Hunters escrita por Valentinna Louise


Capítulo 4
Capítulo 4 - I’m a Hunter / Fort Shawnee


Notas iniciais do capítulo

Hey...!
Nossa tô super feliz com o retorno que minha história anda tendo..
Agradecendo a L Uzumaki, rafaaa e Valeria Mendes (FÃ declarada HAHAHAHAH) por favoritarem =D
e a todos os que postaram reviews, meu muito obrigado!
enfim aproveitem esse cap!



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“Não Quinn, eu não sou uma loba. Eu venho de um clã. Mas de um clã completamente oposto. Eu sou uma caçadora.” Disse ela com uma calma impressionante.

Eu não sei se eu deveria temê-la ou agradecer, só sei que fiquei travada com o que ela disse.

“Como é que é??”

“Sou uma caçadora Quinn. Meu trabalho consiste em manter a salvo os humanos dos lobos. Na verdade apenas dos lobos encrenqueiros e dos híbridos, que os humanos ‘carinhosamente’ chamam de lobisomens.”

Muita informação para uma enferma. Respirei e olhei pra ela. ela falava aquilo tão naturalmente.

“Me deixa ver se eu entendi. Você caça lobos e esses híbridos.” Ela assentiu positivamente. Meu estômago embrulhou. “você os mata?” mais uma confirmação. “Oh droga..então porque você não fez nada contra mim ainda?” Pergunta idiota.

Ela sorriu e levantou a sobrancelha.

“Apesar de tentadora a ideia de matar uma Fabray, você não é uma loba e nem ataca humanos Quinn.” Me arrepiei quando ela falou isso. Ela notou e suspirou profundamente antes de continuar. “Não sou uma assassina a sangue frio. Se você não reparou eu salvei a sua vida. Não é porque eu sou uma caçadora que isso se torna um sinônimo para monstro.”

Olhei fixamente para aquela mulher na minha frente e disse.

“Me desculpe. E muito obrigada” sorri singelamente.

Ela sorriu de volta e disse “tudo bem.”.

“Posso te perguntar mais uma coisa?”

“sim”

“Porque você diz que seria tentadora a ideia de matar uma Fabray?”

Ela sorriu de uma forma que eu diria até maliciosa e respondeu.

“Digamos que eu e o seu pai temos certos desentendimentos.”

“Do tipo?” perguntei.

“Ele me odeia. Já tentou me matar no mínimo umas 5 vezes.” Ela sorriu como se aquilo fosse uma grande piada. “Ele me jurou de morte. Uma vez chegou bem perto de me matar. Dei sorte. Muita sorte. Até hoje tenho marcas.” Ela disse a ultima parte um pouco incomodada. “Não seria muito ruim matar um Fabray só pra ter minha vingança, mas não sou igual a Russell. Não derramo sangue inocente.” E dito isso ela se virou novamente para a janela. Eu concordei mentalmente com ela. Eu pai era um louco tem coragem de matar pessoas simplesmente para manter a linhagem pura como ele mesmo diz.

“Eu também o odeio. Graças a essa ideia completamente maluca de linhagem pura eu tô aqui. Sem família, sem amigos, em um hospital que eu não tenho a menor noção de onde seja...e provavelmente com uma cicatriz horrível no ombro.” Abaixei a cabeça e comecei a choramingar. Novamente ela se aproximou de mim.

“Hey menina. você não está sozinha ok? Eu..hum..também vivo sozinha. Não tenho filhos ou marido. Seria boa a companhia de alguém.”

“Mesmo eu sendo filha do seu inimigo mortal?”

“Sim. Além do mais tenho uma proposta a te fazer. Mas não hoje e não agora. Vou esperar.”

“Então você está me chamando para morar com você?” eu levantei a sobrancelha em dúvida. Que proposta ela iria me fazer?

“A não ser que você tenha outro lugar pra ir.” Respondeu ela com ironia.

