Meu Querido Nerd. escrita por Cacau54


Capítulo 30
CAPÍTULO 29 – No fim tudo se ajeita.


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas cheguei! Espero que ninguém queira me matar pela demora. Leiam as notas finais. Boa leitura. AH e vejam esse trailer lindo maravilhoso que a Carol Patt fez dedicado a estória [http://www.youtube.com/watch?v=7JU6Ylq61EM] Muitíssimo obrigada linda! Eu amei *-*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/294686/chapter/30

Bella POV:

Puxei Alice pelo cotovelo até entrarmos em outro corredor, eu tenho a leve ciência dela me chamando e me mandando parar, mas eu simplesmente não consigo, estou completamente transtornada com a cena que acabo de presenciar. A empurrei diretamente na parede e como ela é pequena e nenhum pouco pesada acabou por dar com as costas na parede.

Alice me olhou chocada e eu apenas soltei um resmungo me desculpando. Comecei a andar de um lado para o outro na frente dela, nervosa, sem conseguir apagar a imagem do meu nerd da minha cabeça.

— Bella, você quer parar com isso? – Alice suspirou e de repente pareceu ter ganhado 20 anos a mais — Não adianta nada agora, tudo isso foi culpa sua!

As palavras dela me acertaram como um chicote, admitir para si mesma é uma coisa, mas ouvir a verdade de terceiros é outra ainda pior do que se torturar internamente.

A baixinha pareceu perceber o meu desconforto, pois se calou no mesmo instante. Tentou se desculpar e eu apenas ergui uma mão para que ela nem se dê o trabalho de soltar inúmeras desculpas sobre uma coisa que ambas sabemos que é verdade.

— Não precisa se desculpar. Você está certa, tudo isso é culpa minha e agora eu sei – interrompi minha frase com a voz embargada e isso fez com que Alice ficasse sem reação, afinal não é nada normal ver Isabella Swan em um momento delicado desses.

Soltei um suspiro resignado e esfreguei o rosto com ambas as mãos como se isso de alguma forma fosse me ajudar em algo. Como se fosse aliviar minha mente e arrancar aquela imagem horrorosa da vaca mor beijando o meu homem! Bom se fosse fácil assim.

Encarei a garota em minha frente de maneira determinada e Alice já começou a negar com a cabeça, engraçado, ela nem ao menos sabe o que eu vou falar.

— Nem vem Bella – falou enquanto ergue as mãos diante do corpo e as abana para os lados rapidamente, como se para afastar qualquer ideia minha — Eu conheço essa sua expressão. Você está a ponto de aprontar alguma.

— Estou mesmo – nem me dei ao trabalho de negar — E vou precisar da sua ajuda!

Alice apenas me olhou de maneira chocada e quando iria começar a protestar o sinal tocou e ela fora obrigada a se calar e seguir para sua aula. Como hoje é nosso último dia de aula estamos todos sossegados quanto a horários e todas essas parafernálias. E como eu estou incluída na lista de alunos aprovados estou praticamente soltando fogos pelos corredores, enquanto os alunos que ficaram em recuperação praticamente se rastejam por ai.

No meio da aula mandei uma mensagem de texto para a minha comparsa insatisfeita e recebi uma resposta mais empolgada do que esperava. Eu sabia que depois de lhe explicar meu plano Alice iria mudar de ideia... Agora só falta conquistar a ajuda de meus outros amigos e tudo estará perfeito!

(...)

Quando, enfim, tivemos o intervalo reuni todos os meus amigos e percebi que foi uma péssima ideia, afinal eles estão todos em casais e felizes e eu aqui, sozinha. Não que eu não esteja feliz por eles, claro que estou, pois vários deles foram tão chiclete no sapato que eu acabei me apegando a eles. O outro é meu melhor amigo que parece estar enfeitiçado pela ruiva assassina e bem, tem Emmett, que é meu irmão.

