Just A Fool escrita por Kori Hime


Capítulo 1
E ele sempre volta


Notas iniciais do capítulo

Não tenho muito o que falar sobre a história, só leia :D



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Stiles acordou sentindo dois braços apertarem seu corpo. Tentou se soltar das mãos possessivas de Derek Hale, que dormia profundamente, mas foi impossível. Seu braço já estava dormente com o peso do corpo de Derek, que virou sobre o seu. Stiles deu alguns tapinhas no ombro do moreno, sem sucesso.

Cansado de tentar salvar o que ainda restava de seu corpo, ele relaxou a cabeça no travesseiro, pensando em como aquilo estava acontecendo com ele...

Aquela noite, quando seu pai saiu pela porta, dando sérias instruções sobre como deveria se comportar em sua ausência, Stiles estava esperando que seu melhor amigo viesse passar a noite em sua casa. Eles iriam passar horas jogando, comendo e falando bobagens até amanhecer e finalmente caírem no sono, largados no tapete da sala, com salgadinhos espalhados pela casa, e creme de baunilha escorrendo de suas bocas. Mas nada daquilo chegou a acontecer. Scott mandou uma mensagem de texto no celular do amigo, informando que Allison pediu para ele ir até sua casa porque seus pais saíram para jantar e ela estaria sozinha.

Stiles esquentou a comida congelada no micro-ondas, e foi assistir televisão, enquanto resmungava a traição do não mais melhor amigo. O que ele realmente não esperava aquela noite, era receber a visita de Derek.

– O que veio fazer aqui?

– É assim que você recebe visitas? – Stiles voltou para o sofá, enquanto Derek fechava a porta da sala, observando depois o que passava na televisão. – Programas de perguntas e respostas?

– Sim. – Stiles ainda estava zangado. – Quando meu pai está em casa, a gente costuma assistir.

– Posso assistir com você, se quiser. – Derek sentou-se no sofá, recostando-se na almofada.

Stiles arqueou a sobrancelha, quem era aquele homem e o que ele havia feito com o Derek que conhecia.

– Você bebeu?

– Não.

– Usou alguma droga ilícita?

Derek mexeu os ombros. – Por que está perguntando isso?

– Porque você parece ser alguma experiência mal sucedida de uma raça alienígena que está tentando descobrir as fraquezas humanas. – Stiles apontou o dedo na direção de Derek, que riu.

– Você é mesmo maluco.

– AHÁ! – ele gritou, pulando no sofá. – Não pense que vai conseguir arrancar de mim alguma coisa.

– Retiro o que eu disse. – o moreno se levantou. – Você não é maluco. É um idiota.

Ele abriu a porta e saiu, mas não demorou em retornar. Fechou a porta, mandando Stiles ficar quieto. O rapaz se levantou e foi até a janela para verificar quem estava do lado de fora, mas ele não viu nada.

– O que era?

– Não sei, mas não é bom sair e te deixar sozinho aqui.

Stiles lançou um olhar irônico, acompanhado de um sorriso zombeteiro.

– Quer mesmo que eu acredite que tem algo lá fora que pode me por em perigo? – Ele balançou a cabeça. – Você é a coisa mais perigosa que entrou na minha casa. Não! Espera. Na minha vida.

– Pare de gritar. – Derek espiou pela janela, mas a rua estava vazia novamente. Ele realmente viu alguma coisa. – Desligue a televisão.

Stiles não se mexeu, até Derek olhá-lo sério. O rapaz desligou a televisão e caiu no sofá.

– Você não tem outra pessoa para perturbar não? Um amigo? Um cachorro? Sabe, eu tinha um amigo, até ele ser mordido por um maluco.

– Eu mandei o Scott ir fazer uma coisa para mim.

Stiles se levantou do sofá, e chegou rapidamente as costas de Derek.

– O que você mandou ele fazer?

– Nada que seja da sua conta.

– Ser um pé no saco é coisa de Lobisomem? Ou você nasceu assim?

– O que você disse? – Derek virou-se, irritado.

– Nada...

Algumas horas depois, Derek recebeu uma ligação de Scott. A única coisa que Stiles pode ouvir foi o barulho do celular sendo guardado no bolso da jaqueta, se é que isso fazia algum barulho.

– Acho que agora já posso ir embora. – O maior se pronunciou, dirigindo-se para a porta.

– Obrigado por estragar minha noite, é sempre muito bom ter alguém invadindo minha casa.

