Saí com Rach da casa dos Berry e fomos pra minha casa. No meio encontramos com Kurt, Blaine, Mercedes e Sam.

“Ora ora se não é o casal mais badalado do momento...Quinn Fabray é o grande motivo pelo qual nossa pequena Barbra tem andado tão dispersa..” Disse Kurt, apontando o dedo pra mim em um tom quase que acusatório, mas logo ele riu. E completou: “Você deveria nos ver ensaiando Quinn, talvez assim Rach se concentre..ou não..”

“Kurt pare.. eu não estou dispersa.. só estou com outras coisas com um grau de importância maior...”

“Tipo dar atenção pra sua loira e se preocupar porque a noite de lua cheia está próxima não é Rach?” Disse Mercedes condescendente em direção a Rachel. Ela apenas abaixou a cabeça e sussurrou um sim. O clima ficou meio pesado de repente e então, como se notasse isso, Blaine virou pra mim e perguntou:

“E então.. a quantas anda o 'namoro' de vocês?”

“Bem...” segurei a mão de Rachel e ela levantou o rosto para olhar pra mim. “Digamos que na noite de lua cheia nós teremos uma grande cerimônia.”

Prestei atenção nas expressões de cada um: Sam sorria, Kurt e Mercedes pareciam em choque e Blaine batia palmas.

“É por isso que minha avó está tão agitada! Ela tem uma cerimônia pra montar...” Disse Mercedes em um tom alegre. Eu sorri de volta. “Vai transformar nossa pequena em uma mulher direita..” eu arqueei a sobrancelha com esse comentário mas não disse nada porque segundos depois as expressões de Kurt e Blaine mudaram completamente e ficaram apreensivas. Não entendi nada até ouvir a pergunta atrás de mim:

“É isso mesmo Rach? Eu não tive nem a chance de tentar te ajudar?” A voz do Hudson saiu entrecortada e por um instante me fez sentir dó,mas aí lembrei do que ele havia tentado fazer comigo e do que ele fez ao Noah.

“Finn...” Rachel começou a falar algo mas eu interrompi.

“Rachel...” Olhei para ela e me virei para o Hudson que fazia uma careta de mágoa. Suspirei profundamente antes de começar a falar.

“Hudson.. por favor, não faça isso se tornar mais doloroso pra você do que já está sendo. Nós 2 sabemos aqui que você estaria limitado no que diz respeito a ajudar Rachel...”

“Eu teria tentado...!” ele me cortou, com uma convicção raivosa, mas mesmo assim continuei:

“E teria falhado! Hudson preste atenção.... isso não é uma competição e Rachel não é um troféu ou uma medalha que será dada ao campeão. Se nós estávamos destinadas a nos encontrar em algum momento para que pudéssemos curar uma a outra, esse momento chegaria independentemente das suas tentativas.Você mais do que ninguém sabe disso, sabe que não teria meios de nos impedir.”

“Eu teria tentado...” Dessa vez ele falou baixinho como se fosse apenas pra que eu ouvisse:

“Sim, você teria tentado nos impedir ou ajudá-la Finn? O que você faria? Tenho certeza que faria aquilo que é melhor pra Rachel, por mais dolorido que fosse em você. Então Hudson, transforme essa situação hipotética em realidade, por que é isso que está acontecendo. O que você vai fazer? Vai nos impedir ou nos ajudar?”

Terminei de falar e sentia meu coração bater rapidamente. A mão de Rachel apertava a minha e o silêncio imperava ali. Finn parecia se contorcer em dúvida, e eu esperava ansiosamente que estivesse correta. De que ele abriria mão, por mais doloroso que fosse.

E então Finn deu dois passos na minha direção e disse baixo, mas com uma voz quase chorosa:

“Se você fizer alguma merda enquanto estiver com ela, tenha certeza que arranco aquela sua pelagem branca pra fazer de tapete ok?”

“Ok Hudson...”

