Sangue Inocente - O Reencontro escrita por Mandi Winchester


Capítulo 5
Dormitório sobrenatural Part. III (Final)


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amorecos!
Como vai as primeiras semanas do ano?
Gostaram da nova capa da fic? Foi eu que fiz... =)
Peço desculpas por deixa-los todos esses dias sem um capitulo novo, é que eu também sou filha de Deus e precisava de umas férias... infelizmente é que pra onde eu fui era quase impossível entrar na net. =/
Mas cá estou eu: Linda, com mais um capitulo e, como prometido, a volta da nossa queria caçadora. Prontos? Aqui vamos nós.



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Depois da morte de Mike Jaxx, a Universidade de Wausa suspendeu suas aulas por isso, a maioria dos estudantes resolveram sair do campus. Muitos viajaram, outros ainda continuaram na cidade e outros poucos ainda estavam nas dependências da universidade.

A população da pequena cidade estavam em choque com os acontecimentos, mas era como se fosse algo rotineiro ali pois, de uma forma inexplicável, acontecia várias mortes no campus em um período de cinco em cinco anos, os habitantes chamavam de "O espirito 5/5".

Os jornalistas estavam acampados em frente a universidade esperando mais alguma morte acontecer, uma atitude um tanto quando idiota deles. A policia reforçou a patrulha nas ruas próximas a universidade e o reitor contratou vários seguranças armados para fazer uma ronda dentro do campus. Isso com certeza iria atrapalhar o trabalho dos caçadores, mas nada que o charme e a cara-de-pau deles não dessem um jeitinho.

Os Winchester, ao chegarem no Hotel La Tortura, logo depois de irem até o cemitério que, supostamente, estaria enterrado o corpo de Rose, a suposta criança que estaria matando todos os alunos da universidade que, quando criança, viram parentes morrerem afogados de uma forma sobrenatural, logo começaram a pesquisar novamente.


Sam estava vidrado em sem laptop procurando na rede social da universidade qual dos alunos ficariam no campus, enquanto Dean revirava as várias paginas contendo uma lista de alunos na universidade.



– Tommy Sans. - Dean disse mais um nome da lista para Sam pesquisar se o aluno estaria no campus





– Foi visitar os avôs em Washington - respondeu Sam após alguns cliques no mouse.





- Mais um descartado - comentou Dean riscando com uma caneta mais um nome na lista - May Shimony. - continuou






Novamente Sam deus alguns cliques no laptop e finalmente achou uma resposta.






– Essa com certeza não. Ela foi para o Japão visitar os pais.




– Ta complicado heim!





- Faltam quantos nomes? - perguntou Sam







– Hum... - Dean começou a contar - 42 nomes. - respondeu - Vamos ficar nessa até o sol nascer.





- Vamos continuar. - disse Sam - Qual é o próximo?


– Amanda Willians. - respondeu Dean sem muita empolgação

– Opa! - respondeu Sam após um tempo - Parece que vai ficar no campus estudando... que porre.

– Pois é... - disse Dean sublinhando o nome - Temos que pesquisar se ela fez algum tratamento.

–0-


O sol estava quase nascendo quando todos os nomes foram pesquisados e para a tristeza dos caçadores 15 alunos ainda estavam no campus. Agora bastava saber qual deles já tinha feito algum tratamento psiquiátrico por causa de algum trauma de infância e "BUM!" lá estarão as possíveis vítimas dos fantasmas das crianças. Mas ainda seria muito trabalhoso acabar com o fantasma de Rose Lincon, pois não foi encontrado o corpo da garotinha.


Os irmãos rodaram a cidade de Wausa inteira conversando com familiares de alunos e com os próprios alunos, claro que com jornalistas por todo lado a investigação para os caçadores se tornaram quase impossível, e se não fosse pela lábia dos mesmos, não teriam descoberto nem metade das coisas que descobriram.



– Então são três estudantes que estão em perigo. - disse Dean dando mais uma garfada em sua torta






Os Winchester deram um tempo nas investigações e resolveram irem almoçar e fazer um levantamento do caso.






– Isso. Amanda Willians, Rick Tyller e Mashell Matheus. - disse Sam olhando para algumas pastas contendo os dados pessoais dos três já citados - Mas tem uma que pode ser bem mais do que uma possível vitima. Olha isso aqui - Sam virou uma das pastas para Dean




– Amanda Willians... - Dean leu - por que?





– Bom, primeiro porque ela já disse que viu uma criança e outra, ela já fez um tratamento psiquiátrico. E não para por ai meu caro irmão.








– E tem mais?








- Essa com certeza vai nos tirar todas as dúvidas. Adivinhe quem é o psicólogo da estudante Willians. - Dean deu um leve sorriso como se já soubesse a resposta.





– Robert Ross! - disse os dois num sorriso largo e esperançoso.


– Mas o que esse Doutor Ross tem haver com o tal fantasma? Quem teve contato com Rose foi o pai dele. Isso não faz sentido.

– Pois é, não faz. Mas, pelo menos, já temos alguma coisa. - respondeu Sam

– É. Bom, vamos ter que ficar na moita lá no campus pra ver se acontece alguma coisa. - Sam balançou a cabeça concordando com o irmão - Mas antes - continuou Dean - vou comer mais uma torta e dormir.

–0-


Dean dormia calmamente em sua cama no hotel enquanto Sam revirava as várias janelas abertas na tela de seu laptop. O irmão sonhava mais uma vez, porém um sonho diferente.



'Lá estava Dean voltando de um bar qualquer, as ruas estavam escuras devido a má iluminação e não havia muitas pessoas andando por ali e se não fosse uma certa pessoas atrás dele, Dean estaria andando sozinho.



O caçador, ao perceber que esta sendo seguido, entra em um beco escuro e estreito. Vendo que a mesma mulher que antes o seguia também entrou no beco, Dean saca sua arma, mas a mulher aponta duas armas.





