Im Gonna Make This Place Our Home escrita por WaalPomps


Capítulo 12
The trouble it might drag you down – Blaine A.


Notas iniciais do capítulo

~foge das pedras~
To ligada que faz um caralho de tempo que eu não posto, mas tive faculdade, férias, outras fics... Mas quero terminar tooooodas as minhas fics, é um projeto que pretendo cumprir.
Então curtam o capítulo.



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Settle down, it’ll all be clear

The trouble it might drag you down

If you get lost, you can always be found

Problemas. Discussões. Intrigas. Era nisso que minha vida se resumia nos últimos meses. A dor que a falta dele me causava.

Eu sempre soube que ele havia ficado ferido pelo que acontecera logo após ele se formar, ele nunca me deixou esquecer isso. Mas pelo amor de Deus, já se passaram mais de dez anos.

E agora, no que seria a época mais feliz de nossas vidas, ele simplesmente traz isso a tona e resolve deixar tudo para trás. Deixar nós dois para trás.

_ Pai, o papai vai demorar para voltar de viagem? – perguntou Eddie caminhando de mãos dadas comigo pelas ruas do centro de Lima.

_ Não sei campeão, torcemos para que não. – garanti ao pequeno, enquanto abria a porta do carro e o acomodava em sua cadeirinha.

Eddie tinha cinco anos e era extremamente inteligente. A mãe faleceu ao lhe dar a luz e o pai era um viciado que havia lhe agredido diversas vezes até que uma vizinha com pena chamou o serviço social. E foi nessa hora que nossos caminhos se encontraram.

Após meu primeiro ano em NYADA, tudo ficou claro para mim: eu amava cantar e atuar, mas não era meu futuro. Meu futuro estava em ajudar os outros. E certa noite, entrei em nosso apartamento de supetão assustando Kurt e lhe avisei que faria faculdade de Direito para me tornar assistente social.

Ele é claro surtou e tentou me persuadir a continuar em NYADA, mas com o tempo aceitou e começou a me apoiar. Quando nos casamos eu estava formado há apenas algumas semanas.

Quando eu encontrei Eddie, Kurt havia acabado de sair de uma temporada de apresentações de Bela e a Fera, na qual fazia Lumiere. Logo na primeira vez que colocou os olhos no garoto, Kurt se apaixonou.

Foram diversos meses e vários lares temporários até conseguirmos a guarda de Eddie, acontecimento que trouxe todos os nossos amigos a nossa casa para comemorar. E acarretou em nossa mudança de volta para Ohio.

_ Pai... O papai voltou. – ouvi Eddie e encarei a entrada de carros, onde o carro de Kurt estava. Parei ao lado e logo meu filho corria para dentro, gritando pelo outro pai.

Quando entrei em casa, vi Kurt ajoelhado, abraçado ao pequeno e quase aos prantos, bem típico dele. Ele ergueu os olhos ao me ver entrar e limpou as lágrimas.

_ Campeão, eu preciso falar com seu pai... Que tal ir para o seu quarto? – pedi e meu filho me encarou, concordando e saindo correndo, ainda olhando para trás de vez em quando. Esperei até me assegurar que ele estava em seu quarto para me dirigir a Kurt – O que faz aqui?

_ Até onde eu sei essa é minha casa. – disse ele sem me encarar.

_ Se é assim que você vê esse lugar, como uma propriedade... Mas também, depois de todas as besteiras que você disse aquele dia, devia saber que esse não era mais seu lar. – sussurrei guardando minhas chaves e meu casaco.

_ Não se faça de santo Blaine. – reclamou ele e eu me virei incrédulo.

_ Vai me acusar Kurt? – perguntei – Eu errei, eu sei. Mas isso foi há mais de DEZ anos Kurt. Nós saímos do colégio, nos casamos, temos um FILHO. E você simplesmente resolveu trazer isso a tona e causar uma briga entre nós dois.

