POV. Percy

Chegando na cozinha demos um breve resumo da nossa missão para minha mãe. Eu comia os coockies azuis e tomava Coca-Cola. Annie me olhava e sorria logo ela começou a comer também. Minha mãe me observava e Paul estava no escritório corrigindo provas. Annie se levantou e foi ao banheiro. Minha mãe me olhou.

– Percy, como esta o namoro de vocês?

– Bem, mãe. Por quê?

– É que vocês ficaram um tempão no quarto e... vocês não estava fazendo nada né? – Ela levantou uma sobrancelha.

– Não mãe, estávamos apenas conversando. – Eu corei, e continuei a comer.

– Promete que vai me contar se acontecer? E que vai se lembrar da nossa conversa? Lembre- se esse vai ser um momento muito especial para vocês dois, mas mais ainda para Annabeth.

– Eu me lembro mãe.

– Ok. – Ela sorriu.

Como se fosse uma deixa, Annie aparece na cozinha.

– Para quando vocês pretendem se casar, Sally? – Annie perguntou, se sentando ao meu lado novamente.

– Ah, Annie, para o mês que vem. Na verdade, eu estava quase adiando, pois não achávamos o Percy. Mas como ele esta bem e aqui, não tem motivo para adiarmos. Vai ser uma cerimonia simples na igreja e depois vamos para a casa de campo dos pais de Paul para a festa. – Não consegui esconder um sorriso quando vi os olhos de minha mãe. Annie sorria, também.

Logo estávamos nos despedindo.

– Volte Annie. – Minha mãe disse abraçando minha namorada.

– Claro Sally.

– E você, Perseu não se esqueça de sua mãe! - Ela me abraçou com força, bagunçando meu cabelo.

– Não te esqueci mãe! Apenas...

– Eu sei amor. Vocês estão indo para o Olimpo?

– Sim, Annie quer verificar as obras. – Olhei para Annabeth, que sorriu.

– Bem, tomem cuidado.

– Nós vamos tomar. Diga a Paul que dizemos tchau. – Ele ainda estava corrigindo provas. Eu e Annie só iriamos voltar para a escola no próximo semestre com a desculpa de que estávamos doentes.

– Digo sim. Tchau, meninos, juízo. – Minha mãe piscou.

Saímos do prédio, rindo. E fomos para o Central Park á pé. Lá namoramos um pouco. Sentamos em baixo de uma arvore, Annabeth estava me abraçando enquanto nos beijávamos.

– O que aconteceu no meu quarto? – Perguntei, pois a sua atitude ainda me perturbava.

– Já disse que nada. Só pirei. – Ela riu e me deu um selinho. – Percy, tudo bem se a gente conversar sobre isso? Tipo como vai ser, o que vamos fazer... essas coisas. Eu só sei o que aprendi nas aulas de educação sexual e que dói. – Ela riu e eu ri também.

– Eu também não sei muito sobre isso, Annie. Minha mãe conversou comigo quando eu fiz 14 anos. Ela disse que para as meninas é um momento especial e que é muito importante para mim, mas eu também não sei o que fazer. Acho que vamos ter que deixar rolar, sei lá. – Incrivelmente eu não estava com vergonha de falar sobre isso com ela. Vi medo nos olhos dela, então quis tirar isso dela. – Não se preocupe. Eu não quero te machucar nem nada. E só faremos quando ambos estivermos preparados. Até lá a gente fica assim, junto. – A abracei, deitando na grama, na sombra da arvore.

Ela sorriu e deitou no meu peito. Do mesmo jeito que ficamos na praia. Brinquei com seu cabelo e beijei sua testa.

– Obrigada, Percy.

– Pelo que?

– Por esperar.

– Que isso, Annie. Estamos juntos nessa. – Eu sorri e ela me acompanhou.

– Posse te perguntar uma coisa? Promete que não vai entender errado minha pergunta? É apenas curiosidade.

– Pode. – Engoli seco.

– Você já assistiu a aqueles filmes... ahn sabe...- Não sei quem corou mais.

– Bem... já. – Uma vez, no internato uns meninos trouxeram das férias um filme pornô, e num sábado quando os professores vãos embora, nós entramos na sala de vídeo e assistimos. Depois dessa vez só assisti mais duas vezes.

– Então você tem uma ideia de como é...

Não me imaginava fazendo aquelas coisas com Annabeth, mas agora que ela deu a ideia meu cérebro começou a trabalhar maliciosamente, me dando imagens de Annie e eu em diversas posições fazendo coisas... Balancei minha cabeça para me livrar desses pensamentos.

– Bem, sim, mas... Nada é como na vida real. – Tentei fugir do assunto. Realmente não queria falar sobre isso com ela.

– Esta bem. – Ela me olhou. – Vamos deixar rolar e ser do nosso jeito.

– Sim. Ótima ideia.

– Claro. Eu sou filha de Atena, lembra?

– A é, esqueci-me desse detalhe. – Rimos.

– O que me lembra de que temos que ir.

Ela se levantou, estendeu a mão para mim. Peguei a mochila e percebi que havia algumas folhas no cabelo dela. Rindo as tirei e aproveitei a aproximação para beija-la.

– Vamos? – Ela perguntou assim que sua respiração voltou ao normal

– Vamos.

Pegamos um taxi até o Empire State e pegamos nosso cartão de acesso. Estava muito nervoso. No elevador tocava Florence and the machine, Cosmic Love (só sei por que minha mãe gosta da banda). Logo estávamos no Olimpo e meu queixo caiu.

