- Não, não, não, NÃO! - Disse já furiosa com meu pai. - Esse ser não pode morar aqui, não pode! Por favor, diz que isso é mentira.

- Filha, eu não pude dizer não e vai ser bom pra vocês, ninguém aguenta vocês brigando toda hora.

- Mas papai, - Sempre dizia isso quando queria algo. - Esse estúpido partiu pra cima de mim hoje, minha sorte foi o Stefan.

- Elena, eu te conheço sei que você aprontou algo pra ele agir assim.

- Quer saber vocês dois que vão para o inferno! - Falei enquanto ia para o meu quarto.

Como eu poderia aguentar essa... Coisa aqui em casa? Meu pai nunca soube o que o Rumpelstink fez comigo. Talvez eu devesse contar quem sabe ele não muda de ideia? Não meu pai é muito cabeça dura. Inferno, única palavra que definia minha vida agora. E se eu fizesse o Salvatore ir embora? Hm... Tive uma ótima ideia, vou tornar a estadia do Rumpel nessa casa insuportável.

- Filha? Elena dá pra você sair desse quarto e me dar um abraço? Já vou indo, não vai mesmo sair? - Fui ate a sala e dei um abraço no meu pai.

- Tchau pai. Te amo!

- Também te amo princesa! Olha, se vocês tentarem ser mais amigáveis um com o outro talvez não seja tão difícil vocês viverem na mesma casa.

- Ok papai, mas isso é pelo senhor e não pelo Rumpelstink.

- Tchau princesa! O Damon vem já deixar as coisas dele. Por favor, abra a porta.

- Tudo bem. - Papai me deu um beijo na bochecha e foi embora, de novo.

Eu sentia muita saudade do meu pai, desde que a mamãe morreu ele mudou. Sempre trabalhando, nem ligando para o que eu achava disso. Eu me lembro como se fosse hoje, minha primeira apresentação de Ballet desde que a mamãe tinha morrido. Papai me prometeu que estaria aqui, mas até agora ele não havia aparecido. Depois da apresentação todos os pais foram parabenizar as filha e eu fiquei só olhando aquela imagem de família perfeita. Aquela foi a primeira vez que eu me cortei, depois eu me senti, não sei explicar, mais leve. Quando dei por mim já estava no sofá soluçando de tanto chorar. A porta foi aberta der repente e eu me encolhi mais no sofá.

- Elena? - Perguntou, ele realmente parecia preocupado. - O que aconteceu? Você ta bem?

- Claro, por que não estaria? - Respondi secando as lagrimas. - Olha Salvatore, eu sei que você não gosta de mim e uma surpresa pra você: eu também não gosto de você. Mas pelo menos aqui vamos dar uma trégua, ok?!

- Tudo bem. Onde é o meu quarto?

- Follow me. 

Mostrei a ele o seu quarto, que por ironia do destino era em frente ao meu. Não fiquei muito tempo me lamentando por ele estar ali, fui para o meu quarto e liguei o som. Estava tocando Little Bad Girl, cara eu amo essa música. Eu danço no ritmo da música, não me importando de estar incomodando o Salvatore. Eu estava começado a achar que tinha um pouco de bipolaridade, uma hora estava chorando no sofá e outra já estava dançando loucamente no meu quarto, mas não deve ser nada afinal que não fica triste as vezes? Quando sai de meus devaneios estava tocando I'm a slave 4 u, comecei a dançar com se fosse a própria Britney. 

- Belo desempenho, Britney! Mas será que da pra abaixar o som?

- 1: Quem você pensa que é para entrar no meu quarto assim? 2: Você não manda em mim para me fazer abaixar o som. 3: Incomodados que se retirem!

- Olha Elena, eu não quero ficar aqui e muito menos ter que te aguentar, mas eu fui obrigado. Então já que somos obrigados a morar na mesma casa vamos pelo menos tentar ter uma convivência "amigável".

- Ok, Salvatore. Agora sai daqui. - Disse apontando para a porta. - Ah, sábado terá uma festa aqui e eu não quero você nela.

- Pois é, exatamente, o lugar onde eu vou estar. - Se virou e foi embora, garças a Deus.

Continuei a escutar música e fazer os deveres. Me levantei para trocar a música e acabei tropeçando em uma caixa. Na caixa havia varias fotos minha e da minha mãe, Isobel. Eu queria poder a ouvir falar que tudo ficaria bem, queria poder me deitar em seu colo e esquecer tudo, queria ela aqui. Tudo veio com onda, toda a saudade, toda a culpa, todos os meus problemas e tudo ao mesmo tempo.

- Me desculpa mamãe! - Era só o que conseguia falar. Chorava tanto que já soluçava.

Sai do meu quarto e fui para o quarto da minha mãe. Assim que entrei seu cheiro me invadiu, parecia que não havia se passado tantos anos. Suas roupas ainda estavam lá, sua bolsa em cima da cama, tudo exatamente igual. A dor era demais, eu queria ela aqui, eu precisava dela. Estar ali era sufocante, sai dali e voltei para o quarto. Depois do que pareceram horas desci para a cozinha, meu estômago clamava por comida. Resolvi fazer minha especialidade, Raviólis com frango e queijo gruyêre. Tudo estava bom demais até aquela coisa resolver descer.

- Sabe vai ser ótimo ter alguém cozinhando pra mim. O que tem ai? - Nossa já era noite.

- Isso! - Disse jogando um ovo nele.

- TA MALUCA?!

- Nunca estive mais sã! Agora, se me der licença, vou continuar com MEU jantar.

- Você quer jogar, vamos jogar! - Disse enquanto jogava o resto da farinha em mim.

- SEU BABACA!! - Peguei o suco que estava na mesa e joguei nele.

- Você não devia ter feito isso! - Disse, eu já corria. Ele correu atras de mim, porque essa casa tem que se tão grande? Já estávamos na piscina e não tinha mais para onde correr, To ferrada!

- Damon desculpa, serio. Por favor, não faz isso! - Ele vinha com aquele olhar de maníaco, Ok, agora eu to com medo. - Por favor! Ta tarde eu vou ficar doente e vai ser a segunda vez que vão me jogar na piscina. Por favor, não! - Ele me escutou? Não! Me jogou na piscina esse viado! Mas não deixei por isso puxei seu pé.

- Ta doida?! Porra!

- Quem mandou? Ai!

- O que foi?

- Meu pé ta doendo. Me ajuda a sair? - Ele me pegou no colo e saiu comigo da piscina até uma das espreguiçadeiras.

- Acho que você torceu o tornozelo, desculpa.

- Nada, você na... Atchim! Droga vou ficar doente.

- Desculpa por isso também.

- Essa cena ta errada, não acha? Tipo, eu te odeio e você também, não devíamos estar assim.

- Ahh não. Estava bom demais! Você tinha que agir como uma idiota e estragar tudo?!

- Desculpa, mas se não percebeu a gente se odeia... Atchim! A-A-Atchim!

- Olha você é muito idiota, mas sou um cara bonzinho e vou cuidar de você. Anda, vamos entrar você aqui só vai piorar.

- Você não é nada meu pra mandar em mim! Não preciso de você sei me virar muito bem sozinha! - Lhe dei acostas e fui para o meu quarto batendo a porta.