– Duvido que você é rápida o bastante para usar as duas armas. - disse Dean com a voz sedutora.





– Não tenha tanta certeza, Hunter.




"Ela disse Hunter? Ela sabe o que eu sou?" Pensou Dean.






Num outro momento, Dean esta no chão com uma dor enorme em seu lábio inferior. A mulher tinha lhe dado um soco certeiro em seu rosto. "Que folgada!" Pensava Dean. E quando menos se esperava, a mulher se aproximou de Dean e tocou seu rosto. Não era assim que tinha acontecido, "O que deu nela?" Pensava Dean.





Os lábios da mulher se aproximou dos caçador e num toque suave e carinhoso eles se encontraram. Dean lembrou totalmente de quem era essa mulher, mas esse momento não tinha acontecido. "Sonhos..." Concluiu Dean.






Uma pontada atingiu Dean ao sentir os lábios da mulher se distanciando e num pulo e com o coração disparando, o caçador abre os olhos.'




Sua respiração ficou acelerada e uma sensação estranha o rodeava. Por que Dean passou a sonhar com Alexia? Há tanto tempo que eles não se viam, tinham perdido totalmente o contato e agora ela volta nos seus sonhos? Como era possível?



O loiro ainda estava perdido em seus pensamentos, tentando achar uma forma de decifrar seu sonhos, quando seu irmão o chamou.


– Dormiu bastante, heim Cinderela!


– Hã? Que horas são? - perguntou Dean esfregando os olhos tentando fazer com que sua visão voltasse ao normal.

– Hum... - Sam olhou para o relógio em seu pulso - 5h40 da tarde.

– Temos que ir para o Campus agora. - o loiro se levantou da cama e foi em direção ao banheiro lavar o rosto.

– Sabe, Dean. Eu tava pensando... O que esses pedaços de madeira tem haver com o caso?

– Você diz aquele que a gente achou tampando uma torneira no banheiro e o outro em cima do travesseiro do Mike?

– Isso. - Sam encarava os pedaços - Eles são iguais. Parecem que fazem parte de uma caixa.


Os pedaços de madeira eram pequenos, no máximo 5 centímetros, e um deles tinha uma quina, como se fosse a lateral de uma caixa de madeira.


–0-



O Impala estava estacionado em frente a universidade, porém ele estava vazio. Os donos estavam em um dos dormitórios do campus esperando algum barulho ou qualquer outra coisa suspeita para, finalmente, entrarem em ação.





O clima estava frio e o céu se armava para chover, um vento gelado entrava pela janela do quarto onde Dean e Sam estavam fazendo com que a cortina branca se balançasse.





O corredor estava totalmente calmo, e suas luzes não eram fortes o suficientes para iluminar totalmente o local, quando Amanda Willians o atravessou fazendo eco com o barulho de seu salto alto. A garota Willians era muito bonita, ela vestia um vestido de festa preto curto com um laço envolvendo sua cintura fina e curto, mostrando suas pelas pernas.






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A porta do dormitório de Amanda rangeu ao ser aberta, e a bela garota a atravessou a fechando.




A estudante estava exausta, ela passou a noite toda em um coquetel da empresa onde fazia estágio, e ao fechar a porta atras de si, logo levou as mãos até os pés e arrancou o sapato e um sorriso de alivio brotou no belo rosto da estudante.





Enquanto tirava sua maquiagem, Amanda pensava em sua vida e em rudo que já passou para chegar até ali.







Antes de entrar na faculdade de secretariado, Amanda fazia picos como modelo mas, após receber uma proposta indecente do dono da agencia em que trabalhava, decidiu que aquela vida não seria para ela e resolveu entrar numa universidade e ter uma carreira sólida. Isso já fazia três anos e Amanda Willians já não via a hora de chegar o dia de sua formatura, que seria daqui seis meses.





Após fazer sua higiene, Amada vestiu seu pijama, uma regata preta e uma calça larga de moletom na cor cinza, e se deitou. Ela estava exausta e logo pegou no sono.


O relógio marcava 1h00 da manhã, quando Amanda abriu os olhos e fitou o teto. Um sonho estranho a fez acordar, era mais uma lembrança, uma lembrança ruim daquele dia fatídico. Por um momento, a pequena Amanda pensou que iria morrer, mas se não fosse um homem barbudo de jaqueta de couro, Amanda estaria morta. Pelo menos não teria que ver a garotinha pálida durante dua infância toda.

A jovem se levantou, ainda cambaleando por seu cansaço, e se conduziu até o pequeno banheiro onde molhou seu rosto, nuca e pulso. Sua respiração estava acelerada e um aperto em seu coração a avisava que algo de ruim estava pra acontecer. Mas o que seria?


– Eu devo estar louca... de novo. - sussurrou Willians e depois soltou um leve sorriso.



Amanda saiu do lavabo e fitou sua cama. Estranho, seus lençóis já não estavam lá e a estudante não ouviu nenhum barulho de porta abrindo para que alguém entrasse. A morena seguiu até a porta do quarto, a abril e expessionou todo o escuro corredor, nada havia de errado ou fora do comum, até que um barulho de uma criança chorando tomou conta de todo o longo corredor. Amanda já tinha ouvido esse barulho uma vez, mas fazia tanto tempo...



A estudante se desencostou do batente da porta e, com passos pequenos e leves, foi se enfiando na imensidão escura do corredor. Um barulho de porta rangendo tomou conta do lugar e um dos quartos foi aberto fazendo passar toda a claridade que contia lá dentro, para fora e um volto foi visto.






– Mais que droga. - sussurrou Amanda se virando de costas para a porta aberta e voltando para seu quarto. - De novo não.









