Be Mine escrita por Tuany Nascimento, Aline Bomfim


Capítulo 14
Capítulo XIII - I Miss You


Notas iniciais do capítulo

Beyoncé - I Miss You
Olá, povo, tudo bem? Esse é sem dúvidas o capítulo mais romântico de BM. Veremos que Bella está se abrindo mais aos sentimentos.
A Aline e eu lemos todos os comentários e agradecemos muito o carinho e o apoio. As palavras de incentivo são o que nos motiva a continuar escrevendo essa fanfic. Obrigada.
(parte em itálico do capítulo é flashback)
Enjoy it.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/296309/chapter/14

BE MINE - CAPÍTULO TREZE

(I Miss You)

It hurts my pride to tell you how I feel.

(Fere meu orgulho te dizer como eu me sinto.)

(EPOV)

Quarta-Feira, 10h12min (Paris)

- Como está o clima aí em Paris?

- Ensolarado.

- Merda! Aqui em Nova Iorque está um frio nojento. O Canal do Tempo está avisando que é possível uma nevasca no final da semana, lá por quinta ou sexta.

Bella tinha um biquinho irritado em seus lábios e o rosto marcado pelo sono, o que me fez rir. Ela estava às quatro horas da manhã em Nova Iorque conversando comigo pelo Skype. Eu, às dez horas da manhã olhava pela minha janela do hotel a manhã ensolarada de Paris. Devido à crise econômica e às medidas de austeridade, a filial da Cullen Enterprise na França estava enfrentando graves problemas com fornecedores, compradores e com as abusivas taxas fiscais implantadas pelo governo francês de uma hora para outra. Há dois dias eu estava na capital francesa, entrando e saindo de reuniões com políticos e empresários, o que só me deixava com dor de cabeça e um enorme cansaço físico.

- O bom é que você já estará aqui para me aquecer. – ela disse com os olhos inocentes e um sorriso malicioso.

Eu respirei profundamente antes de abrir minha boca e enfrentar a fúria da minha pequena Swan.

- Talvez eu só deva voltar na terça-feira, baby. – anunciei.

- O QUÊ?!

Eu me perguntei se ela havia acordado sua família e os empregados da mansão com o seu grito indignado. Seu olhar fez com que minhas bolas se encolhessem e me mexi desconfortável na poltrona da minha suíte no Four Seasons George V.

- Você disse que tudo estava se resolvendo, Edward! Não brinque comigo, homem. Por que vai ficar mais tempo aí? Você disse que voltaria no mais tardar quinta-feira.

Sua voz estava com aquele tom irritado que eu fodidamente temia e amava ao mesmo tempo.

- Desculpe-me, baby. Eu resolvi a maior parte dos problemas, mas ainda tenho que resolver a questão de alguns contratos que serão rescindidos e tenho que abrir um processo de licitação para novos fornecedores de matéria-prima. Se eu não quiser fechar metade da fábrica aqui, tenho que ficar mais tempo e resolver tudo isso. É simplesmente uma avalanche de incompetência dos diretores e também, dos políticos desse país.

Mesmo com meu discurso, Isabella continuou me encarando contrariada. A luz do seu abajur estava agora ligada ao máximo, me permitindo ver a parede azul atrás de sua cama, assim como as cortinas rendadas do delicado dossel. Ela usava um pijama branco com algumas nuvens rosa. Era a imagem mais infantil que eu já tive dela. Seus cabelos estavam presos em um coque frouxo e sua face continuava marcada pelo sono e pela raiva.

- Não tem mesmo como vir antes? – ela perguntou manhosa.

Ela havia ouvido algo do que eu tinha falado? Eu sabia que Bella ia usar de seu biquinho, seus olhos pidões e sua birra para que eu voltasse antes. Era a nossa primeira separação e realmente estava sendo o inferno ficar longe dela. Eu era um fodido viciado em Isabella Swan.

- Infelizmente não, baby.