E eu tenho completa ciência de que estou sozinha aqui por minha completa culpa. Mas qual é? Depois do que aconteceu com meu último namoro eu tinha todo o direito de ficar um pouco traumatizada com todo esse lance de romantismo e paixão.

Ok. Sei que isso não é desculpa para nada.

O real problema é que os que estão sentados no gramado em baixo da sombra e se dizem meus amigos não estão querendo me ajudar!

— Vocês estão mesmo se recusando a me ajudar? – perguntei chocada, com as mãos na cintura — É isso mesmo que eu entendi?

Alice foi à única que ficou quieta nesse momento enquanto os outros como Jasper, Jacob e Renesmee se negam veemente com a cabeça. Emmett e Rosalie na verdade nem estão prestando atenção em mim, de tão melosos que são. A passos duros me aproximei dos dois e me inclinei para ficar com o rosto na mesma altura que o de ambos. Enquanto eles se beijam.

— Vocês querem parar com isso? – perguntei bem alto e ambos se assustaram tanto que acabaram por dar um salto no lugar.

— Poxa Bella! – Emmett resmungou contrariado e Rosalie sorriu envergonhada.

— Poxa é o caramba! – agarrei os cabelos de maneira desesperada e nervosa. Nessa brincadeira quase arranquei meus cabelos todos — Fui eu quem juntou todos vocês! – exclamei indignada.

Todos eles ficaram parados por um instante apenas me encarando e depois caíram na gargalhada. Eu ergui a sobrancelha e continuei a encará-los.

Agora estou confusa mesmo!

— Fala sério Bella! – Jacob disse entre risos — Você disse que me ajudaria com a Nessie, mas nem ao menos moveu um dedo pra descobrir algo sobre a minha ruivinha.

Com essa não pude deixar de abrir a boca indignada.

— E no meu caso – Alice começou a falar de maneira calma, como se fosse uma conversa casual ao invés de um discurso sobre coisas sendo jogadas na cara — Quem decidiu ter uma atitude no final das contas, fui eu.

— Comigo e com a Rose aconteceu pelo acaso – meu irmão deu de ombros pouco se importando com o meu problema.

Ótimo! Agora até os meus amigos estão querendo me abandonar. Eu sou uma garota tão ruim assim? Bufei irritada com todos eles. Ninguém merece ser dispensada até mesmo pelos amigos.

Quantas pessoas ingratas eu conheço!

— Mas quem foi que incentivou cada um de vocês? – resmunguei chateada pelo descaso de todos para comigo — Já que não querem me ajudar vou me vingar de Tânia sozinha!

— Opa, eu ouvi bem? – James apareceu ao meu lado do nada, me dando um susto tremendo — Você quer se vingar da Denali?

— Sim! – assenti e apontei para os meus supostos amigos sentados na grama — Mas estou sozinha nessa, nenhum deles quer me ajudar!

— Eu topo.

As palavras de James me surpreenderam muito a ponto de eu sair ar por alguns minutos e ficar piscando várias vezes seguidas para ver se o cérebro processa a informação com mais rapidez. Mas acho que o que mais está me surpreendendo em tudo isso é o fato de um cara que quase não tenho amizade direito ter concordado tão prontamente com a minha ideia de vingança – que eu nem ao menos lhe contei qual é o plano de fato – enquanto os meus amigos nem estão se esforçando para pelo menos fingir que estão me apoiando.

James sorriu para mim e no mesmo instante tudo o que se passou por minha cabeça é o quanto eu gostaria que esse sorriso fosse o do meu nerd e que ele estivesse aqui comigo. Aqui com nossos amigos. Todos nós juntos.

E foram esses pensamentos que me impulsionaram a responder.

— Legal! Vou te contar o meu plano – falei empolgada e pude sentir os olhos atentos dos meus amigos traidores em minhas costas.

(...)

