Dusk (Sombrio) escrita por MayaAbud


Capítulo 10
E a palavra do dia é: Resiliência


Notas iniciais do capítulo

Olá! Capítulo adiantado, se tudo der certo sexta feira tem ponto de vista da Renesmee.
Quero agradecer a Vivi Costa que sempre faz lindos comentários sobre os capítulos e que agora fez uma linda Recomendação de leitura de Dusk, Obrigada!
Nos vemos lá embaixo!
:*



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Leah quis me emprestar algum dinheiro para que eu voltasse para casa, eu neguei, de qualquer forma preferia correr. Ainda me sentia preso na forma humana, me era muito mais natural a forma lupina. No entanto, ela discutiu comigo até que eu concordasse em levar as coisas que comprou para mim.

Transformei-me no fundo da casa e com ajuda de Lee amarrei às costas a mochila com as roupas e sapatos que me deu. Ela se despediu de mim com um ‘até logo’ e eu parti sentindo-me a vontade dentro do corpo animal. A corrida foi fácil e tranqüila, subindo a montanha e atravessando curvas de rios. Era metade da manhã quando cheguei a Forks.

Vesti uma calça jeans e caminhei até em casa pela floresta, indo de encontro ao quintal dos fundos. Antes de sair da cobertura das árvores, avistei Rachel agachada à lateral da casa, remexendo na terra do jardim florido que cultivava sem parecer incomodada com a chuva fina e vagarosa que caía. Eu já estava há menos de vinte metros dela quando finalmente percebeu minha aproximação.

—Jake!_ ela sorriu levantando-se surpresa. No entanto Rachel pareceu oscilar em seu próprio eixo e apoiou-se a parede da casa ainda sorrindo, parecendo tentar disfarçar o mal-estar, eu avancei até ela percebendo como estava pálida.

—O que você tem?_ a segurei pelos cotovelos embora ela já parecesse estabilizada.

—Levantei muito rápido_ disse-me, mas respondeu muito depressa para estar falando a verdade, e acrescentou: _ Ainda não tomei café da amanhã.

—Tem certeza?_ perguntei desconfiado.

—É claro, e você? Já comeu hoje? Está voltando de vez?_ seus olhos se iluminaram com a última pergunta. E tocou a mochila em meu ombro.

—Estou, sim. Vim rendê-la de todo o trabalho.

—Não fale assim_ disse ela retirando as luvas de jardinagem; pegou minha mão e me puxou em volta da casa para que entrássemos, enquanto dizia: _É ótimo ter você de volta.

—Onde está Billy?_ perguntei ao não notar sinal dele dentro de casa.

—Com o velho Quil_ respondeu ela colocando dois copos de leite no microondas, em seguida retirou meio bolo do forno e pôs na mesa um pote de biscoitos.

—Paul está no trabalho?_ eu quis saber. Rachel aquiesceu mordiscando um biscoito, os olhos por um instante pareceram preocupados. Eu ia perguntar, mas Billy entrou em casa nesse momento e o microondas bipou.

—Jacob_ disse meu pai, sorrindo, surpreso.

—Pai_ cumprimentei-o dando um gole no meu leite quente, sem deixar de notar seu sorriso enlarguecendo quando ele olhou minha mochila sobre o sofá.

—O quê?_ disse Rachel exasperada quando a encarei espantado por vê-la cortar o terceiro, nada pequeno, pedaço de bolo; afora os muitos biscoitos que ela já havia comido. Billy que assistia TV viu nossa troca e riu.

—Ela comeu quatro só no café da manhã_ riu_ Anda comendo mais que Paul!

Fitei-a, sustentando seu olhar, subitamente ela se levantou falando sobre preparar o almoço e começou a guardar as coisas de nosso lanche. Suspirei levantando a fim de ir me vestir avisando:

—Tenho de ir à escola, vou falar com Emily.

Não achei que Sam pudesse esquecer tão fácil o que eu fiz em favor dos sanguessugas, desafiando-o, ou talvez seis anos fosse tempo o bastante para esquecer as mágoas... Mas como ele se mostrou muito amigável no almoço de sábado, eu presumia que Emily não teria problemas em me ajudar.