_ Eu te vi no café com o Eli. – gritou ele e eu me abismei – Você não desconfiava que eu fosse descobrir né?

_ Porque você não disse nada? – perguntei – Você simplesmente chegou gritando, me acusando, querendo achar motivos para briga. Se tivesse me perguntado, eu teria te explicado a situação.

_ Ah, e qual é a situação? – desdenhou ele – Resolveram matar a saudade dos tempos de escola porque eu ando trabalhando muito?

_ Não Kurt, eu estava trabalhando. – rosnei e ele me encarou desdenhoso – Eu sou assistente social Kurt, ou você se esqueceu? – perguntei e ele pareceu desarmado – Eli e o marido, Willy, estão no processo de adoção daquela menininha que foi abandonada perto da prefeitura alguns meses atrás. Eu estava lá o entrevistando. Você deve ter nos visto depois que Willy foi dar uma volta com a Samantha no shopping.

_ E o abraço? – perguntou ele e eu revirei os olhos.

_ Kurt, eu havia lhe avisado que ele tinha conseguido a guarda provisória da menina. Assim como qualquer pessoa que recebe a noticia por mim, ele me abraçou em agradecimento. – expliquei de braços cruzados – Se você tivesse me perguntado, eu teria te explicado e teríamos evitado tudo isso.

Ele não disse nada, apenas continuou a desviar o olhar e eu suspirei.

_ Eu sou inseguro demais... – choramingou ele e eu suspirei.

_ É. – eu concordei – E Kurt, você não confia em mim. Eu sei que eu errei, mas foi há tantos anos. Nós dois tivemos nossos erros na vida. Mas agora não somos mais dois adolescentes. Somos adultos, casados, pais. Eddie precisa de nós.

_ Acho que é crise de meia idade antecipada. – disse ele com um sorriso torto e eu ri.

_ Acho que é saudade da Broadway... Eu sei que essa mudança não está sendo fácil para você. – disse me sentando ao lado dele no chão – Mas nós falamos muito sobre isso Kurt, sobre voltar para Ohio para o Eddie ter uma vida mais familiar, caseira...

_ Eu sei disso Blaine, é só que... Ohio não me traz boas lembranças, e Nova York também não. Precisamos achar um meio termo, um lugar para chamar de lar.

_ Meu lar é onde você está Kurt, você e o nosso filho... Em Nova York, Ohio, ou lá onde Judas perdeu as botas. – eu disse segurando seu rosto – Eu não quero ficar longe de você nunca mais.

_ Nem eu de você... – garantiu ele em voz baixa – Te amo Blaine.

_ Também... – garanti, lhe dando um selinho – Por favor, diz que você vai voltar para casa... Seja ela onde for.

_ Minha casa é onde você e Eddie quiserem. – disse ele sorrindo.

_ Eu quero ficar aqui. – ouvimos e viramos, dando com Eddie na escada.

_ Ouvindo conversa de adultos? – perguntei e ele riu, correndo e nos abraçando – Se você quer ficar aqui, aqui ficaremos.

_ Eu quero ficar com vocês dois papais... Não importa onde seja. – garantiu ele e Kurt sorriu.

_ Nossa casa é aqui, nós três juntos, nessa cidade antiquada. – nós três rimos juntos – Eu amo vocês.

_ Nós também de amamos papai. – garantiu Eddie abraçando meu marido e logo eu me juntei a eles.

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Doía, meu Deus, como doía. Eu sentia falta de Kurt, precisava dele do meu lado, me envolvendo em seus braços. Eu errei, errei tanto... Eu amo aquele homem mais do que tudo na vida, e eu destruí isso, talvez para sempre.

Mas eu sei que conseguiremos... Tantos problemas já nos colocaram para baixo e nós saímos deles sozinhos... Juntos será ainda mais fácil, eu sei. 


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Notas finais do capítulo

Bom gente, infelizmente, a música é repetitiva, então teremos agora alguns capítulos com nomes iguais ok?
Beijos e até domingo (ou antes, se tudo der certo).



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