Hoje é o nosso último dia de aula e parece que ele não passa de maneira alguma. O que, de certo modo é bom, pois assim posso por em prática o meu plano. Tudo bem que todos os meus amigos foram contra a minha ideia genial e até mesmo Alice que havia dado a entender que me ajudaria acabou por desistir. Grande!

Cruzei com Edward várias vezes pelos corredores e ele se quer olhou para mim, mas sei que me viu, pois sempre acabava ficando com os ombros tensos. Engoli em seco a minha vontade de correr até ele e fazê-lo me ouvir nem que fosse a força.

Mas assim que o sinal soou anunciando o fim da penúltima aula fui a primeira a sair da sala. Hora de por o plano em ação!

Para isso terei que faltar na última aula – o que, definitivamente, não me importa – enquanto os alunos enchem os corredores de maneira lenta, eu passo por eles quase como um foguete. Posso ter esbarrado em vários alunos e tenho a estranha sensação de que ouvi alguns xingamentos pelo caminho, no entanto não estou me importando com isso.

Só que dois indivíduos parados ao lado dos armários me fez interromper a corrida. Jacob e Edward. Conversando? Fiz uma careta sem entender. Mas o que diabos esses dois estão conversando? Sem pensar duas vezes me joguei contra a porta do armário de vassouras e por pouco Jacob não me vê, mas nessa pressa de me esconder acabei batendo o rosto na porta com força porque não tive a capacidade de girar a maçaneta antes de tentar entrar.

Sinceramente... Terei que procurar um médico para ver se meu nariz já não está arrebentado, sei lá, trincado ou qualquer coisa que possa acontecer com ele depois de tantas pancadas.

Joguei-me para dentro do armário e deixei a porta entreaberta para ouvir melhor a conversa. E fiquei chocada com a traição de Jacob.

— Olha cara, você deveria parar para escutá-la – a voz de meu amigo está neutra e sei que ele está lutando para manter a paciência.

— E ela teria o que pra me dizer? – Edward falou de maneira dura e devo confessar que isso acabou me dando um aperto no peito.

— Eu vou lá saber! Ninguém sabe o que se passa na cabeça maluca de Isabella Swan! – Jacob disse de maneira exasperada e eu encarei a porta com a boca aberta e uma expressão chocada, como se ela fosse Jacob — Você também não vai saber se não parar pra ouvir!

Fez-se um silêncio por tanto tempo que cheguei a pensar que eles haviam ido para outro lugar. Cheguei até mesmo a enfiar a cabeça para fora do armário e dei de cara com as costas largas de Edward e os olhos de Jacob me encarando inquisidores por cima do ombro do nerd.

Coloquei meu dedo indicador na frente dos lábios sinalizando que ele não deve me denunciar e em troca recebi uma expressão de quem vai aprontar. Inferno! Xinguei-o baixinho enquanto faço uma careta de desgosto e isso serviu apenas para fazer com que ele comece a rir.

São nesses momentos que me pergunto como consigo entrar nessas furadas.

— Eu realmente acho que vocês deveriam conversar – a expressão de Jacob e seu sorriso travesso fizeram com que Edward fique tenso.

— Porque você está com essa expressão? – a voz do nerd saiu confusa.

Eu também queria entender o porquê de tudo isso. E quando franzi o cenho meu amigo empurrou o nerd pelo peito fazendo-o vir com tudo pra cima de mim. Nossos corpos caíram no chão com um baque surdo e arfei quando o ar deixou meus pulmões, esse Cullen não é nenhum pouquinho leve. Tirando que eu acho que cai em cima de alguma coisa.

— Vou trancar vocês aqui até o final dessa aula para que conversem e principalmente se entendam! – Jacob falou e um instante depois bateu a porta com força.

Ficamos em silêncio no que me pareceu ser uma eternidade. E o nerd não moveu um musculo sequer na intenção de se levantar de cima da minha pessoa aqui.

