Prostituta Do Governo escrita por Leticia, Lari Rezende


Capítulo 33
Abra os olhos


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todos que deixam reviews e me dão ânimo pra continuar a postar.
Leitores fantasmas... APAREÇAM!
Boa leitura :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/293926/chapter/33

Quando eu abri meus olhos senti aquele maldito cheiro de água sanitária novamente, eu havia voltado para o hospital. Dessa vez eu não estava com soro na veia, nem com equipamentos de respiração encaixados no meu nariz. Eu estava apenas com o joelho enfaixado e com alguns curativos na testa e nas pernas.
Aos poucos a lembrança do acidente voltavam a minha mente.
O quarto de hospital era diferente do que eu estava antes. Havia duas camas no quarto. Eu estava deitada em uma e um homem estava deitado em outra. Virei à cabeça para o lado e vi o homem cheio de fios, aparelho respiratório e outras parafernagens. Levantei subitamente da cama assim que me dei por conta de que o homem na cama ao lado se tratava de Pedro.
-Não deveria fazer tanto esforço – disse uma voz vinda do outro lado do quarto.
A luz que atravessava as janelas ofuscou meus olhos que se dilataram por um instante. Focalizei a visão com dificuldade tentando encontrar a voz que falava comigo. Olhei para o canto do quarto e me deparei com um homem alto, de cabelos negros muito curtos e usava um terno muito elegante e que segurava um celular em uma de suas mãos.
-Quem é você? – perguntei ainda com a visão um pouco estranha.
-Eu sou Douglas – respondeu o homem – sou o irmão desse irresponsável ai.
Ele fez sinal para Pedro.
Sentei na cama um pouco tonta.
-Como viemos parar aqui? – perguntei.
Ele largou o celular e me olhou impacientemente.
-Me ligaram – disse ele – e me avisaram de que Pedro havia sofrido um acidente e eu tive que vir pra cá.
Esfreguei os olhos com a minha mão direita.
Douglas e Pedro eram bem parecidos de rosto. O homem a minha frente devia ter aproximadamente uns 30 anos de idade.
-Como eles conseguiram te avisar? – perguntei.

-Parece que ele tinha o numero do meu celular em um papel na carteira dele, me ligaram e eu tive que vim pra cá. – Douglas dizia com desprezo.
Fiquei olhando para toda aquela arrogância com uma grande vontade de vomitar.
-O pai de vocês sabe do acidente do Pedro? – perguntei.
-Sabe – respondeu ele – ele mandou melhoras.
Fitei os olhos verdes daquele homem.
-Como assim mandou melhoras? – perguntei.
Ele bufou o ar para cima e me olhou impacientemente.
-Preste a atenção garota. Nós somos ocupados entendeu? Não temos tempo para esse garoto imprestável. E quer saber de uma coisa, tomara que ele morra porque assim vai ser um problema a menos para o meu pai. – Ele falava com mais desprezo ainda, se é que fosse possível.
Douglas virou as costas e me deixou sozinha ali naquele quarto. Era incrível. Como alguém podia ser tão frio e tão sem coração a ponto de falar algo tão ruim e mesquinho para o próprio irmão. Sangue do seu sangue.
Levantei da cama e andei em direção a cama de Pedro. Ironicamente eu estava usando um vestido branco do hospital, simples e leve.
Um homem entrou no quarto, porem não era Douglas e sim alguém que deduzi ser o medico devido ao jaleco branco e ao cheiro que vinha dele.
-Olá – disse ele assim que me viu – esta tudo bem com você?
-Sim, como Pedro esta? –Respondi preocupada.
Ele me olhou aflito.
-Você o conhece? – perguntou o medico.
Respirei fundo pensando no que dizer.
-Sou namorada dele – respondi.
Ele suspirou tristemente.
-Ele esta muito mal – respondeu o medico – ele entrou em coma.
Senti minhas pernas fraquejarem.
-Em coma? – perguntei atônica – E quanto tempo isso vai durar mais ou menos?
O medico me olhou serio.

-Não temos ideia – disse ele – isso pode durar um dia, um ano, um século talvez.
Minhas lagrimas caiam descontroladamente.
Uma enfermeira bateu na porta e chamou o medico que teve que se retirar.
Fiquei ali olhando para Pedro com o rosto todo machucado e em coma por minha culpa. O carro devia ter batido em mim e não nele. Senti-me extremamente culpada por ele estar ali, e ao contrario da família dele eu não iria abandoná-lo.
Eu ficaria ali até ele abrir os olhos.
E eu estava rezando e implorando misericordiosamente para que ele abrisse os olhos o mais rápido o possível.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Prostituta Do Governo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.