A estudante voltou ao seu quarto, abriu a gaveta do seu criado mudo e tirou de lá uma lanterna e uma pistola de brinquedo, daquelas de água, e voltou para o corredor seguindo sua extensão até o final dele e atravessou a porta calmamente.







O ar estava gelado e as luzes começaram a piscar lentamente. Novamente o choro de uma criança foi ouvido e novamente o vulto passou por todo o quarto.







– Vamos... Eu to louca para brincar também. - disse Amanda como se tivesse falando com o vulto.









Um menino loiro de pintinhas no nariz parou bem a frente de Amanda, os olhos da criança estavam marejados de tanto chorar. Ao se aproximar, Willians pegou com mais força a arma de água e apontou para o fantasma








– Não vai ser tão fácil assim, monstrinho. - e Amanda apertou o gatilho da arma








Da arma saiu água com sal, o que fez com que o fantasma desaparecesse por um momento, e sem ser percebido, o mesmo fantasma apareceu atras da mulher e atravessou sua mão pelas costas e alcançou o coração da mesma, porém, antes de conseguir arranca-lo, o fantasma foi apunhalado por trás por um espeto de ferro, finalmente Sam e Dean apareceram.










– Você esta bem? - perguntou Dean ajudando Amanda a se levantar










- Sim. - ela respondeu ainda se recompondo









– Ele pode voltar a qualquer momento. - disse Sam apressado - Temos que ir.









Dean e Amanda assentiram e se dirigiram até a saída, mas antes de conseguir se quer atravessar a porta, o fantasma voltou, só que com companhia, os impedindo de passar. Amanda novamente apelou para a arminha de água e sal e a criança desapareceu, porém a outra, aproveitando o descuido de Sam, o atacou fazendo-o ficar encurralados no patente da porta, o moreno tentou alcançar o sal que estava em seu bolço só que sem sucesso, a criança o fez cair no chão.







– NÃO! - gritou Amanda indo em direção a Sam que ficou desacordado




– O espeto! - gritou Sam - pegue o espeto!






Amanda correu até o espeto de ferro e se posicionou em frente a Sam, que ainda estava no chão com dificuldades de se levantar. O fantasma aparecia diversas vezes e Amanda, como num jogo de baseball, acertava o espeto todas as vezes no fantasma, até que o fantasma a surpreendeu e alcançou o coração da garota e o arrancou brutalmente deixando o carpo de Amanda Willian estirado no chão já sem vida.








Outro fantasma de uma das crianças tinha alcançado o coração de Dean, ele se debatia e gritava incessantemente pelo irmão.







– SAMMY! Ahhh!







Só mesmo um milagre para que Dean não tivesse seu coração arrancado de seu peito, até que a porta do dormitório foi aberta completamente e uma linda moça a atravessou segurando, em suas mãos, um espeto feito de ferro.






Ao se aproximar de Dean, a mulher acertou o espeto no espirito que insistia em se apoderar do coração do loiro caçador. O fantasma desapareceu, foi ai que Dean pode se recuperar e ver quem foi seu herói ou, no caso, sua heroína.







– Alexia? - disse Dean surpreso








– Oi Dean. - cumprimentou a caçadora com um sorriso encantador nos lábios






– Temos que ir agora! - gritou Sam ao se levantar - RÁPIDO!






Alexia estendeu sua mão para ajudar Dean a se levantar e os três saíram correndo do campus. Alexia entrou em seu antigo Dodge Charger vermelho 1968 acompanhada de Dean, enquanto Sam entrou no Impala 1967 e os dois carros saíram cantando pneu.






– Alex? - disse Dean ainda surpreso




– Você já disse isso, Dean. - comentou rindo





– É que eu ainda não intendi. Onde você esteve? Como ficou sabendo que estávamos lá? Você esta bem? - Dean estava mesmo surpreso







– Hei, calma! - Alexia riu novamente - Uma coisa de cada vez. Primeiro: sim, eu estou bem, e segundo: como sempre, pegamos o mesmo caso. Agora, a outra pergunta... - a caçadora olhou para Dean com o mesmo sorriso nos lábios - quem sabe depois.






Alexia estava totalmente mudada, não se vestia mais como uma garotinha, e sua fisionomia não lembrava nenhuma garota também, e sim uma mulher. A caçadora tinha cabelos castanhos escuro na altura da cintura caindo em cascatas sobre seus ombros em um ondulado perfeito. Seus olhos eram de um castanho médio lindo e seus lábios estavam bem marcados pelo batom vermelho. Ela vestia uma calça preta de um tecido imitando couro, botas de salto, blusinha na cor vinho e jaqueta de couro. Alexia Green tinha virado uma mulher linda e sexy.




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– Não conseguimos salvar a garota. - comentou Dean olhando para a rua em sua frente.





– Não se pode salvar todo mundo, Dean. Faz parte do trabalho. E conseguimos sair ilesos de lá, então não foi perda total. - consolou Alexia sorrindo.






O resto do caminho até o Hotel La tortura ocorreu calmante, Alex e Dean não trocaram nenhuma palavra, não por fala de vontade, mas porque eles ainda estavam sem entender direito o que havia acontecido. Já se passara um pouco mais de um ano e meio desde a última vez que eles tinham se visto, era como você tivesse se encontrado com um amigo de infância depois de alguns anos; Muitas coisas para contar, mas sem muita intimidade para quebrar o gelo.







– É aqui que vocês estão hospedados? - perguntou Alex ao estacionar seu Charger, ao lado do Impala, numa vaga em frente ao hotel





– É... - o loiro respondeu sem entender o porque da pergunta



– Se eu não conhecesse vocês, pensaria que eram cafetões...





Dean encarou Alexia sem entender a piada... Ou talvez ele entendeu, só não quis prolongar o assunto.





–0-




Ao atravessar a porta do quarto dos irmãos, Alexia e Dean se deparou com Sam sentado tomando uma cerveja como se nada tivesse acontecido.