“ Não eu não tenho outro lugar pra ir. Muito obrigada!” respondi feliz e ela sorriu.

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Sai do hospital no dia seguinte. Depois da nossa conversa, Cassandra precisou sair e eu acabei sendo dopada pra poder dormir. Ela só retornou na hora de assinar a minha alta, coisa que eu não entendi.

Quando ela estava me levando até o carro, o mesmo BMW que havia me atropelado, eu perguntei:

“O que você disse aos médicos quando dei entrada aqui?”

“Hum.. disse que você era minha sobrinha que foi fazer caminhada e acabou perdida na mata. E que algum bicho havia te mordido. Não entrei em detalhes. Disse o suficiente para que ajudassem. Agora vem, você consegue mexer o outro braço?” Eu balancei a cabeça, dizendo sim. O meu ombro, o direito, estava imobilizado por conta da mordida. Então passei o outro braço pelo ombro dela e ela me ajudou a entrar no carro.

Eu me acomodei no banco de trás. Eu estava vestida com uma camiseta grande que ela trouxe e a mesma calça com a qual eu estava vestida na noite da transformação. Ela entrou no carro e seguimos em silêncio em direção a casa dela, a minha nova casa.

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Seguimos de carro por mais ou menos 3 horas. O pronto-socorro no qual eu fiquei era nos arredores de Cleveland. Mas a casa de Cassandra era bem mais longe. Ficava em Fort Shawnee. Era praticamente uma vila e a cidade mais próxima ficava a 7 km e era Lima. Pra quem nasceu e se criou em na cidade grande, Fort Shawnee era o fim do mundo, mas eu não devia e nem poderia reclamar. A Casa era grande, e ficava perto de um pequeno lago na Zurmehly Rd. Era branca com telhado cinza. Achei grande para alguém que vivia sozinha como Cassandra. Ela parou o carro e disse:

“Lar doce Lar. Já estava com saudades.” Disse ela com muito saudosismo. Achei muito engraçado. Cassandra não parecia o tipo de pessoa que pertencia a aquele lugar tranquilo. Eu desci do carro e ela foi guarda-lo na garagem enquanto eu esperava na varanda da casa. Quando ela voltou disse:

“Bem fique a vontade. Agora a casa é sua também.” Eu dei um sorriso. E olhei a decoração. Era tudo muito sóbrio. Preto, branco e cromado predominavam a sala de tv e a cozinha. Cassandra entrou com uma mala que eu não havia visto antes, provavelmente estava no carro. Deixou a mala no canto da sala e começou a subir as escadas, mas parou ao ver que eu estava parada no meio da sala.

“Hey menina.. não quer conhecer seu quarto?”

“Sim claro” e eu a segui. No segundo andar havia 4 cômodos: 3 quartos e um abrigava uma pequena biblioteca. O quarto de Cassandra era uma suíte nos mesmos tons que a sala a única coisa que se destacava no quarto era a parede vermelha na qual a cama estava encostada. Já o quarto onde eu ficaria era a 2ª suíte da casa. Era todo branco e havia um closet. Diferente do outro quarto esse não tinha banheiro, então usaria o que ficava no final do corredor ao lado de uma escada que provavelmente dava ao sótão.

Voltamos a sala e ela pediu que eu me sentasse. Nesse momento notei um piano preto, de parede. Será que ela tocava? Ou estava ali só de enfeite? Ela viu que eu estava reparando demais no piano e disse:

“Uma herança de família. Era da minha avó, passou pela minha mãe e agora está aqui.” Deu um sorriso. “então o que achou? Sei que você morava em uma mansão em Cleveland e uma casa em uma vila não é exatamente o que você queria.”

“Eu gostei. Na verdade eu adorei. Isso sim carece uma casa. A Mansão Fabray parecia um castelo medieval. Era escura, enorme e só moravam 3 pessoas nela. Aqui é muito mais...acolhedor.” Cassandra riu mais uma vez.