Peguei a mochila no sofá e fui para o quarto hesitante, ainda era estranho simplesmente estar em casa, se parasse para pensar minha cabeça daria loops. Coloquei a mochila sobre a cama que como antes estava limpo, enquanto pegava uma blusa dentro dela; a vesti e fui até a cômoda em busca de sapatos. Abri a última gaveta e tudo o que havia lá era um converse surrado... Então me lembrei de explodir de dentro das minhas roupas destruindo tudo, incluindo os sapatos... Não tivera muito tempo para repor nada, era um sapato destruído e um sapato comprado. Agradeci a Leah mentalmente pela bota de caminhada e pelo sapa- tênis.

—Não tem muita coisa aí dentro, né?_ disse Rachel no batente da porta, ela segurava uma pulha de lençóis e toalhas.

—Sua roupas guardadas aí estão limpas, mas vou trocar os lençóis_ falou ela indo vindo até a cômoda enquanto eu fechava a gaveta e me levantava do chão optando por calçar a bota que Leah comprou.

Arranquei os lençóis da cama adiantando o trabalho de Rachel e perguntei despreocupadamente fazendo deles uma bola em meus braços:

—Porque está mentindo?_ Rachel me olhou aturdida_ Sobre o café, parece preocupada. Está doente?_ ela largou a pilha de toalhas no alto da cômoda e avançou fechando a porta, depois se escorou nela suspirando dramaticamente enquanto eu esperava ela se decidir em seu conflito interno. Por fim ela falou sussurrando:

—Queria que Paul fosse o primeiro a saber e não abra a boca, Jacob_ silêncio. _ Estou grávida.

Senti um frio na barriga ao ouvir. Abri a boca algumas vezes e nada saiu. Precisei me dizer mentalmente e repetir que Paul era humano, ou quase isso, e que minha irmã não estava em perigo. Foi uma reação instintiva, minha única experiência com uma mulher grávida havia sido bem traumática.

—E... Porque está fazendo segredo? Não vai me dizer que ele não quer ter filhos agora... Há algo errado?

—Não... Não é nada disso, nem tenho certeza. Quero dizer, eu tenho certeza, mas não fiz nenhum teste nem nada. É que não quero preocupar Paul.

—Com o que?

—O emprego dele é provisório, ele foi um dos demitidos por causa da crise, e ele não diz nada para não me magoar_ ela revirou os olhos_, mas sei que não gosta que eu sustente a casa, embora eu ganhe o suficiente, e quando souber que estou grávida vai ficar ainda mais frustrado com isso.

—Bem... Essa criança não vai esperar o pai resolver sua crise existencial para nascer e vocês deviam ter pensado nisso antes.

—Ah, cala a boca, Jacob!_ ela fez um muxoxo. Eu ri um pouco com a idéia de ter um sobrinho ou sobrinha, e uma parte de mim desejou que a criança tivesse mais de Rachel que de Paul, ou seria uma criança difícil.

—Parabéns, mamãe!_ falei, ela sorriu, os olhos umedecendo e as mãos envolvendo inconscientemente o ventre plano_ Ele vai ficar feliz, está se preocupando a toa._

Sentei-me na cama a fim de me calçar.

—Sim, acho que tem razão. Nesse caso, é melhor que eu tenha certeza absoluta antes de contar._ eu concordei com a cabeça levantando-me e dando um beijo em sua testa ao passar por Rachel.

Algumas pessoas da reserva me reconheciam, algumas cumprimentavam, outras cochichavam com alguém “Aquele não é o caçula do Billy?”, ou algo parecido enquanto eu andava pelas ruas familiares. A escola havia sido reformada, a maior parte da instalação era recém- construída, e havia um tóten bem na estrada. Dirigi-me a administração e não me surpreendi em ver a antiga secretária atrás da mesa, era uma senhora roliça de pele amendoada e que agora tinha mechas cinza nos cabelos lisos, ela me olhou curiosamente enquanto eu me aproximava, mas logo seus olhos se arregalaram em reconhecimento e surpresa.

—Black?!_ disse ela por cima das lentes grossas de seus óculos.

—Sim, eu preciso falar com Emily, ela leciona Arte Tribal.

—Sim, sim_ falou me ignorando parcialmente_ Mas o que houve com você? Simplesmente desapareceu!

