Lutar escrita por Eddgar
O sol que cedo nascera agora seria tetesmunha. Testemunha da paz ausente na guerra. Testemunha do fim que sem pressa viria.
Aqueles que sonharam, e agora de pé, foram levados ao campo, deixando a inércia no leito e tomando o fôlego de vida.
– Respirem e vamos à guerra! – Dizia ele.
A frieza nos olhos, o desejo na alma. Soldados escolhidos e trinados para que em campo pudessem mostrar a fúria à ponta da espada.
– Vão! – Ordenava.
O som das espadas dominava o campo.
O cenário de tarde que se via pelos olhos já cansados de quem empunhava a espada com destreza nas mãos, era vermelho. Vermelho de dor. Vermelho de morte. A cor que corria nas veias, agora tingia o corpo e marcava uma batalha sangrenta.
Aqueles olhos!
Aqueles olhos que por um instante o conseguiram fitar – sendo tomados lentamente pela escuridão da morte –, diziam com bravura : “Eu lutei”. Os valores que eram perdidos na batalha não eram superados nem com a vitória, mas a gloria que o triunfo nos trouxesse carregaria o nome daqueles que conseguiram mas não viveram, e essa era a única forma de mostrar respeito e reconhecimento.
Já não conseguia ver um fim em que nós vencêssemos.
A paisagem havia mudado de tema completamente, e o sol que tinha aparecido como testemunha já não o era mais. A noite tomava conta, e a lua – que pude contemplar somente uma vez – mantinha os olhos abertos iluminando o campo.
– Obrigado – Disse eu.
Mantinha-se firme e a todo instante percorria com o olhar todo o cenário.
– Não…!
Ele não conseguia acreditar.
– Ela não…– Dizia ele.
“Todos lutam, e na guerra, todos são iguais.” Agora sei o porque.
O cavaleiro…
Em um único golpe, desferido sem hesitação, a espada transpassa-lhe o peito.
Ele correu! Eu sei que correu! Vendo-a cair lentamente, tentou se aproximar, mas a Torre o surpreendeu :
– Checkmate.
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