Ele apenas acenou pra Rach e murmurou um 'Espero que saiba o que está fazendo...', e em resposta Rachel assentiu. Finn olhou pra mim mais uma vez e depois saiu andando. Rachel apertou a minha mão e ouvi Kurt falar:

“Wow... espero que ele supere....”

“Ele vai superar sim, ele entendeu...” Falei apenas.

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Depois da pequena 'conversa” com o Hudson, Rachel e eu fomos para a minha casa. Ao ver Rachel, Cassandra bufou e murmurou algo como 'a culpa é toda dessa coisinha aí.' Rachel fez uma careta estranha e Cassandra a ignorou e me puxou pelo braço, indo em direção ao quarto. Sem falar nada, abriu o armário e de lá tirou um grande estojo preto, provavelmente ela havia trazido de Fort Shawnee.

Em silêncio ela abriu e olhei dentro. Uma coleção incrível de facas e flechas. Todas, ao que parecia, eram em prata. Eu estava impressionada, mas com um certo receio de tocá-las. Lembrei da minha adaga e perto daquela coleção, parecia uma faca de cozinha. Cassandra procurava algo. O estojo se dividia em 3 partes: na tampa estavam encaixados vários frascos pequenos. Tinha quase certeza de que eram balas especiais. E então havia um forro onde estavam as flechas e em um fundo 'falso' estavam as facas. Devia ter umas 20,25 facas ali.

Do forro com as flechas ela retirou 5 e colocou na minha mão.

“Preste bem atenção no que eu vou falar agora filhote. Essas flechas são feitas especialmente para híbridos. Nelas existe um veneno capaz paralisá-los completamente. É mais do que tempo para matá-los Quinn.”

“Matar?”

“Sim, matar... esses híbridos jamais admitiriam uma rendição Q. ou seja a única saída, antes que eles afetem mais pessoas.”

“Você acha que eu conseguiria matar alguma coisa?” Perguntei espantada. Cassandra revirou os olhos.

“Com toda certeza Quinn. Seu instinto vai te mostrar e vai fazer com que você..”

“Não.. não mesmo...”

“Seu lobo precisa caçar Quinn. E além disso, você é uma caçadora nata na forma humana, uma das melhores que já vi. E eu não irei repetir isso.”

Eu dei um sorriso, mas mesmo assim, a ideia de matar era repulsiva.

“Muito obrigada Cassandra...”

“Quinn eu sei que matar é estranho, e vai ser mais difícil por que eu não estarei lá para te orientar, mas preste atenção: isso já está em você. É instintivo, você vai saber quando isso deve acontecer.”

“Eu agradeço toda essa confiança em mim e eu realmente espero conseguir fazer isso..”

“Você vai.. pode ter certeza...” Ela colocou uma mão sobre meu ombro e apertou, como se fosse um gesto de apoio. “Agora vamos lá pra sala. Não confio em deixar Shelby e a sua garota no mesmo espaço, sem vigilância.” Assenti concordando com ela.

Porém quando chegamos na sala, Shelby e Rachel estavam conversando. Elas pareciam interagir bem e de uma forma fluida. A conversa acabou no momento em que Rachel reparou que já tínhamos voltado. Ela se levantou, ajeitou a saia e disse:

“Srta. July, é ótimo ver que já está bem melhor. Espero que entenda tudo aquilo que aconteceu naquele dia como um incidente do destino e-..” Cassandra levantou a mão, como se dissesse para Rachel para de falar.

“Pare pequena Berry .. não precisa se desculpar. Essa jovem aqui é a culpada do meu estado... filhote já pediu desculpas.”

Dessa vez o tapinha na minhas costas foi de puro deboche. Arqueei a sobrancelha e Cassandra riu.

“Quinn, vou ligar para Dustin. Vá se preparar. Comece com algumas voltas no descampado e chame Noah pra treinar alguns golpes. Leve a adaga e a besta.”

Assenti e então me virei para Rachel que estava com uma careta espantada.

“Você vai sair pra alguma lugar?”

“Preciso fazer uma caçada..” respondi rapidamente. Me dirigi ao quarto e abri o armário. Peguei a besta e aljava, colocando nela as flechas envenenadas que Cassandra havia me dado.

