele exclamou, levantando-se da cadeira a minha frente e caminhando para a porta. – Vou ligar para o Jazz e combinar tudo. Você vai junto com a Alice, ok? Ela sabe o lugar. Tchau.









Emmett saiu da minha sala sem ao menos esperar que eu me despedisse dele. O grande plano de meu irmão era todos nós irmos a um ringue de patinação no gelo. Bella e ele iriam jantar juntos e depois iriam para lá nos encontrar. Ele queria proporcionar aos Swan um momento de distração de todos os problemas que estavam enfrentando por causa do incêndio. Três funcionários ainda estavam internados por terem ficado expostos à fumaça tóxica, a imprensa ainda estava caindo em cima deles procurando por explicações, as reformas haviam começado e aparentemente, os peritos e a New York Police Department ainda não haviam encontrado o responsável pelo incêndio que destruiu 90% do saguão da Swan Company.









– Sra. Hammer? Ligue para minha irmã e diga que eu vou pegá-la às 19h00min, por favor. – pedi, apertando o botão da comunicação interna. – E faça reserva para dois no Crown para as 19h30min.









– Como quiser, Sr. Cullen.









Voltei-me para os balancetes sorrindo por ajudar os Swan e principalmente, a minha garota.











20h45min















Desci do Volvo e dei a volta, indo abrir a porta de minha irmã. Alice saltitou para fora, agarrando meu braço e me puxando para dentro do enorme ginásio.















– Alice, o gelo não vai derreter, não precisa dessa correria toda. – reclamei.











– Vamos logo! Jazz já está aqui, com a Rose.









Revirei os olhos e aumentei o ritmo de meus passos, passando por dois seguranças dos Swan e cumprimentando-os. Minha irmã caminhava apressadamente, deixando que seu vestido esvoaçasse como uma leve pena ao vento. Ela usava um vestido verde claro feito de crepe de seda, que ia justo até a sua cintura e depois se abria, dando-lhe um ar angelical. A cor combinando perfeitamente com a de seus olhos. Alice usava saltos nude enormes e eu me perguntava como ela se equilibrava neles. Uma música do Coldplay soou um pouco mais alto e já podíamos ver do corredor, as luzes do ringue acesas e uma certa movimentação.









– Oh! Que lugar lindo!









Eu tinha que concordar com Alice. O ginásio estava inteiramente decorado com bolas de acrílico e enormes enfeites em forma de flocos de neve que brilhavam como se fossem de cristal. Algumas fitas de cetim caíam do teto em direção ao chão em tons diferentes de branco, cinza e azul. Charlie Brown do Coldplay tocava alto nas caixas de som estrategicamente posicionadas em cada canto do lugar, assim como espalhadas em alguns pontos perto da quadra.









O ringue estava liso e a camada de gelo apresentava pequenas imperfeições provocadas pelas ágeis lâminas de Rosalie e Jasper. Os dois corriam lado a lado, cantando a canção e ganhando velocidade. Percebi que Rose usava uma saia do mesmo tecido do vestido da minha irmã, sendo tão rodada quanto. Minha cunhada pegou mais velocidade que Jazz e ficou na frente dele, pulando sobre suas lâminas e dando três voltas inteiras ao redor do próprio eixo. Segundos depois de ela aterrissar sobre uma perna só, Jasper repetiu o movimento, ganhando mais altura e sendo tão bem sucedido quanto a sua gêmea.









– Vamos colocar nossos patins, Edward!









Segui Allie até um longo banco de madeira que estava posicionado na lateral da quadra e lá havia quatro patins. Reconheci os meus velhos patins de gelo, que eu havia trazido de Londres e suspirei. Eles realmente iam me fazer patinar. Alice, empolgadíssima como sempre, tirou seus caros sapatos italianos e não demorou a colocar seus patins beges, enquanto eu tentei prolongar esse momento o máximo que pude.









– Edward! Alice! – Rosalie havia finalmente nos enxergado e correu em direção a lateral onde estávamos com seu mais lindo sorriso. – Finalmente vocês chegaram. Emm me mandou uma mensagem de texto e disse que daqui meia hora ele chega com a Bells. Venham!









Rose virou-se e correu em direção ao irmão, que acenou para gente. Quando terminei de amarrar meus patins brancos, Alice saiu me puxando novamente e fomos até o ringue. O deslizar da lâmina me trouxe memórias boas e ruins ao mesmo tempo. Lembrei-me de quando Alice era pequena e Emmett e eu a levamos para patinar pela primeira vez no lago congelado de nossa casa de campo. Allie era uma pequena bolinha de casacos em cima de pequenos patins rosa, se apoiando em Emm ou em mim, conforme a puxávamos para escorregar sobre a lâmina afiadíssima. Ela levou inúmeros tombos, mas gargalhava com todos eles e pedia por mais.