— Não... Respiro! – falei com dificuldade e minha voz saiu entrecortada por conta do meu esforço.

Ao ouvir minha voz pareceu que Edward levou uma descarga elétrica, pois ele se colocou em pé tão rápido que até eu me surpreendi. Não sei se levo isso para o lado pessoal ou não, afinal podem ter inúmeros motivos para que ele tenha tido essa reação. Mas no fundo eu sei que estou apenas me enganando, apenas arranjando algo com o qual desviar da verdade. Tentando inutilmente me enganar.

Levantei lentamente e percebei que, sim, caí em cima de algo, mais precisamente em cima de uma vassoura. Grande sorte essa a minha! Incrível. Bem minha cara esse tipo de situação.

— Mas que merda! – Edward praguejou e chutou a porta com força.

— Pelo visto ficar no mesmo ambiente que eu é horrível pra você – murmurei com a voz carregada de sofrimento. Essa constatação me enche ainda mais de sofrimento, se é que isso é possível.

— E quem foi que pediu por isso? – o nerd não está com uma voz lá muito melhor do que a minha, mas no caso dele a frieza nas palavras deixou a situação ainda pior.

Fiquei em silêncio. Não sei o que falar, afinal sei o que fiz de errado e me arrependo amargamente por tudo, porém não posso mudar nada, infelizmente não tenho esse poder. E ouvi-lo falar assim é o que mais me dói.

E ao que parece Edward acabou ficando ainda mais irritado – se é que isso é possível – com o meu longo silencio de culpa.

— Acha que é fácil ficar apaixonado a primeira vista por uma pessoa e não poder tocá-la porque tem medo da rejeição? – ele virou-se para mim, entretanto não me encarou nos olhos. Essa é a primeira vez que o vejo tão transtornado de fúria — Como você acha que me senti todas as vezes que vi você com Jacob? E mesmo depois quando começamos a ficar juntos você fazia mais questão de brigar com Tania e ajudar outras pessoas do que ficar comigo.

Suas palavras vieram como diversos socos em minha direção, me fazendo sentir um completo lixo, uma carcaça jogada no meio de uma rua. Seu sofrimento é tanto que quase chega a ser palpável e estou ficando ainda pior por conta disso. Como pude ser tão cega? Como pude ser tão negligente?

Senti meus olhos se encherem de lágrimas, de novo, no mesmo dia. Eu não sei que tipo de coisa esse Cullen fez comigo só sei que estou perdidamente apaixonada por ele e o simples fato de vê-lo sofrendo tanto por erros meus é o que mais me dói, como um ácido me corroendo por dentro.

Mas que droga!

Eu nunca fui garota de ficar chorando e olha que esse nerd de uma figa está fazendo comigo. Engoli em seco porque sei que é verdade tudo o que ele disse e não tenho como negar isso, não posso e não quero, porque seria mentir para mim mesma. E já estou cansada disso.

— Quando vi você com James ontem eu fiquei transtornado – Edward continuou falando, como se não conseguisse parar de desabafar. No entanto ele ainda não olhou em meus olhos, entendo que para ele seja difícil — Depois do beijo que deram você abriu um sorriso tão lindo e aquele sorriso não era pra mim! Você nunca sorriu daquela maneira para o “nerd” aqui.

De repente minhas lágrimas de sofrimento viraram lágrimas de fúria. Como pôde ele achar que eu estava tendo algo com James? James! Por Deus. Isso é um completo absurdo e agora faz todo o sentido ele estar aos beijos com a vaca mor no corredor essa manhã.

Em um rompante de pura raiva pulei em cima do Cullen e bati nele com toda a minha força. Peguei-o desprevenido e essa minha dianteira me serviu para lhe acertar bons murros no peito e puxar seus cabelos diversas vezes.

— Bella! – a voz dele saiu com dificuldade, tamanho o esforço que está fazendo para segurar meus braços e me manter parada — Isabella! – ele quase gritou em meu ouvido e me desgrudei dele.