“Como assim você vai caçar e não fala nada?”

Me virei para olhar Rachel. Ela parecia furiosa. Que ótimo.

“Mas.. o quê?! Como assim Rachel?”

“Você vai caçar! Não acha que nós já temos coisas o suficiente para nos preocuparmos com você voltando pra casa inconsciente, ou até não voltando?! Além do mais você vai caçar o quê e onde?”

Cassandra me olhou espantada. Acho que nós duas estávamos surpresas pela reação de Rachel. Shelby saiu silenciosamente da sala.

“Existem híbridos em Lima. Do tipo que causam problemas. Vou caçá-los junto com outros 3 caçadores.”

“Eles não podem fazer isso sozinhos?”

“Não.. minha participação nessa caçada é um acordo, mas Rachel, por favor não me peça para explicar...”

Rachel me fuzilou com um olhar raivoso e disse:

“Eu sou a Alfa dessa alcateia, e eu exijo saber o que acontece aqui. Você é uma loba e minha parceira. Não é porque também é uma caçadora que deve esconder coisas de mim!”

Senti um arrepio na espinha e uma vontade imensa de me afastar de Rachel. Então era assim? Assim que se sentia o poder de um Alfa? Eu não sabia o que responder, estava acuada e então Cassandra disse:

“Berry, não faça isso outra vez quando estiver perto da Quinn. Você pode ser uma das maiores motivações dela mas lembre-se: você é uma Alfa, superior e Quinn, agora que é uma transformada, deve obediência a você. Ela vai sempre ficar acuada toda vez que você se mostrar raivosa ou autoritária em relação a ela. E além do mais, o assunto já está resolvido, Quinn só vai cumprir a parte dela.”

Rachel me olhou, e eu ainda conseguia sentir a energia, a raiva emanando dela e isso ainda me deixava acuada e quando ela fez a menção de se aproximar eu me afastei ainda mais. Então Shelby voltou e disse:

“Quinn venha aqui. Rachel eu acho melhor ir para casa. Quinn não está acostumada com isso, ela é uma recém-transformada então o corpo dela vai reagir instintivamente em relação ao Alfa.”

Rachel se virou em direção a Shelby e balançou a cabeça levemente, como se assentisse e então disse pra mim:

“Se cuida.” e saiu.

Soltei o ar que nem sabia que tinha prendido e senti um formigamento no corpo. Cassandra disse:

“Depois você conversa com ela. Concentre-se naquilo que deve fazer. Vá para o descampado, vou mandar Noah ir com você.” Assenti e fui em direção a porta. “ e Quinn, evite passar na casa dos Berry. Não seria uma boa ideia.”

“OK...”

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“Mais rápido Fabray!! tenho certeza que os anciãos dessa alcateia fazem um tempo melhor do que o seu!!” Gritava Noah da arquibancada. Que sensação de dejavu. Eu sorri. Estava já na minha 30ª volta e Noah queria mais.

“Hora dos obstáculos loira. Pode entrar o primeiro.” Pode entrar?

De repente um lobo de cor de areia apareceu correndo na minha direção. Era Sam. Ele correu e saltou pra cima de mim. Fiquei em alerta, desviei dele e continuei a correr.

“O segundo”

O lobo avermelhado não apareceu a minha frente e sim me deu uma trombada de lado e me atirou para o meio do descampado. Santana arreganhou os dentes, como se sorrisse.

“Levanta loira, parte pra cima!!”

“De mãos nuas?” Perguntei incrédula para Noah. Minhas armas estavam na arquibancada com ele.

“É isso aí... detona a latina com as suas mãos!”

Santana correu na minha direção e eu me preparei para desviar. Saltei por cima dela e a chutei nas costelas. Ela grunhiu e tentou me morder no tornozelo. Eu consegui desviar e chutei novamente, acertando dessa vez uma das patas traseiras. Ela uivou.

“Ok Loira chega.. volte a corrida.”

Santana bufou para Noah e arreganhou os dentes novamente pra mim antes de sair para as arquibancadas. Voltei a correr mas já estava me cansando.