Mas o doce sabor da memória foi tomado pelo amargo das lembranças de uma Londres praticamente soterrada pela forte nevasca do final do ano e uma loura estonteante com um sorriso sedutor abraçada a mim conforme patinávamos pela pista ao ar livre. Tanya estava inteiramente vestida de preto, deslizando graciosamente pelo gelo como se fosse uma bailarina. Ela estava linda e como sempre, atraindo a atenção de todos os homens ao nosso redor, o que apenas fazia o meu ego aumentar ainda mais por saber que ela era minha e não deles. Eu poderia tocar o céu sabendo que eles só poderiam sonhar com uma mulher como ela porque nunca teriam o meu cacife para tê-la. Era óbvio que não. Eles não eram idiotas como eu que caiam como um patinho nas garras de uma vadia que usava o sexo para manipular e conseguir tudo o que queria.









– Arrume essa cara agora, Edward. Eu sei o que você está pensando e pare de se martirizar. Você tem Bella agora. Esqueça. – Alice murmurou para mim, segurando minha mão.









Um sorriso fraco surgiu em meus lábios e Allie revirou os olhos. Era incrível a capacidade dela de ler cada traço meu, descobrindo meus pensamentos e sentimentos mesmo com uma inspeção superficial. Nós tínhamos uma ligação – que graças a Deus – não havia sido quebrada, apesar de todas as minhas ações. Allie sabia que meu passatempo com Tanya era a patinação. A vaca loura amava patinar, pois adorava a sensação de liberdade que lhe era proporcionada.









Aproximamo-nos dos gêmeos e Alice pulou para os braços de Jasper, lhe beijando, enquanto eu cumprimentava Rose.









– Vocês são ótimos. Aquele salto foi incrível. – elogiei sinceramente maravilhado.









– Obrigado, Edward.









– Rose e Jazz eram patinadores, maninho. Os dois competiam nos campeonatos nacionais.









– Sério? – perguntei surpreso.









– Bella dedicava-se ao balé e nós dois à patinação. Quando entramos na faculdade, desistimos de tudo e seguimos com nossos cursos. Temos algumas várias medalhas de ouro das competições regionais, mas nunca conseguimos um nacional. Sonhávamos com as Olimpíadas de Inverno, mas Rose machucou o tornozelo quando tínhamos 16 anos e não pudemos competir no nacional para conseguir uma vaga.









Surpreendi-me com a informação e sorri para os dois. Eu percebi que não sabia muito sobre os Swan – precisava me lembrar que Bella tinha uma família – e fiz uma nota mental para me aprofundar mais na história deles. Lonely Boy do The Black Keys começou a tocar e minha irmã deu um gritinho, cantando junto com Dan Auerbach e agarrou minha mão, me levando para o outro lado do ringue, para darmos uma volta completa. Alice não gostava de patinar sozinha porque não tinha muito controle com os patins. Rosalie e Jasper, ao contrário de Allie e eu, deram um show com sua patinação artística, dando spins e saltos complexos e fazendo uma pequena coreografia sincronizada. Nós competimos para ver quem ia de uma extremidade à outra mais rápido, quem conseguia girar mais sobre o próprio eixo, quem conseguia se equilibrar em uma perna só... Rose tentou fazer com que Alice me soltasse, mas não teve sucesso e Jazz tentou me ensinar a dar um salto, mas isso só resultou em eu caindo de bunda no chão, arrancando gargalhadas de todos.









A risada escandalosa de meu irmão se sobressaiu e observamos que ele já havia chegado com minha garota. Bella estava atrás de Emm, olhando com medo para o ringue e encarando Jazz com grandes olhos meio chorosos.









– Vamos, Bellinha. Vem colocar seus patins. – meu irmão chamou animado.









Antes que Isabella pudesse falar algo, Emmett a arrastou para o mesmo banco onde eu estava sentado e lhe deu um par dos sapatos especiais para patinar. Alice subiu em minhas costas e me fez patinar com ela agarrada em mim como um macaco. Os gêmeos pareciam entretidos demais em competir alguns spins e por isso, não percebemos o biquinho e a manha de Bella para entrar na pista de gelo.









– Entra logo, Bella. – Emm pediu impaciente.









