Dusk (Sombrio) escrita por MayaAbud


Capítulo 23
Mas que droga foi essa?!


Notas iniciais do capítulo

Desculpem-me, mas é que gostei tanto de como esse capítulo ficou que Resolvi não incluir o ponto de vista da Renesmee, e assim o encontro deles fica pro 25, o que é bom, já que falta umas coisas pra arrumar, e me sobra mais espaço pra trabalhar o desenvolvimento dos fatos.



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_E então, porque o mau- humor?_ indagou Leah depois que Quil saiu para fazer as coisas que tinham fora da oficina.

Eu não queria falar, mas decidi que já tinha sido grosseiro o bastante com Leah, logo a Leah! Não que ela não tivesse respondido a altura quebrando meu dedo mindinho ao pegar de mau jeito a chave inglesa que ela jogou no meu rosto. Já quase não doía, estava terminando de curar enquanto eu comia seu bolo de mel, que estava mesmo muito bom.

_Desde quando você faz doces tão bem?_ falei quase gemendo com a boca cheia. Ela sorriu.

_Eu tenho de me alimentar, afinal. E então?

_E então?_ a imitei de má vontade e de boca cheia, Lee riu_ Vocês mulheres são umas coisas, viu!

Leah se moveu escorando-se no capô no carro que eu tinha de verificar em alguns minutos, o sorriso leve, à espera.

_Anne quis saber quem é Bella_ demandei. Sua expressão ficou séria, eu assenti para seu espanto. _Ela foi deduzindo... É muito observadora a garota. Pelo Charlie falando...- dei de ombros.

_E você despejou tudo, assim?_ seu tom era critico agora, os braços cruzados no peito.

_Mais ou menos_ encolhi os ombros_ eu não queria falar tudo, não queria falar nada. Falei que... Eu amei de verdade a garota e que ela é uma vampira agora, alguém que eu devo odiar..._ minha voz diminuiu a cada palavra.

_Ela não disse nada?_ Leah parecia consternada.

_Não é algo que uma pessoa comum possa assimilar Leah, o ódio que sentimos por vampiros_ falei enojado, não sei o que ela concluiu, de qualquer forma tenho que explicar, não é mesmo?

Leah meneou a cabeça dubiamente.

_Acha que vale a pena?

Fitei-a sem entender, sustentávamos o olhar um do outro.

_Você não gosta dela o bastante, gosta? Não pelo que eu vejo de você na mente de Seth às vezes..._ ela se respondeu.

Escorei-me ao seu lado no capô. Eu não tinha o que dizer... Leah sabia, não sabia? Olhei em seus olhos pequenos descobrindo que era mais fácil odiá-la que amá-la; não sabia se ela tinha desenvolvido isso com o tempo, ou se só é assim com os amigos de verdade, mas ela tinha um jeito de cutucar a ferida... Sei lá, de um jeito que fazia o machucado parecer menor. Era mais fácil quando a gente se odiava, quando ela não falava comigo como que fala com um filho ou irmão, me deixando todo desconcertado... Quando era só apanhar e bater.

_Eu gosto dela. É bom estar com ela.

_Ou é bom ter uma muleta? Alguém pra distrair você de si mesmo?

_Olha, Lee_ franzi o cenho_ Eu tinha que seguir, não tinha?

_Certo... Só acho que você está seguindo por um caminho complicado de mais. Tudo bem você curtir, se distrair, mas por onde você está indo exige um comprometimento maior do que você pode dar.

_O que...

Parei ouvindo o motor familiar se aproximar e parar em frente à porta do galpão. Leah e eu nos fitávamos quando Anne surgiu, eu suspirei virando-me para onde Anne encarava a nós dois.

_Seu pai pediu que entregasse isso_ Anne falou estendendo-me um papel enquanto vinha até mim, o olhar vacilando para Leah ao meu lado_ Remédios que precisa comprar. Oi, Leah, não sabia que estava na cidade.

_É, vim ver minha família_ Leah sorriu com pouca simpatia.