“Terceiro e último obstáculo loira!”

Olhei a frente e duas enormes rochas haviam sido roladas para o descampado. Noah provavelmente achou que eu poderia saltá-las, mas ao invés disso dei a volta e do outro lado, me joguei no chão, respirando pesadamente.

“Espertinha hein Fabray?” Disse ele chegando perto.

“Você quer acabar comigo? Me fez correr, pular, desviar, lutar e ainda queria que eu escalasse isso aí? Sem chances..”

Ele riu.

“Levanta.. você vai treinar armada agora, quero ver como vai ser isso.”

Eu sorri e ele estendeu a mão para que eu levantasse. Santana e Sam já estavam em suas formas normais e traziam bonecos de pano amarrados à um cabo. Alvo móvel.

Noah me entregou a besta e a aljava e disse:

“Pode começar!”

Santana largou o primeiro boneco e então ele balançou umas duas vezes antes que eu atirasse a flecha. Perna direta. O segundo boneco também balançou um pouco antes que eu atirasse. Braço esquerdo. O terceiro e último boneco foi atirado e a flecha foi simultaneamente. Cabeça. Noah arregalou os olhos e disse:

“Me lembre de ficar longe de você quando estiver com isso aí..”

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Já era noite quando Dustin apareceu. Hunter e Brody ficaram no carro. Depois da sessão pesada de treino que Noah me impôs, fui me banhar. Cassandra me estendeu uma das suas jaquetas de couro e um coldre no mesmo material, para carregar a adaga. A besta estava presa a uma espécie de colete que era só encaixar e aljava estava no meu ombro.

Dustin estava com uma calça jeans e camisa preta. A única coisa diferente era o coldre acinzentado que estava na sua cintura e tinha uma pistola nele. O coldre com a minha adaga estava preso na minha coxa, por cima da calça.

Cassandra apareceu na sala e cumprimentou Dustin. Ele apenas sorriu e fez sinal para que eu o seguisse. Cassandra apenas disse pra ele antes de saírmos.

“Traga ela inteira e viva, Goolsby, ou vai voltar para NY em um esquife.”

Eu sorri e ela me deu uma piscadela. Era forma de dizer que se preocupava comigo.

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O silencio no bosque só era quebrado pelo barulho irritante de Clarington mascando chiclete. Eu olhei pela janela do carro umas luzes ao longe. Casas.

“Nós trabalhamos em uma divisão de equipes, menina. Você vai com comigo. Hunter, Brody seguem pelo lado oposto e..”

“Pare de falar Goolsby..vamos logo, antes que fique mais tarde..” Brody abriu a porta, pegou um rifle e saiu. Eu fiz o mesmo. Ele suspirou e disse:

“Ele fala demais.”

“Notei.” respondi.

“Vamos...?”

“Sim. Só precisa saber que o tal esconderijo deles é uma caverna.”

“OK.”

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Meus olhos rapidamente se acostumaram com o breu do bosque. Aquele lado era bem mais escuro. Deixei a besta nas costas e saquei a adaga do coldre. Ouvi a respiração pesada de Dustin atrás de mim. Um piado de alguma árvore fazia barulho por nós dois. Então um brilho fraco de uma fogueira se projetou e eu me aproximei. Era a entrada de uma pequena gruta e em frente, a fogueira. Já estávamos relativamente longe do carro e Brody e Clarington haviam seguido para o outro lado.

“Eles saíram daqui recentemente.” disse Dustin se aproximando também. Assenti e guardei a adaga para poder pegar a besta. Logo em seguida armei com uma flecha e comecei a vasculhar o lugar. Um cheiro fétido contaminava o lugar, meus olhos estavam ardendo, porém Dustin parecia não sentir nada. Um barulho no alto me chamou atenção e então me virei para olhar e lá estava. Um cara magro, sentado em um galho. Ele deu um sorriso ao ver que eu tinha notado sua presença e pulou à nossa frente.

