POV de Bella

- Vamos, acho melhor Bella descansar um pouco... – Edward falou.

- É, cara, olha as olheiras dela! – Emmett fez questão de evidencia-las. – Estão iguais as minhas quando não caço...

- Emmett, seu sem graça. – Rose repreendeu-o. – Vamos Bella!

Nós saímos da sede e fomos para a casa de Willow, eu tomei um banho, coloquei meu bom e velho moletom e caí na cama. Acho que nem ouvi Edward começar a cantarolar minha canção de ninar. Meu corpo desabou e parecia que eu não tinha forças nenhuma nem para me mexer. Felizmente a noite passou rápida e sem qualquer pesadelo que me fizesse levantar e gritar durante a noite.

Em Londres, as manhãs eram parecidas com Forks, nubladas, ás vezes o sol aparecia – bem mais do que Forks – e não era tão frio. Eu me levantei, tomei um banho e desci até a cozinha onde Mary estava preparando o café-da-manhã. Para minha surpresa, Madison apareceu por lá.

- Então, as duas poderiam nos contar como foi lá? – Alice perguntou.

- Eu achei que quando nós chegássemos lá, seria difícil encontrar a família do Edward para vigiar. – Willow começou, mas eu sabia muito bem o que ela iria falar. Já fiquei vermelha.

- Porque? – Esme perguntou.

- Bom, não conhecíamos nada lá...mas daí a Bella usou o super poder dela e ajudou. – Willow riu.

- Sérioo? Qual? – Emmett perguntou curioso.

- O supoer poder de desastre. Ela ficou rodando a rua olhando a sua volta que tropeçou... e caiu. – Ela voltou a rir. Emmett deu uma gargalhada alta. – Então, adivinha quem ajudou ela a se levantar?

- A? Carlisle ou B) Edward? – Alice especulou.

- B! – Willow riu.

- Não me culpem ok. – Eu resmunguei. – Podemos voltar aos fatos?

- Ta,ta,ta... eu continuo. – Willow reclamou. – Depois acabou que a mãe de Edward, nos convidou para ficar na casa dela. Seu pai, tinha acabado de falecer, então ela passava o dia fora.

- E como era Elizabeth? – Jasper perguntou.

- Cabelos cor de caramelo, olhos verdes, um pouco mais alta que a Alice. E um amor de pessoa. – Falei.

- E o Edward? – Alice perguntou.

- A única diferença era que os olhos eram verdes... – Eu sorri. – e ele era humano... claro. Então depois nós fomos até a casa de Carlisle, que ficou com uma cara de espanto quando eu falei que nós sabíamos o que ele era. – Todos riram.

- Mas ele não hesitou e nos ajudou. – Willow sorriu. – Obrigada.

- Não há de que. – Ele disse. – Mas eu é que realmente tenho que agradecer, porque saber que um dia eu teria uma família, foi algo que me fez querer continuar.

- O incrível é que tudo faz sentido agora. – Edward sibilou.

- Como assim? – Madison indagou.

- Eu passei noventa anos da minha vida, atrás de um cheiro, de uma voz e de um rosto que eu tinha visto e me... apaixonado. – Edward segurou minha mão. – E quando te vi, eu sabia que a conhecia de algum lugar, mas eu não sabia de onde. E mesmo eu querendo ir embora de Forks quando você se mudou para lá, eu já sabia que te amava ou que sentia algo assim por você.

- Bella, e como fizeram para mata-lo? – Emmett perguntou. – Queria ter dado uma surra nele...

- Nossa, foi o melhor! – Willow exclamou. – Vocês deviam ver a cara dele quando viu a bruxaria rolando...

- Me conta T-U-D-O! – Emmett imitou a voz de Alice.

- Bella se superou TOTALMENTE! – Willow riu, enquando toda essa atenção me deixava mais corada ainda. – Madison, a Bella usou o feitiço do fogo! Verdade! Bella, como soube daquele feitiço?

- Eu li sobre ele no meu livro. – Falei.

- Ah, qual feitiço é? – Alice sibilou dando um sorriso largo. – Quero saber...

- Um em que você pede a Hefesto, deus grego do fogo, que te de mais poder. – Willow riu. – Vocês precisavam ver, foi demais. Cara, minha aprendiz é o máximo. – Me encolhi na cadeira.

- Continuee! – Emmett induziu.

- Ta, então o tal do Hagar insistiu em encrencar com a Bella, então eu aproveitei e tentei distraí-lo, mas isso demorou um pouco. – As palavras saiam da boca de Willow rapidamente. – Depois, ele começou a rir e tal, daí hora que a Bella se livrou dele, do nada, Carlisle apareceu por lá.

