Start Of Something Good. escrita por story4you


Capítulo 27
'I'll be rising from the ground Like a skyscraper'




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Acordei e vi tudo branco. Ouvi ao fundo um barulho de soluço de alguma moça, comecei a procurar então. Vi minha mãe agarrada na Leticia.

- o que está acontecendo? – tentei falar, saiu um som baixo, minha voz fraca. Não entendia nada.

-graças a Deus, graças a Deus. Obrigada meu senhor!

-calma mãe. Vou chamar o medico. – a Leticia olhou pra mim, sorriu e saiu por uma porta.

-o que está acontecendo? – tentei falar novamente.

-você não se lembra meu amor? – minha mãe acariciou a minha cabeça e então lembrei.

Lembrei da dona Valquiria freando o carro, e depois a gente capotando, mas só isso.

-um pouco.

Vi o medico entrando e ele pediu pra minha mãe se retirar. Ele sorriu pra mim e colocou uma lanterna nos meus olhos, pediu pra eu olhar para os lados quando ele mandasse depois me fez uma serie de perguntar e eu tentei responder. Então ele pediu para que minha mãe entrasse no quarto e começou a falar.

-ela está bem. Está se recuperando... não force a memória, deixe que ela vá lembrando devagar. – ele falou, apertou a Mao da minha mãe e saiu.

-você ficará por alguns dias aqui ainda, meu bem. Vamos para casa depois.

-mãe, quando eu voltar, não faça festa, ok?

-tudo bem, meu amor. Sua vó quer vê-la. Vou sair e depois volto. – ela beijou minha testa e minha vó entrou. Ela estava chorando e não poderia acalma-la.

-oi vó.- sussurrei na medida que pude.

-você nos assustou, querida. Não faça isso de novo.

-alguns devem ter dado graças a Deus.

-tipo quem?

-mae do meu ex.

-a moça que dirigia? – ela perguntou e eu apenas afirmei com a cabeça. – sua mãe não contou? Ela não resistiu meu amor, ela faleceu na hora. A batida atingiu a cabeça. Ela bateu muito forte no caminhão que atingiu vocês.

Fiquei sem reação. Apenas isso.

O medico me deu alta logo no outro dia, já voltei pra casa e minha mãe disse que alem do Gustavo, minha vó e uma tia solteira minha nos ajudaria na minha recuperação.

Eu ainda estava com dor de cabeça, mas nada melhor do que estar em casa. No quarto, apenas você e seu namorado que tanto ama. Ele colocou musica no notebook e sentou ao meu lado.

-esse cd é novo? – perguntei.

-é pra minha nova coleção.

-mas você já tem o que, 50 cds.

-só isso!

-ok né... mas esse rock até que não é chato.

- Jeito Moleque que é legal né? – ele me abraçou e me deu um beijo no rosto.

-para de falar mal do que eu gosto. Você não pode me contrariar. To dodói. – fiz biquinho e ele o beijou.

-desculpa, jeito moleque é tudo o que há. Ta bom assim?

-aff, bobo! – beijei ele, mas minha mãe interrompeu, nos trazendo biscoitos e suco. – obrigada, mamãe.

-adiamos o casamento. Será daqui a um mês para sua total recuperação. Então vá com calma, ok?

-ual mãe! Vou demorar bastante, pois quero atenção só pra mim.

-Larga de ser idiota. Tchau. – ela disse e fechou a porta do meu quarto.

-viu, boboca? – ele fez cócegas em mim.

Ficamos nos beijando e fazendo carinho um no outro. Conversamos bastante até que o Gu dormiu. Fiquei vendo novela e fazendo cafuné nele.

-Laura, você tem visitas. – minha tia falou.

Levantei com cuidado para não acordar o Gu. Desci a escada na maior calma e com um pouco de dificuldade. Quando cheguei na sala o Roberto estava lá. Sentando com um buque de rosas vermelhas na mão e a Luiza no colo.

-oi. – sussurrei, fingindo estar com problema na voz.

-vem Luiza, me ajuda a fazer bolo pra visita. – minha tia arrastou a Lu e me deixou a sós com ele.

-meus sentimentos pela sua mãe.

-todos estão te culpando, mas sei que você não tem nada a ver.

-o caminhão passou no farol vermelho. Depois disso não sei de mais nada. Eu estava apreensiva, querendo ir pra casa. Apenas isso.

-que bom que você não está tão mau. – ele tirou uma mexa de cabelo da frente do meu rosto e colocou atrás da minha orelha. Só sorri. – eu ficaria péssimo se algo pior acontecesse com você.

-é, eu também ficaria. – o Gustavo surgiu. – mas eu estou fazendo de tudo para a recuperação da MINHA namorada. – apertei os olhos e fiquei olhando pra baixo. O Gu me abraçou e nem vi a reação do Roberto.

-calma, parceiro. Só vim...

-não interessa, meu chapa. Vaza daqui! Você acha que ela vai ficar boa com a sua presença?

-Gustavo! – falei.

Eles começaram a se encarar, se enfrentar e eu comecei a gelar. O Roberto jogou as flores no chão e empurrou o Gustavo, que retrucou. Eles começaram a se socar, dar chutes, aquela coisa cafona que meninos sempre fazem.

Pedi para pararem. Não rolou... o único truque que poderia resolver, lembrando que não conseguiria gritar por socorro, foi me jogar no chão. Me joguei com cuidado e o Roberto veio cuidar de mim.

Ele se ajoelhou do meu lado e pediu para que eu acordasse. O Gustavo empurrou ele e fez o mesmo.

-eu to bem. Só queria que aquela bosta parasse. Agora eu peço que os dois vão embora. Quero ficar sozinha.

-amor, mas...

-sem mais Gustavo. Só vai embora. Para de ser idiota, você sabe que eu odeio isso. Você também, né Roberto? Então.

-eu não vou embora amor. Ele que começou.

-Gustavo, para! Tchau. E Roberto, quero falar com você.

-você vai falar com esse merda ainda?

-acalme-se, e amanha a gente se fala. - O levei até a porta e dei um selinho nele. – Minha mandou eu lhe entregar isso. É uma lembrancinha pro seu bebê.

-Laura eu quero esclarecer algo.

-se for sobre esse assunto saiba que não me importo mais, ok? Já estou bem, já superei.

-eu ainda te amo, Laura.

-e você vai ser pai, Roberto.

-e daí? O que eu posso fazer? Eu não amo a Pâmela, nem a quero. Eu quero você.

-e eu quero o Gustavo. Olha, sinto muito mas não rola mais nada entre a gente, ok? To feliz com ele.

-com aquele babaca? Olha Laura, na boa, você merece coisa melhor. – ele riu ironicamente, mesmo triste.

-coisa melhor tipo você? não valeu! Agora, se for possível, pode ir embora. Vou voltar pro quarto, pois não estou nada bem.

Deixei-o lá e sai. Ouvi a Luiza dando tchau e comecei a chorar. Mas decidi, ou melhor, percebi que é o Gustavo a melhor pessoa pra mim. Não sei porquê. Só percebi.

Os dias passaram divagares. Não podia fazer nada alem de TV e internet. Aos poucos fui gostando mais do Gustavo, fomos nos aproximando cada vez mais. Me permiti, de coração, amá-lo. Entregar meu coração a ele... sabia que não me arrependeria.


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