– Alex! - disse Sam indo em direção a caçadora com um sorriso largo






– Sammy!







Os dois se abraçaram como dois grandes amigos que se encontraram após muito tempo sem se ver.









– Onde você esteve? Já fazem dois anos. - disse Sam







– Qual é!? Não faz tanto tempo assim. - a caçadora riu - Eu estava por aí. Dirigindo pelo país... caçando. O mesmo de sempre.






– Você não disse que iria sair dessa vida depois que matasse Adfur¹? O que aconteceu?







– O trabalho aconteceu. Eu era muito idiota em pensar que conseguiria sair depois de tudo o que aconteceu. Principalmente depois de matar aquele demônio desgraçado... Longa história.





- Você disse que pegou o mesmo caso que a gente, certo? - perguntou Dean


– É... parece brincadeira, mas é verdade.

– Você vai me dar outro soco na boca se eu propor união? - continuou Dean lembrando da primeira vez em que conversou com Alex.

– Não! - respondeu a caçadora depois de soltar uma risada e Dean sorriu em resposta.

– Então vamos lá. - começou Dean - Temos que juntar tudo o que sabemos.

– Bom, o que eu sei é que todas as vitimas se consultavam com um único médico, o doutor Ross. Ele herdou a clinica do pai em menos de 6 meses.

– Então o doutor é o principal suspeito. - comentou Sam

– Talvez sim, talvez não.

– Como assim? - perguntou Dean

– Eu descobri outra coisa. Vocês encontraram algum saches? Tipo saquinhos de bruxaria?

– Não.. - respondeu Dean

– Claro que não, pois eu os peguei. Desculpa. - Alexia deu um sorriso amarelo - Mas o fato é: Tem uma bruxa invocando os espíritos das crianças que morreram naquele incêndio do hospital. Os amuletos são feitos de uma forma diferente, custou para mim descobrir para que era. Digamos que ao invés de ossos de bebes, pernas de baratas e outras coisas cliché, os saches são feitos de uma planta. Alecrim pra ser ser exato.

– Por que Alecrim? - perguntou Sam

– Bom, antigamente alguns povos usavam o alecrim para ter fadas, eufos e até fantasmas sobe controle. É, com certeza, uma bruxa de uma linhagem bem antiga.

– Mas quem seria? Nenhuma das vitimas eram próximas uma das outras. Elas só faziam tratamento no mesmo lugar, via as mesmas coisas quando criança e foram mortas por alguma bruxa. - disse Dean num tom de sarcasmo - Tem mais uma coisa - continuou - Os pedacinhos de madeira que encontramos nos locais das mortes. Ainda não sabemos para que é.

– Eu posso ver? - perguntou Alexia


Dean foi em direção a sua mala em cima de uma cadeira ao lado de sua cama, a abriu e pegou um plastico transparente com dois pedaços pequenos de madeira e entregou á Alexia.



– Talvez seja mais um "fluido corporal" deixado pela bruxa. - comentou Dean



– Acho que não... - Alex, após de sentar em uma das cadeiras de madeira, abril o plástico e tirou os dois pedaços e os cheirou - Tem cheiro de eucalipto... um toque de enxofre também. Com certeza são dos fantasmas.





– E porque os fantasmas deixariam isso no local dos assassinatos? - perguntou Dean







– Talvez para nos dizer algo. - disse Sam - Você disse que tem cheiro de eucalipto? Caixões não são feitos disso?





– Você esta dizendo que são pedacinhos de caixões? - perguntou Dean -


– Talvez os fantasmas os colocaram no local para eles nos mostrar que estão em alguma caixa... caixão no caso. - disse Sam - Temos que investigar mais. Ou melhor, investigar o doutor engomadinho. Ele é o principal suspeito. - concluiu.


Alexia se levantou da cadeira de madeira onde estava sentada e foi em direção a saída do quarto.



– Onde você vai? - perguntou Dean



– A biblioteca da cidade. Eu já revirei a internet toda atras de algo a mais e sempre encontro as mesmas coisas. Precisamos de outra fonte.





– Mas é madrugada. A biblioteca esta fechada. - tornou Deam







– Quem precisa de porta quando se tem uma janela? - respondeu Alexia dando de ombros





– Você vai invadir a biblioteca? - Dean perguntou abismado


– Eu não diria isso. Eu só vou entrar sem que ninguém saiba. E nós não temos tempo para esperar mais. Essa história já foi longe de mais, temos que dar um ponto final.

– Eu vou com você - disse Sam

– Então vamos.


Alexia e Sam saíram do hotel rumo a biblioteca da cidade em busca de documentos sobre a história do antigo hospital, onde agora é a universidade.

Ao chegar na porta da biblioteca, Sam e Alex começaram a estudar a construção para achar uma forma de entrar.


– Tem uma janela aberta ali em cima - Alexia apontou uma enorme janela entre aberta no segundo andar do prédio


– E como a gente vai chegar lá? - perguntou Sam

– Feito macaquinhos em ganhos de arvores - respondeu Alexia com um sorriso divertido

– E você vai bancar a macaquinha com esse salto?

– Gosto de fazer o trabalho com classe. - Alexia se colocou em frente a uma depressão e deu impulso para subir - Você vem ou não?

– Eu tô atras de você.


Alexia subiu até a janela que antes apontara e a abriu com agilidade. Ao ver aquilo, Sam soltou um sorriso de lado. "Ela ficou mesmo dura na queda." Pensou o caçador.


Enfim, os caçadores conseguiram entrar na biblioteca, e como as luzes não estavam acesas, eles foram obrigados a utilizarem as lanternas.


– O que estamos procurando? - perguntou Sam após um tempo fitando as várias prateleiras contendo vários livros e pastas.