- Tudo bem. Eu tenho que revisar uma matéria de Economia antes da aula. Qualquer coisa me mande um SMS. Tchau Edward.

Ela nem me esperou me despedir dela antes de se desconectar do Skype. Era mais do que óbvio que eu ia receber o tratamento gelo de Bella. Eu preferia seus gritos e seus olhares do mal do que sua indiferença.

Fechei meu notebook e olhei para a janela. O clima agradável da Cidade Das Luzes me parecia tão frio quanto em Nova Iorque depois da reação de Bella.

Eu ouvi um barulho alto, de algo se partindo em milhares de pedaços e a gargalhada estrondosa de Emmett logo depois. Afundei meu rosto no travesseiro já imaginando que o grandão estava bêbado e que minha mãe ia ter uma cria quando visse o que ele quebrou. Provavelmente algum vaso estupidamente caro. Alguns minutos depois eu ouvi os passos pesados dele e de alguém mais, que parecia que arrastava os saltos pelo corredor. A maçaneta da porta do meu quarto torceu-se e mais uma vez a risada de Emm fez-se presente. A porta se abriu e eu continuei com meu rosto enfiado no travesseiro. Quem sabe se eu fingisse estar dormindo, ele não ia embora?

- Shiiu Bella! O cabeçudo tá dormindo.

Bella? Que merda os dois faziam no meu quarto?

- Porra, tá escuro demais aqui. – ela resmungou.

A voz dos dois estava arrastada e lenta, saindo embolada nas palavras e confirmando o quanto haviam bebido.

Algo bateu na ponta da minha cama e um gemido e um palavrão saíram da boca de Bella.

- Achei a cama! – ela gritou animada logo depois.

- Cala a boca, Bella! Meu irmão tá dormindo, você vai acordá-lo.

- Foda-se. Eu estou aqui e quero atenção do meu namorado. Ele vai ter que acordar de qualquer jeito.

E então eu ouvi um estrondo alto demais e achei que o teto do meu quarto havia caído. A gargalhada gostosa de Bella preencheu meu ouvido, ao mesmo tempo em que palavrões mais do que sujos saíam da boca de meu irmão. Eu ergui meu corpo e acendi meu abajur, vendo Isabella em pé se contorcendo de rir e Emmett sentado no chão, coçando a cabeça e olhando mortalmente para minha garota. Os dois me fitaram quando finalmente perceberam a luz acesa e a minha pessoa sentada.

- Sweetie! – Bella gritou, jogando seus braços no ar.

Ela cambaleou até mim, jogando-se em meu colo e me apertando em seus braços delicados. Eu conseguia sentir o cheiro de álcool emanando de seu hálito.

- Emmett, seu filho da mãe, você embebedou minha namorada? – perguntei irritado.

- Ela bebeu porque quis. – ele disse inocente.

- Estava tão gostoso aquele drinque. Você deveria tomar alguns para relaxar, sweetie. – ela aproximou sua boca de meu ouvido, mordendo o lóbulo e se esfregando em mim – Mas eu conheço outra maneira deliciosa de relaxar. – ela murmurou.

Um gemido escapou de mim e ela rebolou em mim novamente.

- Eu ainda estou no quarto, seus nojentos. – Emmett reclamou.

- Sai daqui. – eu falei.

- Obrigada pela noite, Emm. – Bella agradeceu.

- Por favor, sejam silenciosos. Quero dormir sem ouvir os gemidos.

Antes que eu tacasse meu travesseiro nele, Emm saiu do quarto, fechando a porta e nos presenteando com a sua risada escandalosa no corredor.

- E então, Sr. Cullen, você ainda quer relaxar?

