All I Want Is You escrita por Carol Munaro


Capítulo 17
I hate you


Notas iniciais do capítulo

ooi gente. Boa leitura :3



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Acordei com o sol batendo na minha cara e vi que eu tava na sala. Drew e Megan tavam dormindo um no sofá e o outro no colchão de solteiro do lado, Ryan e Katy tavam dormindo juntos no sofá de três lugares e o Derek tava do meu lado com a mão na minha cintura. Estávamos no colchão de casal que tinha no chão. Chacoalhei ele de leve.

- Derek? – Ele resmungou algo. – Vamos lá pra cima. – Ele abriu os olhos e se levantou. Subimos e voltamos a dormir.

Acordei e ele não tava do meu lado. Fiquei enrolando na cama um bom tempo até que peguei meu celular pra ver as horas. 14h00. E tinha uma mensagem.

“Eu tive q sair logo depois q subimos. Depois te explico. Bjo.”

Era do Derek. Só respondi um “ok” e fui fazer minha higiene pessoal. Quando desci minha mãe tava na sala. Espero que a coisa não tenha vindo junto.

- Oi filha.

- Oi. – Respondi e fui pra cozinha. Pelo jeito só tá eu e ela aqui.

- Você tá brava?

- Não. – Disse procurando algo pra comer.

- É por causa do noivado? – Olhei pra ela.

- Você não foi viajar a trabalho.

- Eu não sabia como te contar.

- Aí você resolver aparecer com o cara do nada na minha frente.

- Eu achei que seria melhor. E achei que você ficaria...

- Feliz? – Ela não respondeu. – Eu sempre quis que você encontrasse alguém e achava que você sabia disso. Eu só quero saber o que a menina veio fazer aqui. Me importunar?

- Lilian, não fala assim. Ela vai ser sua irmã!

- Não fala assim? Eu não costumo julgar as pessoas logo depois de conhecer, mas ela me olhou com nojo no jantar. Bela irmã que você foi me arranjar hein! Mas você não percebeu, porque tava ocupada demais pensando nas qualidades dela.

- Lilian!

- Eu não to mentindo. – Ela não falou nada. – Eu vou voltar pra Londres? – Ela continuou calada. – Vou ou não?

- Não sei. – Ri irônica. – Eu sei que você quer continuar aqui. Mas tem o Natal, o Ano Novo e o casamen...

- Eu não vou passar o Natal lá!

- Claro que vai! Todo ano você passa.

- Exatamente! Esse ano eu vou passar com o meu pai.

- Eu deixo você passar o ano novo com ele.

- Deixar? Eu não sou só sua filha! Deixa de ser egoísta pelo menos uma vez!

- Eu não sou egoísta. Eu to pensando no seu melhor.

- É egoísta sim. E não me venha com essa de que “pensa no meu melhor” porque você nunca fez isso. Por que iria querer fazer agora?

- Como você tem coragem de dizer que eu nunca pensei no seu melhor, garota? Você sempre estudou nas melhores escolas de Londres, sempre teve tudo que quis.

- Sim, eu sempre tive tudo o que eu pedi pra você comprar. Mas eu nunca tive a sua atenção.

- Você sempre tava bêbada demais pra isso.

- E você trabalha demais pra saber o porquê de eu sempre ter feito isso. – Ela não falou nada. Ela sabia que eu tava certa.

- Eu não entendo o porque de você tá adorando morar aqui, já que antes odiava.

- Por mais de tudo o que acontecia no colégio, eu amava morar aqui. Eu comecei a realmente odiar esse lugar depois de uma história que você me contou. Ou não tá lembrada?

- Você só pode tá ficando louca.

- Você disse que ia se separar porque meu pai traiu você. Lembra? – Ela não falou nada de novo. – E agora eu que te pergunto, o que passou pela sua cabeça pra mentir pra mim desse jeito?

- Eu queria sair daqui e ele não. Eu não ia passar a vida inteira nesse lugar. E não tava dando certo também.

- Você fez eu odiar meu pai!

- Isso não é verdade.

- Como não é verdade?! Qual é o teu problema? Você sabe muito bem que eu sempre fugia dele quando ele ia me ver em Londres. E que eu nunca vinha pra cá por causa disso. Se você tivesse sido sincera, tudo estaria melhor. Tudo!

- Pra tudo ficar melhor, no seu ponto de vista, eu teria que me casar e deixar a menina de lado. Porque agora você vai deixar de ser a única né?

- Não é disso que eu to falando. E realmente eu não gosto dela.

- Só porque ela chamou o seu amigo pra sair... Só porque eu sei que ela tem qualidades melhores que as suas... isso é ciúmes, Lilian.

- Sim, eu fiquei com ciúmes do Derek. Lógico que fiquei. A vadia sabe que eu to com ele.

- Você vê maldade em tudo, também.

- Eu não tava colocando maldade naquilo. E já que você prestou atenção na conversa, viu a mesma coisa que eu.

- Depois que a gente foi embora, vocês foram beber por acaso? Porque você parece bêbada agora. – Olhei pra ela sem entender. – Já to acostumada a ter uma filha bêbada.

- Sai daqui. – Ela não se moveu. – Sai daqui! – Disse empurrando ela até a porta e trancando. Será que eu sou a única pessoa do mundo que não posso ter defeitos pra ela? Eu já tinha começado a chorar. Ah, por favor. Ela é minha mãe! Será que ela não pode ver o meu lado pelo menos uma vez?

Já tava um bom tempo chorando sentada no chão do hall de casa encostada na parede, até que a porta abre quase batendo em mim.