– Não seja mal agradecido. – Derek disse, sem olhá-lo diretamente. – Eu ficaria se não estivesse de mau humor.

– Quem disse que eu quero que fique?

– Certo, então fique sozinho.

Derek abriu a porta e saiu.

– Espera. – Stiles o chamou. – Se ficar tem que prometer que não vai tentar me matar.

– Se eu fizer isso, quem vai me ajudar quando eu precisar?

Stiles parou um minuto, pensando no que Derek havia dito. Depois ele sorriu animado.

– Ahá! Então você admite que eu sou importante.

– Não exagera.

– Admita!

– Não. – Derek estava parado na porta.

– Posso ficar nisso a noite toda.

– Eu também. – O moreno empurrou Stiles com as mãos, fazendo-o entrar na casa, fechando a porta atrás de si.

Stiles aliviou-se quando Derek virou o corpo para o outro lado da cama. Seu braço estava dormente. Ele sentou na cama e alongou os braços, esticando-os para cima, chegando à conclusão de que a noite anterior definitivamente não explicava o que eles haviam feito. Mas não era hora de questionar as ações realizadas nas últimas horas. Ele ouviu um barulho vindo do lado de fora, e foi verificar o que era. Vestiu uma calça de moletom e saiu do quarto, descendo as escadas.

Era a caminhonete do seu pai estacionada na frente da casa. Stiles correu de um lado para o outro, pegando as coisas espalhadas pela sala, e correndo escada acima. Entrou no quarto e jogou as roupas de Derek sobre a cama. O moreno não estava mais deitado.

Stilinski fechou a porta do quarto, e Derek estava lá, dando-lhe um susto.

– Meu pai chegou mais cedo. Veste logo essa roupa. – Ele pegou uma camisa e vestiu.

– É só não deixar ele entrar no quarto. – Stiles não lhe deu ouvidos, continuou correndo pelo quarto, para arrumar a bagunça. Como é que haviam feito tudo aquilo?

– Você ainda está aí? – ele moveu as mãos apressando Derek a sair pela janela. O moreno girou os olhos, não podia vencer a paranoia de Stilinski. – Vê se não deixa ninguém te ver. Da última vez, a Senhora Styles veio perguntar se nós havíamos contratado um jardineiro, porque viu um homem sem camisa no quintal.

Derek gargalhou. Raramente isso acontecia, mas quando acontecia, geralmente Stiles não achava graça.

– Nem se me pagasse eu iria cortar sua grama.

– Humor de Lobisomem essa hora da manhã não! – Stiles já ouvia a voz de seu pai, e os barulhos na escada. – Vai embora. E vê se esquece o caminho da minha casa.

– Você sempre diz isso quando eu vou embora. – Derek segurou o queixo de Stiles, e aproximou-o de seu rosto.

– E você sempre volta. – Antes de sair pela janela, o moreno o beijou rapidamente, o mandando ficar preparado que aquela noite eles teriam que resolver um assunto, e precisaria de sua ajuda. – Qual a parte de me esquecer você não entendeu??!!

Ele gritou.

– Esquecer quem?

Stiles olhou para trás, seu pai havia acabado de entrar em seu quarto. Segurava o chapéu em uma mão e na outra uma caixa.

– É uma música, pai. – O rapaz coçou a cabeça.

– Essa eu não conheço.

– Depois eu te mostro. O que tem na caixa?

– Ah! Uma coisa que eu achei que fosse gostar. – ele entregou a caixa para o filho que pareceu animado, mas algo o dizia que ele também estava diferente. Talvez fosse impressão sua.

– Legal! Um par de luvas. – Ele agradeceu.

– Que bom que gostou. Comprei um par igual para mim. – Stiles desfez o sorriso. – Brincadeira filho. – ele deu uns tapinhas nas costas do rapaz e foi saindo do quarto, quando se recordou que tinha mais um assunto. – Já que estou aqui, me lembrei que esqueci de ligar para o jardineiro. Na verdade, eu nem sabia que tínhamos um, até a Senhora Styles me falar.

– Pode deixar que eu cuido disso. Já falei com ele... hoje.

– Sei. Então tudo bem. Vou trabalhar.

– Bom trabalho, pai. – Stiles guardou o par de luvas na gaveta. Pegou o celular sobre a escrivaninha e digitou uma mensagem.

“Você, hoje, sem camisa, às 17h no quintal da minha casa”

“Desculpe, mas eu não lembro mais o caminho”

“Eu te odeio Derek”


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