– Não quero. – ela respondeu, cruzando os braços como uma menina de cinco anos.









– Vem!









Emmett a puxou e no momento em que a lâmina do seu pé direito tocou o gelo, Bella caiu no chão, arrancando uma risada mais do que alta de Emmett. Eu quis ir até ela, mas Alice continuava em minhas costas.









– Eu disse que não queria entrar! – Bella disse sentada, massageando a bunda. – Jazz! – ela chamou o irmão meio chorosa.









Jasper correu até ela e a colocou de pé. Isabella em uma atitude mais do que infantil, mostrou a língua para meu irmão e foi puxada por Jazz. Rose foi até seu namorado e lhe deu um tapa, o que fez Alice gritar em animação. Minha irmã tinha sérios problemas. Ela ainda me fez dar mais uma volta com ela, antes de correr até Emm e subir nas costas dele.









Fui deslizando até onde Jasper tentava fazer com que Bella se equilibrasse e tive que parar antes de chegar a eles. A minha pequena provocadora estava querendo que eu a jogasse em meus ombros e corresse com ela até em casa para fudê-la até perdermos os sentidos. Isabella prendeu os cabelos em um rabo de cavalo, uma calça jeans escura abraçava suas belas pernas e ela vestia a minha camisa social da Dior, com as mangas dobradas até a altura do cotovelo, um nó na parte de baixo para encurtá-la e os primeiros botões abertos, dando a todos uma bela visão do início do vale de seus seios. A filha da mãe ainda tinha a petulância de me olhar com inocência, como se não tivesse a mínima noção do poder dela sobre mim.









– Oi, amor. – ela me saldou, segurando firmemente no braço do irmão. – Se divertindo?









– Muito. – respondi, sem conseguir conter a ironia saindo por minha voz. – Jasper, você pode nos dar licença por um minuto?









Ele acenou e puxou Bella, que grudou em meu braço como se sua vida dependesse de mim. Ela me encarou confusa e esperei até que meu cunhado tivesse se afastado o suficiente.









– Sua camisa é muito bonita, baby. – alfinetei.









– Bom, eu estava com pressa e sua camisa estava mais perto. Desculpe-me, eu não sabia que você não ia gostar. Prometo que não pego mais suas roupas e...









– Oh, baby, você entendeu errado. – eu falei sorrindo, interrompendo seu discurso – Não estou bravo porque você a pegou, mas sim porque você fica muito melhor nela do que eu. E espero que você pegue minhas camisas sempre. – beijei sua bochecha e subi meus lábios até sua orelha, mordiscando seu lóbulo. – E que use apenas a camisa.









Antes que ela falasse algo, soltei-me dela e patinei para longe, mas antes que eu me afastasse muito, ouvi um baque e me virei, encontrando Bella caída no chão e me lançando seu melhor olhar encolhedor de bolas.









E esse foi só o segundo de muitos tombos que ela levaria. Isabella era a pessoa mais descoordenada do mundo sobre uma lâmina. Ela não conseguia dar um passo sem cair, por isso sempre ficava agarrada em Jasper. Ele ainda tentou ensiná-la a se equilibrar, mas foi um total fracasso. Eu também aceitei o desafio e em todas as vezes que ela perdia meu apoio, caía e já começava a fazer manha. Emmett quis ensiná-la também, mas Bella recusou-se permanentemente a isso, já que sabia que ele ia dar um tempo difícil para ela, cheio de piadas e sacaneando ela sempre que tivesse oportunidade.









Nós estávamos há mais de duas horas dentro daquele ginásio e o tempo não parecia ter passado tão rápido. Nós estávamos nos divertindo e podíamos ver que o semblante e a postura dos Swan estavam bem mais leves. Eles gargalhavam e brincavam sem pressões, como se não tivessem problemas fora daquele ringue. Eu pude jogar minhas memórias com Tanya para fora da minha mente e construir novas com Bella, onde eu roubava beijos, lhe fazia cócegas, a fazia cair ou apenas patinava com ela segura em meus braços. Isabella me fazia uma pessoa melhor. Muito melhor.









– Jasper! – ouvi mais um dos gritos de Bella, vendo que ela estava caída no chão e segurando o tornozelo com uma feição de dor, me fazendo correr até ela. – Ai, eu acho que me machuquei dessa vez.









– O que foi, baby?









– Meu tornozelo... Eu acho que eu torci. – ela explicou, soltando um pequeno gemido.









– Acho melhor levá-la ao hospital, Edward. – Jazz sugeriu.