– O que você acha? Ainda não esta pronto, mas... - Annie me perguntou mas não pude responder.

Havia trabalhadores por toda parte, mas já tinha muitas coisas prontas. Como a cidade que estava completamente em mármore branco com casas no estilo grego. No centro da cidade tinha estatuas dos 12 olimpianos com um fogo flutuante no meio.

No meu lado esquerdo, tinha muitas obras ainda mais podia ver muitas estatuas sendo erguidas, templos e mais casas.

Acima da colina um Parthenon se erguia grandioso. Com colunas amplas que iam do chão até o teto sustentando um teto com pequenos desenhos. Chegando mais perto descobri que os desenhos eram os símbolos dos poderes dos deuses, até de deuses menores.

– Então, Percy? – podia ouvir a angustia na sua voz.

– Acho que tenho muito orgulho da minha namorada. Esta tudo perfeito, Annie!

Ela sorriu e de mãos dadas entramos no templo. Os 12 tronos estavam reconstruídos todos em ouro ou prata. Percebi que o padrão da ordem dos tronos mudará. Agora era deus, deusa, deus, deusa. Reconheci o do meu pai um trono depois do de Zeus que ficava no centro, formando um grande U.

– Annabeth Chase. Perseu Jackson. O que fazem por aqui? – Zeus perguntou.

Graças a ele, ele estava em seu tamanho humano. Com seu terno risca de giz azul marinho e sua barba de tempestade.

– Estamos apenas visitando a obra, senhor. – Annabeth disse depois de nos curvarmos.

– Bem, esta um ótimo trabalho. – Ele disse olhando em volta.

– Obrigada, senhor. – Annie disse.

– De nada. Surpreende-me ver os dois juntos. Seus pais ainda não falaram com vocês? – Zeus perguntou, coçando a barba.

– Como assim? – Eu perguntei, apertando a mão de Annabeth.

– Bem isso é com eles. Imagino que Atena ira querer cuidar disso ele mesma. Por falar nela...

Atena entra na sala vestindo um vestido prata longo, os cabelos soltos. Acompanhando ela estava Afrodite. Bem Afrodite estava Afrodite. Maquiada e com um vestido rosa até o joelho.

–... eu sei que minha filha vai entender, Afrodite. Agora pare de me impedir de terminar logo com... – Atena nos olhou. – Annabeth, filha? O que faz aqui? – Ela me olhou com desprezo. – Olá, Perseu.

– Oi, mãe. Eu e Percy viemos ver as obras aqui em cima. – Annabeth disse sorrindo, mas apertou minha mão.

– Olá, Atena. – Disse. Eu ia dizer “E ai sogrinha, como vai?”, mas decidir não abusar da sorte.

– Ah entendo. Você sumiu daqui mesmo. – Atena disse olhando apenas para Annabeth.

– Eu estava na missão e...

– Eu sei filha...

– Oiiii meninos... adorei o amasso que vocês deram na praia, pena que Annie estragou o momento e... – Afrodite ia dizendo, até que Atena á cortou.

– Chega Afrodite. Já não basta você ter feito passar na tevê Hesfesto.

– Como assim passou na teve Hesfesto? Minha vida é algum Reality? – Annabeth estava furiosa e não a culpei. – Como pode fazer isso? Sabendo de tudo que a gente passou por culpa sua... - Annie ia andando com o dedo apontado para a deusa do amor.

– Isso vai ser bom. – Zeus sentou em seu trono, ficando com seus 3 metros de altura, e um saco de pipocas apareceu em sua mão. Ele olhou para mim e inclinou o pacote na minha direção como se me oferecesse, fiquei tentado a experimentar pipocas de 1 metro mais minha namorada furiosa tentava atacar uma deusa.

Peguei no braço de Annabeth e a puxei.

– Deixa pra lá Annie. Vem vamos embora. – Disse a levando dali.

– Vocês não vão a lugar nenhum. Temos um assunto a resolver. – Atena disse mudando sua roupa para jeans, blusa branca e tênis converse. Ouvi Afrodite sussurrando “brega”, mas Atena a ignorou. – Onde esta o inútil do seu pai?

– Eiii, não me chame de inútil sobrinha. – Meu pai apareceu em seu trono.

– Você é sim. Você ainda nem conversou com seu filho. – Atena disse revirando os olhos.

– Claro que conversei.

– Mas os dois ainda estão juntos! – Atena bateu o pé.

– Perai, perai, perai. O que tem que eu e Percy estamos juntos? – Annabeth perguntou.

– Bem... - Poseidon ia dizer mas parou, olhando Atena.

– Vocês não podem mais ficar juntos. Pronto falei. – Afrodite disse saindo da sala.

– O QUE? Como assim não podemos? – Explodi e vi Annabeth olhando sua mãe com o olhar desesperado.

– Calma filho. É uma longa história. Tem a ver com uma velha profecia. – Poseidon disse olhando para Zeus, que assentiu e continuou a comer sua pipoca.

– Vamos explicar tudo a vocês. – Meu pai disse.

Já disse que odeio antigas profecias? Bem estou dizendo agora. E parece que todas elas são aplicadas a mim. Mas agora, estavam querendo que eu me separe de minha sabidinha e isso eu não iria deixar.

– Acho melhor vocês se sentarem. – Atena disse, e eu soube que preferia falar cobre sexo com meu pai divino do que ter aquela conversa.