_Tudo bem, eu compro_ falei pegando o papel de sua mão, incomodado com a troca de olhar velado entre elas.

_Tchau_ disse ela, ficando na ponta dos pés a fim de capturar meus lábios. Beijamo-nos rapidamente e ela acenou e saiu.

_O que foi isso?_ perguntei a Leah, que apenas deu de ombros e se fez de desentendida.

Mulheres!

***

O tempo passou, é claro, minha vida assumiu uma rotina confortável.
Sarah estava cada vez maior e mais esperta, dava muito trabalho dentro de casa, mexendo em coisas, tentando subir, já arriscava uns poucos passos e balbuciava algumas palavras também, completara um ano no mês passado. Leah vinha à cidade com mais freqüência agora, o trabalho aumentava conforme a fama de nosso bom trabalho. A única preocupação concreta que tínhamos era Embry, nem vampiros apareciam nas redondezas ultimamente; Meu amigo parecia um fantasma, mais que antes quando ele simplesmente não conseguia encontrar sua Hannah, era como se algo terrível o tivesse acometido. Só não o obriguei a procurar um médico pelas razões óbvias: ela tinha em média 42 graus corporais e era, teoricamente, impossível que ele estivesse doente, fisicamente quero dizer.

Isso preocupava a todos, era claro que ele só estava vivo pela esperança de encontrá-la, no entanto nos perguntávamos e temíamos o fato dele não encontrá-la, principalmente desde cerca de sete meses atrás, quando ele teve uma espécie de surto que quase fez Seth nocauteá-lo para tentar acalmá-lo, depois ele entrou numa espécie de transe catatônico por alguns minutos e quando pareceu se recuperar disse que sabia que ela não estava bem, que ela precisava dele. E então chorou, chorou como uma criança.

E nós não pudemos fazer nada, sequer zoá-lo como faríamos em outra circunstancia, porque sabíamos que o que estava acontecendo era algo sublime, era efeito da conexão do imprinting; o lobo dentro dele rugia por ela, pelo que quer que estivesse acontecendo a ela.

Eu sei que só eu pensava assim, Leah queria ter um imprinting para se livrar de todas as decepções, incluindo a mais recente como o cara de Seattle, Seth achava que ter um imprinting era uma espécie de presente divino, e todos os outros afetados não podiam ser mais gratos pelo que lhes aconteceu... Eu me perguntava se isso não era mais uma maldição em nossas condições. Perder totalmente a noção de si mesmo por alguém que sequer faz parte fisicamente de sua vida... Mas em parte eu via como isso podia acontecer, não era muito diferente do que Bella me fazia em lembranças... No entanto o que Embry estava passando não tinha precedente. Sua mãe, mergulhada na ignorância do não saber, estava desesperada achando que o filho era mesmo muito problemático; primeiro a adolescência conturbada, cheia de desaparecimentos e brigas, agora e juventude adulta de alguém em constante crise de abstinência. Ela procurou Billy e o velho Quil para falar do comportamento apático do filho, eles tentaram acalmá-la como puderam... Às vezes penso em eu mesmo lhe revelar sobre o lobo.

Era mais uma manhã chuvosa de julho e quando entrei na oficina, Embry estava lá com Quil, isso me surpreendeu, Quil não vinha socializando muito, embora tenhamos ficado sempre por perto, temendo que ele fizesse alguma bobagem; numa conversa com Billy surgiu a tenebrosa perspectiva de que algo realmente tenha acontecido a garota, algo como... Sua morte. A idéia me apavorou, quero dizer, se Embry seguisse como estava acabaria definhando... A lembrança me veio a mente quando olhei no rosto de Embry, debruçado sobre o capô da caminhonete de algum cliente, ele ainda parecia triste e estava muito pálido para estar 100% saudável, mas não tinha aquela cara de homem condenado de dias antes.

_Bom dia, caras!

_Bom dia_ responderam em uníssono. Olhei para Quil, limpando um motor e discretamente apontei para Embry erguendo as sobrancelhas, ele deu de ombros, o rosto de quem não faz idéia do que está acontecendo.