—Fui morar no Havaí, com minha irmã. Emily está na sala de aula?_ tentei mudar de assunto, não gostava de ficar contando histórias, inventando mentiras... Mas foi o que Billy precisou dizer por aí, que eu havia ido morar no Havaí com Back.

—Ah! Não, Emily fica livre há essa hora, mas está quase na hora do quinto ano_ falou olhando seu relógio de pulso_ Você a encontrará na sala de mestres, no fim do corredor à direita.

Agradeci com um meio sorriso e segui sua indicação. Bati levemente na porta e após o consentimento de algumas vozes a abri. Emily me chamou antes que eu pudesse vê-la num canto da sala, ela levantou e veio até mim.

—Oi_ ela sorriu ternamente_ Leah me ligou mais cedo. Não achei que você viesse hoje mesmo_ falou me surpreendendo. _Mas eu separei os nomes dos livros que você precisa ler e vou falar com uma amiga, para agendar sua prova.

—Tão rápido?

Ela riu e assentiu.

—Você terá cerca de duas semanas para estudar para as primeiras duas disciplinas_ falou me entregando uma lista_ se preferir fazer mais de uma prova por vez, tudo será ainda mais rápido. Você sempre foi bom aluno, não vai ser difícil.

—Então eu só tenho que estudar isso?_ indaguei apontando o papel em minhas mãos, e Emily sorriu aquiescendo. _Obrigada, Emily.

—Agradeça sendo aprovado_ ela afagou meu ombro. Eu acenei e saí fechando a porta.

Leah era mesmo terrível! Fiz uma nota uma nota mental de ligar agradecendo pela mãozinha. Assim, eu segui para casa.

Rachel estava preparando o almoço e me encheu de perguntas sobre o que eu havia ido fazer na escola da reserva e ficou satisfeita quando lhe contei. Meu pai ouvia tudo, dividido entre a atenção a nossa conversa e o programa de pescaria na TV.

—Então, temos que comprar esses livros todos_ falou Rachel feliz. Enquanto meu pai girava a cadeira e ia para o quarto, eu concordei, dando mais uma olhada na lista de livros, alguns eram didáticos e outros romances clássicos para a prova de literatura.

—Jacob?_ chamou meu pai de volta a sala e me estendeu um envelope que eu peguei automaticamente, curioso_ Compre seus livros e o que mais precisar. Seu quarto precisa de umas prateleiras e mais móveis, uma boa luminária... Bem, você não precisa de luz para ler, não é?_ ele riu, enquanto eu fiquei mudo com a quantia de dinheiro que havia impresso em uma dos papéis. Eram dados bancários, senhas.

—Pai, como...?_ tentei. Não eram milhões, mas era mais do que eu poderia imaginar que teria em mãos.

—Rebecca casou-se cedo, Rachel ganhou bolsa, então comecei a guardar dinheiro para sua faculdade. Não tenho com que gastar, e tive tempo o bastante para juntar essa quantia, não me fez falta. Será mais bem aproveitado assim_ ele e Rachel sorriram para mim, satisfeitos.

Eu não tinha muito o que fazer, embora houvesse, é claro, muito a ser feito; todos estavam em suas vidas e seus empregos, não éramos mais crianças, e isso me fez pensar um pouco sobre as coisas que eu tinha de fazer a curto prazo, coisas pra organizar. Uma delas era uma reunião com o conselho tribal; reorganizar a alcatéia e assumir de vê o comando, como deve ser, até porque divididos como estávamos não éramos úteis, nosso propósito e eficácia para com a reserva e a cidade ficava invalidado.

Ocioso, resolvi que era boa idéia começar organizando minha garagem. Meu peito se apertou ao lembrar de meu rabbit, devia estar inútil pelo desuso. Fiquei surpreso ao não encontrar a bagunça suja que imaginei em minha oficina. A parede do fundo estava dois metros mais longe do que me lembrava. Paul devia guardar seu carro ali também, por isso aumentaram o tamanho e o rabbit estava estacionado bem próximo a parede, dando-lhe espaço, imagino. Minhas ferramentas estavam organizadas, dispostas em seus lugares ao longo da parede.

