A Prisão de Ogígia escrita por Del Rey


Capítulo 12
Capítulo XII - Vou em busca de Thalia (Nico)


Notas iniciais do capítulo

Minha internet caiu e não queria voltar ¬¬
Cara eu amooo esse capítulo []
Nico é mt foda bjs
(Leia as notas finais)



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–- Bom -- Drew estava pensativa -- pode não parecer, mas eu não me preocupo apenas com maquiagem.

–- Claro -- resmunguei -- uma filha de Afrodite não liga para maquiagem.

–- E é claro que essa filha de Afrodite está querendo ajudar um filho de Hades resmungão -- Drew rebateu -- E é claro também que eu não sou obrigada à te ajudar. Então eu acho melhor você calar a boca e ouvir Nico di Angelo.

Dei de ombros.

–- Eu estava tomada pelo espírito de Gaia. Como eu sobrevivi não faço idéia.

–- Existe um lugar -- interrompeu Érick -- abaixo do Mundo Inferior.

–- O Tártaro -- conclui.

–- Errado -- Drew revirou os olhos -- é uma Prisão. É onde os aliados de Gaia provavelmente estão. Tenho certeza que Thalia não caiu naquela fenda por azar. Gaia vai querer corrompe-la.

–- E como posso salvá-la?

–- Você deve descer a essa prisão. E Se tiver sorte conseguirá encontrar Thalia e sair vivos de lá. Aquele lugar é traiçoeiro, tome muito cuidado -- Drew me deu um olhar duro.

–- Pode deixar -- sai da sala às pressas.
Se a tal prisão é abaixo do Mundo Inferior, o primeiro lugar à ir é o palácio de meu pai.

• • •

–- Deixa eu ver se entendi -- meu pai não falava, ele berrava mesmo -- Você pretende descer à uma prisão onde nem eu me atrevo à sequer pensar?

–- É -- respondi um tanto quanto tolo.

–- Olha garoto não vou levar isso em consideração. Essas crianças de hoje...-- então ele desapareceu em fumaça escura.
Eu estava prestes à ir embora. Quando Perséfone minha madrasta me chamou.

–- Vejo que seu pai não autorizou o seu suicidio -- ela falou em tom de irônia.

–- Não é da sua conta -- quando eu estava perto da porta ela apareceu na minha frente -- Sai da minha frente!

–- Acho nobre da sua parte querer salvar a sua namoradinha descendo à um lugar tããão romântico, um tanto quanto estúpido tambem -- eu odeio aquela mulher.

–- Já disse pra sair da minha frente, Perséfone -- rebati.

–- Posso te ajudar, meu querido enteado -- ela apertou minhas bochechas como uma tia que não via o sobrinho há muito tempo.

–- Argh -- eu a empurrei -- O que você ganharia com isso?

–- Aquele pequeno incidente com meu... visitante, deve ficar apenas entre nós.

–- Você quer dizer que eu não devo contar a meu pai que você anda recebendo qualquer um aqui?

–- Olha! Você está ficando espertinho -- ela sorriu -- Isso mesmo Sr. Óbvio, isso deve ficar apenas entre nós.

–- E então, vai me ajudar ou não?

–- Aqui está um pequeno mapa -- ela revirou os olhos -- se você não fosse tão burro, não precisaria de mapa algum. Não chegue perto do abismo para o Tártaro e outra, evite pensamentos ruins lá embaixo.

–- Pensamentos ruins para um filho de Hades pode se concretizar muito mais rápido -- conclui.

–- Isso mesmo, Sr. Óbvio -- Perséfone olhou para os lados -- Agora vá garoto. E tente ficar vivo.

–- Desde quando você se importa comigo? -- perguntei.

–- Desde... porque você faz tantas perguntas? Vá logo, antes que seu pai apareça.

Sai da sala de tronos. Segui em frente, descendo cada vez mais. Perséfone disse para eu não me aproximar do abismo para o Tártaro, mas o mapa levava até aquela direção.

"Olhe direito o mapa, garoto burro" disse Perséfone em minha mente.

–- Estou olhando, mas o mapa me leva até o Tártaro -- resmunguei.

"Presta atenção garoto, isso tudo é preguiça?" ela disse novamente na minha mente.

–- Aah! Encontrei -- respondi.