_Vocês não são os únicos com uma ótima visão periférica_ murmurou Embry sem tirar os olhos do motor.

_O que deu em você hoje?_demandei.

Embry parou por um segundo e ergueu a cabeça, me fitando.

_Não sei_ seus olhos pareciam perdidos, não como ultimamente, tinham mais vida neles. _ Sinto, que ela está... Bem, está saindo da fase ruim que deve estar passando_ ele murmurou pensativo.

_Isso é bom cara, isso é ótimo, na verdade_ falei aliviado e admirado, mesmo depois de tanto tempo conhecendo, com a estranha conexão de almas do imprinting. Embry sorriu pela primeira vez em muito tempo.

Era o meio da tarde quando Paul entrou no galpão cumprimentando Quil e Embry e dando palpites no trabalho de Quil... Eu estava fazendo um lanche no momento.

_Eu não devia, porque você devia lembrar, mas minha solidariedade masculina falou mais alto, então: Anne estava falando com Rachel sobre vocês comemorarem um ano juntos._ Paul falou para mim.

_Um ano!?_ cuspi de boca cheia.

_Amanhã!_ Paul assinalou.

_Droga! Eu não fazia idéia..._ suspirei_ Passou rápido_ pensei alto, quase satisfeito que o tempo tenha passado agradavelmente no último ano, exceto pelas descobertas de Anne sobre as coisas no mundo sobrenatural e a crise com Embry, mas nem tudo é perfeito, não é?

***

Eu agradeci imensamente ao Paul por ter me alertado, por que certamente Anne ficaria uma fera por eu não lembrar. Bati cabeça sobre o que fazer, até decidir que um jantar seria bom o bastante para pedir desculpas pela forma como eu contei sobre Bella, e então se ela quisesse, e sim, eu falaria com ela sobre isso, lhe daria um presente, algo para ela lembrar que foi pelo primeiro ano de namoro. Fomos a um restaurante em Seattle, dessa vez, italiano, a noite foi gostosa, eu realmente senti que valia a pena à luz das indagações de Leah sobre meu relacionamento com Anne. Ela estava muito bonita, os cabelos mais lisos que o habitual, em um vestido curto que mostrava o bastante das pernas para me deixar instigado, e acentuava o suficiente das curvas para atrais alguns olhares enquanto entravamos.

Conversamos, ela me contou sobre o teste que conseguiu dentro de um mês numa academia de artes em Washington, era para dar aulas; ficou mais ou menos combinado que nos veríamos todos os fins de semana caso ela conseguisse a vaga, assim a noite seguiu.

Muito providencialmente, sua mãe não estava em casa, Anne me provocou até que eu praticamente a arrastei escada acima em direção ao seu quarto... Que linda surpresa eu tive quando ela tirou o vestido e me deparei com a lingerie cor de vinho em sua pele...

_Você precisa lembrar que eu não tenho super força_ murmurou Anne risonha e sonolenta a certa altura da madrugada. _Estou quebrada_ ela riu.

_Desculpe_ beijei a parte de trás de sua cabeça, colando mais suas costas em meu peito, ela suspirou quase adormecida.

_Amo você, Jacob_ murmurou de forma entorpecida, me chocando levemente. Era a primeira vez que ela dizia de forma tão clara, eu busquei numa caça fugaz resposta para isso, mas não encontrei nada a altura, apenas apertei levemente sua cintura em sinal de segurança e conforto, decidindo que valia a pena o esforço de fazê-la feliz.

Quando cheguei em casa pela manhã, Rachel estava lá, com Sarah, cumprimentei meu pai que tomava uma xícara de café em frente a TV e sorri para a garotinha que se agitou na cadeira de bebês, fazendo a papa que Rachel tentava dar voar para todos os lados enquanto ela acenava para mim, eu ri indo até lá e tirando-a da cadeira. Ela gargalhou quando eu a joguei no ar.