Reconheci os pares de pneus das motocicletas por baixo de uma lona, escoradas uma na outra e das duas na parede atrás de meu carro. Num gesto impensado eu as descobri, tomei um susto ao encontrar uma jaqueta e um capacete femininos; foi também sem pensar que toquei os objetos. A jaqueta se desdobrou em minhas mãos desprendendo o cheiro familiar, querido e semi-esquecido; era possível, agora tendo relembrado tão vividamente seu cheiro, distinguir o cheiro de morango que vinha do capacete.

A raiva e a mágoa borbulharam quentes em mim enquanto eu dobrava sem cuidado o couro sintético e o escondia entre um moto e outra. Cobri tudo com a lona empoeirada imaginando se eu não devia me livrar delas agora mesmo; mas eu não conseguiria, não ainda. Respirei fundo olhando em volta, tentando expulsar meus fantasmas e logo vi a chave de meu rabbit dentro de um pote de parafusos.

Eu estava todo sujo de poeira e graxa; o motor e o carburador precisavam de uma limpeza e de lubrificação; precisariam também de pneus novos, aqueles estavam murchos e ressecados. Logo Rachel me chamou para o almoço.

Depois do almoço resolvi que ia a uma livraria Port Angeles. Eu estava gostando da idéia de estudar mais do que imaginei que poderia, não era tanto estudar quanto distrair minha mente; eu não era um ávido leitor, sempre fui bom aluno sem precisar estudar tanto, mas Billy volta e meia tinha um livro em mãos, um hábito intensificado pela perda de mobilidade, então eu também não era um ogro se tratando de livros e agora eles me pareciam uma ótima ideia. Eu estava saindo em direção a caminhonete de meu pai, e encontrei Quil, sorridente.

—Cara, porque não me procurou? Não sabia que já estava de volta.

—E como ficou sabendo?_ perguntei enquanto tocávamos nossos punhos fechados.

—Ah, você sabe, tá todo mundo falando que o filho do Black voltou do Havaí_ ele revirou os olhos rindo._ Está de saída?

—Vou a Port Angeles, comprar uns livros para fazer uma prova, quer vir?

—Claro.

Eu expliquei sucintamente sobre aprova que eu faria e que teria de estudar. Ele foi me contando sobre tudo, mas principalmente sobre Claire, eu deixei que falasse me distraindo com tudo, falamos sobre o rabbit e isso levou boa parte do caminho.

 

Um sino tocou quando abri a porta da livraria, Quil bem atrás de mim. Uma jovem atrás do balcão ergueu o rosto do livro, esperando que eu dissesse alguma coisa. Havia mais duas pessoas na loja, mas elas não pareceram se importar com minha presença.

—Preciso de todos esses_ falei lhe dando a lista que Emily me dera mais cedo. A moça sorriu e me vi me forçando a sorrir também, pareceu sair muito duro e distorcido para tê-la convencido, ela desapareceu atrás de uma enorme prateleira e então voltou com cinco de sete dos livros que eu precisava. Quil me olhou sugestivamente e sorriu, as mãos nos bolsos.

—Tem preferência por alguma edição em especial?_ eu pensei um segundo. _São para você? Se me disser exatamente, talvez eu possa ajudá-lo a escolher a edição certa, é que são didáticos_ ela me olhou com estranheza em borá sua voz fosse doce, se eu não estava interpretando erroneamente, provavelmente imaginava o que um cara que parecia ter uns 25 anos queria com livros de colegial.

—Meu amigo passou muitos anos em coma, acordou há pouco_ disse Quil subitamente, colocando uma mão sobre meu ombro, eu o encarei pasmo_ Está tentando recuperar o tempo perdido.

Ouvi vagamente o “Oh” de compreensão consternada da garota do balcão.

—Tá ficando louco?_ falei por baixo da respiração, de modo que humano algum distinguiria.

—Cala a boca!_ Quil respondeu em tom igual e me chutou de leve, sorrindo para a garota que voltava com o restante dos livros.

—Só isso?_ indagou a jovem sorrindo, o tom de voz leve e educado. Aquiesci_ Dinheiro ou cartão?

—Cartão_ falei lançando um olhar furtivo e mortal para Quil.

Uma vez do lado de fora, eu lancei:

— O que foi toda aquela história?

