Tears escrita por Lauren Reynolds


Capítulo 21
Aniversário


Notas iniciais do capítulo

People, espero que gostem, por favor comentem o/



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POV de Edward

Parei no alto do monte e inspirei. Um cervo, pensei comigo mesmo. Deixei meus instintos falarem mais alto e comandarem os meu movimentos, então eu ataquei o cervo. Um ganido saiu do fundo de sua garganta quando eu o ataquei, ele se debateu por alguns segundos, mas depois já estava morto. Logo, seus restos mortais seriam comidos por outro animal mais feroz.

 Me sentei na pedra no alto do monte e fiquei olhando o horizonte. O céu estava parcialmente nublado, alguns raios de sol conseguiam atingir a copa das árvores e outros, mais sortudos, atingiam o chão. Isso tornava o ambiente um tanto acolhedor. Jasper e Bill se juntaram a mim depois de acabarem com sua presa, Bill estava se dando bem com os animais, ao invés do tal sangue sintético que ele comprava de japoneses, ele dizia que caçar o deixava revigorado, mas não no sentido da sede, mas sim em poder – de uma certa forma – ficar livre e se deixar levar.

 - O que acha dessa história toda da Bella? – Perguntei ao Jasper.

- Que é a única explicação possível para ela. – Ele respondeu-me. – Veja bem, eu sempre imaginei que podiam existir outras criaturas neste mundo. Se existem vampiros e lobisomens, porque não algo mais?

- Ele tem razão. – Bill murmurou.

- Bella é alguém, digamos... fascinante.- Jazz fez uma careta. – Não me leve a mal, mas ela é alguém que além do fato de ser muito segura em sua mente, ela tem um alto controle de seus sentimentos que... Eu só vi em uma pessoa até agora. Ou melhor, em um vampiro. – Ele hesitou. – Carlisle.

- Sim, isso é verdade. Ele consegue reprimir esse tipo de coisa muito facilmente, além de ter um alto controle com os humanos surpreendente. – Falei.

- Continuando... Imaginei que Bella não poderia ser completamente normal, porque... Bom... mesmo para um humano normal ou um vampiro secular, como carlisle, controlar-se não é algo fácil. E as coisas ficaram mais claras quando estivemos no penhasco.

- A jovem cicatrizou-se extremamente rápido. Era como se ela fosse e não fosse uma vampira. – Bill acrescentou.

- Isso aí. – Jazz sibilou. – Outro detalhe que eu não contei, foi que, pense comigo... Vamos supor que a Bella fosse alguém normal, você consegue ler a sua mente, o sangue dela não canta para você... – Ele supôs.

- Continue... – Falei.

- Se ela estivesse com você, de fato deveria estar feliz, então... Seus sentimentos seriam do estado mais eufórico possível, para um sentimento confuso. Um misto de alegria e paz, digamos assim. Agora, lembre-se de quando a deixamos aqui. Quando eu e Alice a encontramos na porta de casa, se ela fosse uma humana normal, seus sentimentos iriam se os mais letárgicos e infelizes possíveis. Ou seja, não haveria oscilação alguma. – Jasper suspirou. – Agora, pense na Bella como ela é. Quando ela está com você, os sentimentos dela variam, como alguém normal. Certo. Já quando a encontramos, eu estranhei porque... – Jasper parou.

- O que? – Perguntei. – O que você estranhou?

- Eu estranhei porque... Não havia sentimentos. – A voz do meu irmão quase não saiu.

- Como é que é? – Engasguei.

- Ela estava extremamente triste e infeliz, estava inconsolável, mas por dentro, acho que sua tristeza chegou a ser tamanha que... não havia sentimentos. Eu só pude ver que era Bella, por causa da voz, dos soluços e porque eu a vi. Mas se não tivesse visto, eu imaginaria que fosse qualquer outro de nossa espécie. – As conclusões a qual Jasper chegava me deixavam ainda mais certo de que toda a história da Bella ser uma bruxa eram verdadeiras, não só por eu ter visto mais que o suficiente para crer, mas em relação ao interior dela.

- Você me convenceu. – Falei. – Humm, que tal uma pequena disputa? – Perguntei rindo.

- Tem um leão vindo. Vamos lá? – Jasper se levantou e sumiu na floresta. Eu fiz o mesmo.

 O cheiro do orvalho estava impregnado no leão da montanha, isso deixava o sabor dele um pouco melhor, mas nada comparado ao cheiro da Bella... Ok, chega Edward, senão você não caça hoje. Eu saí dos meus devaneios e segui o rastro do leão, que corria veloz pela mata. Jasper estava perto, porque eu podia sentir uma certa tranqüilidade ao meu redor, ele estava tentando me deixar para trás me acalmando. Dei uma olhada rápida em sua mente, mas tudo o que eu conseguia ver era uma floresta em sua cabeça, ele estava me bloqueando.

 Eu saltei em direção ao leão. Nós – eu e Jasper – chegamos ao mesmo tempo em nossa presa. Um lampejo passou pelos nossos olhos e uma gargalhada brincalhona saiu. O leão estava morto. Todo seu porte era apenas o suficiente para assustar sua própria espécie, mas todo o seu sangue era suficiente para acabar com a sede de dois da minha espécie.