– Documentos do antigo hospital. Normalmente esse tipo de documento está em um lugar mais reservado, porque não é todo mundo que se interessa por esse assunto.

– Claro que não - sussurrou Sam concordando com Alex


Sam e Alexia começaram a fuçar nas várias prateleiras da biblioteca em busca de pastas com registros.



– Faz tempo que você esta na cidade? - perguntou Sam


– Não muito, dois dias eu acho. Por que?

– Por nada. - respondeu Sam


"Ela esta na cidade em menos tempo que nós e já sabe que quem esta fazendo tudo aquilo é, na verdade, um bruxa, enquanto eu e Dean só encontramos pedaços de madeira e ectoplasma." Pensou Sam


Logo depois de um longo período vasculhando, finalmente os caçadores encontraram o que tanto procuravam. Porém, infelizmente, eles já não eram os únicos ali.


– O que estão fazendo aqui? - um homem de cabelos grisalhos surgiu de trás de uma das estantes de livros, carregando uma lanterna. Ele usava um uniforme azul escuro e um boné, com certeza era o segurança da biblioteca - Vocês não estão grandinhos para invadirem lugares assim para se agarrarem?!


– CORRE! - gritou Alexia para Sam, que com toda velocidade apanhou as pastas e saiu correndo atropelando alguns livros que estavam em cima de uma mesa.

– PAREM AÍ! LADRÕES! - gritou o guarda correndo atrás dos caçadores


Sam e Alexia encostaram numa parede assim que sairam da biblioteca para tomar folego.



– Essa foi por pouco - disse Sam recuperando a respiração.



– É... - concordou Alexia e eles gargalharam






A porta da frente da biblioteca se abriu e o mesmo guarda saiu gritando









– PARE AÍ SEUS LADRÕES!! ESSES DOCUMENTOS SÃO DO GOVERNO!







– Droga! - sussurrou Sam







Os caçadores começaram a correr novamente se acabando de rir pela situação em que se encontravam








–0-







Já se passava de um pouco mais do meio-dia, e os caçadores ainda estavam sentados á mesa no hotel com as várias pastas abertas e os papeis tomando toda a mesa de madeira barata.







– Não adianta. Não tem nada aqui. - comentou Sam já sem esperanças de encontrarem algo para ajudar no caso. - Só estatísticas e logística. Que diferença faz saber por onde o fogo se alastrou?






– Continue procurando, Sam - disse Alexia com seus olhos voltados a um papel em suas mãos.







"Incêndio na ala infantil no Hospital Psiquiátrico de Wausa - Mais de 10 crianças mortas"









Em baixo das enormes letras formando o título da reportagem, vinha uma enorme imagem, em preto e branco, do dia do incêndio. A foto retratava de fundo o hospital, ainda com alguns focos de fogo e fumaça saindo por várias janelas, carros de bombeiros e viaturas policiais por toda a rua. Em primeiro plano, havia uma criança deitada em uma maca com queimaduras nos braços e ao lado da maca, havia uma mulher muito bonita e bem vestida com cara de choro e sofrimento. Ao lado da foto, com letras minusculas, tinha a nota do jornal:







"Na foto, Alanis Brown, mãe de Gregori Brown, a criança sendo socorrida."





Alexia fixou bem seus olhos na imagem da mulher, ela era um tando conhecida para ela, só o nome que não lhe era conhecido.






– O que foi? - perguntou Sam após ver a caçadora durante um tempo encarando a foto






– Essa mulher... ela me parece um tanto familiar. - respondeu Alex






– Que mulher? - o caçador se pós atras da caçadora e alcançou o jornal com os olhos e se pós a ver a imagem da mulher de quem Alexia falava - Essa não. Agora esta tudo explicado.







– Como assim? Você a conhece?





– Claro! Ela é a secretaria do doutor Ross, Scarllet Brown.


– Droga. Então estamos atrás da pessoa errada.


Dean havia saído cedinho, sozinho por opção própria, para seguir o doutor Ross.


Alexia se levantou da cadeira e apanhou o celular em uma das camas. Após alguns toques na tela do portátil, a caçadora o levou até a orelha.



– Alô! Dean? - perguntou Alexia eufórica





O que houve?– a voz de Dean do outro lado da linha respondeu





– Estamos suspeitando da pessoa errada.





O que? Não estou entendendo. Eu estou no carro, já estou voltando para o hotel. O doutor não tem nada de mal. Na verdade a vida dele é um porre.




– NÃO! ESPERE! DEAN?! - gritou Alexia desesperada


Já estou chegando.


Alexia desligou o celular e o jogou na cama



– O que houve? - perguntou Sam



– A ligação estava ruim, ele não entendeu nada.





– E agora?







– Pelo menos ele está vindo para cá. Ele disse que o doutor não tem nada de suspeito.





– Bom, agora a gente pode bolar um plano.


–0-


O barulho de motor do Impala anunciava que Dean tinha chegado, e logo Alexia se levantou da cadeira de madeira e se pós rumo a porta de entrada, esperando o caçador abri-la.



– Hei! - cumprimentou Dean após atravessa-la



– É tão difícil pra você entender o que eu falo? - perguntou Alexia de forma ríspida.





– Eu disse que a ligação estava ruim. O que você queria que eu fizesse? - Alexia ficou calada como se visse que estava errada - O que aconteceu?







- Estamos suspeitando da pessoa errada. - respondeu Sam entregando o velho jornal, onde contia a imagem, para Dean.





– Era só o que me faltava. - comentou o caçador ao ver a foto - Então a bruxinha é a secretária do doutor Ross. Que safada! - Temos que descobrir onde a bruxinha mora - Dean pegou as chaves do Impala novamente e foi em direção a saída - Vão ficar paradas aí? - perguntou o caçador


– Há? Não. Vamos, vamos - responderam Sam e Alexia sem jeito.

