Tears escrita por Lauren Reynolds


Capítulo 66
Fatos passados




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Capítulo 66 –Fatos passados.

POV da Bella

- Isso foi insano, Bells. – Meu pai dizia irritado.

- Pai, já passou, além do mais... eu tenho outra preocupação. – Murmurei. – Eu preciso saber se ele vai se lembrar...

- Eu sei que está preocupada... –Will murmurou.

- Mas e a Victória, o Damon... James... –Me lembrei de todos os empecilhos que sempre me impediram de levar uma vida quase normal ao lado de Edward.

- Mortos. Como eu disse, o tempo voltou só para nós, Edward e a família dele, Sookie e Bill... – Will falou. – Bem, irmã por parte de mãe... está na hora de irmos.

- A sua sorte é que você é mesmo parecida com Renée. –Charlie falou.

Por um lado era bom estar de volta, pro assim dizer. Eu tinha a sensação de que poderia fazer o que não tive oportunidade. Enquanto eu dirigia até a escola, algo passou pela minha cabeça. Willow percebeu que eu ficara tensa.

- O que foi?

- E se eu fosse embora? – Perguntei. – E se dessa vez, eu o deixasse? Ele não me conhece ainda, e eu poderia me afastar dele, então ele ficaria livre dos meus desastres contanstes...

- Você está dizendo uma bobagem! – Ela disse irritada. – Você chegou até aqui para o que? Nada?! – Agora nós estávamos paradas no acostamento.

- Will...

- Will, não... me deixe terminar. – Eu engoli seco, nunca tinha visto Willow daquele jeito, tão... brava. – Você quase se matou para salvar todos nós... ou melhor, para salvar Edward Cullen! Você não viu como ele ficou arrasado lá na campina, você não sabe de nada! E eu não vou deixar que você queira estragar tudo agora, que você pode finalmente ter o amor da sua vida e viver um feliz para sempre!

- Me... desculpe...

Murmurei, deixei as lágrimas caírem sobre meu rosto e a abracei. Ela estava coberta de razão, eu não podia ter feito tudo aquilo e, deixar tudo para trás. Eu tinha fazer jus aquelas lembranças, eu tinha que fazer com que elas fossem reais. Eu conquistaria Edward novamente.

- Vamos. – Respirei fundo. – Vou apresentar minha meia irmã para meus amigos! E para ele, claro.

- É assim que se fala, sis! – Will sorriu.

Enxuguei minhas lágrimas e voltei a dirigir, eu já estava perto da escola. Entrei no estacionamento, parando na mesma vaga de sempre. Apontei para Willow o carro dele. Edward estava parado, encostado em seu volvo, como eu sempre me lembrei.

- Bella! – Mike veio em minha direção.

- Oi, Mike. – Murmurei.

- Oh, aula nova?

-Sim, essa é minha meia irmã, Willow Olorin. – Apresentei-os.

- Oi, Willow! – Ele sorriu. – Vamos te apresentar a galera.

- Depois Mike. Agora, vamos torcer para que ela fique na nossa turma em biologia. – Eu ri.

Fui com Willow na secretaria para pegar os horários dela. O incrível foi que havia tido uma desistência de uma aluna em biologia e era a parceira da Angie. Era muita coincidência para um dia só. Chegando na sala, apresentei minha ‘meia-irmã’ para o professor e para Angie e, como era de se esperar, elas se adoraram. Segundo Will, era bom estar fazendo o ensino médio de novo. Pelo menos o último ano.

Olhei de relance e vi que Edward me encarava, caminhei quase lentamente demais até minha carteira – ao lado dele – e depois me sentei.

- Quem é sua amiga? – A voz angelical pperguntou.

- Ela é minha meia-irmã, filha da minha mãe com Phil. Chama-se Willow... Willow Olorin. – Torci para que Edward se lembrasse de algo.

- Esse nome é... familiar. – Isso fez com que meu coração disparasse, senti meu rosto ficar vermelho e minha respiração aumentar.

- Familiar? – Perguntei, tentando manter um tom casual na minha voz.

- Parece que eu já a conheço a muito tempo... – Meu coração saltitou dentro do peito, aquela era a possibilidade que eu queria. Edward poderia se lembrar... – Impressão minha ou... bem, desculpe a indelicadeza, mas você está nervosa ou algo do tipo? Seu coração está rápido demais para quem está numa aula de biologia...