Eu agora tinha uma ereção dolorida em minhas calças ao me lembrar da madrugada onde Isabella me atacou bêbada, montando em cima de mim e fazendo com que tivéssemos uma louca noite de sexo no meu quarto, na minha casa, com meus pais a poucos metros de nós. Eu agora sentia a saudade correndo por minhas veias. Nós nos falávamos pelo menos duas vezes por dia usando o santo Skype e trocávamos mensagens de texto a cada hora, mas nem isso abrandava o sentimento que me consumia o coração.

Um leve bater na porta da minha suíte de 16 mil dólares a diária me tirou da inércia e pedi que a pessoa entrasse.

- Sr. Cullen, a reunião com os advogados da filial começará em meia hora. Posso chamar o motorista e acionar a sua equipe de segurança?

- Sim, por favor, Sra. Hammer. Obrigado.

Tia Hammer era simplesmente a melhor secretária de todas. Ela era casada com um dos meus funcionários, Benjamin Hammer, e ambos eram completamente eficientes no que faziam. Eles eram poucos anos mais velhos do que eu e eu aprendi algumas boas coisas quando conversei com eles pela primeira vez. Benjamin trabalhava no setor de Informática e controlava a criação de servidores e firewalls novos para a proteção da empresa.

Agarrei minhas coisas, vestindo meu paletó e sorri ao ver a imagem de fundo de tela do meu iPhone. Bella tinha seus lábios pintados de vermelho e seus cabelos estavam soltos ao redor de seu rosto, com ela sorrindo lindamente. Apenas seu rosto aparecia, já que seu corpo estava coberto pela sua menor lingerie de renda branca. Ela estava indo para a faculdade e se arrumando no closet da cobertura quando eu tirei essa foto porque ela estava fodidamente linda.

Passei meus dedos pela tela de meu celular e quis senti-la sob minha pele. Deus, eu precisava dela em meus braços!

Sexta-Feira, 19hr46min (Paris)

- Eu realmente não quero que a senhora marque reuniões sem antes me consultar, entendeu? Eu estou cansado, estressado e precisando de uma boa noite de sono. Ir a esse jantar só por causa de um capricho de um empresário de merda está me deixando ainda mais irritado. O que ele quer afinal? – resmunguei.

- Se trata de um assunto pessoal, Sr. Cullen. – Tia respondeu.

- Assunto pessoal? Eu não tenho assuntos pessoais com empresário algum aqui na França. Qual o nome desse sujeito mesmo?

- Senhor Fairfax.

Notei Tia tentando esconder um sorriso e olhei intrigado para ela.

- Há algo que queria me contar? – inquiri.

- Não, Sr. Cullen. Não há coisa alguma. O senhor precisa de algo mais?

- Preciso que pare de marcar reuniões e que continue fazendo o resto de seu trabalho. – respondi frio.

Os olhos negros da doce mulher abaixaram-se em tristeza pelo meu tom, mas eu não me importei com isso. Eu estava puto e ela que fosse para o inferno com o sentimentalismo dela. Assim que ela fechou a porta do quarto, peguei meu celular e disquei novamente o número de Bella. A filha da mãe não me atendia e muito menos dava sinal de vida nas últimas 18 horas. Eu estava a ponto de acionar o FBI para ir atrás dela, já que Rosalie e Alice não sabiam me dizer onde ela estava, me dando respostas vagas quando eu as perguntava.

- Foda-se! – gritei, atirando o meu iPhone no sofá a minha frente.

Isabella continuava com a porra da sua indiferença. Ela era monossilábica comigo e seu comportamento infantil já estava me dando nos nervos. Emmett reclamou para mim que ela estava sendo uma mordida na bunda com seu humor cadela desde que eu havia lhe falado que só voltaria para NY na terça-feira.