–0-


O Impala estacionou em frente a clinica psiquiátrica onde a secretária trabalha e Dean, Alexia e Sam saíram de dentro dele e seguiram até a entrada.


Já na recepção, onde Scarllet trabalha, não havia ninguém, somente mesas, cadeiras e um sofá preto. Ao longo do corredor, vinha um homem de jaleco branco, tipico de médico.



– Com licença. - começou Dean tirando sua identidade falsa do bolço e a mostrando depois - FBI.





– Hei! Nós já conversamos hoje cedo. - disse o médico





– Ah, sim! Doutor Ross. Onde está sua secretária? - perguntou Dean





– Ela pediu para ser dispensada mais cedo. Ela foi para casa.




– Que é...?


– Aconteceu algo, agente? - perguntou o médio assustado

– Sim. Na verdade não. É que... - Dean se aproximou do doutor Ross e meio a sussurros falou - Bom, temos umas perguntas para ela. É confidencial.

– Ah sim. Claro - comentou o médico com um pequeno sorriso nos lábios - Tudo bem, eu vou passar o endereço dela. O senhor, queira me acompanhar até a minha sala. Lá eu tenho anotado.


Enquanto Dean acompanhava o doutor Ross, Alexia e Sam ficaram na sala de espera. Assim que a porta do consultório do doutor Ross se fechou, Dean e ele começaram a conversar



– Deve estar por aqui. - disse o médico indo em direção a sua enorme mesa de madeira com vidro



– Você tem bom gosto para decoração - comentou Dean olhando para a sala e fitando os vários vasos com apenas um tipo de planta - Alecrim - sussurrou Dean





– Disse alguma coisa, agente? - perguntou o médico







– Alecrim? - disse Dean sem jeito





– Ah, sim. - sorriu o doutor - Minha secretária adora essa planta. Ela diz que trás segurança, fora o cheiro gostoso que ela tem. Scarllet a plantou em todo o consultório


– Que gracinha. - comentou Dean num sorriso simpático, mas o que ele quis dizer era "Filha da mãe! (Son of a Bitch)".

– Aqui esta, o endereço. - o doutor Ross entregou um pequeno papel para Dean com alguns escritos.


Após o caçador agradecer ao doutor pela hospitalidade, ele, Sam e Alexia seguiram para a casa de Scarllet.


–0-



O Impala encostou a sarjeta na esquina da rua da casa de Scarllet Brown e Dean, Sam e Amanda desceram e foram rumo a casa da secretária/bruxa.




Ao chegar perto da casa, Alexia tocou a campainha mas ninguém atendeu. Dean e Sam rodaram a casa e não encontraram nenhum vestígio de Scarllet, sinal de que ela na estava em casa. Alex girou a maçaneta da porta da frente e viu que estava trancada então, a caçadora tirou um grampo de suas madeixas e forçou a fechadura com a mesma e aporta se abriu.







– Psiu! - chamou Alexia fazendo sinal para os caçadores entrarem











Os três caçadores entraram na casa e começaram a vasculhar o local para ver se Scarllet realmente não estava em casa, e realmente não estava. Então os caçadores começaram a procurar provas de que a secretária um pouco mais de 100 anos.












Dean subiu as escadas e entrou no quarto de Scarllet e começou a vasculhar. O caçador abriu o guarda-roupas e descobriu o seu "altar" pagão. Nele havia símbolos, fotos de crianças e fotos de vários estudantes que já haviam sido mortos na universidade. Agora estava confirmado; Scarllet era uma bruxa, muito, muito velha. Enquanto isso, no andar de baixo...










Sam vasculhavas as várias estantes na sala de estar, nelas havia vários livros, a maioria de religiões antigas, o caçador não se aquentando de tanta curiosidade, foleou as várias paginas.









Alexia, por sua vez, também tinha feito suas descobertas, ela havia chegado até a cozinha e, ao ser chamada a atenção por uma porta velha de madeira clássica, ela caminhou até ela e forçou a fechadura até que ela se abriu.






A porta dava para uma longa escada e um comodo bem escuro lá embaixo, tão escuro que só dava para ver os 7 primeiros degraus da escadas. Usando sua lanterna e sacando sua 38" começou a entrar na escuridão.


Conforme a caçadora descia as escadas, a madeira dos degraus da escada rangiam e um barulho estridente tomava conta do comodo ainda desconhecido.

Finalmente Alexia se encontrou no final da escada e sua lanterna começou realmente a trabalhar. Conforme a luz da lanterna batia nas paredes, revelava a "decoração" um tanto quanto macabra do lugar; Suas paredes eram escuras e não havia ventilação e iluminação era algo que realmente faltava naquele lugar.

Algumas caixas grandes em um lado do comodo chamou a atenção da caçadora que se aproximou delas e, com bastante cuidado, abriu uma delas. Um cheiro horrível entrou nas narinas de Alexia fazendo com que a moça faça uma careta de nojo, não só pelo cheiro, mas pelo que havia na caixa; Ossos de uma criança morta a bastante tempo. De certo era o corpo de uma das crianças fantasma que assombrava a faculdade.


– Sam! Dean! - gritou Alexia - Encontrei os corpos!



Sam, ao ouvir a voz de Alexia vinda do porão, chama seu irmão e vai ao encontro da caçadora.



Alexia voltou até o pé da escada e gritou novamente pelo seus companheiros. Ao avistar a Sam perto da porta no topo das escadas, Alexia disse;






– Encontrei os corpos, Sam. Todas as crianças que assombram a faculdade estão aqui. Só que estou sem gasolina para botar fogo nos corpos.








– Tudo bem, fique aí, vou pegar. - disse Sam







Ao virar de costas, Sam avista Dean descendo das escadas com várias fotos e acessórios como colares e anéis com símbolos antigos.