- O que aconteceu? Eu bati em você? – Ryan perguntou se ajoelhando do meu lado. Fiz que não com a cabeça. – O que aconteceu? – Continuei calada chorando. – Vem. Não vou te deixar aqui no chão. – Ele me ajudou a levantar e fomos pro meu quarto. Ele ficou deitado comigo fazendo carinho no meu cabelo durante um bom tempo, até que eu dormi.

(...)

- Lily. – Abri os olhos. Era o Ryan.

- Oi.

- Quer comer? – Assenti. – Quer que eu traga aqui?

- Não. Já to descendo.

- Antes que eu me esqueça, o pai pediu pra você se arrumar depois de comer que ele vai levar tua mãe no aeroporto.

- Eu não vou. – Ele olhou confuso pra mim, mas não disse nada. Lavei meu rosto e desci.

- Vai sair assim? – Meu pai perguntou quando eu entrei na cozinha.

- Eu não vou sair.

- Ryan não te avisou?

- Avisou. Mas eu não vou.

- Como não vai? Sua mãe tá indo embora.

- Eu sei. Mas nem se fosse o Papa eu iria.

- Ela veio aqui hoje de manhã? – Assenti. – Vocês brigaram? – Assenti de novo.

- Você que vai levar eles até lá?

- Eu iria levar. Mas já que você não vai... – Não falei nada e ele também não. Almoçamos em silencio.

(...)

- Não quero ir pra escola de novo. – Disse pra Katy quando acordei. Ela dormiu aqui em casa e veio me acordar a força, já que eu tava enrolando.

- Só você né, linda? Levanta logo daí. – Ela disse me empurrando pra fora da cama.

- Quanto amor. – Disse irônica.

- Vai logo. A gente vai se atrasar por sua culpa.

- Se quiserem me deixar aqui, sem problemas.

- Vai logo, Lily. – Bufei e entrei no banheiro. Me arrumei e desci pra tomar café.

- Parecia que ia casar hoje. – Ryan disse quando eu entrei na cozinha.

- Hein?

- Pela demora.

- Haha que engraçado. – Disse com cara de tédio e ele riu fraco.

Fomos pra escola. Chegando lá fui direto pra sala. A aula começou e o professor falava qualquer coisa que eu nem tava prestando atenção. Alguém me cutucou.

- Pediram pra te entregar. – O garoto que tava sentado atrás me mim me deu um papelzinho e eu abri.

“Posso te encontrar na hora do intervalo na quadra?

Zac”

A quadra ficava vazia aquela hora. Olhei pela sala procurando por ele e quando achei fiz uma cara confusa. Ele perguntou só mexendo a boca “Vai ou não?”. Assenti e ele sorriu. Virei pra frente.

Intervalo! A hora que você fica a aula inteira querendo que chegue, depois de ir embora, claro. Como o Zac me pediu, fui até a quadra. Cheguei lá e abri a porta gigantesca, fazendo o barulho ecoar pela quadra inteira. Ele ainda não tinha chego. Eu tava sozinha lá. Escutei o barulho da porta de novo e olhei. Era ele.

- Oi. – Ele disse.

- Oi.

- Demorei porque imaginei que você tava com fome. – Ele disse e estendeu um lanche pra mim. Peguei e comecei a comer. Sentei na arquibancada e ele sentou do meu lado.

- Então...?

- Ahn... porque você tá saindo com ele? – Confesso que essa pergunta me deixou surpresa.

- Tem que ter um motivo? – Ele me olhou como se fosse óbvio. – Eu me interessei por ele. E... Aconteceu, ok?

- Eu gosto de você, Lily. De verdade. Mas ele...

- Eu sinto muito, Zac. – Disse acariciando os cabelos dele.

- Você sabe que ele traiu a Ellen, né?

- Ér... – Ele olhou pra mim.

- Era você?! – Ele perguntou surpreso. Assenti.

- Não me leva a mal. Eu não fico em muito legal depois que bebo.

- Imagino.

- Você devia ir atrás de alguém, Zac. – Ele riu fraco. – Digo, você pode achar alguém melhor que eu. E que ainda goste de você. – Ele ficou quieto. – A Kristen, por exemplo. Ela é bonita, legal, vocês são amigos...

- Ela tá namorando o Dan. – Tentativa falha.

- Ah... – Ficamos em silencio. Eu mexia nas minhas mãos nervosa e olhei pro outro lado. Virei pra ele de novo e ele tava bem perto de mim. Ele não falou nada, só foi se aproximando mais e tocou os lábios dele no meu. Ele me puxou me cintura pra mais perto dele e aprofundou o beijo. Eu parti o beijo, mas ele não me largou e me beijou de novo.

- Zac, para. – Ele me ignorou e continuou me beijando. Ele foi fazendo uma trilha até o meu pescoço e começou a me dar chupões. Aquilo ia ficar marca, certeza. – Para. To falando sério. – Disse e tentei empurrar ele. Mas a força dele é maior que a minha, obviamente. Eu tentava empurrar ele a todo custo, mas ele não me largava. – Eu to mandando você me largar!

- Shiu. – Ele disse e tava tentando subir minha blusa, mas eu batia na mão dele. – As coisas seriam mais fáceis se você colaborasse.

- Não. As coisas seriam mais fáceis se você me deixasse em paz! – Ele me empurrou, me fazendo ficar deitada e ficou em cima de mim. Dei um tapão na cara dele. Ele segurou meu braço e voltou a me beijar passando a outra mão pelo meu corpo. Eu comecei a chorar desesperada.


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Notas finais do capítulo

Vcs tao gostando mesmo da fic? Se nao tiverem, podem falar q eu mudo .-. E nao vou mais pedir reviews... Xoxo.



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