"Aah! Encontrei.. Lerdeza deve ser um dom dos homens da família" aquilo só podia ser uma indireta de Perséfone.

–- É claro... Ah cala a boca, e me deixe em paz, Perséfone -- reclamei.

"Tudo bem então, enteado querido.." ela respondeu pela última vez.

Olhando bem, ao lado do abismo havia uma pequena entrada. Só podia ser ali, era como se a tal prisão ficasse entre o Hades e o Tártaro.

Adentrei. Era um lugar estranho. O corredor era estreito, sujo e com muito pouco oxigênio.

Fiquei muito tempo ali, talvez horas.

Até que me encontrei em uma verdadeira prisão. Havia celas por todos os lados, de todos os tamanhos, podendo caber de gigantes até pequenos karpóis. O lugar era escuro e úmido. Eu já estive naquele lugar, não sei como, mas já estive lá. O estranho é que não fui surpreendido por nenhuma criatura monstruosa, eu tentei entender o porque de meu pai ter tanto medo daquele lugar. Não havia nada além de celas vazias e sujas.

Foi quando eu ouvi alguns soluços. Tentei ir em direção à eles, mas quanto mais eu tentava segui-los mais os ruídos se dispersavam.

Vasculhei cela por cela. Então encontrei.

Estremeci. Aquele lugar... era o mesmo do meu sonho. As paredes negras e altas delimitavam uma enorme sala. No canto encontrei duas figuras, uma garota alta de cabelos loiros emaranhados chorava enquanto um garoto a abraçava. Do lado, uma outra garota de pele clara como a neve soluçava, seus olhos elétricos estavam praticamente vermelhos de tanto chorar. A reconheci na mesma hora.

–- Thalia! -- corri até ela -- o que fizeram com você? Deuses! Vou tirá-la daqui.

–- V-você tem que sair daqui -- ela estava assustada de um jeito que eu nunca vi -- Vai Nico, se ela encontrar você...

Antes mesmo de Thalia completar a frase, senti um repuxo nas costas, algo me puxou para trás. E logo fui arremessado contra a parede.

–- Olha o que temos aqui! Um filhote de Hades -- aquela voz... eu conhecia aquela voz.

–- Q-quem é você? -- perguntei tentando distinguir a imagem que estava a minha frente.

–- Ora essa, eu deveria matá-lo por não saber quem sou eu -- a voz silenciou por um minuto -- Sou Aracne, semideus estúpido!

Tentei atacá-la no mesmo momento, em vão.

–- Acho melhor você não tentar nada, Nico di Angelo -- ela sorria mostrando suas presas, e cara, uma espécie de aranha com presas não é nada legal -- Ou eu destruo a sua namoradinha. Você não quer isso, quer?

–- Namoradinha? -- Percy perguntou.

–- Calado, Perseu. Você anda falando demais.

–- Achei que monstros como você, fossem mandados para o Tártaro -- resmunguei.

–- E são, semideus. Muitos conseguiam escapar do Tártaro. Então Zeus mandou Hades contruir essa prisão. Então quando conseguimos escapar daquele... "inferno" viemos pra cá -- eu não entendo porque ela estava perdendo tempo comigo.

–- E... onde estão todos? -- perguntei tentando ganhar tempo.

–- Alguns conseguem "seduzir" pessoas que querem poder e fogem daqui, um exemplo disso foi Cronos. Os outros estão vagando por aqui e... Agora chega dessa conversa. Tenho ordens à cumprir.

–- Ordens de Gaia, certo?

–- Sim, gosto de ficar do lado vencedor da história -- Aracne respondeu.

–- Gaia falou de você -- falei.

–- Falou? Quero dizer, claro que falou e muito bem presumo.

–- Ó claro. Falou bem, bem mal.

–- Como assim? -- ela franziu a testa. E acredite, uma criatura como Aracne franzindo a testa não é muito bonito de se ver.

–- Ela disse "Enquanto eu domino o Olimpo, a estúpida da Aracne vai mofar naquela prisão".

–- Como ela pode -- Aracne resmungou.

–- Você é poderosa Aracne -- arrisquei -- você só serve a pessoa errada.

–- O que você quer dizer?

–- Junte-se a mim, derrotaremos Gaia e todos os deuses. Todo o poder será nosso -- cara, eu fiquei com medo de estar rindo e Aracne descobrir que eu estava tentando enganá-la.