- Ah, é... Não sei... –Murmurei. Do jeito que Edward era, se eu falasse algo agora, iria espantá-lo.

POV do Edward

Willow Olorin.

Aquele nome, que pertencia á uma menina loira, alta, de cabelos ondulados e olhos azuis ficou ecoando na minha cabeça. Tudo parecia familiar demais, eu estava tendo aquela sensação de dejá vu. Era como se eu já estivesse vivido aquilo.

Quando a aula acabou, apenas acenei para Bella e fui para o refeitório, onde meus irmãos já se encontravam. Rosalie fuzilava algumas meninas que olhavam Emmett, Alice dançava pelo recinto junto com Jazz, enquanto eu me sentava. Rodei a mente de todos os amigos de Bella, procurando saber se ela falaria alguma coisa para alguém.

- Então, a humana falou algo?

- Não, Rose. – Murmurei.

- Quem é aquela? – Alice perguntou, ficando estática. Ela estava tendo uma visão. Eu via somente borrões e depois...

- Alice, o que você viu? – Emmett perguntou.

- Ela está pensando numa parede branca e cantando o hino da Finlândia. – Murmurei. – O que está me escondendo?

- Eu... tive uma visão, mas foi com o passado. Não sei, estou confusa. Você não vai querer ver... – Ela disse baixinho. –Oh. – Seus olhos se arregalaram de novo. – Se... oh, não. Não.

- Allie... o que foi? –Jazz perguntou preocupado.

- Eu estou tendo... visões do... passado. Eu... eu nunca... – Ela estava confusa. A mente dela estava realmente confusa. Alice passava cada uma de suas visões borradas.

- Pode nos contar, odeio conversas mentais. – Emmett murmurou.

“O quão grave, é?” Jazz questionou-se mentalmente. “Algum perigo iminente? Sò pode...”

“Não é isso.” Pensei.

- O que... – Ele arregalou os olhos dessa vez. – você disse?

- Disse que não era o que você estava pensando... – Murmurei.

- Não. Você não disse. – Ele rebateu. – Você pensou. Na minha cabeça. Onde você aprendeu?

- Hein? –Emmett nos encarou, curioso. – Você já fez isso... é um... dom novo?

“O que ela vê?” Jazz perguntou novamente.

- Ah uma campina. –Alice murmurou baixo. – Tem flores brancas e roxas.

- Minha clareira.

- Mas agora... – Ela disse de olhos fechados. – A sua clareira está destruída... as flores... e tem tanta gente.

“E... a...Bella... eu a vejo...” Alice pensava triste.

- EU a vejo... vejo você sobre o corpo dela... lamentando... – Ela continuou contando. – Ela é importante para mim, não pode acontecer isso. EU... não posso te mostrar a outra visão... senão.. ah.. Jazz.

Eu vi a última imagem que Alice me permitiu ver em sua mente. Minha clareira estava completamente destruída e realmente havia muita gente lá, e a última imgame, era o corpo da Bella, estirado no chão e eu me lamentando.

- Amor, acalme-se. –Jazz nos deu um pouco de calma. – nada vai acontecer.

- Esse é o problema. – Ela voltou a nos encarar. – Já aconteceu. Isso é... passado...

- Olha, seja qual for a dessa garota... vamos para a sala e você – Rose apontou para mim. – Vasculhe a cabeça dela, faça perguntas ou o que puder. Vamos para a aula.

Me levantei junto aos meus irmãos e fui par a aula. Agora era horário de trigonometria e, como sempre, meu lugar estava vazio, então, provavelmente, Bella se sentaria comigo. Eu faria o que Rosalie sugeriu. Bella entrou na sala logo depois eu me sentei, sua meia irmã ainda estava junto com ela. Willow sentou-se junto com Angela e Bella veio em minha direção, novamente.

- Alice está bem? – Ela perguntou.

- Como?

- Eu passei por ela agora no corredor... tive a impressão de que ela não estava bem.

- Nós precisamos conversar. A sós. – Murmurei. – Tenho algumas coisas para te falar.

- tudo bem. Vá até minha casa hoje de tarde. – Ela falou. – Meu pai passa o dia fora, poderemos conversar lá.

O aroma adocicado de Bella inundava todo meu corpo, me fazia salivar e, inacreditavelmente, eu não tinha vontade de matá-la, como eu achei que iria. Aquele aroma era familiar para mim, além de muitas outras coisas nela. Eu sentia que Bella não era uma mera humana para mim. Era muito mais.


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