— Seu idiota! – vociferei raivosa. Posso apostar que se me compararem com uma leoa nesse momento a semelhança será assustadora — Você é o nerd mais burro que eu já conheci em toda a minha vida!

Minha declaração chocou Edward de uma maneira absurda. Ele ficou me encarando com a boca aberta e os olhos arregalados por um bom tempo, eu teria rido se fossem em outras circunstâncias.

Meu peito está subindo e descendo de maneira rápida depois do meu surto de raiva. O nerd está tão chocado com minhas palavras que não é capaz de pronunciar uma sílaba se quer.

— Aquele sorriso de ontem era por sua causa! – praticamente gritei ao pronunciar essa declaração — James me beijou de surpresa e tudo o que eu consegui pensar era que não era o meu nerd ali comigo. Fiz muitas coisas erradas desde que te conheci, eu sei disso e peço desculpas. Peço até perdão se for necessário.

Ficamos em silêncio absoluto por tempo demais em minha opinião. Dessa vez é o nerd que não tem o que falar que está emudecido com minhas palavras. Apenas o som de nossas respirações ofegantes é audível nesse cubículo de armário de vassouras. Edward parou de me encarar com fúria mal contida e passou a me olhar com uma expressão confusa.

Mas o fato de ele estar em completo silêncio está me torturando, porque ele não está falando nada mesmo, nem que me perdoa ou não. Apenas está ali me encarando de uma maneira completamente desconcertante.

— Eu sei que é tarde demais e que abusei de sua boa vontade comigo – minha voz ficou embargada e meus olhos se encheram de lágrimas, antes que eu pudesse contê-las algumas traiçoeiras rolaram por minhas bochechas — Mas eu te amo! E sinto muito não ter percebido isso antes.

Edward engoliu em seco e deu dois paços em minha direção, mas como esse armário é minúsculo ele já está com o rosto a centímetros do meu, podemos sentir a respiração um do outro batendo em nossas faces.

Sua expressão neutra está me deixando ainda mais nervosa, meu coração mais disparado que tudo. Não há nenhuma linha de expressão em seu rosto que me dê alguma ideia do que está se passando por sua cabeça nesse momento.

— Eu queria te responder que já é tarde demais e que estou em outra – suas palavras vieram como ácido em minha direção, me fazendo engolir em seco minha vontade de chorar até não conseguir mais. Agora é esperar o veredicto final — Porém eu sei que meu coração não vai bater forte desse jeito outra vez por ninguém.

Nesse mesmo instante minha boca ficou seca. Ta certo que nunca fui lá muito romântica e nem de ficar me declarando, como também não sou uma garota que recebe declarações a torto e a direito. Para ser sincera comigo mesma, Mike nunca dissera algo profundamente romântico para mim e apenas hoje, aqui agora em frente ao nerd percebo o que é de fato amar e ser amada.

A sensação disso é melhor do que qualquer coisa.

— Isso significa que você me ama? – a pergunta saiu mais insegura do que deveria e me esforcei para fazer minha melhor carinha de menina inocente.

— Amo – ele respondeu ao mesmo tempo em que soltou um suspiro resignado — Porra Bella, como eu amo!

Não pude controlar a gargalhada que me subiu pela garganta. Pulei no pescoço de Edward, só que dessa vez apenas para beijá-lo como se não houvesse amanhã. Esse beijo é definitivamente o mais sôfrego e intenso que já trocamos. No entanto tem um que a mais, aquela sensação maravilhosa de estar nos braços de quem verdadeiramente se ama.

— Eu amo você – murmurei com meus lábios em cima dos dele e pude senti-lo sorrir — Céus como eu amo.

Ainda de olhos fechados eu senti suas mãos percorrendo a extensão de minhas costas até chegar a minhas coxas. Ele me puxou pelas pernas me fazendo enlaçá-las em sua cintura de maneira firme. Não há como parar e eu literalmente não quero parar. Nunca mais. Não com o nerd.