–- Não me faça rir. Você veio aqui apenas para salvar seus amiguinhos -- ela rosnou.

–- Confesso que no começo vim aqui salvar apenas Thalia -- o que eu estava prestes a dizer iria me matar por dentro -- mas percebi que é perda de tempo me sacrificar por uma simples semideusa. Muitas outras, até melhores que Thalia podem me satisfazer.

–- Nico? -- Thalia estava perplexa.

Annabeth que agora havia parado de chorar, pareceu entender o meu plano.

–- Você está blefando, Nico -- ela piscou pra mim e disse algo sem emitir voz relacionado a "a espada idiota". Entendi a mensagem.

–- Só não corto o seu pescoço agora -- eu apontei minha espada para a garganta de Annabeth. Percy me olhou como um animal feroz, por sorte ele estava amarrado -- porque talvez você seja útil para mim e Lady Aracne.

–- Então temos um traidor! Que revigorante -- Aracne sorria.

–- Nós podemos derrotar Gaia -- continuei -- ela não assumiu sua verdadeira forma. Nós dois Aracne.

Ela estava acreditando em mim. Thalia e Percy me juravam de morte.

–- Vamos conversar, Di Angelo -- ela sorria frenéticamente -- longe desses semideuses.

Começamos à andar pelas celas vazias. Eu à elogiava constantemente. Aracne fez questão de contar seus feitos.

Eu só conseguia lembrar de Thalia me contando sobre o ponto fraco de cada animal. E o ponto fraco da Aranha? Deuses! Qual era mesmo?

–-... foi quando uma fenda se abriu e todos eles caíram -- Aracne falava mais que o Percy.

Era isso! As aranhas tinham uma espécie de fenda em suas "costas" e isso era o ponto fraco de todas. Deveria ser o de Aracne tambem. E de fato, Aracne tinha uma fenda nas "costas". Eu parei, ela continuou andando e tagarelando. A minha primeira e última chance seria aquela. Empunhei a espada e cravei com toda a minha força no seu ponto fraco.

Ela se virou rapidamente e aperto meu pescoço.

–- Seu plano deu errado, filhote de...-- por um momento pensei que eu havia falhado. Mas Aracne começou à se contorcer, praguejou algo em grego como "maldito" e virou poeira.

De volta à sala onde meus amigos estavam...

–- Você voltou -- Thalia parecia um demônio, pronta pra me matar -- Eu ainda quero arrebentar a sua... -- eu a interrompi com um beijo.

–- Vamos, não temos muito tempo -- eu desamarrei Percy, Annabeth e Thalia.

–- Você foi incrivel -- Thalia me abraçou e me beijou. Mas logo me deu um soco no estômago (mania chata) -- Poderia ter morrido, seu idiota. Não é por que você é um filho de Hades, que pode sair se suicidando por aí e outra...-- a interrompi com outro beijo. Era bom fazer isso.

–- Hã... porque vocês... quero dizer... não tenho nada contra... mas... -- Percy estava confuso, ele não sabia do meu namoro com Thalia. E pra ele foi uma surpresa Thalia ter me beijado, principalmente pelo fato de que há algum tempo atrás ela me odiava.

–- Percy, como você consegue ser tão lerdo? -- Thalia revirou os olhos.

–- Explicamos isso depois, primo. Não temos muito tempo -- falei.

–- E Aracne? -- Annabeth perguntou.

–- Virou pó -- respondi.

–- Como vamos sair daqui? -- Percy ainda estava bem confuso.

Tirei um apito do bolso e assoprei. Duas figuras enormes apareceram. Percy apontou a espada para a uma das figuras.

–- Srª O'Leary, quem é a outra?

–- Outro -- corrigi -- Ele é um... hã... amigo da Srª O'Leary.

–- Tudo bem...-- Percy pensou por um momento -- Precisamos ir para o acampamento.

–- Não podemos. Ainda é dia lá encima, cães infernais viajam apenas pelas sombras, ou seja, a noite. Vamos para o Central Park. Depois vemos outro jeito de ir para o acampamento.

Percy e Annabeth subiram na Srª O'Leary, eu e Thalia no amigo dela.

–- Vamos lá garoto -- cochichei na orelha do cão infernal -- Central Park, temos uma guerra nos esperando.


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Notas finais do capítulo

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