– Não precisa. Vamos para a cobertura, amor. Lá eu coloco gelo e tenho certeza que amanhecerei melhor. – Bella pediu.









Ajudei Bella e nos despedimos de nossos irmãos. Trocamos nossos patins por nossos sapatos e como sempre, ela estava usando um salto enorme. Carreguei Bella em meu colo até o Volvo e dirigi até o centro de Manhattan, estacionando ao lado de sua Ferrari na garagem. Peguei Bella de novo em meus braços e subimos para a cobertura. Levei-a até o nosso quarto e a depositei na cama.









– Vou buscar gelo para o seu tornozelo, baby.









Ela acenou com a cabeça e tirou os saltos. Fui até a cozinha e coloquei gelo em uma bolsa térmica, peguei um copo de suco de morangos para ela e um comprimido Tylenol para ajudar a passar a dor. Porém, eu praticamente derrubei tudo quando voltei ao quarto e a mais erótica imagem surgiu em minha visão.









Isabella estava em pé, na frente da cama, usando apenas seus saltos me-foda azuis altíssimos e minha camisa Dior que estava sem o nó na parte de baixo. Seus cabelos estavam soltos e caindo como uma cascata ondulada por seus ombros e suas costas. Seus lábios rubros estavam entreabertos em um sorriso sacana que fez meu corpo vibrar. Suas mãos em sua cintura faziam com que o tecido caro da minha camisa subisse levemente, dando uma maior visão de suas pernas de bailarina. Eu estava babando.









Sem tirar os olhos dela, coloquei todas as coisas que eu trazia na cômoda que ficava perto da porta e me aproximei como um leão se aproxima de um cordeiro. Inspirei profundamente o seu perfume Balenciaga com um toque de lírio e frésias e inebriei todos os meus sentidos. Eu era dela naquele momento. Totalmente dela. Não me importava com memórias de Tanya ou de mulher alguma. Minhas células clamavam por Isabella e apenas por ela.









Seus orbes não saiam de mim, observando cada mínimo movimento meu. Meu olhar caiu para seu colo e minha boca salivou ao ver sua respiração descompassada. Seus seios subiam e desciam rapidamente e quis tocá-los, acalmá-la de qualquer tipo de ansiedade. Sutil como uma pluma, meus dedos tocaram a pele de seu pescoço fazendo cada milímetro que eu percorria arrepiar-se como se estivesse com frio. Desci meu toque até o vale de seus seios e sua respiração tornou-se ainda mais irregular. Levantei meu olhar e ela me encarava com o chocolate mais quente de todos. Seus lábios não estavam mais me presenteando com seu sorriso, mas estavam me pedindo um beijo. Lentamente, como uma tortura agridoce, fui chegando mais perto e rocei os meus nos dela, sentindo a conhecida corrente elétrica passar por meu corpo. Era óbvio que ela não ia aguentar e suas mãos puxaram-me pela gola de minha camisa, chocando nossas bocas no beijo tão desejado, cheio de luxúria e necessidade. Separei-me dela e desci beijos por seu maxilar, indo de encontro à pele macia de seu pescoço.









– Faça amor comigo. – ela sussurrou em meu ouvido.









– Oh baby... Primeiro eu vou te fuder e depois farei amor com você.









– Eu gosto de como isso soa.









Abracei sua cintura e caminhei até a borda da cama, onde delicadamente a deitei, empurrando seu corpo com o meu. Continuei em pé, apenas observando sua beleza de um ângulo onde Bella simplesmente perdia toda a sua pose arrogante de sempre. Ela me pedia com os olhos para amá-la, para lhe dar prazer e para me proporcionar prazer. Era nessa hora que ela deixava de ser egoísta e mimada e me presenteava com seu lado mais doce e puro. Seus dentes torturavam seu lábio inferior conforme eu demorava a tocá-la. Minha garota apenas não deixava de ser ansiosa.









Inclinei-me sobre o seu corpo e desabotoei um por um dos botões de minha camisa, deixando que minha pele tocasse a sua e desfrutei de todos os sentimentos que surgiam com isso. Um maravilhoso conjunto de renda francesa branco foi descoberto e como se ardessem por isso, minhas mãos acariciaram cada parte de seu corpo com veneração. Seus seios, sua barriga, seu quadril, suas pernas... Nada era suficiente para mim. Cada toque, cada centímetro de pele que era descoberta me fazia arder ainda mais. Isabella arqueava seu corpo, sempre pedindo por mais, querendo mais, demandando mais. E eu, como um submisso que era por seu corpo e suas vontades, lhe dava mais, sentindo a minha própria excitação aumentar.