Continuamos om nossos beijos intensos e caricias desesperadas no que me pareceu horas, mas ainda assim quero mais. Sempre mais!

Como se tivesse compartilhado do mesmo pensamento que eu o nerd grudou meu corpo contra a parede e me beijou ainda mais. Quando o ar nos faltou ele passou a beijar meu pescoço e suas mãos grandes e fortes apertaram minha cintura.

Encaramo-nos por algum tempo, ofegantes e um sorriso travesso tomou conta de nossos lábios. Edward se arriscou a puxar minha camiseta para cima e se surpreendeu quando eu apenas estiquei os braços para que ele a arrancasse de vez.

Foi com um sentimento da mais pura alegria que vi minha camiseta ser jogada em qualquer canto. Quase como sentir a liberdade tomando conta de mim e sorrindo abri a camisa de botões do nerd e de maneira demorada apreciando com atenção o peitoral definido que se revela para mim.

Beijei-lhe o pescoço, o ombro e depois o peito. Fui até onde consigo com a posição que me encontro. Pernas entrelaçadas na cintura do Cullen. Porém quando ele colocou a mão no fecho do meu sutiã coloquei uma mão em seu ombro o segurando por um tempo.

— Espera – murmurei de maneira ofegante e Edward se interrompeu no mesmo instante, mas posso perceber que ele está começando a ficar magoado — Edward Cullen. Meu nerd. Você quer namorar comigo?

Fiz o pedido olhando-o nos olhos de maneira séria e a expressão dele seria engraçada em qualquer outro momento. Edward está tão atônito que eu poderia, mesmo, soltar uma boa gargalhada, se o momento não fosse tão tenso.

— Sim, claro – ele respondeu com a voz rouca que me fez arrepiar por inteira. O nerd colou sua testa na minha e murmurou — Será um namoro público?

— Mas é claro – respondi de prontidão e animada, isso fez com que Edward abrisse o sorriso mais lindo que já vi — Onde estávamos mesmo?

Meu sorriso travesso fez o nerd acordar para a vida e enfim abrir o fecho do meu sutiã e o primeiro pensamento que tive quando começamos a dar lugar as emoções e desejos carnais, foi: Esse armário poderia ser maior!

No entanto o segundo pensamento que me veio e o mais importante nesse momento foi: Santo armário de vassouras!

* * *

Depois de ficarmos algum tempo deitados em um canto com algumas vassouras, rodos, baldes e outros utensílios de limpeza ao nosso redor a realidade tomou conta da minha cabeça. Edward está deitado de barriga para cima com um braço atrás da cabeça e outro ao meu redor enquanto sua mão acaricia delicadamente toda a extensão de meu braço.

— Jacob disse até o final da aula? – perguntei franzindo o cenho, como estou deitada no peito do nerd não conseguimos ver o rosto um do outro e eu apenas o senti rir.

— Pois é e nem precisamos da aula inteira! – a voz risonha do nerd, agora meu namorado, quase me tirou do raciocínio.

— Puta merda! – falei alto e fiquei em pé em um pulo. Comecei a procurar minhas roupas e coloca-las de maneira desesperada, apenas me interrompi quando percebi que Edward nem ao menos se mexeu — Anda nerd, se mexa!

— Porque todo esse desespero? – ele se levantou devagar e procurou por suas próprias roupas.

Enquanto ele se veste comecei a digitar uma mensagem de maneira furiosa para Jacob. Ele tem que chegar aqui rápido antes que James conclua nosso plano maligno contra a Tania. Não quero mais me vingar dela, não vale a pena e ela não merece nenhum pouco do meu esforço.

Edward terminou de abotoar sua camisa exatamente quando Jacob abriu a porta. Não sei como está nossa aparência, apenas sei que devemos estar parecendo um tanto quanto amarrotados, pois meu amigo nos olhou com uma expressão travessa e maliciosa. Mas no momento que ele abriu a boca para comentar algo eu já fui interrompendo logo de cara.