 - Tentou me sacanear. – Falei rindo.

- Você tentou ler minha mente que eu sei. – Ele riu mais alto. Nós resolvemos ficar mais algum tempo no alto da montanha, se voltássemos para Forks, Alice ia nos lotar de coisas a fazer e ninguém estava afim disso.

 - Como era lá em Bontemps? – Jasper perguntou a Bill.

- Era bem calmo, até eu encontrar Sookie. – Ele falava. – Depois que a encontrei, algumas coisas aconteceram, alguns vampiros vindos de New Orleans vieram passar alguns dias em minha casa e eles acharam que Sookie era simplesmente uma presa.

- Imagino que tentaram ataca-la. – Jasper disse.

- Sim. Isso mesmo. – Bill confirmou. – Então os problemas lá foram resolvidos por Eric, um subordinadozinho da guarda Volturi. E eu resolvi sair de lá com ela.

-Como você se tornou vampiro? – Perguntei.

- Bom, eu tinha em torno de 30 anos na época. Era um período de guerrilhas entre o norte e o sul, então quando voltava de lá, fui atacado. Não me lembro de muita coisa, apenas que encontraram meu corpo no meio da estrada e me deram por morto. Depois de 4 longos dias, eu despertei. – Bill contou rapidamente. – E vocês?

- Meu nome era Edward Anthony Masen, eu tinha 17 anos e estava morrendo de gripe espanhola. Eu estava num hospital e Carlisle cuidou de mim e da minha mãe. Depois que ela morreu, ele me salvou a pedido dela. – Contei resumidamente.

- E você, Jasper?

- Meu nome era Jasper Winthlock, eu era um dos tenentes mais jovens. Fui transformado por uma vampira que encontrei numa retirada, então passei a viver com ela, mas depois vi que não era isso que eu queria. Até que quando eu estava em um restaurante, uma baixinha de cabelos repicados veio falar comigo. – Jasper falou.

- E quem era essa baixinha?

- Alice. – Meu irmão respondeu para Bill.

- Interessante. – Ele sibilou. – Vocês parecem se dar muito bem.

- Sim.

 POV de Bella

 - Vamos, Bella! – Willow gritou. – Quero que você se exercite um pouco antes de ir se arrumar!

 Depois de Alice me arrastar para cima e para baixo quase o dia todo, era vez da Willow fazer isso. Certo, eu gostava quando eu ia praticar alguma coisa com ela, mas hoje era meu aniversário e eu queria ficar sossegada. É cansativo estar nas mãos da Alice na maior parte do dia.

 Willow me fez praticar mais a minha arte de fazer aparecer e desaparecer “coisas”. Era sempre o mesmo: concentração, e fazer um movimento com as mãos ou um estalar de dedos, daí surgia um objeto. Segundo ela, daqui para frente eu iria aprender outras coisas, um pouco mais complicadas.

 - Mas como você chegou ao meu quarto hoje cedo? – Perguntei.

- Bom, quando você está dormindo, é fácil achar o caminho para sair. – eu fiz uma careta. – Você não entendeu... é que sua mente é um lugar bem confortável, digo, organizado também. Então estava tudo num feitiço.

- Como assim?

- Quando você recebe a notícia de que vai ser um tutor em breve, você pode escolher se quer ser um ou não. Se você disser que sim, o responsável por você meio que... lança um encantamento, assim você deixa de existir e passa a ser somente uma essência, que fica adormecida, até que o aprendiz desperte. – Willow tentava me explicar da melhor maneira.

- E se a pessoa não quiser ser um tutor? – Perguntei.

- Bom, então ela não precisa necessariamente, mas você tem que estar ciente que não pode nos expor. – Ela respondeu-me.

- Então não preciso ser uma tutora se não quiser?

- Isso. Mas para você, por enquanto eu não vi nada. Existe outra coisa que precisa saber. – Isso não me parece nada bom, só pelo jeito que ela começou a falar, tenho certeza que não é bom. – Assim como existem os Volturi para os vampiros, existe uma realeza para as bruxas. A sede deles fica em Londres e, quando há problemas, eles e a guarda vem para resolver a situação. Se existe algo que os Volturi mais temem, são as bruxas. Eles costumam ter mais paciência com a nossa espécie e, nossa espécie procura não abusar disso.

- Tem uma coisa que você precisa saber. – Eu falei. – Há algum tempo atrás, a guarda Volturi nos atacou. E disse que voltaria.

- Motivo? – Willow perguntou séria.

- Duas humanas. Namorados. Vampiros. – Eu disse.

- E presumo que não existe uma data certa, para volta deles, correto?

- Sim. Eles disseram que voltariam para nos verificar. – Suspirei.

- Isso é comum deles, mas assim que descobrirem que existe uma bruxa com os Cullen, eles não irão fazer qualquer coisa, entenda... Mesmo você ainda sendo uma aprendiz, você é bem poderosa Bella. – Willow sorriu.

