-Lorela?

      -A própria. – Lorela diz em inglês.

     -Prazer, meu nome é Mirela e ele é meu marido, Felipe.

     -Vocês vão me levar para onde?

    -Para casa!

    -Verei meu pai? – Ela perguntou animadamente.

   -Te explicaremos tudo no caminho. – Felipe se pronunciou.

   -Certo, vamos!

         Já no carro Felipe começou a falar.

  -Lorela, quando você tinha 5 anos Pedro te sequestrou... Ele odeia sua mãe e fugiu da cadeia para se vingar dela. Já achávamos que estivesse morta e dois dias atrás você apareceu novamente! Somos seus verdadeiros pais.

  -Estão equivocados! Meu pai se chama Pedro, mas estão o confundindo, meu pai NUNCA faria uma coisa dessas! Meu pai é um santo e desejo vê-lo.

  -Se desejar a delegada te contará tudo com as palavras dela.

  -Não, a delegada que me tirou de casa já me contou, só que eu não acho que estamos falando do mesmo Pedro.

  -Sim, estamos Lorela e esse Pedro tentou me matar. – Disse Mirela

  -Eu quero saber sobre como será a minha vida de agora em diante.

  -Você morará conosco e estudará em um dos melhores colégios da região... É um colégio bilíngue!

  -Eu sei falar português. Pedro só me deixava falar português dentro de casa! Quero estudar em um colégio em que muitos estudam!

  -Certo, então assim será. – Lorela sorriu.

  -Mirela, O que você fez para Pedro te odiar tanto?

  -Um dia você saberá, Lorela. Agora eu quero saber: o que gosta de fazer?

  -Têm três coisas que eu adoro: Livros, música e filmes... Na respectiva ordem.

  -Certo, então hoje compraremos duas coisas pra você: Roupas e Livros!

  -Roupas?

  -Sim, e também seu material escolar.

  -Já estou matriculada?

  -Vou fazer sua matricula enquanto você e sua mãe terminam de desfazer as malas. –Felipe se pronunciou.

       Elas chegaram e casa, mas Lorela permanecia um pouco apreensiva quando seus pais. Lorela e Mirela desfizeram as malas e foram as compras.

   POV Lorela.

    É muito bom finalmente ter uma mãe... Mirela é muito carinhosa e parece que eles me procuraram por muito tempo. Fomos ao shopping e ela me deu alguns livros. Felipe, Meu pai, nos encontrou na metade do caminho e fomos comprar materiais para eu poder ir à escola.

   Já eram quase dez horas quando fomos à um restaurante jantar. Eu pude conhecê-los melhor e eles me conheceram.

   Quase onze horas da noite pude, finalmente, olhar meu quarto. Ao contrario do que eu pensava ele não estava decorado para uma criança, não estava da mesma forma que o dia em que fui “adotada” por Pedro.

   O quarto possuía as paredes na cor “rosa shock” e adesivos pretos colados nas paredes de instrumentos e notas musicais. A cama, que estava encostada na parede de frente para a porta era como uma beliche, mas invés de outra cama abaixo era a escrivaninha. O armário era alto e possuía quatro portas. Também possuía uma estante para livros e um criado-mudo ao lado da cama.

   Me deitei e dormi em alguns minutos. No dia seguinte seria meu primeiro dia de aula no Brasil...