– Cade a Alex? - perguntou Dean






– Está no porão. Ela achou os corpos, vou buscar a gasolina.







Dean assentiu e foi em direção a porta que dá para o porão, mas antes de ver qualquer coisa, a porta de fechou rapidamente impedindo Dean de ajudar Alexia.









– DEAN!!! - gritou a caçadora







– Esta tudo bem Alex. - disse Dean dando chutes na porta - Vamos te tirar daí. Fique calma.







O caçador se virou de costas para a porta, no intuito de ir até sua mala e buscar o pé de cabra, já que seus chutes não adiantaram muito. Mas foi ai que os olhos verdes de Dean encontrou a face de Scarllet, a bruxa.









– Não pensou que seria tão fácil, pensou? - perguntou Scarllet num sorriso maléfico em seus lábios.







–0-







Sam se aproximava da porta de entrada da casa de Scarllet, com a gasolina já em mãos, quando ouviu a voz de Scarllet conversando com Dean então, deu a volta na enorme construção até chegar a uma janela que dava para o porão. A janela era pequena e estava tampada por tabuas de madeira para que a luz não atravesse, Sam teve muito trabalho para abrir aquilo.









– Alex! - sussurrou Sam







– Sam? O que esta acontecendo?






– Eu não sei... ouvi Scarllet conversando com Dean então, resolvi dar a volta e te entregar. Anda, queime logo!








A caçadora alcançou a garrafa com a gasolina e se pós em frente as caixas, para não demorar tanto e correr o risco de ser morta pelos fantasmas raivosos, Alexia não se importou tanto e tacou gasolina em todas as caixas de uma só vez. O que ela não tinha pensado era que se colocasse fogo nas caixas, o fogo iria se alastrar e com a porta fechada, seria quase impossível de sair de lá sem ser pega pelas chamas. Era tarde demais, a chamas estavam tomando conta de todo o lugar, foi ai que os mini-fantasmas apareceram. Mas por incrível que pareça, eles não se foram, ficaram parados sem que a chama os matassem de fato.







– Filha da mãe! Eu deveria ter pensado nisso. - disse Alexia correndo até a pequena janela onde Sam tinha lhe entregue a gasolina - Sam. - chamou - Sam! Sammy!




– Fala.





– Não esta dando certo, os fantasmas não se foram. Na verdade eles estão paradinhos aqui olhando pra mim. A desgraçada deve ter feito um feitiço de fechamento de corpo.







– O que? - perguntou Sam





– Feitiço de fechamento de corpo. Ela achou uma forma de desligar a ligação do corpo físico e a alma das crianças.


– Se o corpo queimar, não acontece nada com os fantasmas. - concluiu Sam - Eu já volto.

– Onde você vai? SAM! - chamou a caçadora, mas Sam já tinha ido. Ele tinha uma ideia.

–0-


Dean acordava amarrado em uma cadeira na cozinha de Scarllet, ao abrir completamente os olhos, o caçador se deparou com a bruxa o fitando.



– Acordou cachinhos de anjo? - disse Scarllet - É uma pena eu ter que te matar... vai ser um desperdício para o time das mulheres. - comentou se aproximando de Dean



– Vai me dar um beijinho de despedida? - caçoou o caçador





– Engraçadinho.







– Posso te fazer uma pergunta antes de morrer... De novo? - perguntou Dean e Scarllet assentiu - Por que?





– Das mortes? - Dean assentiu - Você sabe o que é ver seu filho ser chamado de louco pelos amiguinhos e pelos médicos só porque disse a verdade? - Dean negou com a cabeça - Claro que não. Você passou a vida inteira escondendo das mulheres com quem se deita de sua verdadeira vida.


– Que vida? - perguntou Dean se entender

– Coisas sobrenaturais existem e que elas nos cercam a todo o tempo.

– Seu filho sabia que coisas sobrenaturais existem? - perguntou Dean

– Claro. Se você fosse filho de uma bruxa não iria ficar sabendo? - Scarllet respirou fundo e começou a contar - Meu filho sempre soube o que a mãe dele fazia para ganhar a vida, eu fiz questão de não esconder dele para que se algo acontecer com ele, ele saberia o que fazer. Foi ai que tudo começou...


!Flashback ON!


POV Scarllet Brown


*Wausa City, 1945*






Eu e meu filho estávamos nadando no lago atras de casa, era o nosso passatempo preferido e nunca tinha acontecido nada conosco ali.




Era uma tarde calorosa e Gregori, meu filho, havia chamado alguns amiguinhos para brincar junto com ele no lago. Estava correndo tudo bem quando, do nada, um dos amiguinhos do meu filho começou a se afogar. Nós tentamos agarra-lo, tira-lo de lá, mas algo muito forte não deixava e, infelizmente, a criança foi para o fundo do lago e sumiu. Ele nunca mais foi visto.



Greg disse para mim que havia dito que tinha algo puxando o amigo dele para baixo, infelizmente ele também disse para o policial, para os médicos e para a assistente social. Todos pensaram que eu era uma péssima mãe que deixava seu filho louco sem tratamento... Eles tiraram o meu filho de mim, me meus braços, e o levou para o 'Hospital Psiquiátrico San Martin' para fazer tratamento.




Eles fizeram uma lavagem cerebral no meu filho... ele não era ele mais, não era meu filho, não era o Greg. Ele estava abatido, não ria, não chorava e também falava que coisas sobrenaturais não existiam. Sabe o quanto doí para uma mãe, que também é bruxa, de seu próprio filho que ela não existe?




Uma garotinha, Rose Lincon, chegou ao hospital no ano seguinte da morte do amigo de meu filho, e se uniu a ele. Eles viraram ótimos amigos com isso, Rose começou a falar para meu filho o que tinha visto no dia da morte dos pais dela e que o mundo sobrenatural existe. Meu filho finalmente começou a falar comigo. Mas nem todas as crianças aceitavam isso devido ao tratamento. Um belo dia, Rose cansada de ser tratada como louca ateou fogo na ala infantil... infelizmente, as chamas alcançaram meu filho e ele morreu logo depois de ser socorrido.