“Minha casa parece acolhedora? E olha só que eu passo pouquíssimo tempo aqui. eu viajo muito pelo país.”

“Caçando?”

“Também. Mas eu trabalho selecionando alunos para a NYADA, Onde dei aula há alguns anos atrás. Conhece? New York Academy of Dramatic Arts.”

“Acho que já ouvi falar. Você dava aulas em NY? De que?” perguntei interessada.

“Dança”

De repente, uma sombra triste passou pelos olhos de Cassandra como se lembrar da época que dava aulas fosse algo doloroso. Resolvi não levar o assunto adiante.

“Então, que proposta você queria me fazer?”

“Quinn, como pode notar eu não tenho herdeiros e nem pretendo tê-los naturalmente. Quando te encontrei vi em você a oportunidade de ter uma pupila. Alguém para quem eu pudesse passar os meus conhecimentos. Quero te ensinar a ser uma caçadora.”

Mas que droga de proposta era aquela?!Eu me levantei e disse.

“Cassandra.” Suspirei profundamente antes de continuar. “Depois do que aconteceu em Cleveland eu quero distância de lobos. Não quero me meter a caçadora. Isso não está em mim. Eu quero viver uma vida normal. Ser a mesma pessoa que eu era antes daquela noite. Quero estudar, ir para a faculdade, ter uma família! Viver uma vida onde eu não tenha que odiar pessoas que eu nem ao menos conheço!”

“Quinn, sente-se.” Ela apontou para o sofá, porque viu que eu estava exaltada. “Eu apenas te sugeri isso Quinn. Sei que você pode estar transtornada pelo que aconteceu e entendo perfeitamente se você declinar a minha proposta. Eu apenas peço que pense e quando achar que está preparada me dê a resposta.” Ela terminou com um sorriso. “Quanto ao fato de você querer estudar, tem uma escola a menos de 15 minutos daqui, posso ir lá depois fazer a sua matricula. Primeiro, precisamos de documentos. Segundo, roupas. Isso mesmo. Ahh você deve estar com fome não é? Tem um desses macarrões instantâneos na cozinha pode fazer se quiser, ou pode pedir uma pizza..o que prefere?”

“Uma pizza com certeza.” Disse sorrindo.

“Na cozinha tem um post-it com o número da pizzaria, ligue e peça uma. Vou fazer uma ligação agora e aqui está. O dinheiro da pizza e deve ter refrigerante no armário. Coloque na geladeira ok?” pegou uma bolsa no aparador e me estendeu uma nota de 50 dólares.

“Tudo bem... hum.. Cassandra?”

“Sim?”

“Como vai conseguir documentos para mim?”

Ela deu um daqueles sorrisos maliciosos 

“Contatos Quinnie, Tudo é uma questão de contatos.” E saiu.

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Cassandra havia saído fazia um bom tempo. Tempo o suficiente para que eu pedisse a pizza, comesse e até tirasse um cochilo. Quando acordei lavei o que eu havia usado e coloquei o restante da pizza no forno micro-ondas.

De repente senti uma vontade de explorar a casa sozinha. Não sabia se aquilo seria uma boa ideia, mas a curiosidade era maior do que o medo de ser pega.

Passei novamente pela cozinha, sala, quartos, até que eu parei ao lado daquela escada perto do banheiro. Era estreita e dava acesso ao sótão. Decidi subir. O cômodo estava escuro, mas tateando a parede encontrei o interruptor. E o que vi foi impressionante.

Era extenso. De um lado, estantes abarrotadas de livros, do outro, armários com vários frascos, ervas. Mais a frente, na parede oposta, estava o que parecia ser um estande de tiro. E ao lado dois grandes baús. Em um canto da parede havia algumas fotos e pareciam ser de Cassandra dançando. Deduzi que aquele era uma espécie de santuário para a caçadora. Eu não vi armas, mas antes que tivesse a oportunidade de continuar procurando coisas ouvi a voz dela atrás de mim dizendo:

- Está perdida Fabray?


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