_Jake!_ Rachel sempre ficava apavorada, como se eu não tivesse super força e coordenação. Beijei a bochecha de Sarah que agora tinha como jogo preferido apontar toda e qualquer coisa enquanto balbuciava coisas inteligíveis.

_Olha só, é mesmo, não é?_ eu dizia conversando com Sarah fosse lá o que ela estivesse dizendo... Sentei-a novamente em sua cadeirinha, presente meu, aliás. Rachel deixava Paul louco, sempre que vinha passar mais de uma hora com meu pai, quase trazia todo o quarto de Sarah, então achei melhor que ela tivesse algumas coisas por aqui.

_Como foi à noite?_ Rachel perguntou fazendo aviãozinho para Sarah. _Está chegando agora?

Dei um sorriso de ‘não é da sua conta’ para ela enquanto pegava uma maçã sobre a mesa, não havia tomado café da manhã, Anne estava dormindo quando saí deixando um bilhete ao lado de sua cama.

_Vou trocar de roupa e trabalhar_ fiz careta para Sarah, fazendo-a gargalhar cuspindo a papa, Rachel reclamou enquanto eu ria seguindo para o quarto. Tinha dois carros para entregar antes do meio dia.

Eu estava na ronda sozinho esta noite, Seth estava preso na faculdade, dormiria na casa de Leah hoje, mesmo que ela tenha vindo para cá ontem, Quil precisava dormir, esteve na ronda duas noites seguidas, Embry teve uma nova pista no Canadá e viajou hoje à tarde... Estava tudo tão tranqüilo que eu poderia dormir.

Deitei-me no chão úmido, uma chuva fina que mais parecia vapor caindo, um prelúdio do outono frio e chuvoso que teríamos... Minha mente indo até Anne... pensando nos planos em conjunto que começavam a surgir conforme o tempo avançava e nossa relação se solidificava.

“Dormindo em serviço, chefe?” Leah mergulhou e minha mente, ela estava no quintal dos fundos da casa da mãe, se espreguiçando e então correu absorvendo minhas percepções.

“Tudo está tão calmo”, bocejei. Leah concordou silenciosamente pensando que se continuasse assim logo não haveria mais lobos... Ela trotava vagamente na direção onde eu estava, no perímetro leste. Ela chegou até mim e se deitou no chão, a cabeça sobre as patas dianteiras... A mente num turbilhão silencioso de quando não se pensa nada. Só consegui ‘pescar’ que ela estava entediada dentro de casa.

“E lá se foi anos de progresso!” falei referindo-me à s vezes que num arroubo ela se transformava novamente regredindo metros nos quilômetros que já caminhou nessa de deixar esta forma esfriar.

“Não... pensou abrindo os olhos escuros. “Eu tenho controle, agora, é diferente, não vou explodir sempre que tiver raiva, sei que vai demorar até que volte a envelhecer, mas já sei como controlar melhor” Houve um instante de silêncio enquanto eu entendia e percebia que embora eu nunca tenha desejado essa vida, tampouco me imaginava sem ela, sem poder puxar o lobo em chamas dentro de mim...

“Achou que vou sentir falta, no fundo, eu vou.” Admitiu ela. E eu a compreendi completamente.

Acho que era como se Anne deixasse de dançar para sempre... Ela estava tão envolvida nisso, que seria como matar um pedaço dela, comigo seria assim quando, e eu realmente não conseguia pensar a fundo nisso, eu deixasse o lobo esfriar dentro de mim. A mente de Leah foi se tornando rasa e distante na minha, adormecendo...

Meus pensamentos novamente se voltaram para Anne. Acho que no fundo eu a amava, amava o bastante para querer fazê-la feliz, para pensar nela como uma companheira por muito tempo. Acho que ela seria uma boa mulher, em alguns anos até uma boa mãe. Ela era alegre, sabia de minha vida oculta, o que mais eu poderia querer? Era isso, seria assim?

“Sério MESMO? Você está pensando em casar com Anne?” os pensamentos de Leah despertaram com a força de um furacão dentro de minha cabeça, levantei-me de solavanco com o susto, fazendo sulcos cheios de água lamacentas sob minhas garras.