!Flashback OFF!


POV narrador


- Foi aí que eu resolvi pegar os corpos das crianças que morreram no incêndio para se vingar das crianças que dizem que monstros, bruxas, vampiros e bicho-papão não existem. - Scarllet concluiu.





– Aí você conseguiu um emprego numa clinica psicológica para saber quais pessoas você poderia atacar. Minha pergunta é - começou Dean se ajeitando na cadeira - Por que o dormitório da universidade?





– Oras... Era lá que a ala infantil ficava, era lá que as crianças morreram... fala sério, você sabe sobre 'regras fantasmas' tanto quanto eu. - disse Scarllet.





- Mas o que você não pode fazer, Scarllet - Sam surgiu descendo as escadas com um livros de magia - é com que os fantasmas matem por aquilo que não tem magoa e sim você.




Sam se aproximou mais de Scarllet e Dean, que ainda estava amarrado na cadeira, ainda com o livro em mãos.




– Você não sabe o que diz, caçador. Foi isso que eu fiz e eu consegui. - disse a bruxa já sem paciência



– Eu sei sim... Crianças são seres que ainda não tem rancor ou magoa de ninguém. Quando elas morrem, elas simplesmente vão... sem questionar o "por que" e sem ter raiva de ninguém. Foi você que colocou esses sentimentos nelas. Mas mesmo assim, elas não queriam matar ninguém, por isso que as vitimas ouviam choro de criança, elas não estavam felizes em matar ninguém.





– O que faz com meu livro? - perguntou Scarllet deixando transparecer a raiva em seu olhar e em sua respiração. Ela não podia negar que as palavras de Sam eram verdadeiras.







– Esse livro aqui? O seu livro que você usou para desligar a ligação do corpo com a alma das crianças assim, se queimar o corpo nada acontece com o fantasma. Então veremos o que acontece se eu fazer com que os fantasmas virem contra a sua "criadora".






Sam abriu o livro onde havia marcado com uma outra folha de papel e começou a ler numa língua estranha e antiga.




– O que pensa que esta fazendo, idiota?! - gritou Scarllet



– Estou chamando as crianças para a hora do lanche.






O caçador terminou de recitar as palavras que contia no livro, mas nada aconteceu até então, nenhum raio, queda de luz e nem a temperatura caiu. Nada.









– HAHAHA! - riu Scarllet - Seu idiota! Você não conseguiu, ainda estou aqui. HAHA. Tudo bem, eu deixo você tentar de novo.







– Acho que não vai ser necessário, vadia. - comentou Dean arregalando os olhos ao se deparar com o que acabara de surgir atras da bruxa.







Scarllet se virou e se deparou com todas as crianças que havia manipulado para assassinar os alunos na universidade a muitos anos. As 12 crianças já não choravam mais, ao contrario, a cada aproximação que conseguia com Scarllet, elas riam mais e mais. Finalmente as crianças encurralaram a bruxa e as gargalhadas puderam ser ouvidas a quarterões de distancia até que o corpo de Scarllet acompanhada das crianças sumiram pelo ar.









– Que pestinhas. - comentou Dean - Como você descobriu isso tudo?







– Longa história. Temos que tirar Alexia do porão.







Ao se aproximar da porta que dá para as escadas do porão, Dean e Sam viram fumaça passar por debaixo da porta e, como companhia, um cheiro horrível. Dean tocou na maçaneta mas logo tirou sua mão ao ver a temperatura alta que tinha tomado conta da peça.









– ALEXIA!!! - gritou Dean - ALEXIA!! - batia na porta sem se preocupar com a temperatura quente que havia ali.







– Para trás. - disse Sam se aproximando da porta com uma cadeira de ferro antiga.







A cadeira foi de encontro com a porta duas vezes, e na terceira ela se abriu mostrando o quanto o fogo já tinha tomado aquele lugar.









- ALEXIA!! - gritou os irmãos mais nenhuma voz respondeu








Dean se enfiou em meio as chamas em busca da companheira de caça. Ao olhar para trás viu Sam nem se mover para ajudar o irmão na busca. O irmão mais velho ficou realmente puto pela atitude do irmão, mas não era momento de começar uma briga então, o caçador desceu as escadas. Depois de se esquivar de alguns pedaços de madeira caindo, o corpo de Alexia foi avistado caído no chão.








– Alex! - gritou Dean se aproximando da caçadora










O corpo da caçadora estava mole, porém ainda estava com pulso.











– SAMMY! ELA ESTA VIVA! PEÇA AJUDA!! - gritou Dean desesperado.










– Hã? Dean? - a voz rouca e falha de Alexia o chamou









– Sim sou eu.








– Temos que sair daqui. - disse me meio a tosse.






Dean se levantou e pegou Alexia no colo e foi se desviando das chamas até a saída.




– Está tudo bem, Alex. A ambulância já vai chegar. - disse Dean a tranquilizando.




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Notas finais do capítulo

Adfur¹: Quem leu a primeira temporada sabe que Adfur foi o "monstro da semana", na verdade, o "Demônio da semana". Foi ele o responsável pela morte de todos os familiares de Alexia e assim ela se tornou caçadora.
.
Mal Alexia retorna e ela já se coloca em perigo para Dean salva-la heim kkk. Mas fiquem tranquilos (as) nossa caçadora preferida está bem.
É isso, bom ano para nós e.....
HORA DO REVIEW!!
Até mais pessoal!
PS: O formato do capitulo está Horrível! Eu tentei arrumar muitas e muitas vezes, mas todas elas foram em vão.



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