—Estava tentando salvar suas chances com a garota_ ele disse como se fosse óbvio enquanto caminhamos pelo estacionamento.

—Mas... Que chances?

—Ela estava dando mole, olhando, toda atenciosa, se derretendo para você! Não reparou?! Eu não ia deixá-la pensar que você era algum tipo de retardado repetente!

—Ah, e a deixou pensando que eu passei os últimos anos em coma?

—No contexto... Bem, você não era humano e nem muito consciente nos últimos anos, então..._ eu soquei o ar, Quil desviou de mim. E balançou a cabeça.

—Não acredito que não percebeu.

—Você não teria percebido se fosse com você!_ acusei-o percebendo que eu não saberia dizer a cor do cabelo ou dos olhos dela.

—É diferente! Eu sou comprometido!_ disse ele atravessando pela frente do carro a fim de entrar.

—Com uma garota de nove anos!_ ele revirou os olhos nada afetado. E eu não pude tirar sarro porque ele simplesmente não se irritava, Quil não poderia estar mais contente com sua situação.

Em casa, Rachel estava agitada e me olhou com um olhar cheio de significados quando me viu entrar. Entendi que ela fizera o exame e por seu sorriso bobo eu soube, com certeza, que seria Tio. Ela esteve ansiosa para que Paul chegasse. Começou a anoitecer e ela parecia que teria um troço a qualquer instante, porque o marido estava atrasado. Quando por fim ele chegou, os dois fizeram uma cena discreta: ela irritada pelo atraso e ele explicando que seu carro deu problemas e ele teve que levá-lo ao Dowling, ela não disse nada do que achei que diria sobre a gravidez. Ele se distraiu momentaneamente com a minha volta enquanto ela punha a mesa para comermos.

—Ainda não acredito que paguei uma fortuna para Jhon Dowling!_ disse Paul, frustrado. Dowling era famoso pelo preço absurdo que cobrava, a maioria das pessoas preferia ir a Port Angeles se o carro agüentasse a viagem, só procurando Jhon se fosse uma emergência, como no caso de Paul, mas isso era antes...

—Ele ainda é o único mecânico da cidade?

—Sim..._ responderam Paul e Billy.

Pensei naquilo por um momento, muito breve, pareceu uma saída, ou um começo, fácil e até um tanto óbvio.

—Pode dizer por aí que seu cunhado é mecânico_ falei fitando Paul._ E que eu cobro um preço justo.

Billy, Rachel e Paul sorriram satisfeitos, e eu sorri verdadeiramente feliz por estar agindo de maneira produtiva. Resiliência, a palavra saltou em minha mente como um lembrete...: Capacidade que um indivíduo apresenta, após momento de adversidade, conseguindo se adaptar ou evoluir positivamente frente à situação.
Este era exatamente o caso.

Mas nem toda a força de vontade era o bastante para me fazer permanecer casa tendo ouvidos tão sensíveis... Já mais tarde aquela noite, eu já estava quase dormindo quando ouvi o riso e a voz de Paul:

—Você tem certeza? Ah, meu Deus! Estou tão feliz!!

Parabéns, papai!, pensei levantando e abrindo a janela. Eu duvidava que esses seriam os únicos sons que viriam do quarto deles essa noite.

Logo eu estava na floresta, longe o bastante para me enroscar embaixo de uma árvore e dormir tranquilamente.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Adorei essa fanart!
Gente, é o seguinte: Tá todo mundo perguntando e ansioso pelo momento do imprinting. Eu também, juro, já pensei até em encurtar a história ou fazer isso acontecer logo e o resto desenvolver depois, PORÉM... Não achei uma outra forma que me satisfaça e não quero forçar a barra: Eu posso gostar do rumo da história e vc's o odiarem, por exemplo, mas não vejo como eu odiando vc's poderiam gostar, entendem?
Então peço paciência, não tá assim tão longe.
A ideia de Dusk já existe há muito tempo, e o encontro foi a primeira coisa que eu escrevi, seguida da maneira como a Renesmee nasce, aqui. Eu já sei como vai acontecer, e ansiosamente, desde sempre, espero que vc's gostem, mas tenham calma, please?! Agora, Review's?!