Olhei para o caro relógio Tissot em meu pulso e decidi tomar banho para ir à merda da reunião/jantar no La Fidélité. Fiquei na banheira até que a água esfriasse e saí enrolado na toalha, vasculhando minha mala impecavelmente arrumada por minha irmã e vestindo o primeiro terno que encontrei. Mandei um SMS para Tyler e desci para o saguão do hotel, percebendo certa movimentação no saguão em torno de algumas malas Louis Vuitton. Graças a Alice, eu agora sabia diferenciar a marca de uma mala. Entrei no Land Rover que estava a minha espera e ignorei as distrações da euforia parisiense nas ruas, fechando os olhos e tentando reunir uma calma que eu não tinha no momento para encontrar o tal Sr. Fairfax.

- Chegamos, Sr. Cullen.

Pulei do carro e atravessei as portas do aconchegante restaurante. O maître me encaminhou para uma mesa reservada e bufei ao perceber que o merda não estava presente. Pedi uma dose de whisky para me acalmar e enquanto o garçom saía, percebi que algumas pessoas me encaravam curiosamente e nem minha carranca as fazia dispersar o olhar. Meu maior desejo no momento era sair mostrando o dedo do meio para todos e voltar para o hotel.

Senti lábios frios em minha nuca e depois uma trilha de beijos seguiu até minha orelha. Arrepios subiram por minha coluna quando o toque frio foi deixando meu corpo quente e um sorriso brotou em meus lábios quando senti o tão familiar cheiro de morangos e frésias.

- Prêt pour votre réunion, M. Cullen?*

* - Pronto para a sua reunião, Sr. Cullen?

Deus, o que era a voz banhada em luxúria de Bella falando Francês?

Virei-me para trás, dando de cara com uma risonha Isabella. Ela usava um conjunto bege e preto, de mangas e short, que expunha uma parte de seu colo e suas pernas brancas que me levavam a loucura quando enroladas em meu quadril.

(http://www.x17online.com/images/photo-sets/conv/stewart092712_X17/stewart092712_04-full.jpg)

- Senhor Fairfax? – perguntei.

- Oui.

- Se você não quer que eu te foda em cima dessa mesa na frente de todo mundo, pare de falar francês.

Seus olhos escureceram e seus dentes começaram a morder seu lábio inferior. Porra, mulher, não faça isso!

- Tentadora ideia. – ela ronronou.

Levantei-me e puxei a cadeira a minha frente para que ela se sentasse. O garçom aproximou-se novamente e trouxe uma garrafa de Fiuza 2008 - Ikon Chardonnay, um excelente vinho português que foi eleito o sexto melhor vinho do mundo em 2011. Quando ele se afastou, Bella tinha um lindo sorriso em seus lábios e a olhei maravilhado por tê-la ali, em minha frente.

- Se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé. – ela ditou.

- E Maomé está amando a montanha nesse momento. Essa foi a melhor surpresa de todas, Bella.

- Foi um saco ficar tanto tempo sem você. – ela confessou baixinho.

- Eu senti o mesmo.

Peguei sua mão que estava repousando na mesa e nós ficamos nos olhando por um longo momento. Era como se estivéssemos presos em uma bolha e eu conseguia ler o que ela estava sentindo apenas olhando dentro de seus orbes chocolate.

Eu imaginava o quão difícil estava sendo para Bella. Ela não era muito de demonstrar seus sentimentos. Ela era carinhosa quando queria, mas sempre pedia carinho de mim. Era estranho o quão pau mandado eu era dela. Isabella pedia e eu corria para satisfazê-la. E o interessante, é que mesmo sendo tão dura em relação a sentimentos, Bella conseguia sempre dar a melhor parte de seu coração para mim.

Nós jantamos envoltos em uma conversa envolvente, ela bateu o pé para pagar a conta saindo vitoriosa sob meus protestos e saímos do La Fidélité debaixo de flashes de fotógrafos que nos descobriram no restaurante. Mesmo com todo o assédio da imprensa, nosso humor continuou leve e nos entregamos a beijos doces e inocentes quando estávamos seguros dentro do carro e em direção ao Four Seasons.

