Tears escrita por Lauren Reynolds


Capítulo 55
Normalidades




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/29336/chapter/55

POV da Bella

Nós decidimos que iríamos perder uma semana de aula na faculdade e ficar em Forks, a pedido do meu pai. Os Cullen foram organizar algumas coisas na casa, enquanto eu, Esme e Willow fomos ao supermercado. Não foi agradável quando Sue disse que Jacob e Leah não estavam felizes com nossa visita repentina... principalmente Jacob.

Com ele, eu teria que me explicar pessoalmente, mas nem mesmo meu pai e minha família de vampiros e minha nova irmã bruxa iriam gostar disso. Mas esse fato não era algo que eu poderia continuar evitando. Uma hora ou outra, nós teríamos que acertar as coisas, minha família querendo, ou não.

Depois que nós fomos dormir, Edward tinha ido caçar com Jasper, Emmett e Carlisle. EU não o vi sair, o cansaço me pegou antes, só vi, quando ele me deu um beijo pela manhã.

- Seus olhos... – balbuciei.

- Sim, estão como os seus. Cor de chocolate. – Ele sorriu. – Will disse que meus olhos ficarão assim agora. Efeito do seu sangue.

- Prefiro os dourados. – Eu ri. – Co-como foi sua caça? – gaguejei, sabendo mais ou menos o que ele iria me responder.

- Bom, detestável, devo acrescentar. – Ele disse com uma expressão séria. – Eu não conseguia caçar de maneira alguma, era... impossível eu pegar ao menos um coelho.

- Sinto muito, Edward... – Murmurei. – Na verdade não sabia que seria assim, mas eu não... eu não podia continuar vendo você quase virar pó.

- Pelo menos eu sei que vou ter que dar um jeito de caçar... – Edward revirou os olhos.

Eu me virei e sentei em seu colo. Coloquei minhas mãos em seu rosto e o beijei.

“Você sabe que pode contar comigo...” Disse mentalmente. Edward disse sarcásticamente.  Eu sei que iria parecer meio suicida, ou meio mórbido, não sei... mas ele sabia disso muito bem. E só faltava uma coisa para sermos somente um agora.

“Se você está dizendo que: Você sabe que pode beber do meu sangue... está enganada Bella.”

[...]

Hoje era um dia diferente, estava ensolarado, por incrível que pareça. Isso significava que nenhum dos Cullen sairiam de sua casa, somente depois do anoitecer, como vampiros normais, digamos assim.

- Hey, Bells! – Meu pai me deu um abraço. – Onde está seu marido? – Charlie ficava meio estranho dizendo a palavra marido. Lógico, eu era nova demais para estar casada.

- Edward e os Cullen não irão poder sair hoje. Está sol. – Eu disse.

- Ah, sim... me esqueci desse detalhe. – Ele falou.

- Vamos comigo até a casa deles? Quero lhes fazer uma surpresa. – Eu sorri. – Você também vai ficar bem surpreso, pai.

- O que está aprontando garota? –Ele me olhou desconfiado.

- Fica frio, pai. – Eu sorri de novo.

Chamei Willow e nós duas fomos com Charlie na viatura até a casa dos Cullen. Seguimos silenciosos até chegarmos á casa. Alice apareceu saltitante na porta e com um sorriso que ia de orelha á orelha. Era óbvio que ela não resistiu.

- Você não contou NE?

- Ah, relaxa Bellinha. Lógico que não. – Ela sorriu. – Vamos, estou ansiosa.

Eu entrei na casa e imediatamente, todos vieram ao nosso encontro. Meu pai ficou meio curioso, mas eu disse para ele apenas observar.

- Alice? – Pedi. A fadinha apareceu e trouxe uma jarra escura, com sangue dentro. Willow sorria, Alice saltitava e o resto, me olhava intrigada. Emmett se escondia atrás de Rosalie.

- Emmett... – eu ri. – Não vou fazer nada que você não goste. Esse é apenas um...

- Presentinho... – Willow completou.

Eu abri meu livro, arrumei algumas coisas na pequena mesa e Willow deu as mãos para mim. Então recitamos:

De uma forma para outra, como que da morte para vida, como a água transformou-se em vinho e como eles deverão ficar. Por apenas esta noite, por apenas este céu e por estas estrelas. Com todas as minhas forças e com toda a minha alma, que meu desejo possa ser realizado. Que tudo volte ao que era, que o que estava parado volte a funcionar, que o que não é volte a ser e que o que era morto ganhe vida.