“Em ficar NOIVO!” corrigi sentindo meu coração voltar a bater normalmente, a palavra noivo me soou bem, me convenceu realmente de que eu estava indo com calma o bastante, além disso, eu não fazia idéia do que Anne ia pensar disso, ela era tão livre, logo seria independente, não sabia mesmo se ela ia querer assumir um compromisso desses.

“Você sequer está apaixonado!”, Leah era uma miríade caótica e enfurecida de sentimentos, estava me atordoando com seus pensamentos.

Seu corpo magro e peque no em relação a mim estava agachado como que para atacar tamanha era sua raiva.

“Qual o seu problema?”, pensei enquanto rosnava brandamente para ela, que recuou se obrigando a relaxar. Houve um instante de silêncio enquanto ambos assimilávamos sua confusão.

“Anne é uma boa companhia, sabe levar as coisas de forma amena, eu posso fazê-la feliz”, expliquei. Ela bufou mentalmente grunhindo para mim.

“Que tal SER feliz?! Vo CE tem um tempo infinito pela frente! Está se precipitando!”

“Assim como você eu também quero ter uma vida normal”, rebati. Leah riu sem humor, um latido curto escapulindo dentre os dentes.

“Sem essa, Jacob, nós dois sabemos que você nunca cogitou realmente abandonar esta forma”

“Anne é jovem, pode esperar cinco ou seis anos”

“Você não a ama!!” gritou mentalmente, rosnando com ferocidade para mim, meus pêlos se arrepiando em meus ombros, o instinto lupino reagindo a afronta. “O mais perto que voce chegou de sentir paizão por ela acabou com seis meses de sexo árduo”

WOW, Leah!! Passou dos limites!”. Eu não queria e me arrependeria depois, mas se continuássemos brigaríamos, eu a machucaria e não havia ninguém aqui para nos parar.

“Essa conversa acaba aqui”, lutei para não usar o tom dual de alfa que o lobo instintivamente queria impregnar em meus pensamentos. Com um salto sobre um tronco caído saí de seu campo de visão.

“Não, você não vai me ignor” e eu estava sozinho em minha cabeça, vestindo minha bermuda. Suspirei irritado quando ouvi o deslocamento do ar há alguns metros quando um corpo pequeno se moveu com raiva.

_Argh!_ bufei andando, ela me alcançou.

_Jacob fala, comigo?!_ ela puxou meu ombro exigindo brava. Eu girei cedendo, para encará-la.

_Você está sendo idiota, não pode casar com Anne, ela...

_Está com ciúmes, Leah?_ ela revirou os olhos_ Falando sério, então: você melhor que ninguém sabe pelo que passei, eu quero quem me ama, Lee, não há mal nisso. Não me importo em protegê-la e ser um bom companheiro, é um preço bem em conta comparativamente, não preciso e não quero estar loucamente apaixonado para ter um pouco de felicidade.

_Está se precipitando_ falou, a voz mais baixa, afetada por meu discurso_ Você também é jovem.

Ela cruzou os braços, teimosa, m enquanto falava brandamente, dei m ais um passo para perto dela e a segurei ternamente pelos ombros.

_Não em espírito, Leah_ minha voz soou mais rouca_ Não quero perder mais tempo e conhecer outra pessoa, independente do lobo me deixar envelhecer ou não, não quero perder tempo. Anne é boa o bastante...

Leah lutou por mais argumentos eu via em seus olhos marejados enquanto nos fitávamos em silêncio... Perto demais, ou perto o bastante, não sei. Só sei que nos perdemos no momento tão cheio de expectativas e explicações baseadas no sobrenatural, mas talvez o instante tenha sido apenas muito humano. Irritados e magoados, sabe-se lá porque, a primeira impressão é que queríamos apenas nos confortar, e assim minhas mãos foram para seus braços e nos aproximamos ainda mais, o bastante para que meus lábios estivessem no dela sem hesitar, sendo muito bem recebido em calor.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?Pensei que ia ser mais complicado, mas fluiu fácil...=D