Eu subi para tomar banho. Eu precisava de um tempo sozinha para assimilar tudo. Mesmo que agora – de uma certa forma – eu não seja tão fraca como antes, ainda sim existem perigos. De agora em diante os perigos seriam maiores: Volturis ainda iriam aparecer, a tal realeza também poderia aparecer, ambos os lados não gostam de relações entre as espécies, amos os lados não gostam de lobisomens – isso não é um problema. Para mim, agora eu teria a chance de proteger aqueles que amo, então, sei e tenho absoluta certeza que Edward também me ama o suficiente para enfrentarmos isso juntos.

 Eu tomei um banho, Rosalie arrumou meu cabelo e Alice queria que eu vestisse algo alegre, então vesti uma leggin, uma bata colorida e coloquei um sapato com salto. Eu estava ansiosa, não sabia o que esperar de hoje a noite, já que meu último aniversário aqui não foi nada interessante.

 Quando terminei, desci a escada e encontrei Edward de costas, ele estava com um terno preto. Pude ver Esme, Carlisle e todos eles ali me esperando. Eu me concentrei em apenas descer os degraus – sem cair – porque eu estava afim de ter um aniversário sem qualquer problema, pelo menos uma vez na vida.

 - Você está perfeita. – Edward segurou minha mão e a beijou. Eu corei.

- Querida, adorei. Você ficou tão fofa! – Esme falou.

- Hey Bella! Ficou muito bem! – Willow acenou. Ela usava um vestidinho florido e sapatilhas. Eu cumprimentei cada um dos Cullen e depois Bill e Sookie. Meu pai chegou logo em seguida, com Seth e Sue – que nem eu e muito menos eles tínhamos problemas de quem era o que -. Ângela também não demorou a chegar.

 Alice preparou uma lista de musicas que deveriam ser tocadas em determinados momentos, decorou todo o ambiente da sala de estar dos Cullen – que não era nem um pouco pequena -, e ajudou Esme com alguns quitutes que seriam servidos. No geral, estávamos todos bem animados – eu principalmente. Alice insistiu totalmente na idéia de cantar parabéns e – para meu desprazer – Edward, Jasper e Emmett adoraram a idéia de se divertir as minhas custas.

- Bella, cunhadinha... – Emmett, Jasper e Bill vieram ao meu lado. – Esse é nosso presente. É a direção totalmente hidráulica para a sua picape.

- Oh, obrigada. – Eu sorri.

- Bella, querida, este é meu e do Carlisle. – Esme me deu um envelope, que continha duas passagens aéreas para Phoenix.

- Vamos, vamos, vamos. Este é meu, da Sookie e da Rosalie. – Alice disse eufórica. Dentro da caixa havia um vestido de um tecido próximo a veludo, na cor azul.

- É lindo. – Eu murmurei.

- Bella, primeiro queria dizer uma coisa. – Willow disse dando um sorriso largo. – Adorei poder ser sua tutora, você é alguém totalmente diferente do que eu pensei no começo e fico feliz em poder estar aqui com você. Agora, o anel que eu te dei hoje, tem uma pequena pedra da Lua, ele protege quem o usa. Feliz eternos 19 anos!

 Uma brisa fresca entrou pela janela que estava aberta. A brisa tinha uma mistura de lavanda e um aroma adocicado de alguma flor - que eu não sei dizer qual é -, mas esse aroma invadiu o ambiente de uma maneira incrível e sutil. Edward – que esteve sempre ao meu lado – se enrijeceu e inspirou profundamente, depois tornou a me encarar com os mesmo olhos que ainda me faziam ficar atordoada.

 - Que cheiro bom. – Esme disse.

- Eu reconheço esse aroma... – Edward sussurrou. – É lavanda e flores de cerejeira.

- Sim, é um cheiro muito bom. – Emmett falou.

- Esse é... – Edward tornou a inspirar profundamente. – o seu aroma Bella.

- Bella, Alice, desculpem a indiscrição, mas seu cheiro é realmente muito bom Bella. – Jasper falou sorrindo e ao mesmo tempo meio acanhado. – Agora eu sei realmente o que você sente Edward.

- É, agora vocês sabem. – Edward beijou minha testa e sorriu. – Só que melhor que o cheiro... É o gosto.

- Edward! – Esme repreendeu-o.

- Desculpe, mas é verdade. – Ele riu.

- Então é oficial. – Willow voltou a falar. – Esse é realmente seu cheiro e isso acontece quando você completa 19 anos. Feliz eternos 19 anos Isabella Swan!

- Omg. – Eu não sabia o que dizer.

- Bom, este é o meu presente. – Edward me deu uma caixinha encapada com veludo azul marinho. Dentro dela havia um colar com um pingente. Eu olhei atentamente para o pingente e duas coisas me vieram a cabeça.

- É... isso é... omg... é o brasão que todos vocês usam... – Eu arfei. O colar não era comprido, ele ficava quase rente ao pescoço e o pingente com o brasão também não era grande.

- Bella, você é a minha vida agora. – Edward me beijou. – Eu te amo para sempre.

 


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Notas finais do capítulo

Continua... *-*

E aí, gostaram?
Me digam! :P



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