 

Com todas as minhas forças e com toda a minha alma, com todos os meus pensamentos e com toda a minha mente. Que tudo volte ao que era, o parado funcione, o que não é seja, o que é morto viva e que apenas meu amor continue.

 

Com todas as minhas forças e com toda a minha alma, com todos os meus pensamentos e com toda a minha mente. De uma forma para outra, como que da morte para vida. Que meu desejo possa ser realizado.

 

De uma forma para a outra, com o tempo que volte ao que não é, que apenas o meu amor continue eterno, que tudo volte a ser o que era antes de não ser desejado.

 

Que meu amor continue.

Então, uma rajada de vento tomou conta da sala de estar. Meu pai ficou espantado e todos os Cullen surpresos. Alice saltitava e Rosalie abriu um enorme sorriso. Assim que a ventania e o cheiro de jasmin cessaram, Esme me deu um abraço.

- Ah, isso sim vai ser um dia muito bom. – Ela falou sorrindo.

- Obrigada Bellinha!

- Então era isso que você estava bloqueando, sua tampinha? – Edward riu.

- Pois é. Então, podemos fazer um brinde! – Alice sugeriu. Todos eles pegaram uma taça – idéia da Alice – e fizeram um brinde.

- O que houve, Bells? – meu pai perguntou-me.

- Você já vai ver, pai... – EU sorri.

Houveram muitos suspiros e depois barulhos que mais pareciam vir de um trem, do que de sete estômagos vazios. Eu ri. Meu pai se aproximou de Carlisle e o olhou de cima a baixo, então depois virou-se para mim e abriu um grande sorriso.

- Eles...humanos? – Ele gaguejou.

- YEP! – Imitei Emmett. – Mas lembrem-se, apenas doze horas.

- Está parecendo uma fada madrinha, Bells. – Meu pai riu com o comentário de Emmett.

Foi quando me virei para ver Edward que notei, ele não havia adquirido a forma humana de novo. O copo com o sangue estava pela metade em sua mão; ele olhava para o chão, os olhos castanhos nem ao menos se mexiam. Uma expressão de tristeza tomava conta de sua face marmórea.

Caminhei até ele e coloquei minhas mãos em seu rosto. Edward me ignorou. Eu sabia o porquê, porque para ele, eu havia agido errado ao tentar salvá-lo. Mas como dar – literalmente – o seu sangue para o amor da sua vida, a razão do seu viver, era agir de forma errada? O certo então seria deixá-lo morrer?

- "Para somente aquele que eu amo,

Receba agora meu presente:

O que não tem vida, o que não respira e o que não suspira.

O que não tem cor, dor, mas tem amor.O que é como todos, mas não é como a mim.

Oh, guardiãs da magia e do poder que emana em mim!

Que haja vida, cor e que seja como eu!

Me mostre o eu interior!

Guardiãs do amor e da beleza, Da sabedoria e da verdade!

Realizem o meu desejo, atendam o meu pedido!"

Edward inspirou profundamente e fechou os olhos. Eu sentia meu poder passar pelos meu dedos e, onde minhas mão estava, eu sentia sua pele se aquecer, ganhando vida. Pouco a pouco, ele foi ficando corado, os olhos deixaram o castanho e ganharam o tom esverdeado. Eu sentia seu coração voltar a bater.

- Como salvar a pessoa que eu amo é agir errado? – Edward me encarou. – Eu te amo, entenda isso. Assim como você daria a vida por mim, eu também a daria por você.

- Acho que eu já deveria esperar isso de você não é, Sra. Cullen? – Ele abriu um sorriso sincero.

- Sim, Sr. Cullen. Deveria. Até porque... Você também já fez algo assim, lembra-se? – Eu pisquei.

- Ok, Bellinha, agora que eu não posso ver nada, eu só tenho a ligeira impressão de que você ainda planeja alguma coisa. – Alice disse.

- Sim, sim. Vamos todos passar a tarde em Port Angeles. – Willow disse.

- Vamos, Sr. Meu Marido Cullen. – Edward levantou-se e me beijou. Logo em seguida, saímos de casa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!