- Isso é interessante, eu consigo me lembrar disso... – Ele falou.

- E quando Carlisle segurou Hagar, Bella conjurou o feitiço e BAM!

- O que? – Alice perguntou curiosa. – Fala!

- A chama na mão da Bella virou um arco e flecha de fogo! – Willow fazia gestos. – E quando ela atirou... a flecha transformou-se em “cordas” que consumiram o vampiro mau!

- Ah, cara, queroo bater em alguém... – Emmett fez uma cara de coitado.

Nós ficamos mais algum tempo conversando sobre o que aconteceu em Chicago, Edward fez várias perguntas, Alice fez inúmeras, Emmett reclamava que não podia bater em ninguém. Nós resolvemos ficar mais alguns dias em Londres, passando as férias, agora que nosso presente e futuro estariam garantidos. Ainda era novembro, então Alice fez questão de arrumar tudo para meu casamento no mês que vem.

Londres era uma cidade muito bonita, o clima era parecido com Forks, por causa das nuvens e das chuvas. Tinham muitos lugares para serem visitados. Nós ficamos por lá, por mais ou menos duas semanas, Edward e eu saíamos para andar num parque durante a tarde nublada ou, a noite, ele me levava para jantar, ou as vezes a um cinema. Alice, Rose e Esme começaram a pensar no meu casamento, que eu insisti que gostaria que fosse em Forks, minha mãe também ficava horas no telefone com Esme e, de vez enquando falava com Alice ou com Rose. No geral, eu estava muito bem. Minha família estava muito bem. Eu consegui assegurar o meu futuro e o de Edward, conheci um pouco mais sobre o passado do meu noivo-quase marido-vampiro.

- Eu cheguei a pensar que você não gostaria de voltar... – Edward sibilou. – Achei que você fosse me preferir humano.

- Ah, Edward. Eu te amo, não importa. Passado, presente ou futuro. Mas eu não abdicaria nada do que tenho agora. – Falei. Edward me empurrou levemente para a cama, deixando seu corpo sobre o meu.

- Sim, eu sei disso, a partir do momento em que você voltou. – Ele me beijou levemente. – Você é minha, Isabella Cullen. Eternamente.

Eu me virei para cima de Edward. Passei minhas pernas, uma de cada lado, me apoiei em seu peito e lhe dei um beijo. Edward me puxou pela blusa, puxando a fita que a fechava, deixando-a cair sobre a cama. Meu sutiã de renda – que por acaso Alice colocou em minha mala – ficou a mostra, Edward me olhava com ternura. Eu passei meus dedos por sua camisa, abrindo cada botão e deixando seu peito marmóreo a mostra.

Suas mãos desceram pelas minhas costas e pararam em minha cintura, me puxando para mais perto dele. Senti meu coração acelerar, Edward sorriu torto e colocou sua mão sobre meu peito, sentindo os batimentos rápidos. Os segundos se passaram, mas pareceram horas. Depois, a boca de Edward estava na minha. Seu beijo não era mais cauteloso, era um pouco mais urgente. Minhas mãos se entrelaçaram em seus cabelos dourados e eu podia sentir as mãos dele descendo pela minha coluna, causando arrepios.

- O que foi isso? – Sussurrei.

- Acho em deixei levar. – Ele riu.

- Pode se deixar levar mais vezes. – Eu insunei.

- Sabe que eu ainda preciso me controlar não é? – Edward enrijeceu-se. – Eu ainda posso quebrar você... E seu sangue ainda é algo muito poderoso para mim, senhorita Cullen.

- Me desculpe. – Corei. – As vezes eu me esqueço desse detalhe. Eu gostaria de poder fazer algo que não te machuque...

- Minha Bella, não se preocupe. Já tivemos esta conversa antes, lembra? – Ele falou sorrindo.

- Sim. – Eu deitei sobre seu peito. – Você ainda prefere que eu seja humana?

- Na verdade, sim. Gosto dessa idéia de você ser uma bruxa. Isso é bom, sabe... – Ele falou.

- Mas se eu pedisse para que você me transformasse... Você me transformaria?

- Nesse ponto. Sim. – Edward me colocou novamente sentada sobre ele. – Eu quero que você seja feliz, Bella.

- Porque... mesmo eu sendo humana e imortal, eu ainda penso na transformação. – Expliquei. – Mas não logo depois do casamento, sei lá, em algum dia, especial...

- Quando estiver pronta, me avise. – Edward falou. – Fico pensando como será uma feiticeira e vampira... – Ele riu.

- Fiquei impressionada, você mudou sua opinião. – Beijei a testa de Edward.