“Ora, ora...me perdoem a pequena bagunça, é que não estou acostumado com visitas, principalmente em um lugar novo. Deixem que eu me apresente, já que vocês parecem ocupados. John Washington Huang, ou Johnny se preferirem..agora vocês.”

Continuamos em silêncio e ele se aproximou e com a luz fraca da fogueira eu vi seu rosto: traços claramente orientais, mas próximo ao olho direito ele tinha uma cicatriz que ia da têmpora até em cima do lábio, e o repuxava levemente para cima. O cabelo escuro e liso ia até abaixo das orelhas e uma barba rala cobria o queixo dele.

“Bem, vejo que não falarão. Você..” apontou para Dustin “eu reconheço você.. tem um nome engraçado..Lonby, Mosby..”

“Goolsby..” ouvi Dustin falar em um grunhido nervoso.

“Isso mesmo. Goolsby.. o líder dos três patetas.” Johnny riu e me olhou. “Agora você.. eu sei sobre você, Lucy Quinn Fabray, agora não me pergunte como, porque isso não direi. Terá que descobrir.”

Dei um passo pra trás. Como é que ele sabia meu nome?

Ouvi um clique atrás de mim e Johnny se colocou em uma posição de ataque e disse:

“Nem pense nisso, bonitão.”

Olhei de relance pra trás e Dustin havia destravado a pistola e estava pronto para atirar.

“Por que não?”

“Porque antes mesmo que você atire, vai estar no chão implorando pela sua vida.”

“Duvido”

Johnny riu e em um gesto completamente displicente piscou pra mim e falou:

“Então tenta a sorte.”

Dustin deu o tiro mas no segundo depois Johnny estava em cima dele, apertando o pescoço e rindo. Fiquei sem reação, mas então aproveitei o momento de distração e puxei minha adaga:

“Você é mesmo um idiota não é Goolsby?” Falou Johnny.

“Não tanto quanto você.”

Então o chamei:

“Ei Johnny?”

Ele se virou e eu atirei a adaga. Ela enterrou abaixo da clavícula direita. Johnny gritou e Dustin o empurrou. A pistola estava longe. Johnny se jogou no chão gritando. Ele estava com o braço paralisado e o outro tentava inutilmente alcançar a adaga.

“Sua vaca!!! porque fez isso!?”

“Por que eu te devo satisfações?” respondi.

“Ahh cretina, tinha planos pra você, agora você vai se ferrar!” Ele correu em direção à mata. Dustin ainda tentou dar um tiro mas ele já estava se esgueirando entre as árvores.

Comecei a segui-lo, mas quando olhei para trás Dustin gritou:

“Não vá Quinn! Ele é perigoso demais! Vamos atrás do Hunter e do Brody e depois caçaremos ele!”

Fiz que não com a cabeça e continuei. Agora eu estava sozinha. Corria e via apenas reflexos de Johnny à minha frente. Ele parecia muito bem e muito forte.

Depois de uns 3 minutos correndo eu ouvi a voz de Johnny ressonar por entre as árvores:

“Venha, Fabray.. tenho algo aqui que irá gostar!” e uma risada que me deu arrepios. Segui a direção do som rapidamente e entrei em uma pequena clareira. Respirei e parei para ouvir os barulhos que vinham da mata. Ouvi passos. Mais de uma pessoa. Seriam Brody e Hunter.

“Olha só.. nunca ouviu falar que a curiosidade matou o gato, Fabray? Ou devo dizer a loba?”

Olhei para o lado e vi Johnny com um sorriso presunçoso no rosto. A camisa estava empapada de sangue e a minha adaga ainda estava lá. Puxei a besta e coloquei uma flecha:

“Não faria isso se fosse você.” Ele disse.

“Vai fazer o que? Está lento, ferido e fraco. Além disso eu não sou o Goolsby.”

“Eu digo que não deveria fazer isso Fabray. Está em uma desvantagem cruel.” ele continuou sorrindo. Eu retesei a flecha na besta quando a outra pessoa resolveu aparecer dizendo:

“Nunca vai aprender a ouvir os mais velhos maninha?”