Quando entramos em minha suíte, percebi que malas Louis Vuitton estavam ali, perto das minhas, mas não pude prestar muita atenção em outros detalhes porque Bella simplesmente estava tirando sua roupa e me presenteando com a mais bela visão de seu corpo vestido com apenas um conjunto de lingerie negro, com lacinhos vermelhos e renda.

Meus orbes passaram por cada pedacinho de pele exposta. Eu simplesmente a estava venerando pelo olhar. Eu estava sentado em uma poltrona do século passado e ela estava em pé, banhada pela luz da lua que entrava pela janela atrás de mim e pela luz bruxuleante de um abajur ligado perto de nós.

- Tão linda. – eu murmurei.

Suas delgadas pernas fizeram seu caminho até mim, parando no vão das minhas. O chocolate brilhava intensamente para mim, esquentando cada célula de meu corpo. As pequenas mãos passearam por meus cabelos e meus dedos trilharam sua cintura, sentindo a maciez sob eles.

- Me ame, Edward.

Não foi preciso nenhuma palavra a mais. Levantei-me e com delicadeza peguei seu rosto em minhas mãos, beijando sua testa, seus olhos, seu nariz, suas bochechas e por fim, seus lábios. Meus braços rodearam sua cintura e levantei seu corpo, deixando-a na mesma altura que eu. Suas pernas enroscaram-se em meus quadris e caminhei até o quarto, deitando-a na cama e olhando firmemente em seus olhos.

- Sempre que me pedir. – lhe disse.

Um sorriso doce surgiu em seus lábios inchados. Trilhei beijos singelos por seu pescoço e por seu colo, libertando seus seios do sutiã. Isabella era bela. Simplesmente bela. Desci meus beijos por sua barriga e circulei seu umbigo com minha língua, fazendo-a arquear seu quadril. Meus dedos deslizaram a delicada e feminina calcinha de seu corpo e me vi cara a cara com seu centro quente e molhado. Beijei-a intimamente e seu gemido apenas me fez continuar a explorá-la com a minha língua e penetrei-a com dois dedos. Bella rebolava e se contorcia, pedindo com grunhidos por mais. Em poucos minutos, ela me presenteou com seu orgasmo e sorvi até a última gota.

- Gostosa.

Seus olhos estavam fechados e um rubor crescia de seu pescoço até suas bochechas. Subi em cima dela novamente e acariciei seu rosto.

- Olha para mim, baby.

Ela me fitou conforme eu lhe pedi e vi que ela estava com vergonha.

- Não precisa ter vergonha de mim, amor. Eu amo cada pedacinho de seu corpo. Você é linda. E você é minha.

- Sou sua e você é meu. – ela afirmou com a possessividade marcando sua voz.

- Apenas seu.

Nossas bocas encontraram-se ávidas por um beijo e seus dedos afoitos me ajudaram a tirar minhas roupas. E então, eu estava no meu lugar preferido do mundo. Eu estava dentro de Isabella e nossos corpos dançavam juntos na mais perfeita sincronia. Ela me arranhava, me marcava e me beijava com adoração, comigo fazendo o mesmo. Nossos corpos ondulavam e nos levavam ao ápice do prazer. Nossos gritos possivelmente eram escutados por todo o hotel, mas não nos importávamos.

Nós estávamos nos amando.

Sábado, 14hr53min (Paris)

- O que você acha dessa?

Era a quinta pulseira que Bella me mostrava e ela me parecia tão bonita quanto às outras.

- Eu gostei. – respondi.

- Você disse isso das últimas quatro pulseiras, Edward! – ela ralhou.

- Todas são lindas, amor. Escolhe aquelas que você mais gostou.

Ela olhou para as jóias e uma ruguinha surgiu em seus olhos. Era essa a hora em que eu ficava com medo de seu lado consumista. No porta-malas do carro já havia duas sacolas da Hermès, três da Fendi e uma da Burberry. Nesse exato momento, nossa parada era na Cartier, já que Bella havia se apaixonado por um brinco na vitrine e agora, ela havia partido para as pulseiras.