A camisa encontrou seu caminho para o chão e com meus dentes comecei a abaixar as alças de seu sutiã La Perla, dando leves mordidas em seus ombros e passando minha língua em seus seios intumescidos. Eu me deliciei com eles quando a peça foi completamente retirada e meu prazer apenas aumentava conforme Bella puxava meus cabelos com força e soltava grunhidos desconexos. Pude senti-la soltando minhas mechas conforme suas mãos caminhavam por meu peito, tentando desabotoar minha camisa, que depois de alguns minutos encontrou-se com a minha Dior. Desci meus beijos por sua barriga e minha língua rodopiou seu umbigo, fazendo com que ela tremesse embaixo de mim em expectativa. Minhas mãos agarraram as laterais de sua calcinha da mesma marca que seu sutiã e puxei-as com força, rasgando a renda ao meio, fazendo com Bella soltasse um gritinho excitado. Beijei intimamente seu centro molhado e explorei-a com minha língua e meus dedos, aumentando seu prazer e deixando-a preparada para mim. Isabella arqueava seu quadril e ouvi o barulho de algo se rasgando ao nosso redor, mas não dei atenção, já que estava concentrado em dar prazer a minha mulher.









Quando os primeiros tremores fizeram-se presentes, ergui-me sobre ela – fazendo-a soltar um muxoxo de depreciação – e desfiz-me de minhas calças, meus sapatos e meias e deixei apenas minha cueca boxer que escondia minha enorme ereção sob o tecido da Calvin Klein. Bella sorriu e sentou-se na cama, massageando-me por cima da boxer, traçando movimentos eróticos com sua mão pequena e quente. Ela subiu em meu colo e me empurrou na cama, me deitando e ondulando seu corpo sobre o meu, buscando algum tipo de alívio na fricção. Ela arrancou minha cueca e se sentou em mim, me fazendo preencher seu centro e um gemido saiu de mim conforme ela subia e descia com maestria. Bella cavalgava em mim como a mais experiente amazona, ora puxando meus cabelos, ora me arranhando com suas longas unhas pintadas de um tom de lilás. Minhas mãos agarravam sua cintura, auxiliando-a na montaria. Não havia para mim visão mais intensa do que essa. Senti seu centro me apertar e então, ela me presenteou com seu orgasmo, esmagando-me e gritando meu nome. Não demorou mais de dois segundos e eu a segui, sufocando meu grito em um beijo. Bella desabou sobre mim e caímos deitados no colchão, com sorrisos nos rostos e nossas respirações descompassadas.









Bella acariciava meu peito e por vezes dava leves beijos, enquanto eu subia e descia a ponta de meus dedos pela linha de sua espinha, sentindo a maciez de sua pele e a calma que esse momento me proporcionava.









– Nunca será uma foda. – ela disse.









– Nunca. Eu te amo demais para apenas te foder.









Ela ergueu o rosto, apoiando seu queixo em meu peito e me encarou com seus olhos brilhantes e um sorriso doce.









– Eu te amo.









Beijei seus lábios suavemente e ela voltou a deitar-se sobre mim. Um pensamento bateu em minha mente e sobressaltei na cama, encarando-a preocupado.









– O que foi, Edward? – ela questionou confusa.









– Seu tornozelo, baby. Não está sentindo dor? Eu não te machuquei?









– Sobre isso... – ela mordeu o lábio inferior e me fitou culpada – Eu menti. E não me olha com essa cara, Cullen! Foi tudo culpa sua falando que quando voltássemos você queria me ver usando apenas a sua camisa. Eu não conseguia parar de pensar nisso e bom, aproveitei um de meus tombos e o usei para voltarmos mais cedo.









– É por isso que eu te amo. – anunciei lhe beijando mais uma vez.









– Então... Você disse que ia me foder e depois faria amor comigo. Já fodemos, que tal irmos para a parte do amor?









Isabella Swan era definitivamente a mulher da minha vida.

















So come on, baby, make love to me when my days look low.




(Então, vamos lá, baby, faça amor comigo quando meus dias parecerem deprimentes.)

 

 

 

 

 



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Notas finais do capítulo

Gostaram?!
Casal bem quente, não?
Eu queria um Edward desses ~Chora
Indiquem BM para os amigos, comentem, recomendem, dêem palpites, críticas, para motivar a autora á escrever e beta á dar palpites, além de nos deixar entusiasmadas e contentes com cada comentário/indicações.
Até semana que vem galerinha!