— Brincadeiras depois – falei apressada e quase o atropelei ao passar pelo batente da porta — Preciso evitar uma tragédia!

Tive tempo apenas de ouvir o Cullen gritando meu nome antes de sair em disparada. Mas pelo barulho de passos apressados que posso ouvir atrás de mim, significa que os dois estão me seguindo.

Quando virei o corredor que chega à biblioteca virei tão rápido que acabei trombando de frente com alguém. Eu e a pessoa caímos de bunda no chão. E apenas pelo gritinho fresco de dor eu já sei em quem trombei.

— Tinha que ser você – Tania vociferou pra cima de mim no mesmo momento em que Edward e Jacob chegaram até nós — Eu sabia que você era a autora daquele bilhete.

— Sério? – perguntei impressionada de verdade — Você é menos burra do que aparenta.

Ao ouvir minhas palavras a vaca mor rosnou irritada e ofendida. Colocamo-nos em pé no mesmo instante, porém não nos afastamos uma da outra. Posso sentir o corpo tenso de Edward próximo do meu.

— Você queria me humilhar não é? – a voz dela saiu mais estridente do que o normal — Mas não vai dar certo. Eu já sabia que Mike não me mandaria um recado para me encontrar na biblioteca.

Pude ouvir o som indignado que Edward fez e sei que estarei em maus lençóis caso não reverta à situação.

— Fui eu mesma – dei de ombros fazendo pouco caso da situação — Mas eu percebi que você não vale a pena. Não vale o esforço. Antes eu realmente te odiava Tania – falei de maneira calma e neutra — Agora não sinto nada em relação a sua pessoa. Nem mesmo ódio. Você é algo indiferente em minha vida.

A boca da Denali se escancarou em choque ao ouvir minhas palavras. Tinha a sensação de que Jacob está rindo em silêncio, apenas balançando o corpo. E Edward segurou minha mão e entrelaçou seus dedos nos meus.

Nesse instante o sinal soou anunciando o fim das aulas e eu arregalei os olhos. Quando a porta da biblioteca foi aberta e o diretor Walter passou por ela e um jato de tinta verde o atingiu em cheio. Coloquei a mão livre na boca para controlar a gargalhada. E isso parece ter me entregado, pois o senhor Walter olhou para mim furioso e posso jurar estar vendo uma veia saltada em sua testa mesmo com uma camada expeça de tinta verde por cima.

— SWAN!

O grito dele ecoou pelo corredor e eu apenas soltei uma gargalhada. Pus-me a correr e puxei o nerd junto comigo. Ele apesar de não ser encrenqueiro está rindo junto comigo. Entreolhamo-nos e sorrimos um para o outro, cúmplices.

Agora posso dizer com toda a certeza que este é o meu querido nerd.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Esse é o fim dessa história que durou tanto tempo. Estou terminando com um sentimento de dever cumprido e ao mesmo tempo com um aperto no peito. Espero que todos vocês tenham se divertido tanto quanto eu ao longo de todos esses capítulos. Quero agradecer imensamente a todos que sempre comentaram, que sempre fizeram presença e também aos que recomendaram a história. Muitíssimo obrigada! Sem vocês eu não teria chego até aqui, sério. Mesmo! Amo todos vocês, até mesmo os leitores fantasmas. Gente pra quem quiser pode acompanhar minha nova história "Hecatombe" ela é da categoria Originais, sei que muitos não acompanham essa categoria e aqui vai um concelho: invistam nela, pois vocês podem achar histórias incríveis. E logo postarei uma nova história na categoria Crepúsculo, ela se chamará "Pérfido Implícito" e será totalmente diferente do que já escrevi até agora. Espero que me acompanhem nessa nova jornada! Beijos.