Bella começou a conversar com o vendedor de meia-idade sobre outras peças e caminhei pela loja, parando no mostruário de anéis. Havia um que me chamou atenção pela sua simplicidade. Era um arco de ouro amarelo e havia um pequeno brilhante bem no meio.

- O senhor precisa de ajuda?

Olhei para o jovem rapaz com um alinhado terno e sorri quando a ideia bateu em mim.

18hr26min

- Eu acho lindo o entardecer em Paris. Principalmente quando olho para o horizonte e vejo a Torre Eiffel tão perto de mim.

(http://www.concierge.com/images/destinations/hotels/europe/france/iledefrance/paris/fs_george_v/paris_hotel_008p.jpg)

- Eu me apaixonei por Paris quando vim aqui aos oito anos, com meus pais e meus irmãos. – eu disse.

Bella estava sentada em meu colo, com suas costas em meu peito e meu queixo estava apoiado em sua cabeça, enquanto olhávamos da varanda o crepúsculo invadindo a Cidade Das Luzes.

- Qual foi a melhor viagem que você fez na sua vida? – perguntei.

- Eu sempre achei que meu tour pela Europa, Ásia e América do Sul quando eu concluí minha faculdade seria a mais inesquecível de todas. Apesar dos maravilhosos momentos que eu passei naquele ano, nada está sendo mais emocionante e memorável do que estar aqui com você. E mal posso esperar por mais viagens nossas. – ela confessou.

- Qual lugar você escolhe como nosso próximo destino?

- Alguma ilha caribenha.

- Praia, sol e você de biquíni. Temos que ir para uma ilha deserta. Onde só nós, e talvez alguns empregados, estaremos. Não quero ninguém vendo o corpo de minha mulher.

- Depois eu quem sou a ciumenta. – ela murmurou.

- Eu apenas cuido do que é meu. – falei em seu ouvido.

O mais belo sorriso surgiu em seus lábios e ela virou o rosto, me dando um beijo casto. Eu afastei Bella de meu corpo e saí de trás dela, me ajoelhando e pegando suas mãos. Seus olhos arregalaram-se e eu ri de sua reação.

- Isso não é um pedido de casamento, mas não deixa de ser um pequeno treino para o futuro. – tirei a caixinha azul de meu bolso interno do casaco e estendi para ela – Eu achei sua cara quando vi pela primeira vez. É a nossa primeira jóia. O nosso primeiro símbolo eterno.

Ela abriu a caixinha e ela fitou o arco dourado por um tempo, antes de algumas lágrimas se acumularem em seus olhos.

- É lindo, Edward.

- Olhe dentro.

Seus dedos viraram o anel e as lágrimas transbordaram conforme ela lia a inscrição que havia do lado interno.

- 2012, Paris, Edward e Bella. Eterno. – ela leu em voz alta.

Foi ali, vendo o rosto marcado pelo caminho das lágrimas, o sorriso orgulhoso nos lábios avermelhados, os dedos frágeis segurando com força o anel e os olhos brilhando em minha direção que eu simplesmente fui tomado pelo enorme sentimento que me consumia todas as vezes que eu a via.

- Eu te amo, Bella.

O sorriso dela cresceu e pareceu querer rasgar sua face. Seu rosto aproximou-se do meu e ela mordeu meus lábios e depois beijou minha mandíbula até chegar em minha orelha.

- Eu te amo, Edward.

E foi sob a crescente noite parisiense, que nos entregamos mais uma vez ao nosso amor, com Bella usando somente seu anel.

You’re the only image in my mind.

(Você é a única imagem na minha mente.)


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? O que acharam desse momento do casal em Paris?
Próximo capítulo: Part Of Me.
Posso adiantar que o próximo capítulo é inteiramente POV da Bella ;)
Indiquem a fanfic aos amigos, comentem muito e recomendem. Isso é o que motiva os autores a continuar escrevendo.